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INTRODUÇÃO A TOPOGRAFIA

SUMÁRIOS PROGRAMÁTICO

1.1-Breve historial Definições e conceitos da Topografia

2-Sistemas de coordenadas

3-Sistema de referência

2.4-Escala

2.5-Formas de relevo do terreno

2.6-Métodos de representação do terreno

7-Medição de Áreas na Carta


SECÇÃO Nº 1

1-Breve historial Definições e conceitos da Topografia


É impossível dizer quando a topografia foi utilizada pela primeira vez. Em sua forma mais simples é tão
antiga quanto à história da civilização, pois o homem sempre necessitou conhecer o meio em que
vive, por questões de sobrevivência, orientação, segurança, guerras, navegação, construção, etc.

Desde que existe o direito de propriedade também existe um modo de medição ou distinção de
parcelas de terra dentre pessoas. Alguns historiadores dizem que o homem já fazia mapas antes mesmo
de desenvolver a escrita. Algumas referências do emprego da Topografia em tempos antigos:

 Arqueólogos encontraram mapas da Babilônia em tábuas (2500 a.C.);


 O grego Heródoto (“o pai da história”) disse que a Topografia foi usada no Egito desde 1400 a.C.
quando o país foi dividido em parcelas de terra para fins de cobrança de impostos
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Atualmente, com o avanço tecnológico, observa-se que surgiram técnicas e equipamentos de
medição que facilitaram a obtenção de dados para posterior representação. Dentre estes
equipamentos citam-se os sistemas de satélites, hardwares e software

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1.1- Definição e conceitos

Etimologicamente, a Topografia significa descrição de um lugar, pois deriva das palavras gregas "topos"
(lugar) e "graphen" (descrever). Assim, Topografia é a ciência que estuda a representação detalhada
de um “trecho”, limitado da superfície da terra, sem levar em consideração a curvatura resultante de
sua esfericidade.

Segundo Domingues (1979), devido à superfície terrestre ser quase esférica entende-se por “trecho”
uma região limitada por um raio de, aproximadamente, 30 km.
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1.1- Definição e conceitos

A Topografia pode ser entendida como parte da Geodesia, ciência que tem por objetivo determinar a
forma e dimensões da Terra.

“A Topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção
limitada da superfície terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre”
ESPARTEL (1987).

Assim sendo, pode-se sempre representar em um plano horizontal a imagem do terreno em estudo,
com sua forma, limites, dimensões, relevo, bem como todas as particularidades de importância, tanto
naturais como artificiais. Estas particularidades podem ser: rios, lagos, cercas, vegetações, estradas,
pontes, canais, construções isoladas, etc., e serão detalhadas (mais ou menos) conforme a finalidade
do trabalho

A porção da superfície terrestre, levantada topograficamente, é representada através de uma


Projeção Ortogonal Cotada e denomina-se Superfície Topográfica. Isto equivale dizer que, não só os
limites desta superfície, bem como todas as suas particularidades naturais ou artificiais, serão projetadas
sobre um plano considerado horizontal.
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1.1- Definição e conceitos


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1.2-objectivo e objecto de estudo da Topografia

O objetivo principal é efetuar o levantamento (executar medições de ângulos, distâncias e desníveis)


que permita representar uma porção da superfície terrestre em uma escala adequada. Às
operações efetuadas em campo, com o objetivo de coletar dados para a posterior representação,
denomina-se de levantamento topográfico.

Na Topografia trabalha-se com medidas (lineares e angulares) realizadas sobre a superfície da Terra e
a partir destas medidas calculam-se coordenadas, áreas, volumes, etc. Além disto, estas grandezas
poderão ser representadas de forma gráfica através de mapas ou plantas. Para tanto é necessário
um sólido conhecimento sobre instrumentação, técnicas de medição, métodos de cálculo e
estimativa de precisão (KAHMEN; FAIG, 1988)

O objeto de estudo da topografia é terra.


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1.3.1- Etapas do trabalho prático de Topografia

De acordo com BRINKER; WOLF (1977), o trabalho prático da Topografia pode ser dividido em cinco
etapas:

1. Tomada de decisão: onde se relacionam os métodos de levantamento, equipamentos, posições ou


pontos a serem levantados, etc.;
2. Trabalho de campo ou aquisição de dados: efetuam-se as medições e gravação de dados;
3. Cálculos ou processamento: elaboram-se os cálculos baseados nas medidas obtidas para a
determinação de coordenadas, volumes, etc.;
4. Mapeamento ou representação: produz-se o mapa ou carta a partir dos dados medidos e
calculados;
5. Locação.
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1.3- Divisão da Topografia

Classicamente a Topografia é dividida em Topometria e Topologia.

