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SUMÁRIO
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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GEOPROCESSAMENTO
Geologia;
Hidrografia;
Vegetação;
Uso do Solo;
Etc.
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que permitiam fazer através da computação, o cruzamento de dados que
McHarg fazia pela sobreposição de mapas transparentes, para chegar a mapas
síntese.
Sistemas de Geoprocessamento resultaram da evolução tecnológica em
diversos campos correlatos, tais como:
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organização e distribuição de mapas digitais, criando o conceito de base
cartográfica. Uma evolução destes sistemas são os sistemas denominados FM
– Facilities Management, que são sistemas voltados para gerenciamento de
recursos e de natureza cadastral. Eles têm como pressuposto a existência de
uma base cartográfica digital sobre a qual os dados cadastrais são lançados. A
efetiva evolução tecnológica sobre os sistemas anteriores é a ligação entre a
representação gráfica dos objetos espaciais (em sistemas CAD) e atributos não-
espaciais (mantidos em SGBD – Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados).
Em termos de aplicações urbanas, estes sistemas possibilitaram o
surgimento de sistemas cadastrais para o gerenciamento de informações sobre
uso e propriedade do solo, conhecidos na literatura como LIS – Land Information
Systems. O software SIG surgem como uma consequência desta evolução, tanto
das ferramentas FM, como da informática, com a passagem do conceito de
banco de dados para o de sistemas de informação.
O termo Geoprocessamento articula as palavras geo (derivado do termo
grego gaia – Terra) e processamento, referindo-se à capacidade de processar
informações.
Pode-se considerar Geoprocessamento como:
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elementos com o objetivo de extrair informações pertinentes às temáticas
geográficas. A união destes diversos dados derivados irá compor o Sistema de
Informações Geográficas que é o agrupamento, manipulação e atualização dos
diferentes produtos gerados.
o Tecnologia
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Figura 3 – Módulos básicos de softwareFonte: Autora, 2020.
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CASE - GEOPROCESSAMENTO APLICADO A ANÁLISE E
MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA
o Área de Estudo
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Figura 4 - Mapa de Localização da Bacia Hidrográfica do Ribeirão São João
o Desenvolvimento
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Como referência para confirmação dos dados oriundos do sensoriamento
remoto, foi utilizado a base cartográfica da Diretoria dos Serviços Geográficos
do Exército através da carta topográfica de Porto Nacional na escala de
1:100.000, a qual possui em sua totalidade a área de estudo. Essa carta foi de
fundamental importância para corrigir a distorção geométrica que os produtos
orbitais possuem.
Após criar e configurar o ambiente de trabalho foi necessário registrar a
carta topográfica analógica, com o intuito de atribuir pontos de controle para que
o programa pudesse reconhecer digitalmente as coordenadas que ela
representa. Este passo foi fundamental para que o programa adotasse
espacialmente aquela imagem como uma representação da superfície terrestre.
Com o objetivo de delimitar a área de registro da carta topográfica, foi
selecionada somente a área que representava o retângulo envolvente da área
de estudo (Figura 5).
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e que permite fazer o georreferenciamento. A resolução da carta foi definida para
que cada pixel equivalesse a 10 metros da superfície do terreno. Com isso, a
carta topográfica pôde ser registrada, pela utilização de 16 pontos de controle
uniformemente distribuídos pela imagem (Tabela 1).
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Figura 6 - Articulação das imagens TOPOData
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Fonte: Silva, 2010.
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Figura 7 - Delimitação da bacia hidrográfica e hierarquização dos canais pelo método de
Strahler
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Figura 8 - Mapa da Imagem SRTM
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Esta análise minuciosa se deu através da interpretação da cor verde mais
claro (mata ciliar) em áreas que potencialmente possuem drenagens
“camufladas” pela vegetação. Foram delimitados 7 novos afluentes diretos do
Ribeirão São João e 6 subafluentes, além da represa da Saneatins que capta
água para distribuição nos domicílios do município.
Houve a importação da grade numérica da imagem SRTM para a
categoria MNT. Este passo acontece para que o Spring reconheça que cada
pixel que a imagem representa possui um valor altimétrico baseado no ponto
central do quadrado, que compreende uma área de 90m².
