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Arranjo de uma
mina com escavações
transição céu
aberto para
subterrânea
operações
Fases da
mineração
9
Custos e decisão de lavra
Cam – custo
extração minério;
R – REM;
Cae – custo
retirada estéril;
Cs – custo
subsolo.
BENTO XVI (Caritas in Veritate, 2009, item 35, por Machado, 2020): o mercado se
insere dentro de um contexto de compreensão humanista e por isso corporifica a
solidariedade, o respeito mútuo e a confiança ... em vez de ser ponto de confronto, é
ugar de encontro entre as pessoas... é uma instituição econômica ... de humanismo,
de respeito pelos seres humanos em sua integralidade. Não se podem perder de vista
os princípios ... da justiça social. Se for visto unicamente pela perspectiva do lucro, da
materialidade, ... perde sua destinação de gerar coesão social. Sem solidariedade,
sem confiança recíproca, o mercado perde sua própria função econômica.
(ANM- ex-
DNPM, 2019)
Exemplo: Asia Miner (2022)- é esperado que a mina Oyu Tolgoi (Cu-Au,
Mongólia) seja a quarta maior de cobre do mundo em 2023, produzindo
média de 500 mt de metal entre 2028 e 2036, das operações a céu aberto e
subsolo.
LAVRA SUBTERRÂNEA
• Profundidade do depósito*;
• Quantidade de material a ser retirado para alcançar o minério;
• Jazidas aflorantes vão se tornando escassas;
• Restrições ambientais à lavra a céu aberto;
• Aumento do conhecimento do comportamento de maciços rochosos.
*Torres e Gama (2005): minas pouco profundas ou rasas: até 850 m;
Rahimi et al. (2020)- maior que 600 m (deep mining);
Dessureault et al. (2004): perspectiva de mais de 150 m -> admite-se a
hipótese de mina subterrânea. Ghorbani et al. (2023)- profundidades acima
de 1.000 m.
•Revalorização da engenharia;
•Importância da sustentabilidade
ambiental;
•Abertura e reabertura de minas;
•Elevação de preço de venda do ouro;
•Aprofundamento de minas;
•Mais empregos na engenharia mineral,
depois crise mundial e nova retomada.
•Queda do valor de venda de outros
metais; alguns recuperando o preço (Cr-
Ni).
(Estudos Avançados, 1998)
Vale: ouro -mineral mais
explotado no Brasil em subsolo
(vale.com). Referenciais mais
importantes para lavra
subterrânea estão em: Suécia,
Finlândia, Canadá, Austrália,
Chile, África do Sul e EUA, que
têm o maior número de minas,
universidades, instituições de
pesquisa, fornecedores de
equipamentos, conhecimentos,
relativos ao contexto mais
avançado do subsolo, sendo
acompanhados pelos demais,
inclusive o Brasil, com processos
avançados e similares em
segurança e métodos aplicados .
Mineração de grande porte no Brasil concentrada em MG, PA, GO, BA e SP, onde
predomina produção de minério de ferro, ouro, bauxita, cobre, nióbio e fosfato.
Recursos minerais são expressivos e abrangem produção de 72 substâncias minerais,
das quais 23 são metálicas, 45 não metálicas e 4 energéticas (IBRAM, 2015).
Transição de Mina Céu Aberto -> Lavra Subterrânea
• Tema tem merecido atenção. Nos próximos anos teremos importantes
projetos de mineração com lavra subterrânea entrando em operação.
• MASSMIN (2012): transição para subsolo - Collahuasi, Palabora (África do
Sul, influência das tensões), El Teniente (cobre, Chile), Freeport (Indonésia,
240 mil t/dia), Henderson (EUA); pré-condicionamento em Cadia East (ouro,
Austrália); várias lavradas por abatimento em blocos (block caving).
• Aditya Byrla (2012): Esperanza South (Cu-Austrália) - concomitância céu
aberto-subsolo (2005/2009), parou rampa após 967 m; lavra por abatimento
em subníveis (sublevel caving); 20 mta, superfície; 1,2 Mta, subsolo.
