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UNIVERSIDADE WUTIVI – UNITIVA

Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico

Licenciatura em Engenharia de Minas

Tema: ESTUDO DO TEMPO DE CICLO DO EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE NA


PEDREIRA SULBRITA, DISTRITO DE NAMAACHA –MAFUIANE 2022

Projecto submetido em cumprimento do curso de Licenciatura em Engenharia de minas

Candidata: Bélsia de Almeida James Humbane

Supervisor: Eng.° Cornélio Givane

Boane, Abril de 2022

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UNIVERSIDADE WUTIVI – UNITIVA

Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico

Licenciatura em Engenharia de Minas

Tema: ESTUDO DO TEMPO DE CICLO DO EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE NA


PEDREIRA SULBRITA

Projecto submetido em cumprimento do curso de Licenciatura em Engenharia de minas

Candidata: Bélsia de Almeida James Humbane

Supervisor: Eng.º Cornélio Givane

Boane, Abril de 2022

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índice
1. Introdução............................................................................................................................................3
1.1. Problematização...........................................................................................................................4
1.2. Hipóteses.....................................................................................................................................5
1.3. Objectivos....................................................................................................................................5
1.4. Relevância da pesquisa................................................................................................................6
1.5. Estrutura do trabalho....................................................................................................................7
2. Revisão bibliográfica...........................................................................................................................8
2.1. Operações de carregamento e transporte......................................................................................8
2.2. Transporte....................................................................................................................................9
2.2.1. Caminhão basculante.........................................................................................................10
2.3. Tempo de ciclo..........................................................................................................................10
3. Enquadramento geológico e geográfico da área.................................................................................11
3.1. Geologia Local..........................................................................................................................12
3.1.1. Formação de Movene (JrM)...............................................................................................12
3.1.2. Basaltos (JrM)....................................................................................................................13
3.1.3. Membro Riolítico dos Pequenos Libombos.......................................................................13
3.1.4. Brecha de riólito (JrMbr)...................................................................................................14
3.1.5. Quartzo latito (JrMq).........................................................................................................14
4. Metodologia.......................................................................................................................................16
4.1. Método científico.......................................................................................................................16
4.2. Quanto a natureza......................................................................................................................16
4.3. Quanto aos objectivos................................................................................................................16
4.4. Quanto a abordagem do problema.............................................................................................16
4.5. Quanto aos procedimentos técnicos...........................................................................................17
5. Resultados esperados.........................................................................................................................17
6. Cronograma.......................................................................................................................................18
7. Orçamento.........................................................................................................................................18
8. Referências bibliográficas.................................................................................................................19

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1. Introdução
Em mineração, se entende por lavra o conjunto de práticas de operações mineiras que visa o
aproveitamento de uma jazida mineral. Desta forma, o ciclo de operações mineiras de lavra
convencionais, se fundamenta em quatro operações unitárias: perfuração, desmonte,
carregamento e transporte.

A operação de transporte consiste em transportar o material desmontado na frente de lavra em


operação e se direciona até diferentes pontos de descarga (britador, pilha de estéril). Na Pedreira
Sulbrita o equipamento de transporte utilizado é o camião.

Trata-se de uma pesquisa, no qual, para o alcance do objetivo proposto, a metodologia


empregada será a pesquisa aplicada, vai consistir no levantamento de dados no campo e a
pesquisa bibliográfica, que consiste no levantamento de material já elaborado e publicado em
documentos, tais como livros e trabalhos já feitos sobre o tema.

Segundo Melo (2020) o método mais tradicional de carregamento e transporte, em lavra a céu
aberto, é a combinação de carregadeira e caminhões. As operações de carregamento e transporte
são iniciadas com o deslocamento dos equipamentos até as frentes de lavra, onde os
equipamentos de carga carregam os de transporte com minério ou estéril, que seguem com o
material até um ponto de descarga, podendo ser britadores, pátios de homogeneização e
estocagem, e depósitos de estéril.

