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ENG05013 – Lavra Subterrânea


Universidade Federal do R. G. do Sul - UFRGS
Depto. Eng. de Minas – DEMIN

Camaras e Pilares
Parte 2
Julho 2022

G05013 - UFRGS/DEMIN - material de divulgação interna)

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 1


Considerações Gerais sobre o método
Room and Pillar
É muito comum em minas subterrâneas de carvão

O minério é extraído em duas fases.


Na primeira fase de avanço, são deixados pilares para suportar a
cobertura do teto.

• Os pilares deixados podem ser são então parcialmente


extraídos na segunda fase.
• Esta técnica é geralmente usada para depósitos de minério
relativamente planos.

• Um projeto típico teria galerias com largura entre 4.5 e 6 m


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Dimensões das galerias e pilares condicionam:
• A estabilidade das rochas que formam o teto.
• Resistência das rochas que formam os pilares.
• Altura da galeria.
• Profundidade de mineração.

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Vantagens do método Room and Pillar
• É muito flexível (ou seja, relativamente simples de projetar)
• Barato (ou seja, não requer uma grande despesa de capital para
equipamentos como uma operação de mineração de longwall)
• Altamente produtivo (ou seja, taxas de produção de 600 a 1.000
toneladas por turno por unidade mineira)
• Facilmente mecanizado.

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Vantagens do método Room and Pillar

● Flexibilidade – Múltiplas frentes de trabalho, produção, teor


(variações de mercado).
● Elevada eficiência e produtividade.
● Manutenção fácil – Os equipamentos podem ser facilmente
transferidos de uma área para outra.
● Baixo custo operacional
● Baixo custo de desenvolvimento.
● Boas condições de trabalho (galerias amplas, ventilação,
facilidade de deslocamento).
Desvantagens do método Room and Pillar

● Segurança do teto – Grande extensão de teto exposta.


● Baixa recuperação da jazida.
● Risco do efeito dominó nos pilares.
● Segurança no Trânsito – Muitos equipamentos trabalhando em
áreas restritas.
Desvantagens:

▪ Requer contínua manutenção do teto e, eventualmente, dos


pilares.

▪ A tensão nos espaços abertos aumenta com a profundidade.

▪ Perda de minério nos pilares.

▪ Requer bom suporte técnico e de engenharia.


Seção vertical de uma mineração de
carvão – Room and Pillar

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Galeria de Produção
Mina de Carvão

Altura
Depende
da
espessura
da camada
minerável

Largura entre 4,5 m e 6 m


Mina Lauro Muller
dia 18 julho 2019

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http://www.msha.gov/FATALS/1998/FAB98M45.HTM
Mina do Leão I
• Galeria de produção – Sistema de escoramento e
monitoramento da convergência
• Caimento típico
https://www.safeminers.com/?p=3932
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https://www.safeminers.com/

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Mina Lauro Muller
dia 18 julho 2019

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Minerador contínuo
Mina profunda – Risco explosão de rocha

Polonia 2005 – 1200 m profundidade


Posicionamento de cabos elétricos

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Mina Beluno
Lauro Muller/SC
Procedimento de segurança para
posicionamento do operador do
Minerador contínuo (CM)
Características estruturais...
• Características estruturais têm grande influência
no sucesso do método;

Presença de falhas e diques


• Podem inviabilizar a sequência de lavra do painel (no caso
de deslocamentos verticais acentuados na camada de
carvão).
• Podem provocar mudança do padrão de avançamento e
equipamentos da frente de lavra.
• Demandam cuidados especiais no escoramento de teto
(reforço de teto, telas, ....
• Reduz a produtividades (Rampas e grades que dificultam a
movimentação dos equipamentos; problemas no
desmonte).
DESCONTINUIDADES GEOLÓGICAS
Características geológicas, como deslizamentos, slickensides,
veios de argila, e antigos canais de fluxo têm sido associada
a muitas fatalidades.
Descontinuidades geológicas encontrada nas minas de
carvão

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Falhamento com Intrusão de diabásio na frente de lavra
Carbonífera Criciuma
Frente de
mineração

Pálio drenagem
Arenito

Carbonífera
Criciuma

Antigo canal de Fluxo


Arenito no meio da Camada de Carvão
Mina São Roque – Carbonífera Criciuma
Arenito nas frentes de mineração
Variação na
espessura da
camada de
carvão
Características estruturais...

Mergulho da camada mineralizada

• Se acentuado pode inviabilizar transporte sobre pneus que


funciona bem com shuttle-car até 14 ou 15% (em rochas duras
as declividades usadas vão até +/- 20%, com LHD’s);

• Equipamentos sobre esteiras → até +/- 25%;


Vista geral de mina C&P
(Mina Fontanella, Treviso-SC)

Eixo em
desenvolvimento

Plano inclinado de
acesso principal

Painel de lavra (projeto)

Poço de ventilação
(exaustão)
Características estruturais...

Espessura de overburden:
• Pressão vertical e resistência de rochas sedimentares
limitam exploração de carvão a não mais do que 1200
m de overburden.
• USA - câmaras e pilares são normalmente usados até
600 m de overburden e longwall entre 600m e 800m.

• Atualmente a Carbonífera Metropolitana opera em


algumas áreas com overburden superior a 400 m
(topografia montanhosa na superfície).
Condicionantes do piso e teto...