• International Mining (2010): lavra a céu aberto da Mina Grasberg (cobre,
ouro) terminou em 2006. Complexo mineiro teve 3 minas subterrâneas em
desenvolvimento para produzir em 2015/2016, juntando-se à ampliação da
DOZ Mine para 80 mil t/dia.
• Wilton et al. (2007): projeto Michelin (Canadá)- 14,3 Mt de reserva para
lavra em subsolo, com mais 3,4 Mt em superfície;
• Voisey Bay- Canadá- Ni- Vale- 2020/2021, vida útil prevista até 2032.
• Geita (Tanzânia); Chung et al. (2016): cita minas como Kanowna e Sunrise.
• In The Mine (2021): Mirabela (Ni)- início operação subterrânea, prev.- 2028.
• NMB (jun/21): potencial de mineração subterrânea- Santa Luz.
Futuro da lavra subterrânea
• Newtrax. 2020. Will underground mine replace surface mine in the
future? Disponível em: newtrax.com/blog;
• Fields J. 2020. The future is (still) underground. Disponível em:
minesmagazine.com;
• Bickford D. 2018. Underground Mining: what does the future hold?
Disponível em: javeybickfordenaex.com;
• Chadwick J. 2017. Tomorrow’s underground mining. International
Mining, p.10-28. Disponível em: https://im-mining.com.
“Las minas no se copian. Todas tienen sus propias condiciones y
restricciones naturales. Por tanto, cada mina tiene un modelo de valor y
costo único. Tiene variables distintas a gestionar…” (Proactivo, 2022)
On July 10, Ramaco R. Inc. experienced a material methane ignition at its
Berwind mining complex (Berwind, West Virginia). The cause of the ignition
is unknown. The company, in conjunction with the appropriate state and
federal regulatory authorities, will be conducting a full investigation. The
mine was idle at the time of the incident, and there were no personnel in the
mine nor any injuries or fatalities (Coal Age, 2022).
Novos Projetos
• Sanbrado (B. Faso), Martha (N. Zelând.), Kipushi (Congo), Coringa* (Au-PA), S. Rita (Ni-BA),
S. Helena (Zn-MT), Autazes-AM (K, 2026), W. Mountain (Austrália-Au), Geita (Tanzânia);
• expandidas/retomadas: Luck Friday, Cuiabá (Au, MG), Carmem (Filipinas, Au-Ag-Cu), Aguas
Tenidas (Espanha), Katanga (Congo), Woodlawn (Zn-Pb-Cu); Twin Creeks (EUA);
• paralisadas/suspensas: Engenho (Au, MG), Santa Isabel- Marzagão (Au, MG); Serra
Fortaleza (Ni, Nexa); Coitezeiro (Pereira, 2021); *Serabi-NMB, set/2020- 9 anos, 8,3 g/t
• andamento/desenvolvimento: Siou (Au, Áfr. Sul), Platreef, Fruta Del Norte (Equador), New
Caribou, Voisey Bay (Canadá), Córrego do Sítio I-II (Au, S. Bárbara– MG), Vila Nova (Cr,
Marzagão–PA), Efemçukuru (Au), Mayskoke (Au), Santa Maria (Colômbia, Au), Mpulanga
(Pt, Áfr. Sul), Zimplast (Pt-Pd-Rh-Au), Mercedes (Anglo), Mungana (Austrália);
• noticiados/iniciados/tentativas: Pedra Branca (Au-Cu, AP), Lagoa Seca (B. Horizonte-MG,
dolomita), Justa (Peru, Cu), Nkomati (Ni-Cr-Co-Cu), Diavik (diamante, Canadá), Canavieiras-
Morro de Vento (Au, BA), Kamoto (cobre), Cortez Hills (Canadá), Rustenbur (Pt, Áfr. Sul);
• estudo/implantação: Chuquicamata (Chile), Miramar (Canadá), Kalagadi (Mn, Áf. Sul),
gipsita (Camamu-BA), Avebury (Ni), Iamgold (Canadá, Au), Quimsacocha (Equador, Au),
Aripuanã (MT, Zn-Cu), Reid Brooks, Eastern Deeps; Great Panther; Granite Creek (Au-EUA);
• potencial (re)início/expansão: Maryland (EUA), Alemão (Au, Cu-PA), Belmont (esmeralda,
Itabira–MG), Dolores (ouro, México), Las Cruces (Espanha), Morro da Mina (manganês,
MG), Cajati (fosfato), Áncash (Peru, 2036); Santa Maria (RS, Pb-Zn-Ag-Cu).