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1.1. Problematização
As operações de carregamento e transporte fazem parte das principais operações produzidas na
mina/pedreira e quando bem-feitas contribuem para bom desenvolvimento das atividades
mineiras bem como da produção da mina. Um bom estudo do tempo de ciclo impacta
diretamente na produtividade dos equipamentos e posterior produção, quando bem executadas,
podendo trazer resultados significativos para a operação.

De acordo com Coutinho (2017) as operações de carregamento e transporte podem representar


cerca de 80% do custo total da lavra.

O tempo de ciclo é um indicador essencial para se medir a produtividade dos equipamentos nas
frentes de lavra, se dividindo entre tempos de ciclos fixos e variáveis. Melo (2020).

O mau dimensionamento dos equipamentos contribui para má optimização dos equipamentos e


má produtividade dos mesmos, visto que na pedreira em causa utiliza-se equipamentos de
grandes capacidades sua produtividade devia ser ainda maior sendo assim necessária análise do
tempo de ciclo do equipamento de transporte.

A má qualidade das vias de acesso dificultam o processo de transporte na pedreira sulbrita o que
influencia negativamente no tempo de ciclo do equipamento de transporte. Verificou-se que as
grades das rampas das vias de acessos são acentuadas o que diminui a eficácia do equipamento
de transporte e cria uma resistência durante o trajecto do mesmo tendo assim um maior tempo de
ciclo do equipamento de transporte e impactando assim também na produtividade na pedreira.

O desmonte de rocha na pedreira sulbrita por vezes não tem sido eficaz o que dificulta o
processo de carregamento e consequentemente o camião que é o equipamento de transporte
utilizado na pedreira sulbrita é obrigado a transportar um só bloco.

Diante da problemática acima levantada surge a seguinte pergunta de partida:

Problema de Partida

Até que ponto a qualidade das rampas e de vias de acesso da pedreira sulbrita podem influenciar
no tempo de ciclo dos equipamentos de transporte?

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1.2. Hipóteses
H1: O melhoramento da qualidade das vias de acesso, grade das rampas pode influenciar no
tempo de ciclo do equipamento de transporte.

H2: O melhoramento da qualidade das vias de acesso, grade das rampas pode não influenciar no
tempo de ciclo do equipamento de transporte.

1.3. Objectivos
Objectivo geral

 Avaliar os factores que influenciam no tempo de ciclo do equipamento de transporte na


Pedreira Sulbrita.

Objectivos específicos

 Descrever o processo de transporte do material na Pedreira Sulbrita;


 Identificar os factores que influenciam no ciclo dos equipamentos de transporte;
 Analisar o tempo de ciclo do equipamento de transporte;
 Aprimorar o tempo de ciclo do equipamento de transporte na Pedreira Sulbrita
 Propor as medidas de melhoramento no tempo de ciclo do equipamento de transporte

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1.4. Relevância da pesquisa
A pesquisa surge no âmbito da culminação final do curso de licenciatura em engenharia de minas
na Universidade Wutivi-UNITIVA.

Tempo de ciclo é um tema que é abordado de diversas formas e em várias áreas como a de
engenharia de minas e muitas outras que possam envolver equipamentos.

O tema em análise surge no acto da leitura e análise de trabalhos como monografias, dissertações
e teses surgindo assim a curiosidade de aprofundar o tema.

Quanto ao aspecto profissional a pesquisa e de extrema importância para empresa, uma vez que
visa controlar e melhor o tempo de ciclo do equipamento de transporte o queira beneficiar a
produtividade da mina bem como na eficiência do equipamento e esta também integra
conhecimentos teóricos sobre o tema e trás um saber fazer aos profissionais da área e que pode
também ser replicado em outras áreas com mesmos problemas.

No âmbito socioeconómico este trabalho contribuirá para um público amplo e diverso desde os
utentes das infraestruturas locais, técnico de instituições governamentais e de organizações não-
governamentais, interessados na resolução da questão em causa.

