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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE CONSOLIDAÇÃO DE

CONTEÚDO

Aluno: Gicélio Bruno Matrícula: 380620


Cadeira: Cultura e consumo Professor:Áurio Lúcio
Leocádio

ATIVIDADE 1
1- O consumidor budista está com a verdade, pois seu estilo de vida é bem
“saudável” numa visão de consumidor, compra quando precisa, traz também
um estilo de vida mais realístico para a maioria da população, que não
precisa fazer compostagem ou coisas do tipo como o casal faz, que com
certeza são importantes mas nem todo mundo está disposto a fazer tal
procedimento, mas sim se as pessoas comprassem com mais consciência,
quando houver uma real necessidade da compra, já seria uma mudança
significativa no mundo do consumo. Por também já ter estado do “outro lado
da moeda” como um consumidor sem consciência, o budista consegue
perceber valores que pessoas que já estiveram ou ainda estão sem essa
consciência não tem, fazendo-o ter mais posturas saudáveis em relação a
consumo.
2- Motivações do consumidor:
Isabella Mota: Novas tendências, fatores psicológicos, estágio de vida
Jorge Koho: Papel social, estilo de vida, cultura, estágio de vida, mercado e
economia
Claudio Diogo: Classe social, estilo de vida, opinião de outros consumidores
Cláudio e Paula: Idade e estágio da vida, cultura, estilo de vida, papel social

ATIVIDADE 2
1- No papel iniciador do consumidor, é um importante estágio de “saber da
existência de algo”, pois quem não é visto não é lembrado, não temos como
imaginar que algo existe até vermos que aquilo existe, portanto além de
apresentar o produto/serviço ao consumidor, é importante como é
apresentado. Como o iniciador pode ser qualquer estímulo de compra, como
alguém ver uma propaganda, uma esposa que pede uma máquina de lavar
nova ao marido, o filho que diz que está precisando de um tênis novo, a falta
de um produto que você consome… Assim as empresas têm que saber
como levar a existência do seu produto/serviço até o cliente e como
despertar o interesse de compra, onde isso deve está incluso na parte de
comunicação do composto de marketing, devido a essa “conversa” entre o
consumidor e o vendedor.
Já no papel de influenciador é um dos mais importantes, pois esse
influenciador é praticamente como um marketing gratuito da empresa, que
irá, como o nome diz, influenciar outras pessoas a adquirir certo
produto/serviço e trazer lucro para a empresa. Ou seja, esse papel deve ser
muito respeitado e não subestimado pois o mesmo poder de ganhos que o
influenciador tem também tem o poder de perda para a empresa, podendo
fazer uma propaganda negativa e afastar potenciais clientes, pois o
influenciador age como esse mensageiro entre a empresa e o consumidor,
que pode levar uma mensagem boa ou uma mensagem ruim. Esse papel faz
parte tanto do escopo da comunicação, quanto do preço, quanto do produto,
pois a influência de tal agente pode ser variada devido a esses escopos.
De que adianta todas as boas intenções do cliente sobre o produto se no fim
das contas não houve uma venda? Bom, financeiramente para a empresa
isso não é muito atrativo pois o cliente precisa decidir fazer a compra para a
empresa ter retorno financeiro, pois apesar de vários clientes bem-
intencionados e apaixonados pela empresa, de nada adiantará se nenhum
comprador fechar a venda, então entra o papel decisório, que é quem vai
assumir os riscos pela aquisição, independente se é um cliente que está
comprando algo para o filho, que vai definir e assumir os riscos daquele
produto caso o produto tenha falhas ou não seja do agrado do filho, ou como
um gerente que recebe uma sugestão de compra de maquinário mas a
decisão será dele de adquirir ou não o maquinário. Deve estar sempre atento
ao que o decisor quer pois devemos atender aos ensejos dele, já que ele
será quem vai decidir se a empresa venderá seu produto/serviço ou não,
logo deve haver uma atenção maior sobre suas necessidades e
expectativas. O papel decisor está relacionado com o escopo de
comunicação, que quer saber da existência do produto, com o escopo de
preço, que pode influenciar a decisão, e de produto, onde conhecer suas
especificações, qualidade, vida útil e outras coisas também influencia na
decisão.
O papel comprador é quem realiza de fato a compra, quem adquire o produto
através da compra, fornecendo o dinheiro necessário. Em empresas
geralmente está mais ligado ao setor financeiro, que é quem cuida do
dinheiro da empresa. Geralmente ele precede o papel decisório, onde nesse
estágio é apenas para firmar o contrato de compra. Lida diretamente com a
questão de preço do produto e também, com menos destaque mas não
excluso, da distribuição do produto também, pois o que adianta comprar algo
que não há como ser entregue?
Já no usuário o papel de produto é um dos mais importantes, pois o usuário
é o receptor final de tal produto/serviço e é quem experienciará o produto,
conhecer a sua capacidade, seus limites, seus pros e contras, sua vida útil…
O papel do produto deve atender ao que o usuário busca pois caso contrário
gerará insatisfação e desestímulo do cliente para com a empresa.