Serra Pelada- COOMIGASP/Colossus, do ouro- túnel construído, porém paralisado (2013).
Primeira década do séc. XXI-> fechamento das minas de ouro Mina Velha e Mina Grande,
importante escola de mineração para a lavra subterrânea.
Previsão: Mirabela (níquel, para 2028, conforme NMB, 2021 ou para
2026, Extra Globo, 14/09/2020; Brasil Mineral, 16/09/2020); ouro em
Matupá-MT; ouro (Cascavel, em Goiás, NMB, 2014), Urucum Norte etc.
LAVRA SUBTERRÂNEA
Elementos de jazidas
Potência:
Muito pequena- até 0,7 m;
Pequena- 0,7 a 2 m;
Média- 2 a 5 m;
Grande – 5 a 20 m;
Muito grande- maior que
20 m (Tatiya, 2013)
22
LAVRA SUBTERRÂNEA
Elementos de jazidas
Direção
N 57º W
N 70º E
N 79º W
N 57º W
50º
Ângulo da
horizontal do plano Tatiya, p.528-530.
médio com a
direção norte. 23
LAVRA SUBTERRÂNEA
Elementos de jazidas
• Plano médio
• Eixo
• Extensão (traço)
• Extensão em profundidade
• Mergulho
• Reta de maior declive
DESENVOLVIMENTO EM
VOLUME
• ALARGAMENTOS OU
REALCES (STOPES) –
vazios resultantes da extração
do minério;
• CÂMARAS PARA
UTILIDADES DIVERSAS
(silos, casa de máquinas,
refeitórios, áreas de oficinas,
britagem, câmara de refúgio e
outras) – (rooms)
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Lavra Subterrânea- Desenvolvimento e Extração
Custos de desenvolvimento - Custos de escavação (subsolo)
• US$ 1.000-1.200/m escavado, galeria 4,5 x 4,7 m; US$ 1.600-2.000/m (Mota, 2007);
US$ 1.850/m (Cotica, 2009); R$ 8.000/m (xisto, seção 4,5 x 5 m– AngloGold
Ashanti- Figueiredo, 2018);
• US$ 3.000/m, poço 3 m diâmetro, revestimento simultâneo (Lack, 2005);
• Poço (6 m diâmetro, 29,2 m2)- custo final US$ 3.833/m (Bradley, 2002);
• Poço (Seervi, 2017): CP = 2,64 D + 34,8: D = diâmetro (m); de galeria: CG = 0,96 L,
com: L= comprimento (m);
• Poço (Gonzatti, 2007): fixos- CF = 244.527 D0,5; unitário- CO = 2.455 D0,5 H1,05;
D – diâmetro (m); H – profundidade ou altura (m);
C ($/m) = Cref Kexc S 0,6 (Hudyma, sd)
S- seção transversal (m2); Kexc- por tipo de escavação, Cref = 1.100 ($/m)- 2,5 m x 2,5 m
Kexc: 0,34 (cabeceira/travessa); 0,4 (rampa inclinada); 0,11 (subida emadeirada); 0,09
(raise borer- sem revestir); 0,07 (subida em backfill); 0,095 (escavação de serviço).
• Outras fontes: McConnell-Dowell [sd] (acesso: 2022)- taxas de 5 a 12 m/dia, poços,
poços de ventilação-> 18 projetos- África do Sul (16), Chile e Zâmbia;
Arizona (1972); USBM (1932); Luz et al. (2022);
Cardozo (2023).
