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Índice

Lista de Figuras .......................................................................................................................... 3

1. Introdução ............................................................................................................................... 4

1.1. Objetivos.............................................................................................................................. 5

1.1.1. Objetivo Geral .................................................................................................................. 5

1.1.2. Objetivos Específicos ....................................................................................................... 5

1.2. Metodologia ......................................................................................................................... 5

2. Resumo do Trabalho ............................................................................................................... 6

3. Hipsometria ............................................................................................................................ 7

3.1. Conceito ............................................................................................................................... 7

3.2. Mapas hipsométricos ........................................................................................................... 7

3.2.1. Curvas de nível ................................................................................................................. 8

3.2.2. Cores utilizadas nos mapas hipsométricos ....................................................................... 9

3.3. Aplicações da hipsometria ................................................................................................. 10

3.4. Levantamentos Hipsométricos .......................................................................................... 11

3.4.1. Nivelamento Geométrico ................................................................................................ 12

3.4.2. Visada Ré e Visada Vante no Nivelamento Geométrico ................................................ 13

3.4.2.1. Visada Ré..................................................................................................................... 13

3.4.2.2. Visada Vante ............................................................................................................... 13

3.4.3. Importância das Visadas Ré e Vante .............................................................................. 14

3.4.4. Seção ............................................................................................................................... 14

3.4.5. Linha de Nivelamento .................................................................................................... 14

3.4.6. Circuito de Nivelamento................................................................................................. 15

3.4.7. Rede de Nivelamento ..................................................................................................... 15

3.5. Tipos de Nivelamento Geométrico .................................................................................... 16

3.5.1. Nivelamento Geométrico Simples .................................................................................. 16

3.5.2. Nivelamento Geométrico Composto .............................................................................. 17


2

3.6. Nivelamento trigonométrico .............................................................................................. 17

3.7. Importancia dos Mapas hipsométricos na Geologia .......................................................... 18

4. Conclusão ............................................................................................................................. 20

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 21


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Lista de Figuras
Figura 1. Modelo digital hipsométrico ....................................................................................... 8
Figura 2. Mapa hipsométrico com curvas de nível sobrepostas. ................................................ 9
Figura 3. Graduação de cores mais utilizada na produção de um mapas hipsométricos .......... 10
Figura 4. Modelo de levantamentos hipsométricos .................................................................. 12
Figura 5. Modelo de representacao de nivelamento geométrico .............................................. 13
Figura 6. Seção de nivelamento................................................................................................ 14
Figura 7. Linha de nivelamento ................................................................................................ 15
Figura 8. Rede de nivelamento ................................................................................................. 16
Figura 9. Nivelamento geométrico simples .............................................................................. 17
Figura 10. Nivelamento geométrico composto ........................................................................ 17
Figura 11. Nivelamento trigonométrico ................................................................................... 18
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1. Introdução
No presente trabalho, exploraremos a hipsometria e os mapas hipsométricos, dois conceitos
essenciais na compreensão e representação das variações de altitude na superfície terrestre. A
hipsometria, também conhecida como altimetria, constitui um ramo fundamental da ciência
geoespacial, dedicado à medição das altitudes e à análise do relevo terrestre. Por meio de
técnicas e instrumentos como GPS, níveis topográficos e sistemas de sensoriamento remoto, a
hipsometria proporciona informações cruciais sobre as elevações em diferentes pontos do
planeta. Esses dados são então utilizados para a elaboração dos mapas hipsométricos, que
representam visualmente as variações de altitude por meio de diferentes cores ou tonalidades.
Geralmente, tons quentes como vermelho e laranja representam áreas de maior altitude,
enquanto tons frios como azul e verde indicam áreas de menor altitude. Esses mapas
desempenham um papel crucial em diversas áreas, incluindo geologia, geomorfologia,
planejamento urbano, gestão ambiental e muito mais. Permitem uma compreensão mais
completa da paisagem, destacando montanhas, vales, planícies e outros elementos geográficos.
Além disso, são fundamentais para a identificação de áreas de risco geológico, o planejamento
de infraestrutura e o desenvolvimento sustentável. Neste trabalho, exploraremos a importância
da hipsometria e dos mapas hipsométricos em detalhes, analisando suas aplicações e
contribuições em diferentes contextos científicos e práticos.
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1.1. Objetivos

1.1.1. Objetivo Geral


 Estdar a Hipsometria e a elaboração de mapas hipsométricos

1.1.2. Objetivos Específicos


Analisar os princípios e métodos da hipsimetria, compreendendo sua relevância na
determinação das variações de altitude na superfície terrestre.