2- Saber qual o conhecimento do consumidor sobre seu produto é


fundamental, e principalmente o que ele não sabe sobre o produto, então
com base no que o consumidor sabe ou não sabe a empresa pode relevar
isso em suas estratégias. Como no escopo de produto, é importante a
empresa deixar o consumidor ciente de todas as qualidades de seu produto,
todas as necessidades que podem ser atendidas com ele, suas garantias,
exaltar seu design, e tornar esse conhecimento do consumidor mais
aprofundado sobre seu produto, por exemplo se um cliente não usa um
produto de tal empresa em seu total potencial, cabe a empresa deixar esse
cliente ciente das possibilidades de seu produto. O preço é um conhecimento
mais direto de lidar mas que há muitas entrelinhas, pois o aspecto direto do
preço é ver o quanto custa e ver se aquele preço é cabível a você, porém
além de ver o preço, é ver tudo que vai ser adquirido com a compra do
produto, pode ser o próprio produto em sí, o prestígio de ter aquele produto,
o conforto de ter tal produto, a conveniência que aquele produto geral, como,
por exemplo, um cliente de determinada classe social vê um sapato por
R$700 e imediatamente acha caro aquele produto e decide não comprar por
achar caro. Outro cliente, de mesma classe social, vê o tênis por R$700 e
apesar de saber que não é barato, decide comprar pois identifica na
aquisição do produto que possui um produto de qualidade, um produto que
não apresentará defeito precocemente, um produto com prestígio, um
produto que vai gerar segurança ao usar e saber que não o deixará na mão,
é a percepção do cliente sobre todos os benefícios que ela ganhará ao
comprar algo, além da própria aquisição do produto. Logo é importante a
empresa trabalhar essa percepção do cliente de “apenas o produto” e sim de
tudo que vem junto do produto. A distribuição é algo que pode ser mais fácil
de lidar, pois a percepção de pontos de venda, estoque, transporte,
variedades do cliente é aquilo que ele está vivendo, como o cliente que vai
procura uma loja, acha a loja, entra, procura tais produtos, se tal produto está
em estoque, então a empresa deve agir mais diretamente nesse contato
como: fiscalizar estoque para não faltar, estudar pontos de venda com alto
fluxo de clientes, observar se há todas as variedades de produtos
disponíveis, fazer um posicionamento logístico estratégico como ao saber
que nos fins de semana sua loja vende mais que na semana para então
preparar a loja para estar ao máximo potencial operacional nos fins de
semana. A percepção que o cliente tem sobre a promoção do produto vem
através das publicidades, propagandas, influenciadores, relações públicas
que eles observam do produto. Por exemplo, não há como querer que seu
produto casual do dia a dia seja visto em uma área industrial assim como
não há porque fazer propaganda de maquinários pesados em bairros
residenciais. É questão de saber alocar as coisas em seus respectivos
lugares, até um papel social essa comunicação deve exercer. Seria errado
ou não ético haver uma propaganda sobre perucas próximo à um hospital de
tratamento ao câncer, uma propaganda sobre bebida alcoólica perto de uma
AA, aproveitar tragédias nacionais para ofertar seguros... Pois podemos
perceber que devemos saber como fazer essa “conversa” com o consumidor
como se fossem 2 pessoas com necessidades e expectativas uma da outra,
não agindo apenas em prol do lucro e sim da satisfação social também.
ATIVIDADE 3
Um dos indícios desses processos pós moderno de globalização é a
liberdade que essa globalização trouxe. Temos tudo na palma de nossa mão:
notícias, vídeos, fotos, outras culturas, filmes, crenças... Tudo isso foi
difundido na sociedade a ponto de que poderia não haver mais fronteiras
para usufruir de algo porém há uma barreira invisível entre classes, onde
apesar de “todo mundo ter tudo” a palma da mão, alguns tem ainda mais do
que outros. É isso que a liberdade traz, cada um poder fazer o que quiser,
porém os mais afortunados sempre vão poder mais. Alguém de classe baixa
não pode estar se sentindo cansado e viajar para uma praia todo fim de
semana devido aos custos disso, já as classes altas podem viajar para a