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Desenvolvimento; Custo de Equipamentos de Lavra
Quantidade de desenvolvimento
Morro (Tabiporã-PR, ouro, 2005)- 30 km; Morro Agudo (zinco, Nexa,
MG)– 2007: 61 km, 2009: 90 km (900 m/mês); Vazante- 2016: 150 km
(Souza, 2016), 182 km (15 km/ano escavação horizontal; Oliveira,
2018); Diavik (Canadá)- 22 km; Cuiabá (ouro, MG) –62 km, sem
chaminés; 106 km (Teixeira, 2004) -> 200 km (2019); Ferbasa- 71 km
(700 m/mês);
ouro (geral)- 50 m verticais/ano (Netto, 2012); Jaguar 576 m/mês.
Aquisição de Equipamentos
Carregadeira rebaixada LHD – R$ 1,4 M;
Caminhão: 25-30 t – R$ 1,8 M (Cotica, 2009);
Minerador contínuo – R$ 3,5 M (França, 2009).
Lavra Subterrânea - Equipamentos LHDs- Chile
Como são equipamentos que trabalham nas minas? 280 unidades
25 de 5 J3; 208
• Porte de caminhões de 7 J3; 23 de
Convencionais – 7,4-14,5 m altura, 37-235 t (calcário); 10 J3; 18 de 13
Rebaixados – menos de 2 m de altura, 7 a 50 t. J3; 6 de 15 J3.
17 empresas;
• Carregadeiras rebaixadas LHD: El Teniente-91;
• capacidade 0,4-11 m3 (1-25 t, em teste 32, 56, 86 t); Geovita- 28;
• Vagões: capacidade 2 a 40 t; Gardilac- 23;
El Peñon- 22;
• Esquipes (elevadores de carga): 2 a 20 t, Salvador- 20;...
em profundidades de 640 a 2.250 m. (Lafuente,
• Britagem primária -> 1.000 t/h; 2017)
• Perfuratrizes: furos 2-6,5” Taquari- 8;
(Germani, 2002; Lisboa, 2009; Sandvik, 2017; Vazante- 9;...
Vatcher, 2009; Lafuente, 2017).
32
PERGUNTA
Como conciliar segurança e recuperação de minério?
• Abandono de pilares;
34
LAVRA SUBTERRÂNEA
Princípios fundamentais – abandono de pilares
35
LAVRA SUBTERRÂNEA
Princípios fundamentais – enchimento/suportes
artificiais
Material útil vai sendo
extraído;
Vazio formado é preenchido
com outro material para
sustentação do teto.
Desmonte da face é integral;
Frente se desloca, sendo
acompanhada pelo
enchimento.
Teto na frente de trabalho
sustentado para evitar queda
de blocos ("chocos").
36
LAVRA SUBTERRÂNEA
Princípios fundamentais – abatimento controlado
(caving)
Com avanço da frente de lavra,
provoca-se seu desabamento, a
uma distância controlada,
dissipando-se parte da energia
armazenada.
A rocha desabada empola, o que
inibe a propagação do
abatimento.
Blocos começam a exercer
reações apreciáveis sobre o
teto, favorecendo sua
sustentação.
37
LAVRA SUBTERRÂNEA
Classificação de corpos de minérios
38
Classificação de Métodos de L.S.
Métodos de lavra
subterrânea
Métodos sem suporte artificial Suportados Abatimento
Energia armazenada
LAVRA SUBTERRÂNEA
Classificação de corpos de minério - corpo de mergulho acentuado
• Minério desmontado
desce por gravidade até
galeria de transporte.
• Inclinação a partir da
qual começa a ocorrer
rolamento do minério
desmontado depende
das dimensões dos
blocos e da
regularidade do piso;
fica entre 45 e 50.
40
LAVRA SUBTERRÂNEA
Classificação de corpos de minério - corpos (sub) horizontais
• Inclinação excede
limites de
trafegabilidade
(gradeability) de
equipamentos, mas
não é suficiente para
que ocorra
escoamento do
minério desmontado,
sob ação da
gravidade, das frentes
de lavra até galeria de
transporte.