Explorar as técnicas de elaboração de mapas hipsométricos, investigando como as informações


altimétricas são representadas visualmente.

Investigar as aplicações da hipsimetria e dos mapas hipsométricos na geologia, na


geomorfologia e em estudos ambientais, destacando sua contribuição para a compreensão dos
processos naturais e para a gestão do meio ambiente.

1.2. Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, foram utilizadas diversas referências bibliográficas,
cujos autores encontram-se citados devidamente nas referências bibliográficas ao final do
documento. Essas fontes incluem obras acadêmicas, artigos científicos, relatórios técnicos e
outras publicações relevantes sobre o tema da hipsometria e mapas hipsométricos. As
referências bibliográficas foram selecionadas criteriosamente com o objetivo de fornecer
embasamento teórico sólido e atualizado, garantindo a qualidade e a precisão das informações
apresentadas ao longo do trabalho.
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2. Resumo do Trabalho
A hipsometria, técnica de representação de altitudes, utiliza meios geodésicos ou barométricos.
Os mapas hipsométricos ilustram a variação de altitude em relação ao nível do mar, através de
uma escala de cores. A cor verde representa baixas altitudes, enquanto a cor branca indica
maiores altitudes. Esses mapas permitem gerar curvas de nível, definidas por linhas que
representam uma cota definida. São cruciais em diversas aplicações, como planejamento
urbano, gestão ambiental e estudos geológicos. Facilitam a identificação de estruturas
geológicas, a localização de recursos minerais e hidrogeológicos, a avaliação de riscos
geológicos e o planejamento territorial. Além disso, oferecem uma compreensão detalhada da
geomorfologia, destacando feições do relevo como vales, montanhas e planícies. Essenciais na
tomada de decisões relacionadas ao desenvolvimento urbano, à conservação ambiental e ao uso
sustentável dos recursos naturais.

Os mapas hipsométricos desempenham um papel fundamental na interpretação da paisagem


terrestre, fornecendo uma representação visual das variações de altitude em uma determinada
área. Além disso, são cruciais para a compreensão da geomorfologia, permitindo a identificação
de feições do relevo como montanhas, vales, planícies e depressões. Essa compreensão
detalhada do relevo é essencial para diversos campos, incluindo geologia, geomorfologia,
planejamento urbano e gestão ambiental. Os mapas hipsométricos também são ferramentas
valiosas para a localização de recursos minerais e hídricos, a avaliação de riscos geológicos e o
planejamento de infraestrutura. Em suma, desempenham um papel fundamental na gestão e
preservação do meio ambiente, além de auxiliarem no desenvolvimento sustentável das áreas
urbanas e rurais.
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3. Hipsometria

3.1. Conceito

A hipsometria, é uma técnica de representação gráfica de altitudes, com aplicação de meios


geodésicos ou barométricos.

O mapa hipsométrico representa a variação de altitude de uma área em relação ao nível do


mar,onde a altitude é zero (0), usando uma escala de cores. Cada cor representa um intervalo
de altitude em metros e indica a altura ou profundidade de uma área (Anderson, et all., 1979).

A hipsometria também é utilizada em mapas hipsométricos para representar a topografia do


local através de cores. A cor verde é utilizada para representar baixas altitudes e a cor castanha
a branco para representar maiores altitudes. Através de um mapa hipsométrico é possível gerar
curvas de níveis, estas definidas por linhas que representam uma cota definida.

3.2. Mapas hipsométricos


A hipsometria se dedica ao estudo das altitudes ou elevações em relação à superfície terrestre.
Ela fornece informações sobre a variação de altitude em uma determinada área geográfica,
representando-a graficamente por meio de curvas de nível ou mapas hipsométricos. Esses
mapas mostram as diferentes altitudes do terreno em cores ou tons distintos, permitindo uma
compreensão visual da topografia de uma região.