praia todo fim de semana caso assim desejem pois tem condições para fazer
isso. Uma família de classe baixa que tem um parente que mora em outra
cidade/estado/país não pode simplesmente pegar um vôo para visitar o
parente quando sentir saudade, uma família de classe alto já pode, e são
nesses nuances de “o que é possível e o que é feito” que essa liberdade é
exercida mas ao mesmo tempo não. O “saber que você pode” já é suficiente
para essa fase pós moderna, apesar de você não ter meios para fazer aquilo,
mas quando você tiver meios você pode fazer, e isso vai pautando essa
liberdade na real liberdade de consumo, dos que podem consumir ou não.
Junto com essa liberdade do processo pós moderno vem também outro tema
que é o “direito a algo”, pois a liberdade está ai, usa ela quem puder não é?
Agora apesar da liberdade, alguns locais são restritos para os que tem
“direito” à aquilo. De uma maneira bem trivial, quem tem direito a acessar o
palácio real? A família real. Os turistas tem a liberdade de visitar o palácio
mas não tem direito para entrar no local. Assim podemos fazer uma analogia
com a realidade, onde a família real são as pessoas que se acham
merecedoras desses direitos, o palácio seria qualquer local ou situação que
seja possível usar o seu direito, e os turistas seriam as pessoas que em tese
podem ter esses direitos também, mas na prática sempre ficarão separados
como os que “não tem direito à aquilo”, onde esse “direito” pode ser
resumido como um privilégio. Esse acesso ao privilégio fica cada vez mais
explícito à medida que essa globalização vem fluindo, onde as possibilidades
aumentam mas só de fato se efetivam para quem tem condições, quem tem
acesso aos privilégios de por exemplo consumir um McDonalds, uma rede de
fastfood americana que devido a globalização, está espalhada em vários
locais do mundo. Tirando como exemplo o Haiti, um país muito pobre,
poderia haver um McDonalds lá, com a possibilidade de qualquer pessoa
comer lá desde que tenha dinheiro, onde apesar de poderem comer lá,
poucas pessoas acabam tendo o “direito” de comer lá pois poucas pessoas
acabam tendo condições de usufruir desse produto da globalização, logo
quem não tem dinheiro não tem direito de comer lá. Isso não se resuma
apenas ao escopo financeiro também, podemos observar isso em um escopo
cultural também, aonde por exemplo asiáticos que vivem no ocidente,
independentemente de serem de classe alta ou baixa, sofrem discriminação
mundo a fora apenas por serem asiáticos, onde a sociedade busca cessar ou
revogar esses “direitos”, mesmo de quem é afortunado, mas não se encaixa
no escopo social predominante, a mesma coisa ocorre com as mulheres, que
tem seus “direitos” cessados (nesse caso chega a ser o direito literal) e
qualquer reparo em relação aos privilégios alheios, como por exemplos
medidas reparatórias, é visto como “privilégio” para uma classe que está
apenas buscando igualdade com o perfil dominante da sociedade, onde na
maioria dos países são homens heteros, brancos e de boa classe social. É
até citado no livro como nesse segundo processo de “retenção de direitos
universais” como uma espécie de escravidão pós moderna, aonde grupos e
classes sociais estão à mercê da vontade da classe predominante.
Um outro processo observado nesse período pós moderno, que é de certa
forma destrutivo, é a definição de sucesso, que vem cada vez mais sendo
pautada com base no consumo, que também aumenta cada vez mais, com o
acesso a cada vez mais produtos, mais ideias, mais maneiras de uso, aonde
a sociedade vem definindo como um “fracassado” ou “bem sucedido” quem
mais tem patrimônio, aonde quem não consome, quem não adquiri bens,
imóveis, não frequenta locais luxuosos, não usa roupas de grife é taxado
como fracassado ou sem sucesso, enquanto quem consome é o “bem
sucedido”. O real significado de sucesso vem sendo deturpado pois a
sociedade, as empresas, as pessoas vem aderindo e repetindo esse
discurso de consumo como medidor de sucesso. Devemos nos policiar
devido a isso como consumidores pois cada um tem seus valores pessoais
que não devemos deixar influenciar pelo meio externo, onde nesse caso,
bombardeia o consumidor o tempo todo com as ideias que acreditam serem
a verdadeira: consumir.

