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Oliveira (2010)
Lavra de Mina Subterrânea
DEMIN/EM/UFOP- 2020-1
Prof. José Margarida da Silva
Descrição de Métodos de
Lavra Subterrânea
Para corpos de forte inclinação
1. Lavra por alargamento em
subníveis
Sublevel (open) stoping
Blasthole mining
Longhole open stoping (LHOS)
bighole (open) stoping
e variações
Métodos principais de lavra subterrânea
• Câmaras e pilares (room and pillar)*
• Realce em Subníveis (sublevel stoping)*
• Corte e enchimento ou corte e aterro (cut and fill)
• Abatimento em subníveis (sublevel caving)
• Abatimento em blocos (block caving) *- open stopes, sentido
• Frente longa (longwall mining) amplo, ou autosuportados
• Recalque, câmaras com armazenamento (shrinkage stoping) *
• Alargamentos abertos* (3): lavra frontal, ascendente ou
descendente (open stopes, sentido restrito)
Oliveira et
al., 2018
Métodos para corpos de forte mergulho
Realce
em subníveis:
encaixante Abatimento
resistente em subníveis:
encaixante
deformável
Alargamentos Corte e
Abertos: veios Enchimento:
estreitos alto teor
(narrow vein)
McCarthy (2016): 82 minas na Austrália se dividem entre narrow vein (< 0,25 Mta) e
sublevel stoping (> 0,25 Mta).
Realce em Subníveis: Aplicabilidade
• Forte mergulho (maior que ângulo de repouso do
material fragmentado);
• Rocha encaixante e minério resistentes (RMR maior
que 40 e que 60, respectivamente);
• Regularidade de limites e de mergulho;
• Grandes dimensões: 6 a 30 m de largura, extensão
grande ou razoável;
• Forma da jazida: maciço, tabular ou lentes de grande
extensão;
• Profundidade de rasa (100 m) a grande (2.400 m);
• Teor: pode ser moderado.
Hartman (1992): cerca de 30% de todo o custo
envolvido nesse método estão relacionados à atividade
de desenvolvimento.
A geometria dos
realces e pilares
deve adequar-se à
distribuição espacial
de minério.
A posição e forma
dos pilares será
determinada por
dados geotécnicos e
modelos de
mecânica de rochas
para o maciço.
O ponto de
carregamento deve
ter espaçamento tal
que permita as
manobras e giro do
equipamento de
carga.
Alargamento (realce) em subníveis
• sublevel open stoping;
• lavra ascendente, em que
são desmontadas tiras
verticais de minério, de
grande volume,
escoando-se o material
desmontado pelos chutes
e travessas de produção;
• corpo mais potente -
trabalha-se mais de um
subnível por horizonte;
• Aberturas de 3-7 m
largura x 2,7-4 m de
altura (função do
equipamento),
comprimento 50-90 m.
Método de arranque em subníveis
(sublevel stoping)
• Perfuração mecanizada: em leque
ou paralela;
• Carregamento: LHD, descarga
traseira (overshot loader),
carregadeira frontal, chutes;
• Transporte: caminhões
convencionais ou rebaixados, Jimeno (1995)
correias;
• Preferência para equipamentos de
maior porte.
Quando feito sob a forma de leque, deve-se garantir que não haja sobrecarregamento
(excesso) de explosivo. Nesse tipo de perfuração os furos convergem no emboque e
divergem no fundo do fundo, até uma distância equivalente ao espaçamento pré-
definido. Como os furos são pouco espaçados no início dos furos, deve-se ter uma
atenção especial no seu carregamento de forma que se consiga uma distribuição
homogênea de explosivo ao longo de todo o maciço a ser desmontado (Oliveira, 2018).
Jumbo Jardim (2019): desvio em furos na Minas de
Crixás (Goiás)- qualidade da furação de
leques e de faces livres (slots) para
desmonte.
Análise de consequências; possíveis causas:
• operacionais (equipamento utilizado e o
operador responsável),
• geológicas (litologia predominante,
qualidade do maciço e fraturas
presentes).
• Meta: < 5%.