Os mapas hipsométricos são essenciais para diversas aplicações, como planejamento urbano,
gestão ambiental, estudos geológicos, análise de riscos naturais, entre outros. Eles ajudam a
identificar áreas de maior altitude, como montanhas e planaltos, e áreas de menor altitude, como
vales e planícies. Além disso, permitem a visualização de gradientes de altitude e a análise da
distribuição espacial das elevações (Anderson, et all., 1979).

Para produzir mapas hipsométricos de qualidade, é necessário ter um entendimento sólido dos
princípios da hipsometria, incluindo métodos de coleta de dados altimétricos, interpretação de
curvas de nível, e utilização de softwares de geoprocessamento para análise e representação dos
dados. Portanto, dominar o assunto é fundamental para produzir mapas hipsométricos precisos
e informativos (Anderson, et all., 1979).
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Figura 1. Modelo digital hipsométrico

Fonte: https://adenilsongiovanini.com.br/blog/mapas-hipsometricos-o-que-sao-e-como-produzir/
A hipsometria é a técnica utilizada para a produção de um mapas hipsométricos. A mesma
possibilita a representação da elevação de um terreno em um mapa topográfico através de uma
variação de cores. Ou seja, é um diferentes tipos de mapas temáticos existentes.

Na mesma, normalmente se utiliza uma graduação que vai de uma cor mais quente para uma
cor mais fria, de certa maneira que os locais de maior altitude possuem cores mais quentes e os
locais de menores altitudes possuem cores mais frias.

A graduação de cores mais utilizada na produção de um mapas hipsométricos é a que utiliza a


cor verde, que é utilizada para os locais de menor altitude, passando pela cor amarela, até chegar
na cor vermelha que é atribuída a lugares de maior altitude (SEUFFERT, 1991)

3.2.1. Curvas de nível


As curvas de nível são linhas imaginárias que conectam pontos de mesma altitude em um
terreno. Elas são amplamente utilizadas em mapas topográficos para representar a forma
tridimensional do terreno de forma bidimensional. No caso dos mapas hipsométricos, as curvas
de nível também desempenham um papel crucial na representação das elevações do terreno,
mas com algumas distinções importantes em relação aos mapas topográficos tradicionais.

No mapa hipsométrico, as curvas de nível são usadas para indicar as diferentes altitudes do
terreno, assim como em um mapa topográfico padrão. No entanto, além das curvas de nível, os
mapas hipsométricos também incluem a coloração dos espaços entre essas curvas. Essa
coloração é adicionada para proporcionar uma representação visual mais clara das variações de
altitude na área mapeada (SEUFFERT, 1991).
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Figura 2. Mapa hipsométrico com curvas de nível sobrepostas.

Fonte: https://mappa.ag/blog/mapa-hipsometrico-o-que-e/

3.2.2. Cores utilizadas nos mapas hipsométricos


As cores utilizadas nos mapas hipsométricos seguem uma convenção específica, com um
esquema cromático que vai das cores quentes até as cores frias. Geralmente, as cores quentes,
como o vermelho ou o laranja, representam áreas de maior altitude, enquanto as cores frias,
como o azul ou o verde, representam áreas de menor altitude. Isso permite que o observador
identifique rapidamente as áreas elevadas e as áreas de menor altitude no mapa (SEUFFERT,
1991).

 Cores Quentes (Vermelho, Laranja, Amarelo): São atribuídas às áreas de maior


altitude no mapa. Quanto mais quente a cor, maior a altitude representada. Por exemplo,
picos de montanhas e regiões montanhosas são frequentemente representados por tons
de vermelho e laranja mais intensos.
 Cores Frias (Verde, Azul): São atribuídas às áreas de menor altitude no mapa. Quanto
mais fria a cor, menor a altitude representada. Por exemplo, vales, planícies e áreas
costeiras são geralmente representados por tons de verde e azul.