A nível académico cientifico espera-se que a presente a pesquisa sirva de inspiração para a
realização de mais estudos relacionados com a temática abordada, que contribuirão para o
enriquecimento da literatura desencadeando novas ideias aos mesmos bem como propor
melhores formas de análise de tempo de ciclo.

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1.5. Estrutura do trabalho
O processo de desenvolvimento da pesquisa está organizado e exposto em três capítulos.

No capítulo 1 apresenta-se a discussão conceptual, as teorias, a legislação, as hipóteses os seus


objectivos.

Em seguida no capítulo 2 apresenta-se a revisão bibliográfica com conceitos básicos sobre o


tempo de ciclo, o enquadramento da área e a metodologia da pesquisa, primeiro face a
classificação da pesquisa quanto a abordagem do problema, a natureza da pesquisa e os
procedimentos a serem usados.

O terceiro capítulo apresenta os resultados esperados, o cronograma e o orçamento.

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2. Revisão bibliográfica
Neste capítulo são abordados os tópicos, os critérios e as considerações sobre o tempo de ciclo
para melhor compressão do tema.

2.1. Operações de carregamento e transporte


Em minas a céu aberto, as atividades se iniciam com a preparação da área a ser lavrada para que
ela possa ser perfurada e detonada. Após a detonação, o equipamento de carga é deslocado para
frente de lavra, no local onde a carga foi desmontada, e se inicia o processo de carregamento. Os
caminhões carregados transportam o material até determinados pontos de descarga: britadores,
estoques de minério e pilhas de estéril. Em seguida são alocados para uma frente de lavra
disponível, onde repetirão as mesmas operações. Júnior (2014)
As operações de carregamento e transporte consistem em transportar o material lavrado da jazida
até diferentes pontos de descarga. Os locais de extração e remoção são classificados como
frentes de lavra ou áreas de escavação. Quevedo (2009) citado por Sadré (2019).
A mesma autora, afirma que os pontos de descarga podem ser classificados como:
 Pilhas de estéril (material não aproveitado pelo processo);
 Pilhas de homogeneização (para mistura de material);
 Britador (em que o minério é enviado até a usina de beneficiamento).

Figura1: Ciclo de operação de carregamento e transporte

Fonte: Melo (2020)

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De acordo com Borges (2013), as operações de carregamento e transporte são consideradas as
mais críticas e complexas dentro do processo de lavra, representando cerca de 60% de todo custo
operacional.

Segundo Júnior (2014) é necessário considerar que os equipamentos de transporte são produtivos
somente quando estão transportando material, ou seja, se deslocando carregados. Os
equipamentos de carga são considerados produtivos quando estão em processo de carregamento.
O período de filas e ociosidades são os principais fatores para a perda de produtividade.

2.2. Transporte
Segundo Racia (2016) citado por Melo (2020) na indústria mineira existem vários meios de
transporte do material, no entanto o transporte por caminhões é um dos mais usados. O transporte
por caminhão torna-se o mais utilizado em todo o mundo, pois com o advento da mecanização,
fez alavancar ainda mais a capacidade de produção, desenvolvendo equipamentos cada vez mais
modernos e automatizados.

O transporte de material realizado por caminhões representa a maior parte dos custos
operacionais de lavra, desta forma, é importante que se busque aumentar cada vez mais a
eficiência operacional nesse processo. Para tal, existem algumas condições que são essenciais
para um bom desempenho na operação dos caminhões, como a padronização da largura,
inclinação e condições de acesso, alocação acurada e controle de despacho de frota, treinamento
e capacitação dos motoristas, entre outros. Coutinho (2017). O mesmo autor afirma que o tempo
de ciclo é um indicador essencial para se medir a produtividade no transporte.