42
Ranking de produção da mineração (Produções 100 mil a 1,4 milhão t/ano)
Mina Empresa Método Minério 2005 2006 2007 2008 2009 2010 (Mt ROM)
Taquari Vale Câmaras e pilares potássio 46a. - - - 49ª. 58 (2,6)
Vazante Nexa (Votorantim) VRM/corte enchim. zinco 66a. 72a. 79ª. 84ª. 87ª. 90 (1,3)
Verdinho Carbon. Verdinho Câmaras e pilares carvão 68a. 76a. - - 68ª.
Caraíba Erro Copper Subníveis (VRM) cobre 84a. 83a. 110ª. 114ª. 38ª. 54 (3,0)
Faz. Brasileiro Equinox VRM ouro 87a. 85a. 92ª. 93ª. 85ª. 101 (1,1)
Jacobina Yamana Sublevel stoping ouro 89a. 68a. 78ª. 72ª. 59ª. 68 (2,3)
Barro Branco Carbon. B. Branco Câmaras e pilares carvão 93a. 93a. - 82ª. 112ª.
Cuiabá AngloGold Sublevel stoping ouro 94a. 94a. 86ª. 88ª. 81ª. 85 (1,2)
Morro Agudo Nexa (Votorantim ) Câmaras e pilares zinco 96a. 84a. 95ª. 102ª. 103ª. 104 (1,0)
Crixás (Mina III) AngloGold corte e aterro ouro 101a. 112a. 126ª. 142ª. 119ª. 142 (0,4)
Ipueira Ferbasa abatim.subníveis cromita 103a. 103a. 105ª. 99ª. 109ª. 118 (0,8)
Serra Fortaleza Votorantim Subníveis (variaç.) níquel 108a. 110a. 130ª. 137ª. 132ª. 148 (0,3)
S. Bento/C. Sít II AG Ashanti corte e aterro ouro 134a. 131a. 218ª. -
Morro Tabiporã Câmaras e pilares ouro - - - - -
Baltar Votorantim R. Subníveis calcário - - - - 100ª.
Crixás (Nova) AngloGold corte e aterro ouro - - 193ª. - 139ª. 153 (0,3)
Turmalina Jaguar R.Subnív. / C. Ench. ouro - - 150ª. 129ª. 107ª. 120 (0,7)
Belmont Belmont Câmaras e pilares esmeralda - - 207ª. 192ª. 190ª. 205 (0,06)
Tanguá (Mina 2) EMITANG Realces abertos fluorita - - 121ª. 196ª. 196ª.
43
Mina Empresa Método Minério 2005 2006 2007 2008 2009 2010 (Mt ROM)
Santa Helena Prometalica corte e aterro zinco - - 158ª. -
Santa Isabel Jaguar corte e aterro ouro - - - 123ª. 140 (0,4)
Córrego Sítio AngloGold Realce em subn. ouro - - - 152ª. 161ª. 168 (0,2)
Palito Serabi Sublevel stoping ouro - - - 165ª. -
Andorinhas Reinarda C. pilares/ench. ouro - 171ª. -
Urucum RDM Cam. pilares manganês - - - 145ª. -
Lauro Muller Carb. Belluno Cam. pilares carvão - - - 142ª. 136 (0,5)
Esperança Carb. Esperança Cam. pilares carvão - - - 85ª. -
Fontanella C. Metropolitana Cam. pilares carvão - - - 127ª. 106ª. 115 (0,8)
Mina 115 Cambuí Cam. pilares carvão - - - 134ª. -
Caetité INB Em implantação Urânio - - - 156ª. 152ª. 189 (0,1)
Morro Fumaça Votorantim Corte e enchim. fluorita - - - - -
Serra Pelada Colossus Em implantação ouro - - - - 194ª. -
Palmeiras AngloGold Pilares, enchim. ouro 199ª. 173 (0,2)
Mina Velha Lamil Câm. e pilares agalmatolito 192ª. 204 (0,06)
Palmital Jaguar Realces abertos ouro 207 (0,06)
Cachoeira CBL Realce em sub. lítio 162 210 (0,04)
Brejuí T. Salustino retomada scheelita 49ª. 214 (0,03)
Lamego AngloGold Pilares, enchim. ouro 184ª.