Essa padronização das cores facilita a análise e interpretação do mapa hipsométrico, pois
permite uma compreensão visual rápida das variações de altitude na região representada. Além
disso, a escala de cores utilizada na legenda do mapa hipsométrico é projetada para representar
de forma clara o aumento e a diminuição das altitudes, tornando mais fácil para o usuário
entender as diferenças de elevação entre as áreas mapeadas.
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Figura 3. Graduação de cores mais utilizada na produção de um mapas hipsométricos

Fonte: https://adenilsongiovanini.com.br/blog/mapas-hipsometricos-o-que-sao-e-como-produzir/

3.3. Aplicações da hipsometria


A hipsometria é fundamental para entender uma série de fenômenos naturais em um
determinado local. Quando combinada com outras variáveis e elementos naturais, ela pode
fornecer insights valiosos sobre o ambiente e os processos que ocorrem nele. Aqui estão alguns
exemplos de como a hipsometria pode ser associada a outras variáveis e elementos naturais para
identificar fenômenos:

 Posição geográfica: A hipsometria pode variar de acordo com a localização geográfica


devido a diferenças na topografia, como montanhas, vales e planícies. Isso pode
influenciar o clima, os padrões de precipitação e até mesmo a distribuição da vegetação
em uma determinada área.
 Deslocamento de ventos: A altitude e o relevo podem influenciar os padrões de vento
em uma região. Por exemplo, áreas montanhosas podem criar barreiras naturais que
afetam a direção e a velocidade do vento. Ao entender a distribuição da hipsometria, é
possível prever como os ventos se comportam em diferentes altitudes e áreas.
 Ação das correntes marinhas: A hipsometria também desempenha um papel
importante na formação e no comportamento das correntes marinhas. Por exemplo, a
presença de ilhas, plataformas continentais e variações de profundidade oceânica podem
influenciar a direção e a velocidade das correntes, afetando a circulação oceânica e a
vida marinha.
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A correlação entre a variação espacial da hipsometria e outras variáveis naturais pode ser
utilizada para fazer previsões e estabelecer relações causais entre diferentes fenômenos. Isso
permite uma melhor compreensão do ambiente e dos processos naturais, além de contribuir para
a tomada de decisões em diversas áreas, como planejamento urbano, gestão ambiental e
agricultura.

3.4. Levantamentos Hipsométricos

Levantamentos hipsométricos são métodos de medição que capturam a variação vertical de


altitude em uma área geográfica. Por meio de instrumentos como GPS, níveis topográficos e
tecnologias de sensoriamento remoto, esses levantamentos registram as altitudes em diferentes
pontos do terreno, mapeando as variações de relevo. Essas informações são essenciais para a
elaboração de mapas hipsométricos, que representam visualmente as diferenças de altitude em
uma região. Os mapas hipsométricos são cruciais em diversas áreas, desde a geologia e
geomorfologia até o planejamento urbano e gestão ambiental, fornecendo insights valiosos
sobre a paisagem e seu uso potencial

 A hipsometria ou altimetriatem por fim a medida da distância vertical ou diferença de


nível entre diversos pontos.

 Deve ser estabelecido um plano de referência para comparação das alturas de diferentes
pontos.

 Assim, quando se mede a distância vertical em relação à superfície de nível verdadeira,


nível médio das marés, esta distência vertical é chamada de ALTITUDE ou COTAS
ABSOLUTAS.

 Quando estas distâncias são medidas em relação à um plano de referência arbitrário, que
é uma superfície de nível aparente, essa distância é chamada de COTA ou COTA
RELATIVA (Brucker, M., 1989).
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Figura 4. Modelo de levantamentos hipsométricos

Fonte: https://adenilsongiovanini.com.br/blog/mapas-hipsometricos-o-que-sao-e-como-produzir/

3.4.1. Nivelamento Geométrico


O nivelamento geométrico é um método de medição utilizado para determinar a diferença de
nível entre pontos no terreno através de leituras correspondentes a visadas horizontais. Essas
leituras são obtidas com o auxílio de um nível, que pode ser ótico ou digital, e miras colocadas
verticalmente nos pontos que estão sendo analisados (Brucker, M., 1989).