Segundo Júnior (2014), o ciclo de um caminhão pode ser dividido entre tempos de ciclos fixos
(tempo de fila de carregamento e basculamento, tempo de manobra no carregamento e
basculamento e tempo de carregamento) e tempos de ciclos variados (deslocamento vazio e
deslocamento cheio).

De acordo com Coutinho (2017) os fatores influenciam no tempo de ciclo dos equipamentos de
transporte são:

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 Distância média de transporte - distância média percorrida pelo caminhão desde sua
origem (frente de lavra) até o seu destino (britador ou pilha de estéril). Quanto menor a
distância, menor será o tempo de deslocamento vazio e cheio.
 Velocidade média - relação entre a distância percorrida (km ou m) e o tempo de
deslocamento (h ou s). Quanto maior a velocidade média, mais rápido está o seu
deslocamento.
 Tempo de manobra - tempo necessário ao equipamento para realizar a manobra de
carregamento e de basculamento. Devem-se buscar manobras seguras e com menor
tempo possível.

2.2.1. Caminhão basculante


Unidade resultante do chassi de um caminhão ligeiramente alterado ao qual se aplica uma
carroceria de chapas (básculas) Na prática, a báscula é conhecida por caçamba. Os basculantes
têm capacidade, que em sua grande maioria, entre 4 e 6m³. Ricardo & Catalani (2008)

2.3. Tempo de ciclo


Tempo de ciclo de um equipamento é o intervalo de tempo necessário para a execução de
operação completa de uma serie de operações repetitivas. O tempo de ciclo pode ser decomposto
por tempo fixo que é o necessário para que um equipamento possa carregar (ou ser carregado),
descarregar, fazer a volta, parar e iniciar um novo ciclo tempo esse mais ou menos igual em um
determinado serviço e por tempo variável que é o tempo necessário para um equipamento se
locomova do locar de carregamento, ate ao local onde efectua a descarga e retorne ao local de
carregamento. Ricardo e Catalani (2017).

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3. Enquadramento geológico e geográfico da área
A área de estudo está localizada no distrito de Namaacha, que situa-se no sudoeste da Província
de Maputo a 76km da cidade de Maputo, a oeste faz fronteira com a República da Africa de Sul e
o reino de Suazilândia, a norte com o distrito de Moamba, a este com o distrito de Boane e a sul
com o distrito de Matutuine. A área estudo possui uma superfície de 160 ha e as são as seguintes:

Vértice Longitude (E) Latitude (S)


1 32° 16’ 30” -26° 1’ 12”
2 32° 16’30” -26° 0’ 52”
3 32° 16’ 45” -26° 0’ 52”
4 32° 16’ 45” -26° 0’ 47”
5 32° 17’ 11” -26° 0’ 47”
6 32° 17’ 11” -26° 1’ 7”
7 32° 16’ 41” -26° 1’ 27”
8 32° 16’ 41” -26° 1’ 20”

Tabela 1: Coordenadas geográficas

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Figura 2: Mapa de Localização Geográfica da Pedreira

Fonte: Autora 2022 usando Arcmap 10.5

3.1. Geologia Local

3.1.1. Formação de Movene (JrM)


A Formação (basáltica) de Movene representa a unidade litológica mais elevada do Monoclinal
dos Libombos (Eales et al., 1984), estendendo-se por mais de 400 km a partir do rio Maputo na
fronteira sul-africana (folha 2632) até ao rio Singuédzi, a norte da barragem de Massingir (folha
2331). Dominando as férteis terras baixas entre a cordilheira riolítica dos Libombos, a oeste, e as
formações do Quaternário, a leste, a formação de Movene compreende sobretudo uma sucessão
de fluxos de lava basáltica, mas inclui igualmente fluxos de riólitos intercalados do Membro dos
Pequenos Libombos na parte superior da coluna de lava basáltica (GTK, 2006) citado por
Lächelt (2014).