Com a grade numérica dentro do banco de dados, foi feito o fatiamento
das cotas altimétricas em intervalos de 40 metros, desde o nível de base da
drenagem localizado no exutório da bacia (185 metros) até o ponto mais alto
dentre todos os divisores de água (601 metros) localizado no cume do Morro do
Lajeado ou como é também conhecido, Morro São João (Figura 10).
Esta divisão altimétrica resultou em 10 classes temáticas. Essa forma de
representação auxilia na homogeneização das cotas de mesma altitude em
patamares que se encaixam dentro de um intervalo numérico, através da
visualização de cores frias (menor altitude) para quentes (maiores altitudes).
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que liga os pontos dos pixels que possuem valores correspondentes de acordo
com a equidistância inserida entre as curvas de nível. Neste caso, as curvas de
nível foram definidas com intervalos padrões de equidistância no valor de 20
metros.
Após a geração das isolinhas, os dados foram utilizados como amostras
para que o programa calculasse a grade triangular (TIN), que são conjuntos de
poliedros cujas faces são triângulos definidos no espaço pelos eixos x, y e z
(figura 11).
o Resultados
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Hipsometria
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Figura 13 - Perfil Topográfico do Ribeirão São João
Declividade
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Figura 14 - Mapa de Declividade por TIN
Exposição da Vertente
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Neste contexto, a bacia hidrográfica do ribeirão São João possui 54% de
sua área com declividade na faixa entre 0% e 3%. Como não há ângulo
preponderante de inclinação entre a base e o topo das vertentes (características
de terreno plano) o Spring não consegue calcular o sentido da orientação da
vertente, o que acarreta na falta de informações representadas no mapa, através
de vazios entre os polígonos (Figura 15).
Formas do Relevo
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Figura 16 - Coloração das Formas de Terreno de Acordo com a Intensidade do Processo
de Escoamento
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Moura (2002) apresenta um estudo da aplicação de recursos de
geoprocessamento no planejamento urbano e na gestão do patrimônio
arquitetônico e urbanístico de Ouro Preto, Minas Gerais, cidade Patrimônio da
Humanidade.
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8. Quais são as áreas mais visíveis na paisagem de Ouro Preto?
9. Quais são áreas de maior interesse para o turismo?
10. Como é a distribuição de riscos à saúde, a partir da análise de doenças
relacionadas a precárias condições de saneamento, em Ouro Preto?
11. É possível caracterizar e conhecer a distribuição da qualidade de vida
em Ouro Preto?
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possíveis mudanças no conjunto paisagístico, e o grau de aceitação das
intervenções. Isto significa aplicar o geoprocessamento na gestão do patrimônio
urbanístico e arquitetônico, pois é possível realizar, de forma expedita, uma
consulta sobre o grau de importância de uma determinada área e, no caso de
elaboração de projeto, de quais pontos da cidade a construção será visível, de
modo que o projetista componha fachadas e volumes segundo as informações
recebidas. O objetivo é responder:
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Figura 18 - Lançamento de eixos radiais de definição de perfis topográficos -
Deslocamento de 6 graus entre eles
visada
Fonte: Moura, 2002.
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cada interseção é marcado o ponto de início e o ponto de final da sombra. Na
sequência, são ligados todos os pontos de início de sombra e todos os pontos
de final de sombra, e o resultado são superfícies (shapes) definidoras de
manchas de áreas visíveis a partir da posição do observador.
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Figura 22 - Ligação de pontos e conformação das superfícies de áreas visíveis e não-
visíveis (sombra)
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Classificado o território urbano segundo a concentração de eixos visuais,
foi relacionado esta distribuição com a hipsometria (ou altimetria). O interesse
era verificar a existência de correlação expressiva entre as variáveis, ou seja, o
predomínio de alguma faixa altimétrica na composição da morfologia urbana
barroca de Ouro Preto.
Na sequência dos estudos de interpretação da paisagem urbana, foram
localizadas as igrejas e mirantes na relação entre hipsometria e eixos visuais.