 Método para medir a diferença de altitude entre pontos na superfície terrestre. Utiliza-
se um nível ótico ou digital para realizar leituras horizontais em miras verticais
colocadas nos pontos de interesse. Essas leituras fornecem dados precisos sobre as
variações de altura, fundamentais para diversos fins, como planejamento urbano,
engenharia civil, estudos ambientais e geológicos. O nivelamento desempenha um papel
crucial na criação de mapas topográficos e na determinação da inclinação do terreno,
influenciando decisões relacionadas ao desenvolvimento e uso da terra.
 É o método utilizado nos levantamentos altimétricos de alta precisão que se
desenvolvem ao longo de corredores.
 No SGB, os pontos cujas altitudes foram determinadas a partir de nivelamento
geométrico são denominados referência de nível (RRNN).
 Esses levantamentos podem ser empregados para finalidades topográficas ou
geodésicas, dependendo da precisão exigida e do instrumento utilizado. Para aplicações
que requerem maior precisão e abrangência, como mapeamento geodésico de vastas
áreas ou determinação de coordenadas geográficas, são utilizados instrumentos mais
sofisticados e técnicas específicas. Por outro lado, para aplicações de topografia de
menor escala, como levantamentos de terreno para projetos de engenharia civil ou
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urbanismo, podem ser empregados instrumentos de menor precisão, mas ainda capazes
de fornecer resultados adequados para as necessidades específicas do projeto.

Figura 5. Modelo de representacao de nivelamento geométrico

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-26-Esquema-ilustrativo-do-metodo-de-nivelamento-
geometrico-do-perfil-da-praia-Os_fig5_313818576

3.4.2. Visada Ré e Visada Vante no Nivelamento Geométrico


No contexto do nivelamento geométrico, as visadas Ré e Vante são termos utilizados para
descrever as diferentes direções de leitura realizadas durante o processo de medição altimétrica.
Cada visada tem uma função específica e é importante para garantir a precisão e a confiabilidade
das medições (Brucker, M., 1989).

3.4.2.1. Visada Ré
A primeira leitura realizada após a instalação do nível em um ponto de referência é chamada de
Visada Ré. Independentemente da localização da estaca ou ponto de medição, a visada realizada
inicialmente é sempre considerada uma Visada Ré. Esta visada é fundamental para estabelecer
uma linha de referência inicial e iniciar o processo de medição altimétrica.

3.4.2.2. Visada Vante


Após a Visada Ré, todas as leituras subsequentes realizadas em direção oposta são denominadas
Visadas Vante. Essas visadas são utilizadas para medir a diferença de altura entre o ponto de
referência inicial (onde foi feita a Visada Ré) e os pontos de controle ao longo do corredor ou
da área de interesse. As Visadas Vante são essenciais para determinar as altitudes relativas dos
pontos em relação ao ponto de referência inicial (Brucker, M., 1989).
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3.4.3. Importância das Visadas Ré e Vante


As Visadas Ré e Vante desempenham um papel crucial no processo de nivelamento geométrico,
garantindo a precisão e a consistência das medições altimétricas realizadas. A Visada Ré
estabelece uma linha de referência inicial, enquanto as Visadas Vante são utilizadas para medir
as diferenças de altura em relação a essa linha de referência. Combinadas, essas visadas
permitem a criação de uma rede altimétrica confiável e precisa (Brucker, M., 1989).

3.4.4. Seção
É uma medida do desnível entre duas referências de nível ao longo de um determinado trecho
ou seção de terreno. Ela é obtida pela soma dos desníveis dos lances, que representam as
diferenças de altura entre pontos consecutivos ao longo do trecho em questão.

 Desníveis dos Lances

Os desníveis dos lances são as diferenças de altura entre pontos consecutivos ao longo de um
trecho de terreno. Eles são calculados subtraindo-se a altitude do ponto inicial do lance da
altitude do ponto final do lance. Esses desníveis representam as variações de altura ao longo do
trecho e são utilizados para determinar a Seção.

Figura 6. Seção de nivelamento

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-26-Esquema-ilustrativo-do-metodo-de-nivelamento-
geometrico-do-perfil-da-praia-Os_fig5_313818576

3.4.5. Linha de Nivelamento


Na prática do nivelamento geométrico, a linha de nivelamento é definida como o conjunto de
seções entre duas Referências de Nível (RN) principais (Brucker, M., 1989).

A linha de nivelamento é estabelecida conectando-se as diferentes seções de terreno entre duas


RNs principais (Brucker, M., 1989).
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Essa linha permite visualizar a variação de altitude ao longo de um trajeto específico,


proporcionando informações cruciais para o planejamento de obras civis e infraestrutura.