Câmara e Pilares
• Aceita condições variadas de teto devido às diferentes
alternativas de escoramento.
• Redução dos vãos pode livrar o teto de condições
precárias, mas resulta em perda de recuperação.

• Piso fraco/macio traz problemas para pilares e impede


boa produtividade de equipamentos sobre pneus;
Informações necessárias para planejamento
da mina de carvão
• Mapa de espessura de camada.
• Mapa de profundidade da camada.
• Mapas de qualidade...
• Teor de cinzas, poder calorífico, enxofre, voláteis.
• Dados geomecânicos do minério, piso e teto.
• Mapa estrutural (falhas, diques,...).
Escoramento de Teto

Mina de carvão
subterrânea

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Tensões e deformações no maciço rochoso
Antes da escavação – Tensões ditas virgens ou originais.
Escavação subterrânea provoca a perturbação no campo das tensões.
• A reordenação das tensões pode levar a ruptura do maciço.
• Pode ocorrer com um fechamento gradual da estrutura , desabamento
de materiais, desplacamento de rocha das paredes.
• Em casos extremos - ruptura da rocha de forma explosiva.
Relação de tensão horizontal para vertical, K
A razão, K, da tensão horizontal média para a tensão vertical é
normalmente Expresso como
Atirantamento – Parafuso de teto

Diferenças principais com os outros tipos de escoramento

Força de confinamento ( F ) exercida pelo parafuso implica na


existência de uma reação equivalente ( R ) mais ou menos
repartida no maciço . Nos outros escoramentos, a reação se
encontra na superfície oposta.

Ação e reação sobre o maciço


dos diferentes tipos de
escoramento →
Alguns tipos de suporte
de teto (arco metálico e
madeira):
Mina Leão I – CRM/RS
Cruzamento
Escoramento com vigas metálicas

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Escoramento Arco metálico, Viga metálica
Devido aos custos, escoramento com arcos e vigas metálicas
são usados apenas em áreas restritas da mina.
Desmoronamento
Mina do Leão I - CRM

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Área de caimento em mina de carvão
Novo escoramento realizado

http://www.cdc.gov/niosh/mining/userfiles/works/pdfs/gficm.pdf
Escoramento de teto com tirantes

Para que o método Câmaras e Pilares tenha sucesso a


jazida deve apresentar uma particular condição geológica de
teto - Extratos sobrejacentes:

▪ Camada de carvão deve ter condição de auto-sustentação


ou serem passíveis de ancoragem.
▪ Há vários tipos de ancoragem com parafusos de teto, com
princípios de funcionamento diferentes
Parafusos de teto
Consiste na introdução de uma haste metálica em um furo,
solidarizando-a com o maciço por ancoragem, selagem
(resina ou cimento) ou fricção .

• Origem remonta a alguns séculos em minas de ardósia.

• A técnica foi desenvolvida a partir de 1950 (formato atual).


Vantagens deste tipo de escoramento :
• Baixo custo
• Permite uma seção útil maior para a galeria
• Pode ser mecanizado e a instalação é relativamente fácil
• Pode ser combinado com outros métodos de escoramento
• Permite escorar aberturas de grande altura.
Efeito suspensão

Usado quando existe uma rocha competente que pode ser alcançada
pelo tirante.
Exemplo nas minas de carvão região de Criciuma SC
Escoramento com tirantes

Efeito viga

Usado quando não há rocha com capacidade de suporte na


extensão do tirante
Tipos de Atirantamento

1 - Suporte a partir de uma camada resistente


2 - Por efeito viga – Interação de várias camadas de baixa resistência

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Tipos de parafusos - ancoragem pontual

1. Parafusos a ancoragem pontual

Consiste em colocar no furo uma haste ancorada no fundo do


furo por uma coquilha ou uma banana de resina

As hastes geralmente empregadas são de aço dúctil ou aços de


alta resistência.
Tipos de parafusos de ancoragem pontual

Cunha Conquilha Resina de ponta


Exemplos de Parafusos de teto

Ancoragem mecânican(pontual)
Sistema de ancoragem ( o parafuso com coquilha )
- Composto por um cone de expansão solidário à haste
- a coquilha que se alarga ( semelhante ao sistema de bucha-parafuso )
sob ação do cone de expansão pressionando-a contra a parede do furo.

Funcionamento do sistema cone-coquilha


Quando se exerce uma tração sobre a haste se estabelece um equilíbrio
duplo entre cone e coquilha e coquilha-parede do furo .

Parafusos à coquilha de expansão


Equilíbrio de um sistema à expansão
Tipos de parafusos de teto
Ancoragem de. ponta
Ancoragem de coluna (coluna total ou parcial).
Torque de ancoragem.
Ancoragem de coluna (coluna total ou parcial)
• O sistema consiste numa haste solidarizada ao terreno por meio de um
produto químico, como resina ou cimento .

• É utilizada uma placa, que neste caso não é essencial ao


funcionamento do parafuso.

• Este tipo de parafuso permite o escoramento por confinamento


• (o objetivo é lutar contra cisalhamentos ou abertura de fissuras).

• As hastes utilizadas são de três tipos (ver figura abaixo).