A Topologia tem por objetivo o estudo das formas exteriores do terreno e das leis que regem o seu
modelado.

A Topometria estuda os processos clássicos de medição de distâncias, ângulos e desníveis, cujo


objetivo é a determinação de posições relativas de pontos. Pode ser dividida em planimetria e
altimetria.

Tradicionalmente o levantamento topográfico pode ser divido em duas partes: o levantamento


planimétrico, onde se procura determinar a posição planimétrica dos pontos (coordenadas X e Y) e o
levantamento altimétrico, onde o objetivo é determinar a cota ou altitude de um ponto (coordenada
Z). A realização simultânea dos dois levantamentos dá origem ao chamado levantamento
planialtimétrico.
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1.3- Divisão da Topografia


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1.3- Divisão da Topografia

1-Planimetria 2-Altimetria 3-planealtimetria


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1.4- Importância e aplicação da Topografia

 A topografia é muito importante porque é base de qualquer obra realizada por engenheiros civis
ou arquitetos;

Exemplo de obras: estradas, ferrovias, edifícios, aeroportos, núcleos habitacionais, hidrografia,


telecomunicações, sistema de água e esgoto, drenagem, urbanismo, paisagismo, florestamento, etc.

 Projetos desenvolvem-se em função do terreno sobre o qual se assentam;

 É fundamental conhecer o terreno com todos os seus pormenores, tanto na fase do planejamento
tanto na fase de execução
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1.4- Importância e aplicações da Topografia

A topografia é aplicada em:


 Construção civil;
 Urbanismo;
 Geologia;
 Oceanografia;
 Mapeamentos de relevo;
 Medições de propriedades, etc.
A topografia tem uma função estratégica, pois é um estudo minucioso que oferece informações de
extrema importância para o construtor.
O levantamento realizado pela equipe de topografia é essencial para determinar o local mais
favorável para a implantação da obra, evitando prejuízos financeiros e gastos desnecessários. Ou seja,
ela é fundamental para que não ocorram erros de projeto civil, fundamental para que os engenheiros
civis e arquitetos, analisem os estudos realizados de forma que considerem os elementos existentes na
obra, como por exemplo: possíveis edificações existentes, passeio público, alinhamentos de muros e
cercas, postes e demais elementos naturais incidentes no imóvel ou em seu entorno, protegidos ou
não, tais como: corpos d’água; nascentes; arroios, talvegues, banhados e afloramentos rochosos.
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2 – Sistema de coordenadas
Coordenadas são magnitudes linhares e/ou angular que determinam a posição de um ponto na
superfície espacial.

Um dos principais objetivos da Topografia é a determinação de coordenadas relativas de pontos. Para


tanto, é necessário que estas sejam expressas em um sistema de coordenadas. São utilizados
basicamente dois tipos de sistemas para definição unívoca da posição tridimensional de pontos:
sistemas de coordenadas cartesianas (UTM) e sistemas de coordenadas esféricas (Geográfica).

2.1 – Sistema de coordenadas cartesiana bidimensional (UTM)

Quando se posiciona um ponto nada mais está se fazendo do que atribuindo coordenadas ao
mesmo. Estas coordenadas por sua vez deverão estar referenciadas a um sistema de coordenadas.
Existem diversos sistemas de coordenadas, alguns amplamente empregados em Geometria e
Trigonometria, por exemplo. Estes sistemas normalmente representam um ponto no espaço
bidimensional ou tridimensional
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2.1 – Sistema de coordenadas cartesiana bidimensional (UTM)

No espaço bidimensional, um sistema bastante utilizado é o sistema de coordenadas retangulares ou


cartesianas que é representado em metros. Este é um sistema de eixos ortogonais no plano,
constituído de duas retas orientadas X (Equador) e Y (Meridiano central ou de Greench),
perpendiculares entre si. A origem deste sistema é o cruzamento dos eixos X e Y.
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2.1 – Sistema de coordenadas cartesiana bidimensional (UTM)

Um ponto é definido neste sistema através de uma coordenada denominada abscissa (coordenada
X) e outra denominada ordenada (coordenada Y). Uma das notações P(x, y) ou P= (x, y) é utilizada
para denominar um ponto P com abscissa x e ordenada y.

