Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
I. EPÍGRAFE...............................................................................................................................2
II. AGRADECIMENTOS.............................................................................................................3
III. DEDICATÓRIA...................................................................................................................4
IV. RESUMO..............................................................................................................................5
V. ABSTRACT.............................................................................................................................6
1. INTRODUCÃO........................................................................................................................7
2. OBJECTIVOS..........................................................................................................................8
2.1. Objectivo Geral.................................................................................................................8
2.2. Objectivos específicos.......................................................................................................8
3. METODOLOGIA....................................................................................................................9
4. Controle, proteção, combate e prevenção contra explosões nas minas..................................10
4.1. Explosão..........................................................................................................................10
5. Caracterização de poeiras explosivas.....................................................................................14
6. Caracterização de gases explosivos........................................................................................15
7. Medidas correctivas................................................................................................................16
7.1. Barreiras de pó inerte......................................................................................................16
7.2. Monitorização e controle................................................................................................18
8. Medidas de proteção inerentes a proteção, combate e prevenção de explosões em minas
subterrâneas...................................................................................................................................20
8.1. Medidas de proteção e combate......................................................................................20
9. Grisú e Poeiras Explosivas.....................................................................................................22
9.1. Condições Especiais........................................................................................................22
9.2. Atuação em Presença de Grisú ou Poeiras Explosivas...................................................23
9.3. Medidas de Prevenção....................................................................................................23
9.4. Comunicação sobre Grisú e Poeiras Explosivas.............................................................24
10. CONCLUSÃO....................................................................................................................25
P á g i n a 1 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
I. EPÍGRAFE
"Se você nao está preparado para errar, você nunca coseguirá fazer algo original"
Sir Ken Robinson
P á g i n a 2 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
II. AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecemos a Deus pela vida e pelas outras bênçãos que a nossa consciência
humana não pode materializar.
Posteriormente aos nossos familiares pelo apoio que em nós depositam incondicionalmente.
E por fim endereçamos as nossas saudações e agradecimentos com muita honra ao docente da
cadeira de Segurança Mineira, MSc. Lucas Simoco que de forma presencial têm-nos orientado
não só no que diz a presente cadeira, mas também sobre a mineração a nível geral,
desenvolvendo desta forma novas aptidões.
P á g i n a 3 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
III. DEDICATÓRIA
P á g i n a 4 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
IV. RESUMO
O presente trabalho teve por objectivo, desenvolver de forma coerente e precisa uma abordagem
sobre o controle, proteção, combate e prevenção contra explosões nas minas. Com base na
perspectiva do objectivo em epigrafe, o presente trabalho pretende dar uma visão ao fazer um
diagonóstico e analise das condições de segurança em uma mina, propondo algumas
intervenções que se fazem necessarias para melhoria de seguraçca numa mina, de forma a
repensar sobre as estratégias empregadas para dificultar a presenca de riscos de explosões numa
atmosfera subterrânea ou a céu aberto.
P á g i n a 5 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
V. ABSTRACT
The objective of the present work was to develop a coherent and precise approach to the control,
protection, combat and prevention of mine explosions. Based on the perspective of the objective
in epigraph, the present work intends to give a vision when doing a diagonóstico and analysis of
the safety conditions in a mine, proposing some interventions that are necessary to improve the
safety in a mine, in order to rethink about the strategies to prevent the presence of explosion
hazards in an underground or open atmosphere.
P á g i n a 6 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
1. INTRODUCÃO
O presente trabalho têm como tematica o controle, proteçãao, combate e prevenção contra
explosões nas minas. O trabalho focaliza a adoção de tecnicas de prevenção de explosões. O
interesse colectivo pelo tema permitiu-nos fazer algumas reflexões e questões com o objectivo de
nortear a investigação: O que é uma explosao? O que é essencial para evitar as explosões em
uma mina? O que e aceitável caso haja uma explosão e como o sistema se comportará em uma
mina? Como se encontra os dispositivos de proteção no caso de uma explosao? Como inicia as
explosões?
A prevenção trás consigo um grande desafio, pois representa uma tentativa de contribuir na
conscientização sobre os cuidados básicos. Com base nisso o presente trabalho pretende dar uma
visão no que diz respeito ao controle, proteção, combate e prevenção de explosões nas minas
com intuito de manter a boa segurança no local de trabalho.
P á g i n a 7 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
2. OBJECTIVOS
Desenvolver de forma coerente e precisa uma abordagem sobre o controle, protecção, combate e
prevenção contra explosões nas minas.
P á g i n a 8 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
3. METODOLOGIA
P á g i n a 9 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
4.1. Explosão
fonte de ignição com energia suficiente para a primeira deflagração, poderá explodir, causando
vibrações subsequentes pela onda de choque. Isto fará com que mais pó depositado entre em
suspensão e mais explosões aconteçam, cada qual mais devastadora que a anterior. Explosões de
pó são mais fáceis de ocorrer por causa do tamanho de suas partículas, tendo como base de regra
que somente partículas menores que 0,1 mm podem entrar em ignição (COUTO, 2004).