A resina:
Produto composto (resina + endurecedor).
É um material de alta resistência:
Rc = 120 a 140 Mpa;
t = 10 a 30 Mpa.
Esquema de Colocação
Procedimentos para a instalação de um tirante com resina
Parafuso de resina – Coluna total
Perfuratriz
Perfuratriz no sub solo
Camada de pequena espessura
Escoramento do Teto
Perfuratriz - Camada de pequena espessura
Escoramento de Teto
(Cambuí/PA)
Operações em Camada de Pequena
Espessura (Cambuí)
Camada de pequena espessura
mina de carvão USA
Camada de pequena espessura
mina de carvão USA
Galeria de Encosta – mina de carvão
Outros sistemas de escoramento com tirantes

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Cimento
Os produtos mais utilizados são :
- cimento puro + água
- mistura cimento+brita+água nas proporções(em peso): 42% , 42%, 16%.
- produtos comercializados pelos fabricantes de parafuso
Esquema de colocação

Em uma haste selada no


comprimento L em um furo de
diâmetro D, exercendo um
esforço de tração F no eixo da
haste , pode haver :
- uma ruptura do produto de
selagem
- um escorregamento da haste .
Split – set:
Não usado em minas de carvão

É composto por um tubo fendido ao longo da


geratriz . →
O parafuso é introduzido em diâmetros de 36
mm por meio de um martelo perfurador
(percussão).

O modelo standard tem as seguintes


características :
- espessura de tubo : 2.3 mm
- diâmetro exterior : 38 a 39 mm
Swellex
É fabricado pela Atlas-Copco.
É composto por um tubo dobrado que, por
injeção de água, se deforma e ocupa o
furo. →
Atinge até 3,6m de comprimento e pode
ser acoplado com outros tubos.

Vantagens:
SWELLEX – Atlas Copco
Plano de escoramento
Usado na Mina do Leão I - CRM
Mina do Leão I / CRM
Densidade de escoramento – aproximadamente 1 tirante /m2

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Mina do Leão I – CRM/RS
Escoramento com tirantes /Resina Mina do
Leão II (CRM)

Sinal de
cisalhamento.

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Escoramento do teto
Controle de Convergência do Teto
Monitoramento de
Segurança
Mina do Leão I
Monitoramento de segurança
Teste de arrancamento
Rocha tipo folhelho
Projeto no RS – Mina X

• Siltito fraco (3-5m espessura)


• RMR 53.0
• CMRR 33.1
• Tempo de auto-suporte muito pequeno
• Necessita equipamento de suporte de alta produção
Projeto de suporte de teto RS – Mina X
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7/12/2022
Galerias com 5.0 - 5.5m

Mina Triunfo Pre-viabilidade


de largura e 2.5m de
altura
• Parafusos de teto e tela
ou tiras metálicas
• Suporte secundário por
meio de cabos de 3m
• Siltito sensível à
umidade
• Equipamento: miner
bolter e roof bolter
secundário
Frente de produção - Continuos miner
Escoramento – Carbonífera Metropolitana SC
Foto : Carbonífera Metropolitana – Camada Bonito/Mina fontanela
Dimensionamento dos pilares

Influi em aspectos operacionais (p.ex. distâncias de


transporte) e de segurança (risco de colapso de
pilares).
• Tamanho dos pilares influencia na recuperação da
jazida.
Nos últimos 25 anos houve progressos substanciais
na ciência do projeto de pilar de carvão.

• Dois fatores têm sido amplamente responsáveis pelo progresso.

1. Grandes bases de dados de histórias de casos reais de desempenho


de pilares em variada de configuração, de minas rasas room and
pillar a longwall de grande profundidade.

2. Desenvolvimento de sofisticados modelos de computador que


podem simular com precisão o comportamento do pilar e interações
capa/pilar/lapa.

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Importância do dimensionamento correto
de Pilares

• "Mina sem projeto adequado resultará, mais cedo ou mais tarde,


em processo de esmagamento dos pilares.
• Os efeitos que aparecem são ruptura de pilares, caimento do teto e
elevação do piso. "
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Pilares
● No método Room and Pillar
● Formados pelo espaço entre as galerias e travessões (retangulares
ou quadrados).
● Distribuição em padrões regulares.
● Objetivo é extrair o máximo do minério possível com segurança.
● Minério nos pilares é abandonado ou recuperado no recuo.
Pilares de antiga mina subterrânea
mineração atual céu aberto
Antigas minas subterrâneas – Jazida do Leão RS
Mina de carvão à céu aberto
Pilares de antiga mina na região de East Lothian
(UK)
Source : https://www.cdc.gov/niosh/mining/userfiles/works/pdfs/sota.pdf
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Métodos clássicos
Dimensionamento dos pilares
Dimensionamento de pilares em mina de carvão

Consiste em três etapas

1. Estimar a carga do pilar usando a teoria da


área tributária.

1. Estimar da resistência do pilar usando


fórmulas de cálculo da resistência do pilar

1. Cálculo de um fator de segurança "safety


factor" (SF).
Aplicação do método da área tributária
Carga no pilar – de forma geral aceita com a teoria de
distribuição tributária.
• Pilares de tamanho semelhante e localizados em um padrão
regular podem ter as cargas estimadas com a abordagem da área
tributária.
• Assume que peso do estéril é distribuído igualmente entre os
pilares.
• Não considera a presença de pilares de barreira ou pilares sólidos
que podem reduzir a tensão média do pilar.