Apresenta-se um sistema de coordenadas, cujas coordenadas da origem são O (0,0). Nele estão
representados os pontos A(10,10), B(15,25) e C(20,-15).
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2.1 – Sistema de coordenadas cartesiana tridimensional (UTM)

Um sistema de coordenadas cartesianas retangulares no espaço tridimensional é caracterizado por


um conjunto de três retas (X, Y, Z) denominadas de eixos coordenados, mutuamente
perpendiculares, as quais se intercetam em um único ponto, denominado de origem. A posição de
um ponto neste sistema de coordenadas é definida pelas coordenadas cartesianas retangulares (x,
y, z)
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2.1 – Sistema de coordenadas esférica (geográfica)

Um ponto do espaço tridimensional pode ser determinado de forma unívoca, Supõe-se o sistema de
coordenadas esféricas sobreposto a um sistema de coordenadas cartesianas (TORGE, 1980, p.16).
Assim, o ponto R, determinado pelo termo cartesiano (x, y, z) pode ser expresso pelas coordenadas
esféricas (r, α, β), sendo o relacionamento entre os dois sistemas obtido pelo vetor posicional:
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3 – Superfície de Referência

Devido às irregularidades da superfície terrestre, utilizam-se modelos para a sua representação,


mais simples, regulares e geométricos e que mais se aproximam da forma real para efetuar os
cálculos. Cada um destes modelos tem a sua aplicação, e quanto mais complexa a figura
empregada para a representação da Terra, mais complexos serão os cálculos sobre esta
superfície.

 Modelo Esférico;
 Modelo Elipsoidal;
 Modelo Geoidal;
 Modelo Plano.
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3 – Superfície de Referência

3.1 – Modelo Esférico

Em diversas aplicações a Terra pode ser considerada uma esfera, como no caso da Astronomia. Um
ponto pode ser localizado sobre esta esfera através de sua latitude e longitude. Tratando-se de
Astronomia, estas coordenadas são denominadas de latitude e longitude astronômicas.

 Latitude Astronômica (Φ): é o arco de meridiano contado desde o equador até o ponto
considerado, sendo, por convenção, positiva no hemisfério Norte e negativa no hemisfério Sul.
 Longitude Astronômica (Λ): é o arco de equador contado desde o meridiano de origem
(Greenwich) até o meridiano do ponto considerado. Por convenção a longitude varia de 0º a
+180º no sentido leste de Greenwich e de 0º a -180º por oeste de Greenwich.
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3 – Superfície de Referência

3.2 – Modelo Elipsoidal


A Geodesia adota como modelo o elipsóide de revolução . O elipsóide de revolução ou biaxial
é a figura geométrica gerada pela rotação de uma Geodesia (geratriz) em torno de um de seus
eixos (eixo de revolução); se este eixo for o menor tem-se um elipsóide achatado. Mais de 70
diferentes elipsoides de revolução são utilizados em trabalhos de Geodesia no mundo.

Um elipsóide de revolução fica definido por meio de dois parâmetros, os semieixos a (maior) e b
(menor). Em Geodesia é tradicional considerar como parâmetros o semieixo maior a e o
achatamento f, expresso pela equação
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3 – Superfície de Referência

3.2 – Modelo Elipsoidal

As coordenadas geodésicas episódicas de um ponto sobre o elipsóide ficam assim


definidas

 Latitude Geodésica (φ): ângulo que a normal forma com sua projeção no plano
do equador, sendo positiva para o Norte e negativa para o Sul.
 Longitude Geodésica (λ): ângulo diedro formado pelo meridiano geodésico de
Greenwich (origem) e do ponto P, sendo positivo para Leste e negativo para
Oeste.
PRIMEIRA PROVA DE TOPOGRAFIA

1. Quais são as técnicas e equipamentos de medições que facilitaram na obtenção de dados


para representar o mesmo? (3 Val)
2. O que a topografia e o que ela estuda ? (2 Val)

3. Quanto mede o raio de um trecho da superfície da terra? (2 Val)


4. Qual é o objetivo principal de efetuar um levantamento levantamento topográfico? (2 Val)
5. Quais são as etapas de um trabalho Topografico? (2 Val)
6. Como se classificam a Topografia e descreve minuciosamente a topometria. (4 Val)
7. Fala sobre o sistema de coordenadas e quantos aprendeste? (3 Val)
8. Por que utiliza-se superfície de referencia para representação da superfície da terra? (2 Val)
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3 – Superfície de Referência