Jardim (2019) - Resultados
➢ Operador Responsável
Número
do
operador
Número
% desvio do simba
14
12
10
8
6
4
2
0
Com mudanças: média 4,9% 0 1 2 3 4 5 6 7
Jardim (2019)- Resultados
Vantagens:
• 24h de produção: aumento de 25% na produtividade;
• maiores níveis de segurança;
• menores custos operacionais;
• uso mais consistente das máquinas (redução de peças de
reposição);
• aumento da vida útil dos pneus.
Desvantagens:
• aumento da manutenção;
• alto investimento (Barbosa, 2018).
Sublevel stoping “tradicional”
Variações (modificações)
• Shrinkage- sublevel
• Rill mining
• VCR
• VRM
• Avoca
• VBM
• Câmaras transversais
(como em Bründich, 2017)
VCR
Galeria de
subnível
Pereira, 2018
Mina Vazante-
Oliveira, 2018
- 4.000 t/dia
VBM (Vertical Block Mining)
• alargamentos estreitos em que
deterioração do furo é
problema;
• face livre (slot raise) na
extremidade do bloco por
desmonte de cratera e restante
do bloco é arrastado para ela;
• Lavra recua horizontalmente
com desmonte de sucessivas
fatias verticais; frente de
trabalho dividida em blocos
verticais.
• Isso pode ser repetido em
diferentes horizontes em uma
área grande.
Trabalho com FLAC (Emad & Mitri, 2013): equilíbrio com modelo constitutivo elástico
linear, para propriedades de capa, lapa, minério e enchimento, tensões a 1900 m
profundidade, também carregamento por gravidade.
Exemplos de uso- realce em subníveis
Brasil: ativas: Fazenda Brasileiro- Equinox, Teofilândia/BA, variante
sublevel retreat - Au; Caraíba, Jaguarari/BA – Cu, variante VRM;
Cuiabá (Au, Sabará-MG), Serabi– Au (PA)- Mina Palito; Jaconina-
Yamana (BA); Nexa/Votorantim: Baltar, Vazante, Serra de Fortaleza
(suspensa); Jaguar–Pilar (ouro-S. Bárbara), Avanco, no Pará- cobre;
–parte da mina: Turmalina (Conceição do Pará-MG); Pilar de Goiás-
Au; Ipueira (Cr, Ferbasa -Andorinhas/BA), sublevel retreat;
exauridas: São Bento (Eldorado, S. Bárbara/MG, enchimento posterior-
Au); Plumbum/PR– Pb, Boquira– Pb-Zn/BA, Camaquã/RS– Cu;
Exterior: Sierra Miranda (Cu), El Soldado - Chile*; Birchtree, Thompson-
VBM; Miramar (Canadá)– AVOCA; Kidd Creek– Cu-Zn-Ag-Pb, Young-
Davidson, Polaris, Ruttan (Canadá); Cracow, Alemanha– K-Mg,
Yauliyacu, Perubar (Peru), Newmont (EUA), Kylylahti, Finlândia; San
Jose (México, Au-Ag); Cayeli, Asikoy (Cu)- Turquia; Konkola (Zâmbia,
Cu, 1.150->1.500 m); Lappberget (Zn-Pb, Suécia), Olympic Dam, Mount
Isa (Austrália); Kazansi (60%, com 30% sublevel caving).
* 55% das minas usavam realce em subníveis (Zablocki , 2009) .
Fazenda Brasileiro- lavra era em subníveis por abatimento; acesso por rampa e poço
vertical (Oliveira Jr, 2001); subvertical, veio de quartzo, clorita-xistos; 3,5 mil t/dia, 1,3
Mta (Reinhardt & Davison, 2019).
Método de subníveis - Exemplos de uso
Mina Jacobina- Conexão
Mineral (2020)
Yamana quer ampliar em
31% a produção de ouro.