ATIVIDADE 4 -
Um dos traços que podemos perceber no começo do texto é a identidade do
brasileiro, que tem seu jeito único, seu gosto variado, suas classes bem
definidas mas que se misturam no meio social, dos dois lados da moeda de
ser brasileiro: viver num país desigual, com racismo, corrupções,
criminalidade ao mesmo tempo que temos uma culinária rica e totalmente
diversa, músicas dos mais variados estilos e misturas, os esportes que
amamos, nossos privilégios geográficos.
O lado ruim disso que afeta nosso consumo com certeza são as
desigualdades sociais, que diminuem o dinheiro na mão do povo e
consequentemente menos dinheiro na mão dos comerciantes, gerando o já
conhecido problema da concentração de renda do nosso país, quando na
verdade esse dinheiro deveria estar na mão do povo que é quem movimenta
a economia. Já o lado bom podemos ver a inclusão das classes cada vez
mais em espaços que são considerados “para elite”, como bons
restaurantes, aeroportos, cinemas, shoppings, locais que há esse mistura
social e que como foi citado, movimenta o mercado de uma maneira geral.
Desde o rico até o pobre pode andar de avião hoje em dia, aonde gerou-se
uma acessibilidade maior para o consumo desse tipo de serviço para
qualquer classe.
Posteriormente é citado a diferenciação de casa e rua, onde no Brasil temos
uma definição clara para cada local: casa é nosso abrigo e a rua nosso
batente, que é inclusive uma ótima definição sobre a visão de trabalho no
Brasil, visto que o trabalho é exercido na rua. Para americanos e ingleses,
com referências protestantes calvinistas e luteranas, o trabalho é uma ação
“honrosa, uma ação destinada a salvação, o trabalho edifica o homem”…
Enquanto para nós brasileiros, com influência catolica, percebemos o
trabalho como um fardo, é um peso, pois afinal, nossa sociedade há pouco
tempo havia escravos e as “pessoas decentes” não saiam às ruas e nem
trabalhavam com as mãos. Isso gerou essa sensação de fardo no trabalho
aqui no brasil. Um lado negativo onde isso afeta nosso consumo é que
trabalhamos para consumir, investimos nosso tempo e esforço, em algo que
muitas vezes não é prazeroso, para receber dinheiro e assim poder possuir
coisas, o que muitas vezes gera uma compulsão por consumo. Por outro
lado, o trabalho é um meio para se chegar até esse consumo, aonde aos
mais céticos podem ver como uma relação de motivação para se ter uma
“vida bem sucedida” e os mais emotivos como uma edificação como pessoa
e assim receber uma recompensa: o consumo. Como num exemplo mais
trivial, precisamos trabalhar para poder ter dinheiro e consumir, porém nem
todos gostam do que fazem. Já os que gostam, se sentem recompensados
por fazer o que gosta (o que distorce um pouco a visão de trabalho no meio
social, que deve ser visto como um fardo) e assim ser recompensado com o
dinheiro para poder consumir. Trabalhamos puramente para poder consumir
seja em qualquer nível, a diferença está nos felizardos que gostam do que
fazem e os infelizes que não vê em a hora de chegar o fim do mês para
receber o salário.
Após, é abordado a questão racial do brasil, como nossa cultura é muito dual
em questão a etnias: braco e preto, apesar de ser um país totalmente
miscigenado. Negativamente no nosso consumo isso pode ser retratado com
o simples ato de um negro ir a um shopping e entrar em uma loja cara:
olhares estranhos, desconfiança, seguranças seguindo e medo. Essa
diferenciação racial que há no país como o racismo estrutural impede que
negros se sintam reconhecidos por essas marcas que ostentam lojas
luxuosas em shoppings, até mesmo em uma simples refeição. Já ouvi relato
de um amigo negro que sentiu-se desconfortavel ao ir na rede de
restaurantes Madero pois ele era o único negro no local que não trabalhava
lá. Assim, há essa questão de “irreconhecibilidade” desses consumidores
para com essas empresas que não se esforçam o suficiente para acolher e
tratar os mais diversos públicos, seja desde o negro ao branco ou desde o
rico ao pobre. Já uma fator positivo disso seria a variedade de opções de
consumo no país devido a essa mescla cultural. Voltando ao exemplo do
shopping, se formos na praça de alimentação iremos encontrar comida
chinesa, indiana, pratos típicos de regiões do país e de outros países,
marmitas, pratos de chefes gastronômicos, sanduíches, pizzas, lasanhas,
comidas veganas… uma infinidade de produtos das mais variadas regiões do
mundo ao nosso dispor de consumo, pois essas lojas só estão lá porque há
clientes para consumir, e só há clientes para todas essas lojas devido a
mistura etnica e racial do país, que ao mesmo tempo que há uma mistura, há
também uma distinção clara desses grupos culturais.
Outro traço cultural que pode ser observado é a “exaustão do trabalho”
romantizada, aonde devemos trabalhar o máximo possível, sem parar, dar o
nosso máximo a todo tempo ao trabalho onde devemos devoção máxima,
aonde qualquer fuga dessa realidade “workaholic” é louvada. Como por
exemplo o carnaval, uma festa tradicional brasileira aonde a festança em si é
sinônimo de alegria, diferente do trabalho que é sinônimo de castigo, dureza,
suor. No carnaval todos estão com o único propósito de: diversão. Não há
classes sociais, não há diferenciações etnicas, não há hierarquias sociais ou
morais, apenas uma necessidade de aproveitamento máximo da diversão.
Por um lado ruim, vivemos esperando por uma data festiva, um motivo de
comemoração, esperamos um motivo para comprar um presente, como no
natal, ou esperamos um motivo para comemorar comendo uma pizza, como
um pai que dá esse agrado ao filho por tirar notas boas, vivemos precisando
de motivos para nosso consumo, aonde nesse sociedade capitalista o que
não faltam são motivos e incentivos para o consumo. Por outro lado, as
festividades movimentam o mercado e trazem oportunidades únicas para
quem decide aproveitar o momento de maneira financeira, seja desde
confeiteiras que só vendem ovos de pascoa no período da páscoa, ou
vendedores ambulantes que só são vendedores ambulantes em períodos de
ano novo, carnaval, festividades… Há sempre uma oportunidade de negócio
nessas festas que o brasileiro tanto preza.

