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ÉTICA DA

PROPAGANDA
ÉTICA DA PROPAGANDA na sociedade
duas formas de
convencimento:
uma, a violência (“faça isso,
senão...”)

a outra, com elogios como


recompensa
NOSSA COMUNIDADE
DE CONSUMIDORES:
opção pelo caminho dos elogios, mais uma
prova de liberdade pessoal
comunidade de
consumidores:
promessa de liberdade para todos,
mas a entrega é escassa e seletiva
adequar-se às
regras do consumismo:
pertencimento, ser aceito
não ser excluído, abandonado

promessas (consumistas) vem com prazo de validade


precisará ser renovado

subir no palco significa deixar outros fora dele


adequar-se às
regras do consumismo:
você é o responsável

“a escolha é sua, mas fazer escolhas é obrigatório,


e os limites do que é permitido escolher não são
negociáveis”
A VIDA DE CONSUMO É UMA
VIDA DE APRENDIZADO
RÁPIDO E IMEDIATO
ESQUECIMENTO
– esquecer é tão importante quanto aprender
– para cada “tem que” existe um “não deve”
ciclo:
compre, use
e jogue fora
uma vida de consumo não consiste
em comprar, em adquirir, diz
respeito, antes de mais nada, a

estar em movimento
princípio ético da vida consumidora:

falácia da
satisfação
a ameaça a uma sociedade que promete a
satisfação ao cliente é o consumidor satisfeito
– seria grave e horripilante também para o
consumidor (não há mais o que desejar?)
PROMESSA DE SATISFAÇÃO
PERMANECE
SEDUTORA SOMENTE
ENQUANTO O DESEJO
ESTIVER INSATISFEITO
A SOCIEDADE DE CONSUMO PROSPERA
CONQUANTO CONSIGA TORNAR
PERMANENTE A INSATISFAÇÃO

desvalorizar produtos de consumo logo após terem


sido promovidos >> criação de novos desejos
o valor mais
característico da
sociedade de
consumidores é a
vida feliz
felicidade na vida
terrena, aqui e agora,
em cada um e todos os
“agora”
a fim de não desperdiçar o tempo de seus clientes
ou prejudicar as alegrias futuras, ainda
imprevisíveis, o mercado consumidor oferece
produtos destinados ao consumo imediato, de
preferência para um uso só, e, então, rápido
descarte e substituição, de modo que o
espaço em que se vive não fique atravancado
quando objetos antes admirados e cobiçados
saiam de moda
VENDAVAL DE PRODUTOS, VARIEDADE
ESMAGADORA DE OFERTAS E VERTIGINOSA
MARCHA DAS MUDANÇAS FAZ COM QUE O CLIENTE
JÁ NÃO MAIS CONFIE NAS PRÓPRIAS HABILIDADES
DE APRENDER E MEMORIZAR E PASSAM A ACEITAR
(SÃO ATÉ AGRADECIDOS POR ISSO) O QUE DIZ O
MERCADO (O QUE É BOM E O QUE NÃO É)
O VALOR ESTÉTICO
‘PERPÉTUO’ DE UM
PRODUTO
É A ÚLTIMA COISA
COM QUE SE
PREOCUPAR
EFEMERIDADE E
TRANSITORIEDADE:
A VIDA COTIDIANA
É LUGAR DE
ESTÉTICA, NÃO DE
OBJETOS DE ARTE
a beleza não mais está no olho do
observador, mas no que está na moda
(pronto para mudar, muito em breve)
O GOSTO NÃO É MAIS UM GUIA SEGURO;
É PRECISO AJUDA (DO MERCADO) PARA
SE ORIENTAR

seja belo, ou ao menos poupe-nos de sua feiura


(Bauman)
“TODAS ESSAS PESSOAS QUE
ENVERGAM ITENS DE ÚLTIMA
MODA NÃO PODEM ESTAR
ERRADAS”
reprodução maciça de uma escolha enobrece
um objeto beleza avaliada quantitativamente
ZAPEADORES
o novo regime de atenção
privilegia a passada de olhos

objetos e descartes trocam de


lugar com facilidade
FALTA DE VALORES
ABSOLUTOS
não importa muito mais que princípios e verdade a
pessoa abrace (nunca deverá ser um abraço rígido)
ou siga (esse seguir não precisa ser fiel ou
comprometido)
NÃO É A FORMA
COMO VIVEMOS
JUNTOS QUE
MUDOU, MAS NOSSA
COMPREENSÃO
SOBRE O FATO
SOCIEDADE AUTÔNOMA – AUTO
CONSCIÊNCIA DE QUE TUDO
QUE FOI CRIADO FOI CRIADO
PELA PRÓPRIA SOCIEDADE
- (a sociedade) sabe que as significações em
que e pela qual vive são sua obra

- os selves morais não descobrem seus


fundamentos éticos, mas os edificam
enquanto se constroem a si mesmos
RELAÇÃO
DESENVOLVIMENTO
o “desenvolvimento” nas
narrativas econômicas e
X
políticas é medido pelo
volume de
FELICIDADE
produtos consumidos; pela
abrangência de demanda
efetiva de bens e serviços
etnoética
diz sobre o que alguns povos
acreditam ser certo ou
errado, mas não nos diz se as
crenças em si são corretas ou
incorretas
NÃO HÁ RELAÇÃO
“NATURAL” QUE
DIGA QUE ALGO É BOM
OU RUIM

é tudo parte do aprendizado dentro de determinado contexto

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