Entrada - seção 4x4 m2
(Oliveira Jr, 2001)
• Votorantim/Nexa
-Vazante (MG)- Zn: VRM (houve enchimento rock fill)- 6 jumbos, 3 fandrills,
8 LHDs, 7 scalers, 8 instaladores parafuso-cabo, 15 caminhões 30 t, 3 de
emulsão- 70 equipamentos móveis (In The Mine, 2015; Pereira, 2018); 7
itens de suportes, 3 deles ancoragens (Souza, 2016); rampas: 6 m
largura, 5 m altura (Oliveira, 2018);
-Baltar (SP)– calcário: realce- 110 m altura, 40 m largura, 100 m
comprimento, pilares- 32-40 m largura, mais de um subnível por horizonte;
-Fortaleza de Minas – Ni: retreat e AVOCA; previsão- extração 550 mta.
•Pilar de Goiás - ouro, tabular, média espessura 1,10 m, inclinação 18º,
quartzo-sericita-xisto, clorita-xisto (rochas encaixantes); corpo Maria
Lázara- mais competente (Machado, 2019); 6 km traço, 2 km extensão em
profundidade, poucas descontinuidades geológicas (Pertille, 2016).
Serabi Mineração – Au (PA) - Mina Palito
500 t/dia, recuperação 93%, transporte sobre trilhos, LHDs e caminhões; combinação
com recalque- perfuratriz manual, furos até 12 m, subníveis 15-30 m (serabigold.com,
2018).
Projeto Coringa- nova mina se juntará a duas existentes, com 8,3 g/t; vida útil 9 anos
(Noticias de Mineração Brasil, 2020).
VRM- Corpo mineralizado - Mina de Vazante
Brecha Mineralizada
Mergulho:
Dolomito Rosa
55º a 70º - 85% das lentes
30º a 45º - 15% das lentes
Extensão: 8 km
Espessura: 4 m
Dolomito Cinza
Willemita (Zn2SiO4)
Rampa X – 1375 m
Acesso Sucuri
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Nexa/Votorantim – Vazante
(MG)
–Corpo de minério: altura
média 15 m, largura 10-30 m,
realces: comprimento de até
60 m;
–Bombeamento: 8-12 mil m3/h
de água;
–Transporte por carregadeiras
LHD e caminhões por rampas
(transferiam o material para Minério carregado nas frentes de
as passagens, dessas para o lavra - 7 carregadeiras tipo LHD em
silo da câmara de britagem e 13 caminhões (capacidade 18-50 t,
finalmente içado por maioria 30 t), sendo transportado
esquipes); para a superfície por meio de rampa,
–Cable bolt 12 m onde é descarregado em pilhas de
comprimento, batimento de estocagem e triagem (Souza, 2016;
chocos. Oliveira, 2018).
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Mina de Vazante
Tipo de Método Recurso Teor T. x 1000
Minério de Lavra t. X 1000 % Zn Zn Cont.
Willemita VRM e 20,514 21,40 4,508
C&A
C&A – corte e aterro
Maior jazida de zinco silicatado do mundo Vida útil: 20 anos-> 2030
Considerando recuperação de 71% na lavra e 88% na usina de beneficiamento
(Pereira, 2018)
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Mina Vazante- Oliveira (2018)
Oliveira, 2010
Níveis consecutivos, separados por distância vertical de 20-30 m. Em cada nível são definidos
realces com comprimento de 60 m e largura mínima de 4 m, variando de acordo com a potência
do corpo de minério. Lateralmente são deixados rib pillars de 10 m entre realces de mesmo nível,
em painéis diferentes. Ao final do painel, são deixados sill pillars de 5 m entre níveis.
Baltar – corte longitudinal
Calcário entre dolomito, granitos, filito
A3 A2 A1 C1 C2 C3 C4 C5
1º Nível
2º Nível B4 B2 B1 D1 D2 D3 D4 D5
B6 B5 B3
Manutenção e Tecnologia (2013): Extração a mais de 330 m profundidade, painéis de lavra- salões
de desmonte intercalados por pilares, extensão de quase 2 km. Perfurações de 11 a 38 m, com
diâmetro de 3”; carregadeira de grande porte, caçamba 7,6 m³, carga 65 a 70 mil t/mês; total de
130 a 140 mil t/mês de calcário; caminhões- caçamba 20 m³ de capacidade, com revestimento
especial contra abrasão e impacto. Frota de caminhões 8x4 com 5 unidades, leva ao britador
primário em subsolo, em percurso médio de 2,5 km. Britador cônico, capacidade 800 t/h, faz
primeira redução, estoca em silo, capacidade 2,2 mil t. Cerca de 50 km de galerias já abertos.