ATIVIDADE 5
É muito interessante essa percepção de crença pois de fato não precisa ser
regido por um fator religioso, embora compartilhem da mesma
fundamentação, pois a simples opinião de um indivíduo pode mudar a
opinião de um grupo de indivíduos e a partir desse grupo essa opinião pode
ser levada como crença e posteriormente aquela opinião como um valor
maior. É como encontramos no caso da Apple, que foi uma marca de
celulares que nasceu já diferente das outras, com ideais mais
revolucionários, especificações para quem entende do assunto, surgiu como
uma marca inovadora, jovem e sofisticada, onde essa opinião de apreço
desse público ligado em tecnologias criou essa crença de que a Apple é uma
marca que revoluciona, inova, com qualidade e sofisticação em suas peças,
onde posteriormente criou-se o valor sobre a marca que conhecemos hoje,
uma marca com aparelhos de alto desempenho e custo, super valorizada em
diversos locais do mundo e que traz consigo o prestígio social de trazer
consigo um produto Apple, principalmente um iPhone. Percebemos algo
similar com a marca de roupa Aeropostale, onde a opinião de qualidade da
roupa gerou uma crença sobre a qualidade dos produtos dessa marca que
posteriormente acabou virando uma grife com o valor agregado à marca,
sendo muito visada pelo público mais jovem, que gostava de carregar o
prestígio da marca junto da qualidade ofertada, porém por ser muito visado e
apesar de ser uma grife a essa altura, acabava chamando atenção inclusive
de classes sociais mais baixas, que queria adquirir o prestígio de ter um
produto aeropostale mas sem poder pagar pela qualidade de um produto
original, que acabavam recorrendo à pirataria, que difundiu ainda mais a grife
entre as classes sociais mais baixas e posteriormente praticamente toda
classe social podia ser vista usando um produto (original ou não) com a
marca Aeropostale. Porém por ser um produto de grife que acabou ficando
popular, mesmo que com produtos falsificados, o valor daquela marca
começou a cair, apesar da crença das pessoas sobre a marca serem a
mesma, porém a mesma estava “menos exclusiva” e qualidade no produto já
não era mais o suficiente para manter os clientes a procura da marca.
Outra empresa que foi possível acompanhar a geração de valor sobre a
marca foi a Havaianas, onde por ser um produto quase obrigatório no guarda
roupa de todo brasileiro, acabou encontrando seu prestígio de ser além de
uma simples chinela tanto aqui no Brasil quanto lá fora. A Havaianas sempre
foi querida na opinião popular, sempre foi um produto essencial que pouco
brasileiros vêem substitutos apesar das cópias sem personalidade das outras
marcas, logo gerou uma crença de “por todo mundo possuir uma havaianas
em casa e ela trazer conforto” começou a ser aceitável usar havaianas como
um calçado mais elegante, devido a personalidade e inovações da marca,
aliado da vontade do povo de transformar a havaianas em um calçado
aceitável em qualquer traje, criou-se uma percepção de valor nessa marca
que passou de uma simples chinela para uma grife de calçados, com seu
valor reconhecido no mundo inteiro, principalmente lá fora no exterior onde
esse tipo de produto tem o mesmo valor, se não mais, do que os calçados
estrangeiros.

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