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A Formação de Movene, onde insere-se a área concessionada, representa a unidade
litologicamente mais superior do Monoclinal dos Libombos (exemplo, Eales et al. 1984 cm GTK
2006 citado em Plano de Gestão Ambiental Sulbrita, 2018). Esta compreende maioritariamente
uma sucessão de fluxo de lavas basálticas, mas inclui também fluxos de riólitos intercalados do
Membro dos Pequenos Libombos na parte superior da pilha de lavas basálticas evidenciando o
seu carácter bimodal. A área a ser concessionada cobre estas duas unidades litologicamente
distintas, os riólitos (objectos de exploração) e os basaltos, e, os Quartzo latito atribuídos a
Membro dos Pequenos Libombos (PGA Sulbrita, 2018).

3.1.2. Basaltos (JrM)


As lavas basálticas da Formação de Movene estão pobremente expostas quando comparadas às
rochas vulcânicas félsicas. A maioria dos afloramentos está exposta em ribeiras ou margens
destas. Alguns afloramentos são também encontrados em lugares topograficamente elevados,
cobertos por unidades rioliticas mais resistentes.

Os afloramentos de campo de basaltos apresentam tipicamente propriedades características de


fluxos de pahoehoe insuflados: um núcleo de fluxo maciço e crustas inferior e superior altamente
amigdalóides. Estas vulcânicas máficas apresentam um aspecto de campo afírico, embora
também se observem com frequência tipos porfiríticos de plagioclase.

A brecha é constituída por elementos quebrados de lava pahoehoe (Pequenos Libombos), que é
uma característica típica dos fluxos de pahoehoe. As lavas de pahoehoe não foram anteriormente
reportadas da Formação de Movene ou da Grande Província ígnea do grande Karoo (GTK, 2006)

3.1.3. Membro Riolítico dos Pequenos Libombos


O objecto de exploração da área concessionada, a pedra riolítica de construção, insere-se no
Membro Riolítico dos Pequenos Libombos da Formação de Movene.

Uma crista riolítica proeminente dos Pequenos Libombos, na parte sul da folha cartográfica 2532
e na parte norte da folha 2632, compreende uma sucessão de fluxos de cinza vulcânica soldados
de várias formas na parte superior da Formação de Movene, a norte e leste da barragem dos
Pequenos Libombos.

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As interestratificações de riólito com orientação a norte pode ser acompanhada durante mais de
65 km ao longo da direcção, sendo a sua largura máxima de cerca de cinco quilómetros. A
evidência da instalação piroclástica do Riólito de Pequenos Libombos é dada pela sua
transição graduada de um tufo-brecha basal fracamente soldado e uma zona litofísica ascendente
para uma rocha reomórfica tipo lava progressivamente de fluxo bandado e fluxo dobrado. O
contacto inferior da unidade de riólito aflora numa barreira de estrada no topo da crista dos
Pequenos Libombos, onde uma zona de cor castanha na parte superior do basalto subjacente
pode representar um horizonte de paleo-laterito alterado hidrotermicamente. GTK (2006) citado
por Lächelt (2014).
Este membro evidencia A evidência para uma deposição piroclástica dos riólitos dos Pequenos
Libombos é providenciada pela sua transição gradacional a partir de brechas de tufos fracamente
consolidadas a uma zona lithophysal acima, dentro duma rocha reomórfica tipo-lava de fluxo
progressivamente acamado e dobrado. PGA Sulbrita, (2018).

3.1.4. Brecha de riólito (JrMbr)


Um horizonte de brecha piroclástica subaérea (brecha de tufo), provavelmente com dezenas de
metros de espessura, está exposta ao longo da encosta ocidental de uma colina separada no lado
oriental dos Pequenos Cordilheira dos Libombos propriamente dita (SDS 2632). A sua posição
como extensão norte imediata do sul do riólito sugere que esta unidade representa uma brecha de
tufo de queda de ar ou não soldada depósito de fluxo de cinzas entre as folhas de fluxo de cinzas
densamente soldadas da área. A brecha piroclástica é composta por fragmentos líticos (juvenis a
acidentais), até 10 cm de tamanho, em uma matriz de tufo de grão fino. Esses clastos suportados
por matrizes principalmente compreendem fragmentos desgastados de basalto, lapilli quebrado e
bombas de pedra-pomes vesicular, e lascas marrons claras e fragmentos de riólito afanítico. Os
fragmentos líticos ocasionais encontrados provavelmente foram derivados dos estratos
sedimentares pré-vulcânicos do Karoo, não expostos em esta área. GTK (2006)