Mina do Baltar
Galeria de perfuração
3,80 x 3,80 m
Galeria de perfuração
3,80 x 3,80 m
Galeria de transporte
7,50 x 5,50 m Galeria de perfuração
3,80 x 3,80 m
Mina Subterrânea
Mina Serra da Fortaleza
• corpos subverticais, 4 minerais-minério (60-70% sulfetos),
encaixantes – serpentinito (capa), BIF (lapa); potência1,5-4 m.
• Acesso rampa helicoidal (5 m x 5 m, 15%, a 50 m da
mineralização).
• Raises de ventilação (2,5 m x 2,5 m) com escadas e em
distância adequada.
• Corpos lavrados por sublevel stoping e variante AVOCA.
• Painéis 30 m altura, subníveis de 20 m e 10 m.
• Undercut -> sustentação -> corte acima em recuo (9 m altura,
15 m comprimento) -> enchimento a partir da queda do estéril,
mais o estéril de avanço da rampa.
• Dependendo da interseção da face vertical com horizontal,
manuseio com equipamentos de controle remoto.
Serra da Fortaleza
Área Norte
• Lavra por subníveis de realces abertos, em recuo;
• Espessura média do minério entre 2 e 3 m;
• Pilares horizontais e verticais em cada subnível ;
• Perfuração em leque ascendente.
PERFURAÇÃO
Estéril
Leque de
Perfuração Estéril
Minério
Galeria de
Perfuração
Serra da Fortaleza – Minas
Limpeza de Minério,
carregadeira com
REALCE EM LAVRA controle remoto
SN 700 NORTE
Pilar
Realce vertical
SN 688 NORTE
Serra da Fortaleza – Minas
Inversão da sequência de lavra, redução de altura de realces e tratamento
Metodologia antiga
- mesmo trabalhando dentro do cesto da
plataforma, existia o risco de queda de pessoas de
alturas significativas.
FUROS DESCENDENTES
DESCENDENTE
Mina Serra da Fortaleza
• Qualidade da rocha afeta diretamente sustentação; minério
incompetente - > 6 itens conjugados de acordo com condição
de cada abertura (exemplo, em aberturas com swellex,
diminui-se concreto).
• Situação afeta ciclo operacional e custo (galerias 4 m x 4 m -
da ordem de 4-5 vezes custo na rampa).
• A 400 m de profundidade, acontecem maiores convergências
e fechamento de furos para explosivo.
• Equipes são treinadas por dispositivo (tela, concreto
projetado, cavilhas split-set e swellex, cabo).
• swellex – resistência até 11 tf; 2,4 m comprimento, malha
variada, basicamente 1,5 m x 1,5 m, em galerias em material
estéril, 5 anos de vida útil;
• split-set (mais tela) - em minério, até 10 tf resistência, 1,8 m
comprimento, malha 1 m x 1 m (Nantes, 2010).
Mina Córrego do Sítio – AngloGold Ashanti
• Mina subterrânea (sulfetado) levou a novo estudo e viabilização a céu
aberto (minério oxidado).
• Vida útil prevista 11 anos, produção de 140 MOz/ano. Sondagens
confirmaram existência de minério entre Córrego do Sítio (3 corpos
principais) e antiga Mina São Bento (futura Córrego do Sítio II).
• Lentes inclinadas de minério (multiple narrow veins) concordam com
dique 55-70o, potência variável (média 2 m), plunge 20-30o.
• Desenvolvimento: preconizam-se 18 meses à frente da lavra.
Velocidade de preparação priorizada em relação ao custo maior de
desancho e perda de seletividade.
• Lavra: variações de sublevel stoping com enchimento; manuseio de
material fragmentado terá carregadeiras e caminhões em rampa.