4.1.3. Explosões primárias e secundárias
Figura 1. - Nuvem de pó de 40 g/m3 tendo uma fonte de calor uma lâmpada de 25 w (Eckhoff
2003, p. 9)
As explosões secundárias apresentam uma força maior, fazendo com que as chamas geradas
cheguem a longas distâncias, sendo elas geradas pelo arrastamento das camadas de pó da
explosão primária. Geralmente quando espalha-se o pó contido em um silo existe um grande
risco de acontecer explosões secundárias.
P á g i n a 11 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
Figura 2. - (a) Esquema de uma explosão primária gerando uma onda que espalha a pó. (b)
Esquema de uma explosão secundária gerada a partir de uma primária (Eckhoff 2003, p. 11)
P á g i n a 12 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
As explosões nas aberturas ou minas subterrâneas, geram grandes consequências nas operações
na saúde e na vida do trabalhador, que se manifestam no aspecto dinâmico, térmico e intoxicação
por gás de monóxido de carbono.
Em minas subterrâneas indicam que as principais causas de ignição são relacionadas com o uso
de equipamentos eléctricos, à utilização de equipamentos de corte e soldadura com oxigénio e
acetileno, aos explosivos, à fricção, à acumulação de lixo, ao gás metano e às correias
transportadoras.
P á g i n a 13 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
Apenas o pó em forma isolada não explode sem presença de um agente oxidante (oxigénio) e
uma fonte de ignição. Uma condição principal para a explosão da poeira é de que as partículas
sejam de pequeno tamanho (superfície) e permitam um fácil acesso duma suficiente quantidade
de oxigénio para a combustão. A explosividade duma partícula é caracterizada pela pressão de
explosão, pela sensibilidade à ignição e pelo coeficiente de explosividade. O nível de violência
da explosão depende da máxima pressão gerada em muito pouco tempo (40 m/s). A explosão das
poeiras produz pressões próximo de 1 MPa à razão de 100 MPa/s. O coeficiente de explosividade
(Kex), pode-se determinar com a taxa máxima do acréscimo da pressão (Pm) e a taxa de
aumento da pressão média (Pmm) para um tempo de um segundo , determinados em ensaios em
laboratório (Holding, W., 1994)., pela seguinte equação:
Poeiras com Kex 95 são explosivas, por conseguinte precisam monitorização constante. O pó de
carvão explosivo tem um tamanho menor a 240µm, que passa pela malha de 60 mesh. A mínima
concentração de propagação do pó de carvão sem risco de explosão é de 50g/m3 e a máxima
violência da explosão acontece com concentrações de 150 a 350g/m3. A velocidade de
deflagração das ondas de choque atinge um valor de 1120m/s a uma pressão de 1.36MPa e a de
detonação pode ser maior que 2000m/s com pressões de 5MPa. A concentração de pó
incombustível presente no pó de carvão (S) determina-se em função da sua explosividade, que é
expressa pelo índice de explosividade (Iex). Este índice é utilizado como guia para o cálculo de
pó incombustível requerido.
P á g i n a 14 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
Os gases são usualmente classificados em três categorias: ar, gases combustíveis (metano,
hidrogénio, monóxido de carbono) e gases inertes (excesso de nitrogénio e excesso de bióxido de
carbono). A proporção destas categorias de gases presentes na atmosfera subterrânea determina o
seu nível de explosividade caracterizada pelo triângulo de Coward. No triângulo de Coward
Estes três pontos formam o triângulo PQR que representa gás explosivo resultante da mistura de
ar com metano.
P á g i n a 15 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
7. Medidas correctivas
Entre as técnicas utilizadas para controlar as explosões em minas subterrâneas estão as barreiras
de pó inerte e as barreiras passivas. A barreira de pó inerte é uma técnica muito utilizada para
mitigar ou atenuar os problemas de explosão em minas de carvão. A técnica consiste em
suspender no tecto das aberturas subterrâneas sacos de pó inerte, de maneira que com a acção da
onda expansiva inicial de choque se consiga deteriorar os sacos de pó inerte ou então as chamas
do incêndio provoquem a combustão destes sacos.
Uma vez de que o saco de pó inerte fica deteriorado, o conteúdo espalha-se e passa a integrar a
concentração do ar da atmosfera subterrânea juntamente com o pó de carvão, diluindo a
concentração deste e dessa forma evitando a continuidade das explosões a outras áreas e a
consequente incêndio. A distribuição das barreiras de pó inerte, pode ser dimensionada da forma
definida por Du Plessis J.J.L. et al., 1997. A quantidade de sacos de pó inerte para cada barreira
Qsb (sacos/barreira), com base na largura L (m) e a altura H (m) da abertura, distância de
protecção Dp (100 m), massa volúmica do pó inerte ρpi (1000 kg/m3 ), peso de cada saco de pó
inerte Ppi (6 kg/saco) e número de barreiras Nb, pela equação:
P á g i n a 16 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
Figura 4.- Barreira de po inerte no tecto da abertura subterrânea, antes e depois da explosão
( Mina de carvão Bulli Colliery, Illawarra Region, Australia, 2002)
A distribuição dos sacos pode fazer-se com uma distância longitudinal e transversal de 2 m entre
sacos pendurados. A pressão dinâmica Pd (kPa) a que trabalha a barreira é determinada com o
sensor Kistler 9203 ou similar (Du Plessis, J.J.L., et al., 1997) e mediante a equação, em função
da pressão total Pt (kPa) e pressão estática Pe (kPa).