Escalas de produção
• Rocha dura (compacta):
– Pequena escala:
• abertura mínima (2 x 2) m2
– Média escala:
• abertura mínima (4 x 4) m2
– Grande escala:
• abertura mínima (5 x 5) m2
• Transporte:
– caminhões de 20 t a 30 t.
Rocha dura: grande escala
• Perfuração mecanizada – jumbos*/
simbas;
• Carregamento: carregadeiras LHD
com capacidade 9-11 m3.
• Transporte: caminhões de 40-50 t,
raramente maiores.
(Moser &
Wimmer,
2018)
Manuseio de material
Tendências
• Vibração, insalubridade e ruído, entre outras questões estão recebendo
mais atenção das agências regulatórias.
Feeder Breaker
Galeria de perfuração
3,80 x 3,80 m
Galeria de transporte
7,50 x 5,50 m Galeria de perfuração
3,80 x 3,80 m
Jumbo
Perfuração por
sensores
• Permite que execute
uma perfuração
direcional.
Posicionamento e
sequenciamento
dos braços
• Permite reduzir o
tempo de perfuração.
Teixeira, 2014
Comparativo entre duas perfurações
2 4
Nível n
Minério
Passagem
deixado
de pessoal
no realce
e ar
Travessas de carregamento
Galeria de transporte
77
Recalque (shrinkage)
• Perfuração manual: frontal ou ascendente;
• Carregamento:
– LHD a partir dos pontos de carga, quando são usados
caminhões em sistemas sem chutes ou a partir de chutes;
– carregadeiras tipo overshoot loader, quando se utilizam
vagonetas-trens.
• Transporte
– LHD, caminhões rebaixados e articulados, capacidade 15-25 t.
– trens, os vagões do tipo gramby com 4 t a 8 t de capacidade, em
trens com 8 a 12 vagões por composição.
Recalque
• Exemplos de uso:
– AngloGold, em Morro Velho, Nova Lima/MG, em revisão de
projeto- Au;
– Mineração São Bento, da Eldorado, Santa Bárbara/MG –
Au; Panelas (PR)– Pb; Camaquã (RS)– cobre; Brejuí (RN)
– tungstênio,
– Gold Road (EUA)- Au, Nixen Fork (Alaska-EUA), Las
Cuevas (México)– fluorita, Snip Mine (Canadá)- Au,
– Porco (Bolívia)– zinco,
– Casapalca e outras (Peru),
– Colonial Gold (Irlanda)– ouro;
– Canadá- auxiliar em algumas minas.
Lavra por Recalque (Shrinkage Stoping)
• lavra ascendente de tiras horizontais,
• minério desmontado mantido temporariamente no
interior do realce, sendo suporte para encaixantes e
plataforma de trabalho para perfuração manual;
• boa recuperação (75-80%), baixa diluição (menos de
10%),
• pequena necessidade de suporte (artificial),
• desenvolvimento moderado (médio), perigosas
condições de trabalho (piso desigual),
• mais de 60% do minério só é retirado após meses no
alargamento.
Mine dilution (adaptado de Camm, 2011, 2020)- Open pit, Cut-and-fill, Room-
and-pillar - 5%; Shrinkage, VCR- 10%; Block caving, Sublevel longhole
stoping – 15%, ... sublevel caving- 30%.
Corte e
enchimento
(cut and fill)
O enchimento com as
propriedades de um
material de baixa
resistência, porém
extremamente deformável,
transmitirá sua deformação
aos materiais adjacentes
(Freire e Figueredo, 2016).