• Prevista diluição - cerca de 30% (parte por necessidade de corte além
da potência; Januário, Carmo, 2010). Costa (2017): metodologia para
prever/reduzir risco de diluição não planejada em lavras estreitas.
• Córrego do Sítio II: lavra retomada, parada de novo em 2015- 890 m
profundidade; sublevel stoping /corte e aterro (Oliveira, 2019).
Mina Córrego do Sítio I – AngloGold Ashanti
Pilares: laterais (rib- espaçados 30 m,
espessura 3 m, flexibilidade na
locação), intermediários (sill pillar- 4 m
espessura; crown pillar- 15 m.
Mudança da dimensão de subníveis:
15->20 m -> aumento 38% de
produtividade (Januário et al., 2010);
diminuição 29% no desenvolvimento.
Rampa principal 15% de inclinação
(nas galerias e frentes chega-se a
18%).
Segurança: split-sets (malha 1,5 m x
1,5 m, comprimento 2,4 m), telas,
cabos (6-15 m comprimento),
parafusos de resina. Área que foi Mina
São Bento: cavilhas split-sets
substituídas por parafusos de resina
(maior vida útil).
Custo: resina – R$120/unidade, split-
set – R$ 60/unidade (Carmo, 2010).
El Soldado (Chile)
MÉTODO DE EXPLOTACION
El Soldado (Chile)
• Mina a céu aberto e subterrânea, 36.000 t de cobre em 2015.
• Mineralização: numerosos corpos tubulares, dimensões
irregulares, 100-200 m de comprimento, 30-150 m de largura,
80-350 m de altura.
• Rocha altamente competente (RCU > 200 MPa),
• regime de tensões moderadas (entre 15 e 30 Mpa).
• Condições favorecem desenvolvimento de grandes cavidades
abertas, tanto quanto os corpos mineralizados.
• Para manter estabilidade e maximizar recuperação de grandes
corpos, estes são divididos em unidades menores.
• Deixam-se pilares temporários, que são recuperados na etapa
final.
VRM- Mina Caraíba- 70 a 90 o de inclinação
Pilar de separação da mina a céu aberto- 25 m espessura. Acesso à mina
subterrânea por rampa (pessoal e equipamentos)- 3,2 km comprimento e
poço vertical (650 m profundidade); material é retirado em “skips”,15 t
capacidade; 3 poços de ventilação (Oliveira Jr, 2001). Subníveis espaçados
de 75-97 m para 55-60 m (Andrade Fo, 2002). Pilar entre câmaras no
mesmo horizonte. Introdução do paste fill e modificação do método levou a
aumento da reserva lavrável e da recuperação de minério.
Villaescusa (2014),
entre outros, discute
aumento do
espaçamento entre
subníveis
(“internível”), devido
a avanços na
perfuração e
desmonte: acurácia
de furos longos, tipo
de explosivo, carga,
iniciação.
Tatiya (2013, p.616-626)- parâmetros de modelo e de projeto propriamente dito no
tamanho do realce (potência, mergulho, espaço para operações e escavações etc).
Desafio
Como aplicar sublevel stoping na jazida a seguir?
• Mármore em camadas com o mínimo de impurezas por
minerais escuros, cerca de 20-30 m de espessura,
mergulhando em cerca de 45-50°, estendendo cerca de 1-5 km
ao longo da direção (“traço”) e várias centenas de metros
mergulho abaixo.
• A jazida está em terreno montanhoso sujeito a quedas de neve
de inverno pesado.
• Maciço rochoso é de boa qualidade, com uma classificação
GSI de até 70 e uma classificação Q de até 15.
• É dominado por acamamento muito contínuo, que controla a
estabilidade da capa. Em alguns locais, falhamento também
exerce controle sobre a estabilidade da capa.
• A resistência do maciço é cerca de 24 MPa e tensões in situ
são estimadas em 5-10 MPa.
