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ENGENHARIA DE MÉTODOS

Adaptado do Prof. Blake Charles


Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Departamento de Ciências Ambientais - DCA
Curso de Graduação em Engenharia de Produção
Campus Mossoró LOGO

ESTUDO DE TEMPOS
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PADRÕES DE PRODUÇÃO E MEDIÇÃO DO TRABALHO


 Os padrões de produção fornecem dados fundamentais para
muitos problemas de tomada de decisões no campo da produção

 têm importância crítica, porque o custo da mão-de-obra é um


fator predominante, influindo em muitas das decisões que devem
ser tomadas

 Os padrões de produção também oferecem dados básicos


usados diariamente nas operações de uma fábrica. Por exemplo,
a programação ou a atribuição de tarefas à maquinas requer o
conhecimento das necessidades de tempo previstas para as
diversas encomendas. Para a fabricação sob encomenda,
devemos estar em condições de fornecer aos fregueses potenciais,
uma proposta contendo o preço e o prazo de entrega
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A Essência do Problema da Medição do Trabalho

 Quais os padrões de produção aplicáveis à população


industrial?
 Qual o tempo necessário para o trabalhador realizar
uma determinada tarefa?
 Qual a data de entrega do produto ao cliente? E qual o
preço da venda?
 Na gestão da mão-de-obra, como avaliar o
desempenho de um trabalhador, de um departamento ou
da empresa como um todo?
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ESTUDO DE TEMPOS

O Estudo de Tempo é uma técnica de medida do trabalho que


permite registrar os tempos e os fatores de atividade para os
elementos de uma dada operação ou tarefa, executada em
determinadas condições, e analisar os dados recolhidos, a fim de se
obter o tempo necessário para executar esta tarefa a um nível de
rendimento bem definido.

O Estudo de Tempos pode ser utilizado para a determinação de


tempos standard para operações ou tarefas já sistematizadas ou como
ferramenta de apoio ao Estudo de Métodos como apoio à análise (fator
medição).
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 Finalidades do estudo de tempos

 Estabelecer padrões para os programas de produção


1 para permitir o planejamento da fábrica, utilizando com
eficácia os recursos disponíveis e, também, para avaliar
o desempenho da produção em relação ao padrão
existente;

 Fornecer os dados para a determinação dos custos


padrões, para levantamento de custos de fabricação,
2 determinação de orçamentos e estimativa de custo de
um produto novo;

 Fornecer dados para o estudo de balanceamento de


estruturas de produção, comparar roteiros de
3 fabricação e analisar o planejamento da capacidade.
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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.


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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.


 Tempo de Manufatura ou Lead-Time
 Mede o tempo total de transformação das matérias-primas e componentes
em produtos acabados.
 Parâmetros de medida do Tempo de Manufatura (TM):
 Tempo de preparação de lote (set-up) (Ts): tempo de preparar os materiais,
equipamentos, ferramentas e dispositivos de trabalho necessários para o funcionamento do
centro de produção ou posto de trabalho.
 Tempo de processamento básico (Tpr): inclui as paradas técnicas de inspeções,
limpezas, ajustes e quebras de máquina.
 Tempo de carga e descarga (Tc): é o tempo de posicionamento dos materiais para a
execução de cada operação no posto. Também chamado de tempo de carregamento de
máquina.
Tempo de transporte (Tt): compreende o tempo de movimentação dos materiais (lote) entre
o final de processamento de um centro de produção até sua estocagem no centro seguinte.
 Tempo de estocagem (Te): no centro de produção, em função da formação de lote para o
transporte e/ou aguardando o processamento.
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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 Takt Time
 O takt-time é definido como tempo de produção disponível dividido pelo
índice da demanda do cliente. Ele determina o ritmo da produção de acordo
com a demanda do cliente (WOMACK, 1998).

 De forma simplificada: takt-time é o ritmo de produção necessário para


atender a demanda e resulta da razão entre o tempo disponível para a
produção e o numero de unidades a serem produzidas.
 O takt-time é um tempo alocado pela gerência para a produção de um
componente, produto ou do trabalho de um centro de produção. A idéia de
alocação de um tempo para produção implica que o takt-time não é calculado a
partir da capacidade de produção, mas determinado em função da necessidade de
atender uma demanda externa ao sistema de produção.
takt-time é o ritmo de produção necessário para atender a um determinado
nível considerado de demanda, dada as restrições de capacidade da linha ou
célula.
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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.


 Tempo de Ciclo

 O Tempo de Ciclo, para WOMACK (1998) é aquele necessário para se


completar o ciclo de uma operação. A duração deste ciclo é dada pelo período
transcorrido entre a repetição de um mesmo evento que caracteriza o início ou fim
desse ciclo, desprezando-se paradas entre ciclos provocadas por interrupções
organizacionais.