Corte e enchimento
• lavra geralmente ascendente,
• minério é removido e enchimento suporta as paredes e
fornece piso para a lavra da próxima fatia de minério;
• Enchimento - Rockfill, backfill, sandfill ou pastefill;
• resistência das rochas encaixantes: pode ser
média/fraca;
• forma da jazida: pode ser irregular, descontínua;
• teor alto (custo operacional alto);
• forte mergulho, mas adaptável ao médio;
• permite alta mecanização;
• boa seletividade,
• alta recuperação (90 a 100%), baixa diluição (5-10%),
• baixo custo relativo de desenvolvimento,
• versátil,
• estéril e rejeito podem ser distribuídos no subsolo.
Corte e enchimento (corte e aterro)
cut and fill
• Perfuração mecanizada (short hole)
• Carregamento:
– LHD com capacidade 0,4 m3 (elétricas), até 3 m3,
raramente maiores; rastelo.
• Transporte:
– LHD, caminhões ou trens com vagões de
pequeno porte, como usado para o recalque.
Corte e enchimento (corte e aterro)
Exemplos de uso:
– Brasil- ativas: Anglogold, Mina Cuiabá, Sabará/MG,
enchimento mecânico- Au; Mina de Vazante, Nexa- zinco
(15%); Ex- São Bento, S. Bárbara/MG, enchimento
backfill- Au (Córrego do Sítio II); Anglogold, parte das
Minas de Crixás/GO, enchimento (sandfill)- Au; Jaguar:
Turmalina, Pilar- Au; Caraíba/ Ero Copper- Cu;
– Brasil- suspensas: Au- Santa Isabel– Jaguar, Engenho–
Mundo, Raposos/MG- AngloGold, Morro da Fumaça/SC-
fluorita;
– Neves Corvo (Portugal); Aguilar (Argentina); Luck Friday,
Stillwater, Galena (EUA); Raglan– Ni-Cu, Cannon,
Falconbridge- Canadá; Matla Mine- Pt- África do Sul;
Mount Isa- Austrália; Tara- Pb-Zn- Irlanda; Garpenberg
(Suécia); Keretti (Finlândia).
Abatimento controlado em subníveis
(sublevel caving) e em blocos (block caving)
• Perfuração mecanizada
(principalmente em subníveis);
• Carregamento e transporte:
– equipamentos semelhantes aos de
alargamento em subníveis (sublevel
stoping); preferência para maior
porte.
– Kiruna– LHD´s controle remoto,
caminhões 22 t, trens– vagões 35-
40 t.
Controle remoto: permite mudanças rápidas de turno de operador, reduzindo tempo
ocioso, inativo de intervalos. Condução possibilita emprego do equipamento em
áreas de extração de difícil acesso, antes inviabilizadas por riscos à segurança
operacional. Pode ser utilizado em cabine de comando com câmeras com visão para
ângulos e áreas diferentes da operação, microfones que gravam sons da máquina,
receptor e transmissor de link de rádio. Tela principal de alta resolução fornece visão
completa do local de trabalho e do entorno (In The Mine- 2022, 95, p.7).
LAVRA SUBTERRÂNEA
Métodos para forte mergulho – abatimento em subníveis
Zona abatida
Lavra: desmonte
e carregamento
Passagem de minério
Perfuração
Desenvolvimento
87
Abatimento em subníveis
• lavra descendente, com
furação longa ascendente;
• minério desmontado
despejado em passagens,
deixando-se capa
deformar-se e abater-se;
• fluxo de material
fragmentado de
grosseiros é fator mais
importante;
• larga escala (produção
superior a 50.000 t/dia),
• investimento inicial de
centenas de milhões de
dólares.
Mina de Kiruna - Suécia
Abatimento em subníveis (sublevel caving)
• Requisitos rígidos-> não seletivo;
• melhores índices de segurança e saúde,
• alta recuperação (80 a 90%),
• independência das operações;
• diluição inevitável (10 a 35%),
• perdas de minério (ore loss) entre detonação
de um leque e outro (10 a 20%),
• subsidência.
Recovery ratio (adaptado de Camm, 2011, 2020): Room-and-pillar – 50-
85%*, Sublevel longhole, Cut-and-fill- 85%, Open pit, Shrinkage, Vertical
crater retreat- 90%, ... Sublevel caving, ... Block caving – 95%.