3.3 – Modelo Geoidal

O modelo Geoidal é o que mais se aproxima da forma da Terra. É definido teoricamente como
sendo o nível médio dos mares em repouso, prolongado através dos continentes. Não é uma
superfície regular e é de difícil tratamento matemático. A figura á baixo representa de forma
esquemática a superfície física da Terra, o elipsóide e o geoide
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3 – Superfície de Referência

3.3 – Modelo Geoidal

O geoide é uma superfície equipotencial do campo da gravidade ou superfície de nível,


utilizado como referência para as altitudes ortométricas (distância contada sobre a vertical, do
geoide até a superfície física) no ponto considerado.

As linhas de força ou linhas verticais são perpendiculares a essas superfícies equipotenciais e


materializadas, por exemplo, pelo fio de prumo de um teodolito nivelado, no ponto
considerado.
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3 – Superfície de Referência

3.4 – Modelo Plano

Considera a porção da Terra em estudo com sendo plana. É a simplificação utilizada pela
Topografia. Esta aproximação é válida dentro de certos limites e facilita bastante os cálculos
topográficos. Face aos erros decorrentes destas simplificações, este plano tem suas
dimensões limitadas. Tem-se adotado como limite para este plano na prática a dimensão de
20 a 30 km. Execução de Levantamento Topográfico) admite um plano com até
aproximadamente 80 km.

Uma vez que a Topografia busca representar um conjunto de pontos no plano é necessário
estabelecer um sistema de coordenadas cartesianas para a representação dos mesmos. Este
sistema pode ser caracterizado da seguinte forma:

Eixo X: Definido pelo equador(formando 90º na direção leste).


Eixo Y: definido pela meridiana (linha norte-sul magnética ou verdadeira);
Eixo Z: materializado pela vertical do lugar (linha materializada pelo fio de prumo);
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3 – Superfície de Referência

3.4 – Modelo Plano


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4 – Escala

É comum em levantamentos topográficos a necessidade de representar no papel certa porção


da superfície terrestre.

Para que isto seja possível, teremos que representar as feições levantadas em uma escala
adequada para os fins do projeto.

De forma simples, podemos definir escala com sendo a relação entre o valor de uma distância
medida no desenho e sua correspondente no terreno. Ou seja A escala representa a relação de
medida entre o desenho e o mundo real.

As escalas podem ser de redução (1:n), ampliação (n:1) ou naturais (1:1). Em Topografia as
escalas empregadas normalmente são: 1:250, 1:200, 1:500 e 1:1000. Logicamente que não é algo
rígido e estes valores dependerão do objetivo do desenho.

O numerador 1 indica o valor no papel, enquanto o denominador n equivale o valor real.

Para a área de topografia, utiliza-se a escala de redução.


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4 – Escala
4.1 – Tipos de escala

A escala pode ser numérica ou gráfica, a escala numérica pode ser expressas como:

A escala gráfica é a representação gráfica da escala numérica, muito utilizado em


ampliações ou reduções de plantas ou cartas topográficas, ex.:
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5 – Formas de relevo do terreno

O relevo é a expressão e a modelagem da superfície terrestre, um resultado de uma


infinidade de acontecimentos que marcaram a história geológica da Terra, que se
encontra em constante dinamismo e transformação. Assim, ele expressa a sua história
pelos seus desníveis, suas diferenças de altitudes, suas fisionomias e todos os elementos
que compõem e dão forma às paisagens.
Para melhor compreendermos a estrutura da superfície, foi elaborada uma
classificação responsável pela divisão do modelado terrestre em quatro
diferentes formas de relevo, a saber: montanhas, planaltos, planícies e depressões.
Essas tipificações são importantes não apenas para o entendimento do meio natural,
mas da sua influência sobre as atividades humanas.
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5 – Formas de relevo do terreno

5.1 – Montanhas

As montanhas são um tipo de relevo caracterizado pelas suas acentuadas elevações, ou seja, é a
parte da superfície que apresenta as maiores altitudes e as mais intensas declividades. Quando elas
apresentam-se em um conjunto extenso, recebem o nome de cadeias montanhosas, que também
podem ser chamadas de cordilheiras.
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5 – Formas de relevo do terreno