Engenheiros e topógrafos frequentemente empregam a linha de nivelamento para projetar


estradas, ferrovias, canais e outras obras que requerem uma compreensão detalhada do relevo
do terreno. A compreensão da linha de nivelamento é fundamental para o sucesso de projetos
que dependem de uma análise precisa das variações de altitude em uma área específica.

Figura 7. Linha de nivelamento

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-26-Esquema-ilustrativo-do-metodo-de-nivelamento-
geometrico-do-perfil-da-praia-Os_fig5_313818576

3.4.6. Circuito de Nivelamento


Um circuito de nivelamento é uma poligonal fechada formada por várias linhas justapostas.
Essas linhas conectam uma série de pontos de controle e referência de nível ao redor de uma
área específica.

O circuito de nivelamento é utilizado para medir as diferenças de altura entre os pontos de


controle, permitindo determinar com precisão as altitudes relativas em relação ao ponto de
referência inicial.

3.4.7. Rede de Nivelamento


A rede de nivelamento é uma malha formada pela interconexão de vários circuitos de
nivelamento justapostos. Esses circuitos cobrem uma área maior e estão interligados para
formar uma rede altimétrica abrangente.

A rede de nivelamento é fundamental para estabelecer uma referência altimétrica confiável em


uma região específica. Ela fornece dados precisos sobre as variações de altitude ao longo de
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uma área extensa, sendo essencial para o planejamento e a execução de projetos de engenharia
e topografia.

Figura 8. Rede de nivelamento

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Caminhamento-da-rede-de-nivelamento-geometrico-com-o-
nivel-analogico_fig2_315951061

3.5. Tipos de Nivelamento Geométrico


O nivelamento geométrico se divide em dois tipos principais: simples e composto. Cada um
possui características específicas e aplicações distintas. O nivelamento simples envolve a
determinação do desnível entre pontos com apenas uma instalação do equipamento, adequado
para áreas menores. Já o nivelamento composto utiliza múltiplas instalações para calcular o
desnível entre pontos, sendo ideal para áreas extensas ou terrenos com grandes variações de
altitude. A escolha entre os tipos depende das características da área a ser estudada e da precisão
requerida para os resultados.

3.5.1. Nivelamento Geométrico Simples


Esses levantamentos servem para propósitos topográficos ou geodésicos, dependendo da
precisão e do instrumento utilizado. Para aplicações topográficas, como mapeamento de
terrenos para projetos de construção, são empregados instrumentos menos precisos. Por outro
lado, em aplicações geodésicas, como levantamentos de precisão para estudos de coordenadas
geográficas, são utilizados instrumentos mais avançados. A escolha entre topografia e geodésia
depende da finalidade do levantamento e da acurácia necessária para os resultados desejados.
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Figura 9. Nivelamento geométrico simples

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Caminhamento-da-rede-de-nivelamento-geometrico-com-o-
nivel-analogico_fig2_315951061

3.5.2. Nivelamento Geométrico Composto


No nivelamento geométrico composto, o desnível entre os pontos é determinado a partir de
vários lances, sendo o desnível final calculado pela soma dos desníveis de cada lance.

Esse tipo de nivelamento é utilizado em áreas maiores ou em terrenos com grandes variações
de altitude. A divisão em vários lances permite uma análise mais detalhada do relevo e uma
medição mais precisa das diferenças de altura entre os pontos de interesse.

Figura 10. Nivelamento geométrico composto

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Caminhamento-da-rede-de-nivelamento-geometrico-com-o-
nivel-analogico_fig2_315951061

3.6. Nivelamento trigonométrico


O nivelamento trigonométrico é um método utilizado na topografia para determinar diferenças
de elevação entre pontos em terreno irregular. Como mencionado, ele se baseia na resolução de
um triângulo retângulo formado pela linha de visada do instrumento de medição, o ponto de
observação e o ponto de mira (refletor).
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Aqui estão os elementos principais necessários para realizar o nivelamento trigonométrico:

 Distâncias horizontais ou inclinadas: essas distâncias são medidas entre o ponto de


observação e o ponto de mira (refletor). A distância horizontal é medida em um plano
horizontal, enquanto a distância inclinada leva em consideração a inclinação do terreno.
 Ângulos: são necessários ângulos para determinar a direção da linha de visada do
instrumento em relação ao ponto de observação. Esses ângulos podem ser verticais,
zenitais ou nadirais, dependendo da orientação da linha de visada em relação à vertical.
 Altura do instrumento e do refletor: a altura do instrumento é a distância vertical
entre o ponto de observação e o eixo horizontal do instrumento de medição. A altura do
refletor é a distância vertical entre o ponto de mira (refletor) e o solo.