*com recuperação posterior de pilares
Abatimento controlado em blocos
(block caving)
• Exemplos de uso:
–Mina Ipueira, Ferbasa, em
Andorinhas/BA– Cr- 60%;
–Mina Fazenda Brasileiro,
Teofilândia/BA, na porção mais
superficial, se usou variante com
recalque – Au (Germani, 2002);
–Mina Caraíba/BA- Cu, em
algumas situações;
–Grandes minas, Palabora, África
do Sul e El Teniente, Chile –
blocos- lavra de teores 0,7-1%
Cu;
–Urad– EUA – blocos -
molibdênio. Block caving
Abatimento em blocos (block caving)
• blocos são solapados (undercutting) para induzir o
abatimento.
• Minério e rocha encaixante são abatidos.
• alta produtividade, altas escalas de produção;
• baixo custo de lavra (custo operacional relativo de
20%),
• diluição de 10 a 20%,
• recuperação pode alcançar 100%,
• operações padronizadas, boa supervisão;
• bons índices de saúde e segurança;
• subsidência pode ser em grande escala,
• controle de fluxo por gravidade crítico,
• grande tempo de desenvolvimento para blocos (cerca
de 1.000 m2), se desmonte sem explosivo.
LAVRA SUBTERRÂNEA
Para baixo mergulho – Lavra por longwall (frente longa)
Maquinário
concebido
exclusivamente
para o método
94
Lavra por frente longa - longwall
• lavra integral, desmonte em face contínua, por toda a
extensão da área a ser lavrada,
• em avanço ou em recuo, com/sem abatimento (20%);
• sistema de galerias de transporte (duplas ou triplas),
próximas entre si, com cerca de 100 m comprimento,
para material e pessoal, com face livre (slot-> rafa)
para iniciar desmonte;
• arranjo longitudinal (corpos de pequena- média
espessura); arranjo transversal (espessura -> 30 m);
• exige rigoroso controle do contato.
Longwall
• A lavra em avanço requer menor desenvolvimento
prévio.
• A lavra em recuo tem entradas simples usadas
apenas por um painel, é mais barata e mais rápida,
requer menos mão-de-obra;
• grande produtividade (maior em subsolo),
• grande recuperação na lavra;
• maior potencial de diluição;
• custo de manutenção elevado (tempo de
transferência de equipamentos de um painel para
outro),
• alto custo de investimento (ou de capital, CAPEX).
Lavra por frente longa
(Longwall)
• Transporte:
– Correias transportadoras ou shuttle cars
dispostos nas travessas.
Longwall
• Exemplos de uso:
– lavra de carvão e de potássio para
profundidades maiores do que 300 m, 900 m,
respectivamente;
– uso em mineração de ouro em rocha dura
(20%), com pilares artificiais (“pilhas”);
– experimentalmente foi usado na lavra de
carvão do Leão, CRM, no RS,
– Mimosa (México)– carvão,
– Wyoming (EUA) – trona,
– Rússia- potássio.
Custo operacional e produtividade
PRODUTIVIDADE E CUSTOS UNITÁRIOS (HARTMAN, 1987 OU 2002)
Battery-electric fleets are the most obvious solution for underground miners
(Harris, 2022).
Minerador contínuo de rochas
Cortadeira
Carregamento e transporte
Transporte de britador mandíbulas para Mina Kipushi (35% Zn, Cu, Ag,
Ge- Congo), 1.150 m profundidade, 1.085 t/h; inicialmente 11 anos vida
útil ; custos pré-produção U$337 M (ivanhoemines.com/news, 2018).
Kipushi- 10,2 Mt; corpo forte mergulho, siltitos, dolomitos, falhas;
5 poços (um até 1.240 m, diâmetro 8 m, poço terciário até 1.485 m),
rampa interna, entre grandes projetos para minério de zinco.
Reutilizações do espaço subterrâneo
Método de Lavra Tipo de Dimensão da Reutilização
(ou Abertura) Suporte Abertura Possível