3.1.5. Quartzo latito (JrMq)


Esta variedade de rochas vulcânicas, cinzento claro ou acinzentada é também atribuída ao
Membro dos Pequenos Libombos. O obscuro bandeamento de fluxo a o fiamme raro sugere a sua
origem a partir de cinzas vulcânicas para a rocha afanítica com enclaves máficos abundantes,
castanho escuro em cor, geralmente com <10 cm em tamanho (PGA Sulbrita,2018).

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Figura 3: Mapa geológico da área de estudo

Fonte: Autora 2022 usando Arcmap 10.5

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4. Metodologia
Nesta etapa são apresentadas os materiais e métodos que serão usados para a elaboração do
projecto.

4.1. Método científico


Para a elaboração do trabalho pretende-se usar o modelo hipotético dedutivo este método
consiste na identificação de um problema e são formuladas hipóteses para melhor resolução do
problema. Gil (2008).

Assim sendo pretende-se identificar o problema que impacta o tempo de ciclo e de seguida serão
testadas as hipóteses para solucionar o problema avaliando também o tempo de ciclo do
equipamento de transporte.

4.2. Quanto a natureza


Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada pois objectiva gerar conhecimentos para aplicação
pratica para solucionar um problema. Prodanov & Freitas (2013). E assim o autor busca o
conhecimento sobre o tempo de ciclo analisando-o para melhor solucionar os problemas que o
impactam.

4.3. Quanto aos objectivos


Quanto aos objectivos a pesquisa mostra-se explicativa. De acordo com Gil (2008) a pesquisa
explicativa é aquela que preocupa-se em identificar os factores que estabelecem e contribuem
para a ocorrência de fatos, este é usado para explicar as razoes de um certo acontecimento dai
que é considerado complexo de delicado e susceptivel a erros. Por tanto com esta pesquisa
pretende-se identificar os factores que impactam no tempo de ciclo dos camiões da pedreira
sulbrita.

4.4. Quanto a abordagem do problema


No desenvolvimento da pesquisa de natureza quantitativa, devemos formular hipóteses e
classificar a relação entre as variáveis para garantir a precisão dos resultados, evitando
contradições no processo de análise e interpretação. Pradanov & Freitas (2013). Para melhor
quantificação necessitasse de cálculos matemáticos para melhor avaliação do tempo de ciclo.

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4.5. Quanto aos procedimentos técnicos
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que vai buscar informações para melhor entendimento em
literaturas de autores renomados na área.

Ira adotar também a pesquisa de campo é aquela utilizada com objetivo de conseguir
informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual procuramos uma resposta,
ou de uma hipótese, que queiramos comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as
relações entre eles. Prodanov & Freitas (2013).

Para a colecta de dados precisa-se do apoio de um cronometro para a medição dos tempos de
ciclo tendo em conta o tempo de deslocamento vaio, o tempo de manobra, o tempo de fila e o
tempo de deslocamento cheio, uma fita métrica para as medições das distancias, caneta e papel
para as anotações. E por fim uma câmera para fotografar.

Para a elaboração dos mapas recorreu-se ao uso do Arcmap 10.5 com dados carta de 2007.

5. Resultados esperados
Com o estudo do tempo de ciclo dos equipamentos de transporte (camião) da pedreira Sulbrita,
espera-se que haja uma melhoria no que tange a produtividade e eficiência desses equipamentos
de transporte. Também Identificados os problema que influencia o tempo de ciclo do camião
espera-se redução destes factores condicionantes facilitando assim o processo do transporte.