 Em um sistema de produção, o tempo de ciclo é determinado pelas condições


operativas da célula ou linha e definido em função de dois elementos:

• Tempos unitários de processamento em cada posto ou centro de produção


• Número de trabalhadores na célula ou linha
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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.


 Tempo de preparação ( Set-up)

 O tempo de preparação (set-up) é definido como o tempo decorrido na troca do


processo do final da produção de um lote até a produção da primeira peça boa do
próximo lote (SLACK, 1997). As operações na manufatura segundo SHINGO (1996)
podem ser classificadas da seguinte maneira:

• Operações de Set-up – preparação antes e depois das operações, como, por


exemplo, troca de ferramentas, troca de dispositivos. A adoção da troca rápida de
ferramentas (TRF) é uma das maneiras mais eficazes de melhorar o set-up.

Existem dois tipos de operação de set-up:


• Set-up interno: operações de set-up que podem ser executadas somente
quando a máquina estiver parada, como por exemplo, a fixação e remoção de
uma matriz.
• Set-up externo: operações de set-up que podem ser executadas enquanto
a máquina ainda está em operação, como por exemplo: transporte de
matrizes, preparação das ferramentas de troca, etc.
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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.


 TEMPO-PADRÃO
 É o tempo utilizado para a determinação da capacidade de trabalho em
centros de produção onde há atividades de operadores, seja em atividades
exclusivamente manuais, seja na interação homem-máquina.
 "... o tempo gasto por uma pessoa qualificada e devidamente treinada,
trabalhando em ritmo normal, para executar uma tarefa ou operação
específica..." RALPH BARNES.
 "... o tempo necessário para completar um ciclo de uma operação quando
realizada com um dado método, em uma certa velocidade arbitrária de trabalho,
com previsão de demoras e atrasos independentes do operador ..."
EDWARD KRICK.
 " ... um tempo padrão é uma função da quantidade de tempo necessária para
desenvolver uma unidade de trabalho:

a) usando um método e equipamentos dados;


b) sob certas condições de trabalho;
c) por um trabalhador que possua uma quantidade específica de habilidade no
trabalho e uma aptidão específica para o trabalho; e
d) trabalhando em uma etapa na qual utilizará, dentro de um período dado de
tempo, seu esforço físico máximo e desenvolvendo tal trabalho sem efeitos
prejudiciais ... " MARVIN E. MUNDEL.
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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 Aplicação do tempo-padrão:

 PCP - medida do trabalho de pequenas séries de produção, medida do trabalho


para serviços de manutenção, programação e controle de entregas aos clientes.

 PRODUTIVIDADE - estudo da distribuição da produtividade do trabalho


através do estabelecimento de tempos-padrão para as operações, por
componente, por produto e por grupo de produção, a fim de estabelecer incentivos
salariais.

 CUSTOS - estabelecimento do custo dos produtos pelos custos de produção


associados às instalações, equipamentos e mão-de-obra.
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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

Determinação do tempo-padrão.
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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 Métodos de desenvolvimento dos tempos padrões:

1 Cronometragem

2 Tempos Sintéticos

3 Amostragem do trabalho
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ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 Equipamentos para o Estudo de Tempos

 Cronômetro de hora centesimal

 Filmadora

 Folha de observação

 Prancheta para observações


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CRONOMETRAGEM

 Etapas para a determinação do tempo padrão de uma operação


• Obter e registrar todas as informações possíveis sobre operação, o
operador e as condições que podem influenciar na execução do
trabalho;

• Dividir a operação em elementos e registrar uma descrição completa do


método;

• Observar e registrar o tempo gasto pelo operador;

• Determinar o tamanho da amostra ou o número de ciclos a ser


cronometrado;

• Avaliar o ritmo do operador;

• Determinar o tempo normal;

• Determinar as tolerâncias;

• Determinar o tempo-padrão da operação.


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CRONOMETRAGEM

 Obter e Registrar Informações

 Informações a respeito da operação e do operador em estudo no cabeçalho


da folha de observações

com relação a operação, peça, material, cliente, número da ordem,


dimensão do lote etc.,

 Um esquema do local de trabalho também deve ser incluído, mostrando a


posição do operador e a localização das ferramentas, dispositivos e materiais.

 Deve ser feito um registro preciso do número, dimensões e descrição de


ferramentas, dispositivos, calibres.

 Devem ser registrados o nome e o número do operador.


