Você está na página 1de 14

MIN 225

2008/2 - Aula subsidencia


Segunda parte
Casos, medidas mitigadoras,
referencias
Mina de Kiruna
(Suécia)
Subsidência (aluimento)
Fato essencial: qualquer ponto na superfície
pode continuar a subsidir por um tempo
ao longo da extração dentro de uma área
crítica abaixo deste ponto.
Além da “subsidência ativa”, pode haver
uma subsidência algo dependente do
tempo, devido a fenômenos como a
consolidação ou o comportamento visco-
elástico dos estratos, que continuam a
existir depois de o ponto não estar tão
distante da zona de influência da face
escavada (“subsidência residual”).
Há de se prever então um monitoramento
dessa situação.
Detecção e Mitigação
• Técnicas de detecção do fenômeno: da
instalação de marcos topográficos à
utilização de extensômetros, tiltímetros,
inclinômetros ou sensoriamento remoto.
• O custo de medidas preventivas é
usualmente menor que aquele para
reparar danos quando não são tomadas
as devidas precauções.
MEDIDAS PARA LIMITAR
EFEITOS DE SUBSIDÊNCIA
Extração Parcial

São deixados pilares laterais substanciais entre os painéis.

Carvão, Reino Unido: pilares de largura de 30 a 100m


deixados entre painéis extraídos com razão
largura/profundidade menor que 1/3.

Dependendo da configuração da razão de extração, podem


ser alcançadas reduções da ordem de 80% na máxima
subsidência.
MINIMIZAÇÃO DA SUBSIDÊNCIA
Pilares

Mina Morro Agudo


Medidas de minimização
Tratamento

Preenchimento com compactação de tiras ou


método hidráulico ou pneumático com sólidos,
que pode reduzir a subsidência em até 50%,
dependendo da natureza e duração do
tratamento.

Maiores reduções são obtidas pelo preenchimento


imediatamente após a lavra ou com colocação
de estruturas artificiais de sustentação.
Medidas de minimização
Extração Harmônica
Remoção em etapas do mineral de área crítica de
modo que a superfície seja rebaixada
vagarosamente e deformações horizontais
sejam minimizadas.
A extração harmônica requer que o painel seja
avançado em pelo menos duas faces mantidas
a uma distância cuidadosamente calculada.
Orientação da estrutura com respeito à direção de
avanço da face determina por quanto tempo a
proteção contra a onda superficial (longitudinal
ou transversal) é a mais importante.
MÉTODOS DE PREVISÃO DO PERFIL DE
SUBSIDÊNCIA CONTÍNUA
Métodos gráficos;
Métodos analíticos.

• Existem métodos que tratam do problema inverso:

• a partir de uma subsidência máxima admissível,


calculam-se as dimensões máximas das aberturas a
serem realizadas.

• Entre os métodos numéricos, o principal é o método de


elementos finitos.
Previsão de Subsidência
• Métodos Empíricos
Tabelas e ábacos permitem determinar a
subsidência prevista em cada ponto, a partir da
profundidade, largura e altura da escavação.
• National Coal Board (NCB);
• Funções de Perfil;
• Funções de Influência.

O perfil de subsidência é obtido pelo traçado de


uma curva por pontos.
Previsão de Subsidência

• Métodos Analíticos
Assimilando-se o comportamento dos
maciços rochosos a modelos físicos
simplificados (elásticos, elasto-plásticos,
visco-elásticos etc) e utilizando-se as
respectivas teorias matemáticas.
Referências
• CURI, A. “Análise e Mitigação do Impacto Ambiental devido à Subsidência em Minas Subterrâneas”.
Tese de Doutoramento. Universidade Técnica de Lisboa. Inst. Superior Técnico. Lisboa. 208 pp.
1995.
• KANJI, M. A. “Surface displacement as a consequence of excavation activities”. Proceedings fourth
Congress of International Society for Rock Mechanics. ISRM, vol.3, pp. 345-368. Montreaux, 1979.
• MELLO MENDES, F. “Geomecânica Aplicada à Exploração Subterrânea ”. Instituto Superior
Técnico. UTL. 346 pp. Lisboa, 1985.
• PENG, S. S. 1992. Mining Subsidence Engineering. AIME. Soc. Min., Met. Explor. EUA. 161 pp.
• SING, B.; SAXENA, N. C. “ Land Subsidence ”. Internacional Symposium of Land Subsidence.
Central Mining Research Station. Dhanbad (Índia), 1989.
• VOIGTH, B.; ASCE, A. M.; PARISEAU, W. “State of Predictive Art in Subsidence Engineering”.
Journal of the Soil Mechanics and Foundations Division 96. pp. 721-750. March 1970. CURI, A
Análise e Mitigação do Impacto Ambiental devido à Subsidência em Minas Subterrâneas.
Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior Técnico. (Tese de Doutorado), 208 p. 1995.
• JAEGER, J. C.; COOK, N. G. W. Mining and Engineering Applications. Chapman and Hall. 3 ed., p.
505-515. 1979.
• LINKOV, A. Rockbursts and the instability of rock masses. International Journal Rock Mechanics,
Mining Sciences & Geomechanics Abstracts, v. 33, n. 7, p. 727. 1996.
• RIDEG, P.; EYNON, P. Controle de Subsidência no Dimensionamento de Minas. Seminário
Nacional sobre Mina Subterrânea, 2. Porto Alegre, 14 p. 1982.
• SILVEIRA, T. Técnicas de Sustentação em Minas Subterrâneas. UFOP, p. 1-26. 1987.
• VANDALE, A E. Subsidence - A Real or Imaginary Problem? Mining Engineering, p.86 – 88,
sep/1967.

Você também pode gostar