Por fim foi realizada a síntese entre "Síntese de Eixos Visuais" e "Síntese de
Valores Cênicos" que destaca os pontos mais visíveis e, ao mesmo tempo, de
maior valor paisagístico para a cidade.
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Uma limitação do método de definição de manchas de visualização por
ora aplicado é a não consideração de pontos de obstrução da visada, como os
grandes elementos construídos. Isso porque o método é baseado em perfis
topográficos. Contudo, no futuro, se forem modelados também os volumes das
edificações, será possível adaptar o método para graus de precisão muito altos.
Por enquanto, esta limitação é resolvida com o uso das informações
apresentadas pelo modelo de Navegação Virtual, construído a partir de
conjuntos de fotografias, e montadas de forma a promover efeito de estar
presente na cena. Assim, o usuário é informado de que pontos uma localidade é
vista, sobre a classificação daquela posição quanto ao grau de acesso de
visibilidade no conjunto urbano, e confere o alcance visual navegando
virtualmente em conjuntos fotográficos tirados daqueles pontos.
Em Ouro Preto, a partir dos 80 pontos selecionados ao longo da mancha
urbana, foram realizadas fotografias com sobreposição de 50% entre elas, com
deslocamento entre tomadas de 20 graus, e uso de lente de 35 mm. Para garantir
o deslocamento angular de 20 graus entre as fotos, acoplamos a câmera
fotográfica a um teodolito e, através da estádia, realizamos as medições
necessárias. A angulação retratada em cada ponto foi definida pelo nível de
importância da cena: em mirantes foram fotografados quase 360 graus e, em
outros pontos, bastou uma foto para a captura da visada de interesse. No total
foram cerca de 600 fotografias.
No programa VR Worx, destinado à elaboração de produtos multimídia,
foram montados os mosaicos das fotografias, denominados "panoramas". O
aplicativo realiza o encaixe automático das fotos a partir da comparação de
arranjos de pixels e escolha de sobreposições mais adequadas. Os panoramas,
ou mosaicos, resultam em faixas cilíndricas de imagens somadas. Para compor
este conjunto é necessário informar a lente usada nas fotografias e o FOV - field
of view, que é a dimensão angular vertical e horizontal capturados pela câmera
fotográfica em função da lente escolhida.
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Figura 23 - Esquema do panorama cilíndrico e os eixos visuais radiais
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1. O usuário entra pela página de explicações, segue para o mapa
hipsométrico no qual ele é informado sobre a morfologia da área, e depois é
encaminhado para a ortofotocarta. Na ortofotocarta, estão localizados os 80
pontos de eixos visuais, e o usuário pode escolher por qual ponto iniciar a
navegação.
2. Ao longo de toda a navegação, sempre que o usuário quiser saber a
localização do ponto onde se encontra em relação ao conjunto da cidade, basta
"clicar" no céu ou na parte superior da imagem, que o sistema o leva para a
ortofotocarta na posição exata de onde está o ponto.
3. Quando o usuário está em uma foto e tem como objetivo navegar para
algum elemento que nela se apresenta (como no exemplo de estar na Praça do
Centro de Convenções e decidir subir até a UFOP), ele verifica, pelo botão
específico, onde há os "hot spots", que são os pontos de ligação com outras
fotos. Ao acionar um hot spot na imagem, ocorre o deslocamento para a nova
localidade de interesse.
4. Além dos 80 pontos de navegação ao longo da mancha urbana, foi
solicitada autorização para fotografar uma igreja. Foram realizadas tomadas
internas na Igreja do Rosário. A qualidade de imagem não ficou muito boa, pois
não é permitido usar flash. É um exemplo de navegação através do largo do
Rosário - igreja - planta da igreja - interior da igreja - alguns detalhes de piso e
estatuária - saída pelos portais - retorno ao largo do Rosário.
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Figura 24 - Simulação de intervenção na paisagem
SAIBA MAIS!
Assista ao vídeo: Mapeamento com drones: Geoprocessamento e
conceitos iniciais.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JXZiZOnzk5Q
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1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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