5.2 – Planaltos

Os planaltos são áreas com uma relativa altitude e uma superfície mais ou menos plana, com
limites bem nítidos, estes geralmente constituídos por escarpas ou serras. Apesar de serem
entendidos como áreas planas, suas superfícies são mais acidentadas do que as das planícies,
com um maior número de serras e ondulações em suas paisagens, além de ser o tipo de relevo
onde encontramos as chapadas.
SECÇÃO Nº 7

5 – Formas de relevo do terreno

5.3 – Planícies

São áreas com uma fisionomia plana, ou seja, com uma paisagem menos acidentada, que, por
possuírem altitudes menores do que os dois tipos anteriormente apresentados, recebem uma
grande quantidade de sedimentos. Estes são provenientes do desgaste de outras formas de
relevo.
SECÇÃO Nº 7

5 – Formas de relevo do terreno

5.3 – Depressão

São regiões que apresentam, quase sempre, pequenas altitudes e que são mais baixas do que o
nível do mar ou a região em seu entorno. Possuem, geralmente, uma superfície plana ou
côncava, uma vez que passaram por um longo período de erosão e que agora se caracterizam
pela predominância do acúmulo de sedimentos provenientes das regiões circundantes.

Existem dois tipos de depressões: as absolutas, que são aquelas que se encontram abaixo do
nível do mar, a exemplo da região do Mar Morto, a maior depressão absoluta do mundo; e
as relativas, aquelas que são mais baixas do que o relevo ao seu redor.
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6 – Formas de representação do relevo

O relevo da superfície terrestre é uma feição contínua e tridimensional. Existem diversas maneiras
para representar o terreno, sendo as mais usuais as curvas de nível e os pontos cotados.
SECÇÃO Nº 7

6 – Formas de representação do relevo

6.1 – Pontos cotados

Ponto Cotado: é a forma mais simples de representação do relevo; as projeções dos pontos
no terreno têm representado ao seu lado as suas cotas ou altitudes . Normalmente são
empregados em cruzamentos de vias, picos de morros, etc.
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6 – Formas de representação do relevo

6.2 – Curvas de níveis

Curvas de nível: forma mais tradicional para a representação do relevo. Podem ser definidas
como linhas que unem pontos com a mesma cota ou altitude. Representam em projeção
ortogonal a interseção da superfície do terreno com planos horizontais.
SECÇÃO Nº 8

6 – Formas de representação do relevo

6.2 – Curvas de níveis

A diferença de cota ou altitude entre duas curvas de nível é denominada de


equidistância vertical, obtida em função da escala da carta, tipo do terreno e precisão
das medidas altimétricas.

As curvas de nível devem ser numeradas para que seja possível a sua leitura. Apresenta a
representação de uma depressão e uma elevação empregando-se as curvas de nível.
Neste caso esta numeração é fundamental para a interpretação da representação.
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6 – Formas de representação do relevo

6.2.1 – Tipos de curvas de níveis

As curvas de nível podem ser classificadas em curvas mestras ou principais e secundárias. As


mestras são representadas com traços diferentes das demais (mais espessos, por exemplo), sendo
todas numeradas. As curvas secundárias complementam as informações.
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6 – Formas de representação do relevo

6.2.2 – Características das curvas de níveis

 Todas as curvas são representadas em tons de marrom ou sépia (plantas


coloridas) e preto (plantas monocromáticas).

 As curvas mestras são representadas por traços mais espessos e são todas
cotadas

Como mostra a figura a seguir, curvas muito afastadas representam terrenos planos.
SECÇÃO Nº 8

6 – Formas de representação do relevo

6.2.2 – Características das curvas de níveis

Da mesma forma, a figura a seguir mostra que curvas muito próximas representam terrenos
acidentados.
SECÇÃO Nº 8

6 – Formas de representação do relevo

6.2.2 – Características das curvas de níveis

Como indicado na figura a seguir, a maior declividade (d%) do terreno ocorre no local onde
as curvas de nível são mais próximas e vice-versa.
SECÇÃO Nº 8

6 – Formas de representação do relevo

6.2.2 – Regras de curvas de níveis

a) As curvas de nível são "lisas", ou seja não apresentam cantos.

b) Duas curvas de nível nunca se cruzam.