Pd = Pt – Pe
Qe =ϕ[ Te ] 4
Em alguns países também se utilizam barreiras de água, para explosões com velocidade dinâmica
menor que 25 m/s.
Figura 5.- Distribuição dos sacos de pó inerte no ambiente subterrâneo (Mina de carvão Bulli
Colliery, Illawarra Region, Austrália, 2002)
P á g i n a 17 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
comprimento curto. Um diafragma do sistema impede o fluxo da água do tanque para a suas
bocas, em circunstâncias normais de operação.
Onde:
Para estimar a geração do gás CO (ppm), Conti, R. S., et al., (1995) recomendam utilizar a
equação em função da constante de produção do monóxido de carbono KCO, o caudal de ar Qf,
a velocidade do ar vo e secção da abertura subterrânea Ao.
A constante de geração do CO para o caso de incêndios nas correias transportadoras KCO, está
expresso pela equação em função da velocidade do ar vo.
P á g i n a 19 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
As instalações da mina abaixo mencionadas, deverão ser construídas com material de alta
resistências a reações de combustão:
P á g i n a 20 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
Em minas subterrâneas não deve ser ultrapassada a concentração de 1,0% (um por cento) em
volume, ou equivalente, de metano (CH4) no ambiente e trabalho ou na corrente de ar.
Além dos equipamentos acima citados devem estar disponíveis câmaras de refúgio
incombustíveis, por tempo mínimo previsto no PGR, com capacidade para abrigar os
trabalhadores, possuindo no mínimo:
P á g i n a 21 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
Em minas susceptíveis de existência de grisú e poeiras explosivas devem estar equipadas dos
seguintes equipamentos em bom estado de funcionamento:
Aquecer 1g de poera seca a temperatura de 500º +/- 10ºC durante 120 minutos e
determinar o seu novo peso;
A diferença representa o peso em matérias voláteis;
Nas minas susceptíveis de existência de grisú ou poeiras explosivas, não é permitida a entrada de
fósforos ou quaisquer meio de produção de faíscas.
P á g i n a 22 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
Sempre que for previsível a ocorrência de incêndio ou explosão provocados por grisú ou
poeiras em suspensão, devem ser montadas e mantidas em estado adequado, barragens de
retenção de fogo e explosão nas vias principais e nas galerias de acesso as áreas de
desmonte;
As barragens referidas anteriormente podem ser constituídas por água ou pó inerte e
devem atuar sempre que a pressão aumentar em 10% do seu valor normal;
As barragens principais de combate de propagação de incêndio ou explosão, devem ser
constituídas por um mínimo de 400 kg de pó inerte ou 300 litros de agua/m2 de galeria;
As barragens auxiliares devem ter capacidade suficiente para criar uma cortina de água
ou pó que impeça a propagação da explosão ou fogo, considerando como mínimo 100 kg
de pó inerte ou 100 litros de agua/m3 de secção de galeria;
P á g i n a 23 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
Nas minas com o risco de explosão deve-se prevenir o levantamento de poeiras depositas no solo
ou nos hasteais das galerias e locais de pouca atividade através da pulverização com pó inerte,
água, ou mistura de água e sal;
10. CONCLUSÃO
P á g i n a 24 | 26
CONTROLE, PROTEÇÃO, COMBATE E PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES NAS MINAS.
Ao concluir-se o presente trabalho, procurou-se resgatar, em sintese alguns pontos que o grupo
considerou importantes desenvolvidos ao longo do trabalho.
Quando detectado alguma explosão na atmosfera subterrânea ou a céu aberto deve ser
comunicado imediatamente ao responsável da administração dos trabalhos naquela área, para
tomar as medidas de evacuação do pessoal e medidas de controle urgentes. No processo de
evacuação de pessoal é importante considerar aspectos relacionados com os refúgios em áreas
seguras e resgate. O objectivo de prever e atenuar os graves efeitos das explosões e incêndios no
ambiente subterrâneo precisa duma gestão sistemática, sequencial e coordenada, desde a
caracterização das fontes produtoras de explosões, identificação do nível de impacte ambiental,
procura de medidas de prevenção e correctivas viáveis técnica e economicamente, aplicação da
medida correctiva, e acompanhamento com monitorização e controle para avaliar o nível de
efectividade da medida correctiva e quando seja necessário reajusar, de forma a manter um
ambiente de trabalho seguro.
Hiperligações:
https://www.dpnm-pe.gov.br/Legisla/nrm-08.htm;
https://www.wikpedia.pt/explosoes.
P á g i n a 26 | 26