Outras Minas- Brasil
Mina Pilar (MG)- ouro Mina Pilar de Goiás
- Início: 2008; geologia bastante - ouro, tabular, corpos
complexa (BIFs, xistos), 830 m estreitos, média de
profundidade, acesso- rampa (5 espessura 1,10 m;
m x 5,3 m); internível 55 m, 3 - Realces de lavra
subníveis, teor médio 3,5 g/t; delimitados no teto e base
- Realces 20 m comprimento; por contatos do corpo de
- swellex, tirante com resina, minério e ao longo do
revestimento com tela em mergulho pelas distâncias
desenvolvimento (parte entre câmaras low profile
terceirizado); cabo de ou galerias de produção
ancoragem (malha 1,5-2 m (Machado, 2019).
lado) na lavra; CBL- 2% Li; mina em
- Diluição 3-14%, recuperação- Araçuaí, processamento a
88%, 14-30 mil t 200 km, Divisa Alegre-MG;
perfuradas/mês (Takano, 2019). mais 1 Mta (Souza, 2021).
Minas com corte e enchimento
e realces em subníveis
Exemplos
• Turmalina (Jaguar, ouro, Brasil);
• Brunswick (zinco, chumbo e outros, Canadá);
Newmont (EUA)
• Mina de ouro, em Nevada.
• Usam vários métodos, mas basicamente consideram 90%
Longhole Stoping e 10% Cut and Fill.
• Além de Swellex, também usam Split-set, shotcrete e tela.
• Encaixante frágil e bastante problema com água e
temperatura.
MinaTurmalina- corpos A a C
Developed
Santinoco
Ramp 2
Ramp 1
6 g/t Au, 30 mil t/mês, mais 360 mta- céu aberto, vida útil 5,5 anos.
EQUIPAMENTOS DE MINA
Perfuração Desenvolvimento
Perfuração Jumbo Perfuração Manual
Perfuração Lavra
Volvo L-90
LHD Wagner
ST1020
SINALIZAÇÃO DAS MINAS
Adesivos indicação
Placas Indicativas Câmara Refúgio Sala DDS
de ar e água
Creighton Mine – Ni-Cu- 2.100-2.400 m; 2007: 873 mil st; 3 poços reativados para
reiniciar em 2021; 95% slot-slash (VRM modificado); realces 26-61 m altura; 5% corte
e enchimento hidráulico cimentado, 40% sólidos, realces 4,5 m altura;
lavra de pilares- sequência essencial para lidar com sismicidade; LHD 6 m3-> orepass-
> locomotiva (ou caminhão-britador)-> poço- skip 13,5 t (viewpointmining.com).
Projetos Recentes
• Cayeli (Turquia): rampa 5 m x 5 m, 15%, poço 5,5 m diâmetro, 570 m
extensão; cabeceiras de soleira 7 m x 5 m, espaçadas 7-10 m, 10-50 m
comprimento, jumbo, LHD controle remoto, caminhões 25 t, passagens de
minério; em superfície: caminhões-> pilha; estéril-> backfill; retorno do ar: 2
subidas, D= 3,6 m, 70º, em níveis diferentes, também em rampa exploratória
(Sorvey, 2006).
• Casposo (Peru): mina a céu aberto, mais subsolo (sublevel stoping); ouro 4,5
g/t; prata 116 g/t; acesso principal por rampa.
• Mina Paulsens (Peru): ouro – 6,5 g/t, desenvolvimento também por rampa de
582 m, alcance de 267 m da superfície.
Sales (2019) recomenda, a partir de observações de Alford et al. (2007) e de Bai et al. (2013),
que os primeiros 3 anos de projeto (desenho) dos realces não se restrinjam às rotinas
computacionais, mas o usuário influencie mais no desenho, apesar dessa tarefa gastar mais
tempo que a realizada automaticamente.
Comparação entre Métodos de Lavra
Corpo Regular e
“Sublevel Stoping” inclinados
Maior produtividade
Lavra por Realce em Subníveis Maior diluição
Baixo Custo
(Operacional)
Baixos Teores
“Cut and fill- Hydraulic Back Fill”
Baixa diluição
Corpos Estreitos
“Cut and Fill –Mechanic Back Fill” Teores Altos
Corte e Enchimento Mecânico
Custo (Operacional)
Elevado
Corpos Irregulares