A operação de transporte representa cerca 80% da produtividade e cerca de 60% dos custos da
lavra então tem de haver uma certa atenção nesta operação e com este trabalho e as suas
propostas de melhoria espera-se que a pedreira sulbrita reduza os seus custos de operação e
aumente significativamente a sua produção.

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6. Cronograma
Meses Fevereiro Marco abril Maio

Dias/ETAPAS 10- 20-28 1-10 11-20 5-10 11-20 21-31 1-5 6-10 11 20
20
Escolha do tema X
Levantamento X X X
bibliográfico
Elaboração do X X
anteprojeto
Apresentação do X
projeto
Coleta de dados X X X
Análise dos X X
dados
Organização do X X
roteiro/partes
Redação do X
trabalho
Revisão e X
redação final
Entrega da X
monografia
Defesa da X
monografia

7. Orçamento

Despesas Valor em Meticais

Custos da viagem(coleta de dados) 1000


Material didático 500
Impressao e encadernação 300
Total 1800

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8. Referências bibliográficas
 Bernardi, H. A. (2015). Dimensionamento de Equipamentos para as Operações Unitária
de Lavra de Mina a Ceu Aberto. Palmas: Centro Universitário Luterano de Palmas.
 Borges, T. C. (2013). Análise dos custos operacionais de produção no dimensionamento
de frotas de carregamento e transporte em mineração. (Dissertação de Mestrado,
Programa de Pós-graduação em Engenharia Mineral). Universidade Federal de Ouro
Preto.
 Botelho, A. H. (2014) Influência da operação de desmonte de rochas no carregamento de
material fragmentado. (Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em
Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais). Universidade Federal do Rio Grande
do Sul.
 Catalani, H. S. & Ricardo, G. (2007). Manual Pratico de Terraplanagem e Escavação de
Rocha. 3. ed. São Paula: Pini.
 Coutinho, H. L. (2017). Melhoria Continua Aplicada para Carregamento e Transporte na
Operação de Mina a Ceu Aberto. Ouro Preto, Universidade Federal de Ouro Preto.
 Freitas, E.C. & Prodanov, C.C. (2013). Metodologia do trabalho científico: Métodos
Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo - Rio Grande do
Sul – Brasil: Universidade Feevale.
 Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas.
 GTK. (2006). Noticia Explicativa Vol I
 Júnior, W. S. F. (2014) Analise do desempenho dos operadores de equipamentos de mina
e simulação de cenários futuros de lavra (Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-
graduação em Engenharia Mineral). Universidade Federal de Ouro Preto.
 Länchelt, S. (2014). Geologia e Potencial de Moçambique. Direção Nacional de Geologia
Moçambique.
 Melo, S.O. (2020). Estudo de Tempos de Ciclo de Carregamento e Transporte de Minério
em uma Mina a Céu Aberto. Araxá Minas Gerias: CEFET/MG.

20
 Quevedo, J. M. G. (2009). Modelo de Simulação Para o Sistema de Carregamento e
Transporte em Mina a Céu Aberto. Dissertação (Dissertação em Engenharia de Produção)
Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.
 Silva, V. C. (2009). Carregamento e Transporte de Rochas. Escola de Minas da
Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto.
 Sodré, D. F. (2019). Análise de Tempos e Movimentos e Dimensionamento de Frota de
uma Mina a Ceu Aberto. Ouro Preto Minas Gerais: Universidade Federal de Ouro Preto.
 Sulbrita. (2018). Plano de Gestão Ambiental. Direção da Sulbrita.

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Universidade Wuivi- Unitiva

Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico

Curso de Licenciatura em Engenharia de Minas

COMPROMISSO DE HONRA COM O SUPERVISOR

A candidata O Supervisor

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(Bélsia de Almeida James Humbane) Eng.º Cornélio Givane

Boane, Abril de 2022

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