Condições em que o método da área tributária não é válida:


• Pilares irregulares
• Extensão limitada da lavra
• Profundidade de cobertura variável.
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Dimensionamento de pilares pelo
método da área tributária
• Com algumas adaptações, serve tanto para carvão
(corpos tabulares horizontalizados) quanto para outros
depósitos geometricamente regulares.
• Ex: corpos metalíferos estratiformes e lenticulares.
• Somente o estado de tensão axial nos pilares é levado
em conta. Peso das rochas de cobertura (Tensões axiais)

Peso rochas de cobertura (Tensões axiais)

Galeria
Carga do Pilar

Application of Roadway Backfill Mining in Water-Conservation


Coal Mining: A Case Study in Northern Shaanxi, China
Article – July 2019
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Teoria da Área Tributária (TAT).
É o método mais simples de dimensionamento da carga
do pilar:
• Considera, a estabilidade da mina controlada pela capacidade de
suporte de carga dos pilares de carvão no subsolo.
• O nível de confiança no projeto estável é determinado de acordo
com o fator de segurança e da (s) resistências do pilar de carvão.
• Para a mineração de room and pillar de profundidade
relativamente rasa é considerada suficiente.
• Assumido que as pressões verticais são distribuídas igualmente em
toda a área.
• Embora em painéis - Pilares perto das bordas podem não
experimentar a carga total.
Pode ocorrer alguma distribuição não regular de cargas no painel.

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Projeção da Área Tributária do Pilar (TAT)
•Embora a simplicidade do raciocínio, e a moderna tecnologia
disponível continua sendo usado

Para pilar quadrado:


wp = Largura do pilar
wo = Largura da galeria
W2 = (wp + wo)2 (Área Tributária)
Teoria da Distribuição tributária (TAT)

Cada pilar suporta a sua área horizontal mais a metade da área


das galerias do entorno.
H = profundidade da mineração
γ = peso específico rochas
Wp = largura do pilar
Wo = largura da galeria
Sp = Carga do pilar (average pillar stress)

Sp = [γ H (wp + wo)(wp + wo)] / (wp2)


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Carga do pilar considerando a área tributária

Carga máxima que o pilar pode suportar sem


ruptura (Sp)
R = Fator de extração
Wp = Largura do pilar
Wo = Largura da galeria
H = Profundidade de mineração
γ = Peso específico
(rochas de cobertura).

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Seção vertical de uma mineração de
carvão – Room and Pillar

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Teoria da distribuição tributária de pressões (TAT)
Exemplo
Mineração subterrânea de carvão – Room
and Pillar

Superfície

H = 1200 m

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Exemplo – Cálculo da carga no pilar
metodologia da área tributária
Considerando mineração de carvão a 1200 m de profundidade
Largura do pilar = 9m
Largura da galeria = 6m
Peso específico das rochas de cobertura = 0,02075 MN/m3 , a
tensão atua no pilar é:

O mesmo valor pode ser obtido considerando o cálculo através do


fator de extração:

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Resistência do Pilar
Métodos Empíricos consideram:
Rompimento quando a carga aplicada ultrapassar a resistência
mecânica.
Capacidade de carga reduz para zero quando a resistência máxima é
ultrapassada (analogia com um corpo de prova carregado com tensões
verticais - irá romper quando a tensão de carregamento ultrapassar a
resistência à compressão uniaxial ).
Nos métodos analíticos e numéricos o pilar possui resistência residual
e não irá romper assim que a tensão atingir a resistência máxima do
pilar (Salomon, 1992).
Resistência e o dimensionamento tem sido estudado por vários autores.
Consideram três parâmetros essenciais: resistência mecânica da rocha
(ϭm); largura do pilar (w); altura do pilar (h).
Parâmetros são correlacionados de forma diferente por cada autor.
Através de observações em minas subterrâneas principalmente Estados
Unidos e África do Sul.
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Fórmulas empíricas - dimensionamento dos pilares
Carga, resistência e fator de segurança

Métodos empíricos consideram apenas as tensões verticais.


Estudos mostram que as tensões sobre o teto e piso não são uniformes e
dependem:
• Resistência das rochas do teto e do piso imediato.
• Resistência depende das rochas encaixantes e da largura e altura do
pilar (coeficiente entre w/h).
• Resistência da rocha pode aumentar devido ao confinamento lateral
no interior do pilar.

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Problemas observados nos pilares
Desplacamento das bordas e surgimento de fraturas paralelas à
face do pilar podem ser causadas:
• Tensão lateral
• Desmonte com explosivos.
• Ruptura do pilar, de forma gradual

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Fotos: Carbonífera Metropolitana/
Camada Bonito
Comportamento de pilares
profundidade aprox. 460m

Fotos: Carbonífera Metropolitana/ Camada Bonito


Comportamento de pilares
profundidade aprox. 460m

Fotos: Carbonífera Metropolitana/ Camada Bonito


Comportamento
de pilares
profundidade
aprox. 460m

Fotos:
Carbonífera
Metropolitana/
Camada Bonito
Comportamento
de pilares
profundidade
aprox. 460m

Fotos:
Carbonífera
Metropolitana/
Camada
Bonito
Resistência do pilar
Resistência do pilar – Assunto mais complexo, existem
diferentes abordagens

• Mais complexas foram questões associadas à resistência dos


pilares.
• Duas grandes questões foram o "efeito de tamanho" e o
"efeito de forma".