Figura 11. Nivelamento trigonométrico

Fonte: https://adenilsongiovanini.com.br/blog/nivelamento-trigonometrico/

3.7. Importancia dos Mapas hipsométricos na Geologia


 Compreensão da Geomorfologia

Os mapas hipsométricos fornecem uma representação visual das variações de altitude em uma
determinada área, permitindo aos geólogos entender a geomorfologia da região. Eles destacam
as feições do relevo, como vales, planícies, montanhas e depressões, o que é essencial para
compreender a história geológica e os processos de formação do terreno (Maruga, P.M, 2013).

 Identificação de Estruturas Geológicas

As variações de altitude indicadas nos mapas hipsométricos podem refletir diferentes tipos de
estruturas geológicas, como falhas, dobras, anticlinais e sinclinais. Os geólogos podem
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correlacionar essas variações de altitude com as estruturas geológicas subjacentes, ajudando na


identificação e mapeamento dessas estruturas.

 Localização de Recursos Minerais e Hidrogeológicos

Os mapas hipsométricos podem ser usados para identificar áreas potenciais para a ocorrência
de recursos minerais, como depósitos de minérios metálicos e não metálicos. Além disso, eles
também ajudam na identificação de áreas propícias para a exploração de água subterrânea, pois
áreas de baixa altitude podem indicar a presença de aquíferos (Maruga, P.M, 2013).

 Avaliação de Riscos Geológicos

Os mapas hipsométricos são úteis na avaliação de riscos geológicos, como deslizamentos de


terra, avalanches, inundações e outros eventos naturais. Eles permitem identificar áreas com
altitudes elevadas que podem ser propensas a deslizamentos, assim como áreas de baixa altitude
que podem ser inundadas durante eventos de chuvas intensas.

 Planejamento e Gestão do Território

Os mapas hipsométricos são ferramentas essenciais para o planejamento e gestão do território,


auxiliando na tomada de decisões relacionadas ao desenvolvimento urbano, ordenamento
territorial, conservação ambiental e uso sustentável dos recursos naturais. Eles fornecem
informações valiosas para o planejamento de infraestruturas, como estradas, ferrovias, redes de
abastecimento de água e saneamento (Maruga, P.M, 2013).
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4. Conclusão
A hipsometria e os mapas hipsométricos são recursos essenciais na compreensão e análise da
paisagem terrestre, desempenhando um papel crucial em diversos campos científicos e práticos.
Ao longo deste trabalho, exploramos a importância desses conceitos na geologia,
geomorfologia, planejamento urbano, gestão ambiental e outros domínios relacionados.

Concluímos que os mapas hipsométricos oferecem uma representação visual detalhada das
variações de altitude em uma área geográfica, permitindo a identificação de feições do relevo e
a compreensão da sua geomorfologia. Esses mapas são fundamentais para a localização de
recursos minerais e hídricos, a avaliação de riscos geológicos, o planejamento de infraestrutura
e o desenvolvimento sustentável.
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Referências bibliográficas
Anderson, et all. Análise da Variação de Altitude – topografia basica. Rio de janeiro; ibge,
1979.71p.

Brucker, M. Estudo da Evolução do Relevo Utilizando Dados Hipsométricos. 1989.109p.

Duarte, p.a. cartografia básica. 2 ed. Florianópolis: ed ufsc,1981.182p.

Maruga, P.M de a & pereira R.S. sistema de informação geográfica aplicado a área florestal:
uma proposta metodológica. 2013

SEUFFERT, Uso de Mapas Hipsométricos na Análise de Riscos Geológicos, v, 38, 1991.


15p.

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