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CRONOMETRAGEM

 Divisão da Operação em Elementos e Registro da Descrição do


Método
 São as partes em que a operação pode ser dividida. Tem a finalidade de
verificar o método de trabalho e deve ser compatível com a obtenção de
uma medida precisa. Tomar o cuidado de não dividir a operação em um
número excessivo de elementos.
 É a subdivisão de um ciclo de trabalho composta de uma seqüência de um ou vários
movimentos fundamentais, Numa operação verificam-se, geralmente, três elementos
principais:

1. Separar o trabalho em partes, de maneira que sejam mais curtas possíveis, mas
longas o suficiente para que possam ser medidas com o cronômetro. A prática obtida,
na realização de inúmeros processos de cronoanálise em várias empresas indica que o
tempo mínimo a ser medido deve ser superior a cinco segundos.
2. As ações do operador, quando independentes das ações da máquina, devem ser
medidas em separado. Em outras palavras, o trabalho do operador é do operador e o
trabalho da máquina é da máquina.
3. Definir o atraso ocasionado pelo operador e pelo equipamento separadamente.
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CRONOMETRAGEM
 Divisão da Operação em Elementos e Registro da Descrição do Método

Exemplo: uma indústria de confecções deseja cronometrar o tempo de costura


de uma camiseta. Em que elementos esta operação pode ser dividida?

Resolução: Seria difícil cronometrar todas as atividades independentemente e


detalhadamente como no “diagrama das duas mãos” dado o pequeno espaço de
tempo que cada atividade demanda. Assim é possível dividir as atividades em:

Elemento 1 – Costura dos ombros (costura da frente com as costas unindo os


ombros)
Elemento 2 – Costura das mangas (costura fechando as duas mangas independentes)
Elemento 3 – Costura das mangas nos conjunto frente e costas
Elemento 4 – Fechamento de frente e costas nas laterais (abaixo das mangas)
Elemento 5 – Costura da barra das mangas
Elemento 6 – Costura da barra inferior do corpo
Elemento 7 – Colocação da ribana11
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CRONOMETRAGEM
 Número de ciclos a serem cronometrados

quantas tomadas de tempo são necessárias para que a média


obtida seja estatisticamente aceitável?

2
z.R
n = ----------------
Er . d2 . x

Onde: n ... Número de ciclos a cronometrar


z ... Coeficiente da distribuição Normal Padrão
R ... Amplitude da amostra
d2 ... Coeficiente que depende do número de cronometragens
realizadas preliminarmente
X .. Média da amostra
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Interpretação da fórmula: a fórmula do cálculo do número de ciclos a serem


cronometrados foi desenvolvida em bases estatísticas. O tamanho da amostra vai
depender:

a) do grau de confiança desejado: Assim, quanto maior o grau de confiança, maior o


valor de Z (vide Tabela 2). Como Z está no numerador da fórmula, quanto maior Z, maior o
tamanho de N.

b) da dispersão entre os valores individuais da população: Quanto maior a amplitude


da amostra, maior o valor de N, já que R também está no numerador da fórmula.

c) do erro tolerável: Quanto maior o valor do erro tolerável Er, menor o tamanho da
amostra exigido, uma vez que Er está no denominador da fórmula.

d) da média das observações: Quanto maior for o valor da média, menor será o
tamanho da amostra necessário, já que x está no denominador da fórmula. Isto está
relacionado ao fato que o grau de precisão na mensuração do tempo de atividades
longas é maior que na mensuração de atividades curtas.

e) do tamanho da amostra inicial: Quanto maior o tamanho da amostra inicial, mais


precisa será a mensuração. Como se pode perceber a partir da Tabela 2, d2 aumenta
à medida que aumenta o número de cronometragens iniciais. Assim, como d2 se encontra
no denominador da fórmula, quanto maior a amostragem inicial, menor será o valor de
N.
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CRONOMETRAGEM
 Número de ciclos a serem cronometrados
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CRONOMETRAGEM
 Número de ciclos a serem cronometrados

Método estatístico
No método estatístico deve-se efetuar um certo número de
observações preliminares, ou seja, uma amostra piloto (n’) e aplicar
a fórmula seguinte para um nível de confiança de 95% e um erro de
 5%.
2
 
    x
2 2
 40 n ' x 
n


 x 

Sendo:
n = tamanho da amostra que desejamos determinar;
n’= número de observações do estudo preliminar;
x = valor das observações.
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CRONOMETRAGEM