• O efeito tamanho foi mais proeminente no laboratório, onde


os testes de resistência mostravam que as amostras de maior
tamanho eram mais fracas que as menores.

• O efeito de forma referia-se à observação de que os pilares


delgados (relação baixa largura/altura) eram mais fracos, que
os menos esbeltos.
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Camada Barro Branco – Santa Catarina

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Resistência do Pilar de Carvão

• A resistência do pilar de carvão depende da forma e tamanho do


pilar de carvão, e a resistência do carvão.
• A fórmula empírica comumente usada para determinação da
resistência do pilar de carvão é dada

Source:
Application of Roadway Backfill Mining in Water-Conservation Coal Mining: A Case Study in Northern Shaanxi, China
Article – July 2019
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Resistência do pilar

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Valores para constantes em fórmulas
empíricas de resistência do pilar

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List of empirical formula for coal pillar strength
determination
Resistência dos pilares

• Existem muitos trabalhos sobre resistência de pilares.


• Os trabalhos mais completos foram realizados por
• Salamon and Monro (1967).
• Melhor compilação do assunto: Bieniawski (1981).
• SME cap. 18.1.2

w = largura do pilar, h = espessura do pilar


Método Salamon-Munro (1967)

Considera a teoria da área tributária


• бp Resistência do pilar
• w = largura pilar
• h = altura pilar
• Fator de segurança
Fator de segurança
Projeto de pilar:
• Requer estimativas de tensão e da resistência do pilar.

• Fator de segurança é calculado dividindo-se a resistência do pilar


pela tensão no pilar.

• Para um fator de segurança aceitável depende do risco tolerável de


ruptura.
• Fatores de segurança de 2 são típicas principalmente para pilares
em desenvolvimento.

• Fatores de segurança de 1,1 a 1,3 são típicos de pilares de painel


após retirada de minério.

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Fator de segurança
A estabilidade de um pilar pode ser avaliada pelo cálculo do fator de
segurança (FOS)
Razão entre a resistência do pilar e a tensão média no pilar.
O fator de segurança é estimado como dado na Equação:

𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟


𝐹𝑂𝑆 =
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟
FOS: fator de segurança,

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Fator de segurança

De acordo com a teoria de resistência última, quando a carga


submetida pelo pilar de carvão excede sua resistência à
compressão, o pilar de carvão irá falhar.
Como o pilar de carvão com b/h < 2 tem maior probabilidade de
falhar, um fator é introduzido para garantir a estabilidade do pilar
de carvão.

FOS é o fator de segurança (1,5~2);


Pmax (stress on the pillar) é a carga máxima suportada pelo pilar
de carvão (MPa).
Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 129
Pilar barreira e pilar de painel
• Se um pilar falhar e os pilares circundantes não puderem
suportar a área anteriormente apoiada pelo pilar falido, eles
podem, por sua vez, falhar.

• Pode levar ao colapso domina inteira.

• Para evitar, a mina é dividida em áreas ou painéis.

• Pilares conhecidos como pilares de barreira separam os


painéis.

• Os pilares da barreira são significativamente maiores do que os


pilares "painel" e são dimensionados para permitir que
suportem uma parte significativa do painel e evitar o colapso
progressivo da mina em caso de falha dos pilares do painel
(chain Pillar). Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 130
Panel Pillar e Barrier Pillar
Tipos de pilares:
• Pilares quadrados e pilares retangulares
• Chain pillars (pilares internos do painel de lavra)
• Barrier pillars (pilares de segurança)

Chain Pillar

Fonte: Jerry C. Tien - SME 2011


Exemplo : Na mina de carvão de Yuyang/China
Parâmetros usados:
Propriedades mecânicas das rochas foram obtidas a partir de testes de
laboratório com amostras padrão (Φ50 mm × 100 mm).
• A altura de mineração definida como 3~4,5 m.
• Para eficiência da mineração e reduzir a subsidência do teto:
h - 3 m, 3,5 m, 4 m e 4,5 m (altura de lavra)
wo - 5 m, 5,5 m e 6 m (largura galeria).

Valores dos parâmetros são mostrados na Tabela

Application of Roadway Backfill Mining in Water-Conservation Coal Mining: A Case Study in Northern Shaanxi,
China - Article – July 2019

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 132


Projeto do Pilar (SME 2011)

Devido a variação da natureza dos estratos de rocha, é costume


começar o projeto do pilar assumindo:

• Camadas de rocha homogêneos, uniformes e horizontalizados.