SECÇÃO Nº 8

6 – Formas de representação do relevo

6.2.2 – Regras de curvas de níveis

c) Duas curvas de nível nunca se encontram e continuam em uma só.

d) Quanto mais próximas entre si, mais inclinado é o terreno que representam.
SECÇÃO Nº 8

6 – Formas de representação do relevo

6.2.2 – Regras de curvas de níveis

Com o levantamento topográfico altimétrico são obtidos diversos pontos com


cotas/altitudes conhecidas. A partir destes é que as curvas serão desenhadas . Cabe
salientar a necessidade das coordenadas planas dos pontos para plotá-los sobre a
carta.

O número de pontos e sua posição no terreno influenciarão no desenho final das curvas
de nível.
SECÇÃO Nº 8

6 – Formas de representação do relevo

6.2.2 – Métodos para obtenção de curvas de níveis

Após o levantamento planialtimétrico do terreno pode-se empregar cinco métodos abaixo


para obtenção das curvas de níveis

 Quadriculação do Terreno: é processo mais exato ou preciso e é o mais trabalhoso;

 Interpolação: é o mais rápido e exis maior atenção;

 Radiação Taqueométricas: utilizado em área extensas e relativamente plana adequado


para a projeção agropecuária;

 Secção transversais: Utilizados em terrenos estreitos e longos em formas de faixas;

 Fotogramétrico: Utilizado para grandes exteções tais como barragens, implantação de


estradas, eletrificação rural planeamento de uso de solo etc.
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6 – Formas de representação do relevo

6.3 – Perfil Topografico

o perfil é a representação gráfica do nivelamento e a sua determinação tem por


finalidade:

 O estudo do relevo ou do seu modelado, através das curvas de nível;

 A locação de rampas de determinada declividade para projetos de engenharia e


arquitetura: edificações, escadas, linhas de eletrificação rural, canais e encanamentos,
estradas etc.;

 O estudo dos serviços de terraplanagem (volumes de corte e aterro).


SECÇÃO Nº 9

6 – Formas de representação do relevo

6.3 – Tipos Perfil Topografico

O primeiro passo para o desenho de um perfil é traçar uma linha de corte, na direção
onde se deseja representá-lo. Em seguida, marcam-se todas as interseções das curvas de
nível com a linha básica, as cotas de altitude, os rios, picos e outros pontos definidos.

O perfil de uma linha do terreno pode ser de dois tipos:


 Longitudinal: determinado ao longo do perímetro de uma poligonal (aberta ou fechada),
ou, ao longo do seu maior afastamento (somente poligonal fechada).

 Transversal: determinado ao longo de uma faixa do terreno e perpendicularmente ao


longitudinal.
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6 – Formas de representação do relevo

6.4 – Gradientes e declividade

A declividade é a inclinação da superfície do terreno em relação à horizontal, ou seja, a


relação entre a diferença de altura entre dois pontos e a distância horizontal entre esses
pontos. É dada pelo ângulo de inclinação (zenital) da superfície do terreno em relação à
horizontal.
SECÇÃO Nº 9

7 – Medição de área na carta

As medições planimétricas visam o cálculo de comprimentos lineares unidimensionais de áreas


(bidimensional). As medidas feitas diretamente no terreno (real) (escala 1:1) são de interesse dos
geógrafos, agrônomos, engenheiros e são estudadas dentro do grande componente da
cartografia chamado “topografia geodésia e trabalho de campo”. Porém, os bons profissionais
sabem que é normalmente mais fácil, conveniente e (dentro dos limites) razoavelmente exato
fazer medições em cartas, mapas e plantas, aproveitando a escala dessas representações.

Para determinar as medições planimétricas existem alguns métodos como:

 Método gráfico;
 Método analítico;
 Método mecânico.
SECÇÃO Nº 9

7 – Medição de área na carta

7.1 – Método Gráfico

É Quando se trabalha com áreas geométricas, como quadrados, retângulos e outras, sobre
mapas e é aconselhável transformar os valores dos relativos lados de tais figuras geométricas
em valores reais em metros ou quilômetros, para depois calcular a respectiva área.
SECÇÃO Nº 9

7 – Medição de área na carta

7.2 – Método analítico


Neste método determina-se de duas formas que são:

 Por coordenadas dos mapas;


 Através de softwares de geoprocessamento.

7.2 – Método mecânico

Os planímetros são instrumentos usados para a medição de áreas principalmente


irregulares representadas, por exemplo, em um mapa ou fotografia aérea vertical. Eles
são de vários tipos: eletrônicos, mecânicos e de pontos.
FIM DA LINHA.

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