Exemplo: suponhamos que para um elemento dado se efetuou cinco


observações preliminares e que os valores dos respectivos tempos
transcorridos, expressos em centésimos de minuto, são 7, 6, 7, 7 e 6.
Calcularemos os quadrados e as somas dos quadrados desses números:
x x2
7 49
6 36
7 49
7 49
6 36
 x  33  x 2  219
Substituindo estes valores na fórmula anterior, se obtém o valor de n
2
 40 5(219)  ( 33) 2 
n     8,81  9observ.
 33 
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CRONOMETRAGEM

Exemplo: Um analista de processos de uma grande fábrica de produtos de


linha branca cronometrou a operação de montagem de determinada porta
de um modelo de refrigerador. Foram feitas sete cronometragens iniciais
para as quais foram obtidos os seguintes valores em segundos:

10,5 – 10,3 – 9,3 – 9,2 – 9,5 – 9,9 – 10,0

A empresa determinou, como regra geral, o grau de confiança para os


tempos cronometrados fosse de 95 %, com um erro relativo inferior a 5%.
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Em outras palavras, foram realizadas sete cronometragens iniciais


e a fórmula, utilizando estes valores preliminares, determinou que
apenas quatro cronometragens seriam suficientes.
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CRONOMETRAGEM
 Estimativa do número de observações

A estimativa do número de observações pode ser feita através dos


seguintes passos:

1) Cronometre (a) dez leituras para ciclos de 2 min ou menos, (b) cinco leituras
para ciclos de mais de 2 min.
2) Determine a amplitude R. Esta é obtida pela diferença entre o maior valor H e o
menor valor L(H-L=R).
3) Determine a média X. Esta é a soma das leituras dividida pelo número total de
observações (que será 5 ou 10). Esta média pode ser aproximada pelo valor maior
mais o valor menor dividido por 2, isto é, (H+L)/2.
4) Determine R/X, ou seja, amplitude dividida pela média.
5) Determine o número de leituras necessárias da tabela 1. Leia na primeira
coluna o valor R/X; na coluna relativa à dimensão da amostra será encontrado o
número de observações necessário (para um nível de confiança de 95% e um erro
relativo de  5%, divida o número encontrado por 4).
6) Continue as observações até que seja obtido o número requerido.
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Tabela 1 — Número de leituras de


estudo de tempos N’requerido
para erro relativo de 5%e nível de
confiança de 95%
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Exemplo: A tabela abaixo mostra um estudo de tempos para dez ciclos


consecutivos de uma operação constituída de três elementos. O
procedimento seguido para a determinação do número de leituras
necessário a fim de fornecer um erro relativo de  5% e um nível de
confiança de 95%, é o seguinte:

Elemento 1 0,07 0,09 0,06 0,07 0.08 0,08 0,07 0,08 0,09 0,07

Elemento 2 0,12 0,13 0,12 0,12 0,11 0,13 0,12 0,11 0,13 0,12

Elemento 3 0,56 0,57 0,55 0,56 0,57 0,56 0,54 0,56 0,56 0,55
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Neste exemplo será usado o elemento 2.

1) Cronometre, a figura anterior fornece dez ciclos para cada elemento

2) Determine a amplitude R para o elemento 2.

3) determine a média X.

4) Determine o valor R/X.

5) Determine o número de leituras necessário da tabela 1. Como


0,395 é mais próximo de 0,40 do que de 0,38, o número de leituras
correspondentes a 0,40 é 27.

6) Continue o estudo até obter um total de 27 leituras.


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 Velocidade do Operador

A velocidade V (também denominada de RÍTMO) do


operador é determinada subjetivamente por parte do
cronometrista, que a referência à assim denominada
velocidade normal de operação, à qual é atribuído um
valor 1,00 (ou 100%).
Assim, se: V = 100%  Velocidade Normal
V > 100%  Velocidade Acelerada
V < 100%  Velocidade Lenta
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 Determinação das Tolerâncias

Necessidades Pessoais:
de 10 a 25 min por turno de 8 horas
Alívio da Fadiga:
depende basicamente das condições do trabalho,
geralmente variando de 10% (trabalho leve e um bom ambiente) a
50% (trabalho pesado em condições inadequadas) da jornada de
trabalho.
O fator FT (Fator de Tolerância) é geralmente dado por:
FT = 1/(1-p)
Onde p é a relação entre o total de tempo parado devido às permissões
e a jornada de trabalho.
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 Determinação do Tempo Padrão

Uma vez obtidas as n cronometragens válidas, deve-se:

 Calcular a média da n cronometragens, obtendo-se


 Tempo Cronometrado (TC);
 Calcular o Tempo Normal (TN):
 TN = TC x V
 Calcular o Tempo Padrão (TP)
 TP = TN x FT
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ENGENHARIA DE MÉTODOS
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Adaptado do Prof. Blake Charles

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