• Pilares com distribuição uniforme
• Material de rochas competentes nos pilares
Roteiro Bieniaswski para cálculo da segurança
do pilar

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 134


Projeto do Pilar
(Bieniawski (1987)

• Obtenção do índice de resistência a compressão uniaxial das


rochas do teto e do carvão.
• Determinar o espaçamento, condição e orientação das
descontinuidades geológicas.
• Verificação da umidade (água).
• Determinar a capacidade de suporte do teto.
Roteiro Bieniaswski - cálculo da segurança do
pilar
δp = Resistência do pilar
δ1 = Resistência equivalente (cubo 1 m de lado)

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 136


Passos para dimensionamento de pilares em carvão

• Determinar σc (resistência à compressão uniaxial) da rocha que


compõe os pilares, obtida de testemunhos de sondagem referente
ao diâmetro dos testemunhos (d = diâmetro em polegadas). -- 1
psi = 6,895 x 103 N/m2
• Determinar k = σc d½
k = constante relaciona a resistência à compressão uniaxial de
pequenas amostras com σ1
σ1 = resistência à compressão uniaxial de volumes de rocha de
dimensões comparáveis aos pilares in-situ.
Parâmetro σ1 é dado por:
Quando a espessura h da camada minerada é
> 36 polegadas (0,9m);
Quando a espessura h da camada minerada é
< 36 polegadas.
Conclusões – Fator esbelteza em design de
pilares de carvão
• Verificados por bancos de dados de histórias de casos conclusões importantes:
• Testes de laboratório de pequenas amostras de carvão, particularmente os testes de resistência
à compressão uniaxial, não são tão úteis para prever a resistência do pilar.
• A relação w / h é importante para prever não apenas a resistência do pilar, mas o modo de
ruptura.
• Antigos conceitos de "ruptura" de pilar foram substituídos por um novo paradigma que
identifica três grandes categorias de comportamento de pilar:
• Pilares delgados (w / h <3) - têm pouca resistência residual e são propensos a colapsos
maciços quando usados ​em uma grande área.
• Pilares intermediários (4 <w / h <8) - "compressões" são o modo de falha dominante na
mineração room and pillar, e onde as fórmulas empíricas de resistência do pilar parecem ser
razoavelmente precisas.
• Pilares menos esbeltos (wm> 10), que podem suportar cargas muito grandes e são resistentes
à deformação mesmo quando são cortados por falhamentos (teto, paredes e piso) e por
descontinuidades de carvão.
Source : https://www.cdc.gov/niosh/mining/userfiles/works/pdfs/sota.pdf

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 138


Conclusões – Fator esbelteza em
design de pilares de carvão
• Colapso repentino, massivo, acompanhado por “golpe de ar”,
em pilares delgados (largura/altura <4)
• Esmagamento lento, falha não-violenta - maioria das aplicações
de room and pillar (4 <w / h <10)
• Falha de entrada ou solavancos para cobertura profunda e
longwall aplicações (w / h> 10).

• Os resultados obtidos a partir de dados numéricos dos modelos


confirmam amplamente aqueles obtidos a partir dos estudos
empíricos.

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 139


Exemplos de ocorrências com pilares

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 140


Mina São Roque – Criciuma

Sinal de sobrecarga no pilar


(problema com
dimensionamento)
Região de West Virginia (USA)

http://www.cdc.gov/niosh/mining/features/ribfall.html
http://link.springer.com/article/10.1007/s40789-016-0102-9
Técnica de confinamento do pilar
Rockfill
Pilares no painel de lavra e pilares de barreira
Mina San Gregório (Uruguai)
Mina San Gregorio (Uruguai)
Lavra com ou sem recuperação de pilares

• Com recuperação de pilares em retrocesso (feito em vários


países, p.ex. USA).

• Modos mais comuns de lavra...

• Em avanço e sem recuperação de pilares


(Razões ambientais, como é feito no Brasil);
Mineração dos pilares
Mineração em recuo

Em algumas minas de room and pillar, os pilares são


removidos, permitindo que o teto desmorone.

O objetivo é extrair a quantidade máxima de minério


compatível com condições seguras de trabalho.

As dimensões das galerias e pilares dependem de muitos


fatores de projeto:
• A estabilidade do teto (hanging wall)
• Resistência do minério nos pilares
• Espessura das camadas (minério)
• Profundidade de mineração.
Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 155
Mineração subterrânea em recuo
com recuperação de pilar

Considerado o método mais perigoso de mineração subterrânea.


• Por décadas, a recuperação do pilar foi responsável por um quarto
de todo o acidentes fatais relacionados a desmoronamento em
minas subterrâneas de carvão.

• Trabalhando em área de recuperação de pilar tinha uma


probabilidade pelo menos três vezes maior de ser morto por uma
queda do teto do que outros mineiros de carvão.

Fonte: Preventing Roof Fall Fatalities During Pillar Recovery: A Ground Control Success Story
Christopher Mark, Principal Roof Control Specialist Technical Support MSHA,
Pittsburgh Safety and Health Technology Center Pittsburgh,

file:///C:/Users/user/Downloads/ICGCM35thretreat_final_20160610124929.pdf

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 156


Acidentes fatais em minas subterrâneas de carvão - USA

Ground fall fatalities during pillar recovery, 1998- 2015.


Fonte: Preventing Roof Fall Fatalities During Pillar Recovery: A Ground Control Success Story
Christopher Mark, Principal Roof Control Specialist Technical Support MSHA, Pittsburgh Safety and Health Technology Center Pittsburgh,
file:///C:/Users/user/Downloads/ICGCM35thretreat_final_20160610124929.pdf

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 157


Método Room and Pillar

Mostra operação de recuperação de pilares.


GOB - área onde os pilares foram extraído e o teto desabou.
Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 158
Fatores de risco – Recuperação de pilares
A estabilidade global condição necessária, mas não suficiente,
para criar uma área de trabalho segura.
Estabilidade local depende de fornecer suporte adequado para
o teto imediato.
A área crucial é a interseção ativa perto do pilar sendo extraído
(vizinhança).
Três fatores para melhorar o nível de suporte do teto
(recuperação do pilar):
• Deixar uma parte final (projetado) , ao invés de extrair o pilar
inteiro;
• Uso suportes de teto móveis mecanizados (MRS).
• Uso de parafusos de teto mais longos e mais fortes nas
seções de retração, particularmente nos
Depto. Eng. MInas - UFRGS cruzamentos.
- Lavra Subterrânea 159
Source: Preventing Roof Fall Fatalities During Pillar Recovery: A Ground Control Success Story
Christopher Mark - PhD
United States Department of Labor · Technical Support

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 160


Equipamento para
auxílio na
recuperação de
pilares
Suportes para tetos móveis (MRS):
• Tradicionalmente, postes de madeira forneciam
suporte suplementar (recuperação do pilar).
• Instalar postes em uma linha de pilar considerada
atividade de alto risco.
• Postes de madeira - desvantagens como suportes
de teto - seu peso e volume podem resultar em
lesões por manuseio de materiais.

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 162


Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 163
Mobile Roof Supports (MRS)
Shield-type supports - Suportes do tipo escudo montados em uma
estrutura de esteira.
As vantagens do MRS sobre os suportes de madeira são:
• Reduzem a exposição do mineiro a quedas de teto na linha de
pilar (podem ser operados remotamente)
• Fornecem pressão de suporte ativa para o teto na linha de pilar.
• Fornecem maior capacidade geral
(600 toneladas MRS – aprox. equiv. a 12 postes).
• Manter a carga em uma faixa de
deslocamento muito maior.

• Diminuir o potencial de lesões


por manuseio de material.

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 164


Posicionamento dos mineiros
• A linha de pilares é local perigoso - mineiros nunca devem se
posicionar lá.
• Ninguém, exceto os operadores de equipamento de transporte,
deve ficar perto do operador CM enquanto um pilar está sendo
minerado.
• Apenas os mineiros necessários para minerar carvão e / ou instalar
suportes devem estar trabalhando ou circulando na área de
trabalho, incluindo o cruzamento.
• Sob nenhuma circunstância alguém deve circular além dos “breaker
posts” instalados ou onde a recuperação do pilar foi concluída.
• Posição do operador do minerador contínuo é outra preocupação,
deve manusear o cabo do minerador, mantendo-o junto do do pilar
e fora do caminho dos shuttle car.
• Ficar longe do boom CM, dos carros de transporte e, de laterais
Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 165
perigosas.
Posicionamentos operação extração de pilar

Figura -A Figura -B
• Posição - Operador minerador contínuo (CM) durante a extração do
pilar. Cabo elétrico junto da lateral para não influir no trajeto do
shutle car (respectivamente figuras A e B).
• Posição - Cabo elétrico
• Posição - Mobile Roof Supports (MRS)

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 166


Estratégias de recuperação de pilares
Estratégias de recuperação de pilares
Recuperação de
Pilares
Mina São Roque
Carbonífera Criciuma
SC - 1980
Poço Principal da Mina São Roque
Carbonífera Criciuma
Característica de área com sobre
pressão nos pilares

(Tamanho insuficiente)

Mina São Roque – Criciuma


Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 177
Paradigma de segurança
Recuperação de pilar em carvão
Considerado "inerentemente perigosa” - recuperação do pilar pode ser ocorrer
com mais segurança.
Deve haver aplicação das melhores práticas de controle/área de trabalho.
Identificação/avaliação rigorosa das falhas do passado.
Novo paradigma com base na compreensão atualizada da mecânica
básica das rochas de recuperação de pilar.
• Construído em torno dos conceitos de global e estabilidade local.
• Substitui a ênfase tradicional em "Extração Total“.
• Ênfase - gestão dos procedimentos durante as operações de recuperação.
• Desafios restantes incluem falhas nas laterais e explosões de carvão
(Ambos os riscos são mais graves em minas mais profunda).
Source: 35th International Conference on Ground Control in Mining. Preventing Roof Fall Fatalities During Pillar Recovery: A Ground
Control Success Story -Christopher Mark, MSHA, Pittsburgh Safety and Health Technology Center Pittsburgh; PA Michael Gauna,
MSHA, Pittsburgh Safety and Health Technology Center Triadelphia. January 2017
file:///C:/

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 178


Recuperação da lavra

w = largura do pilar
l = largura da galeria
Ap = Área do pilar Ap = w2
At = Área total At = (w + l)2
Fator de extração ou de aproveitamento da jazida
SME 2011 – Extration Ration (ER)

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 179


Fator de extração ou de aproveitamento da jazida
SME 2011

Sem recuperação de pilar

w = largura do pilar
l = largura da galeria
Comparativo de recuperações de lavra em painel com
pilares quadrados

0.80
0.75
0.70
0.65

recuperação
0.60
0.55
0.50
0.45
0.40
0.35
0.30
0 5 10 15 20 25
largura dos pilares quadrados (m );
(para galerias de 6m de largura)
Recuperação da Jazida

Exemplo comparativo de recup. no painel:


1) Painel com pilar quadrado de 14 m de lado e galeria de 6m
de largura...
2) Painel com pilar quadrado de 11m de lado e galeria de 6 m
de largura...
Exemplo recuperação de área

1) área do pilar Ap = 142


área total At = 202
Recup. = (1- Ap/At) x 100% = 51%

2) Área do pilar = 112


Área total = 172
Recup. =
(1- Ap/At) x 100% = 58%
Exemplo:
Verificar a seguinte configuração de pilares de mina de carvão, em
termos de segurança e recuperação de lavra ...
H = 500ft (152m);
B = 18ft (5.5m);
w = 60ft (18.3m);
L = 80ft (24.4m);
h = 7ft (2.1m).

O valor de k é 5580, baseado em σ1 = 3822 psi, obtido de testes em


testemunhos de diâmetro NX.
Usar a fórmula de Bieniawski para cálculo da resistência dos pilares.
Exemplo: Verificar a seguinte configuração de pilares de mina de
carvão, em termos de segurança e recuperação de lavra ...
H = 500ft (152m);
B = 18ft (5.5m);
w = 60ft (18.3m);
L = 80ft (24.4m);
h = 7ft (2.1m).
O valor de k é 5580, baseado em σ1 = 3822 psi, obtido de testes
em testemunhos de diâmetro NX.
Usar a fórmula de Bieniawski para cálculo da resistência dos
pilares.
Tensão média no pilar
Sp = [γH (wp + wo)(wp + wo)] / (wp2)
Resistência do pilar

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 185


COLAPSO DE PILARES
O rompimento de pilares “em cascata” possui efeito
catastrófico em minas, normalmente causando um devastador
deslocamento de ar.
Esse deslocamento pode destruir todo o sistema de
ventilação e deslocar detritos, podendo causar a morte de
trabalhadores.

Outro problema é a liberação de metano devido as


fraturas abertas pelo colapso liberando grande quantidades de
gás no interior da mina.
LAVRA SUBTERRÂNEA

A velocidade do rompimento de pilares é bastante variável, podendo


demorar de dias a semanas, dando tempo para o pessoal e equipamentos
serem evacuados.

No caso do COLAPSO EM CASCATA, o evento dura apenas alguns


segundos, destruindo sistemas de ventilação, equipamentos e ferindo
operários !!
Análise retrospectiva de casos de rupturas

Desde o desastre de Coalbrook em 1960, o modelo básico de TAT comple


superfície tem sido aplicado em estudos empíricos que tentam definir a
resistência dos pilares de carvão por meio da análise retrospectiva de caso
fracassados, incluindo Salamon e Munro no rescaldo direto de Coalbrook.
Fig. 2 mostra como o carregamento do pilar pode ser modificado de acord
com a largura do painel para cobrir as considerações de profundidade (rela
W / H) como parte do que pode ser denominado como TAT parcial [1], [2]
ambos os casos, o carregamento morto vertical do estéril sobre os pilares d
carvão é a principal premissa do projeto do pilar.

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 188


Modelo básico de TAT

Modelos empíricos que tentam definir a segurança dos pilares de


carvão por meio da análise retrospectiva de casos fracassados.
(Salamon e Munro no rescaldo direto de Coalbrook). .

Desde o desastre de Coalbrook em 1960, completo à superfície


mostra como o carregamento do pilar pode ser modificado de acordo
com a largura do painel para cobrir as considerações de profundidade
(relação W / H) como parte do que pode ser denominado como TAT
parcial [1], [2].

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 189


LAVRA SUBTERRÂNEA

Figura 59.4
CARACTERÍSTICAS DAS MINAS COM
COLAPSO “EM CASCATA” DE PILARES.

1.Razões de extrações maiores que 60%

2. W/h menores que 3 para minas de carvão;


W/h menores que 1 em minas metalíferas;
W/h menores que 2 em não–metalíferas.

3.Painéis de lavra com largura maior que 80m.

4. Ausência de pilares-barreira, com relação


largura/altura maior que 10 (W/h > 10).
Exemplos de colapso de pilares registrados na literatura:
LAVRA SUBTERRÂNEA
Ângulo de subsidência
Subsidência
A proteção e utilização dos recursos hídricos um
grande desafio na mineração verde do carvão.
A mineração de carvão pode ter um impacto ambiental
significativo.
Ao mesmo tempo, áreas de mineração apresentam dificuldades
para a utilização abrangente dos recursos hídricos e a alocação
de direitos hídricos.

A compatibilização da
mineração de carvão com
proteção dos recursos hídricos -
questão fundamental para
aceitação pela sociedade.

Depto. Eng. MInas - UFRGS - Lavra Subterrânea 196


Geologic Hazards and Roof
Stability in Coal Mines (cdc.gov)

Roof Rock Fall After Pillaring

https://youtu.be/apZaXivCAhA

https://youtu.be/YO9ETfAFKgw
Trabalhos realizados ao
longo do tempo por
diversos estudiosos sobre
a resistência de um pilar

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/19
78/000362608.pdf?sequenc

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