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Resumo
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pos Laboral.
Docente: DestinadoGuite
DÉCADA DE 70 – A DIFUSÃO...................................................................................................................5
DÉCADA DE 90 – A POPULARIZAÇÃO....................................................................................................8
Considerações Finais....................................................................................................................................12
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E SUA EVOLUÇÃO
Histórica
O texto em causa aborda a evolução dos sistemas de informação geográfica ao longo da
história. Inicialmente, destaca que a necessidade de analisar e relacionar diferentes camadas de
dados em mapas existe há muito tempo, mesmo antes da existência dos sistemas de informação
geográfica modernos. A evolução desses sistemas está intrinsecamente ligada à história da
humanidade e ao desenvolvimento das Geociências.
A evolução dos sistemas de informação geográfica teve um destaque inicial nos governos e
empresas da América do Norte e da Europa, com o Governo Canadense sendo pioneiro na criação
dos primeiros SIG. No entanto, a literatura sobre a evolução global desses sistemas ainda é limitada
e muitas vezes foca apenas nos sucessos de países pioneiros.
Na Geografia, esse período foi marcado pelo surgimento da Nova Geografia, uma corrente
teórico-metodológica influenciada pelo neopositivismo. A Nova Geografia enfatizava a aplicação
rigorosa da metodologia científica, o desenvolvimento de teorias, o uso de técnicas estatísticas e
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matemáticas, a abordagem sistémica e o uso de modelos nas pesquisas geográficas. Foi nessa
década que surgiram as primeiras tentativas de fundamentação teórica dos sistemas de informação
geográfica (SIG), com geógrafos como Torten Hagerstrand e Harold MacCarty desenvolvendo
métodos quantitativos de análise espacial.
Um marco importante foi o desenvolvimento dos sensores remotos que operavam além do
espectro visível, incluindo a radiação infravermelha e microondas. Isso levou ao desenvolvimento
de sistemas de imageamento termal e radares imageadores, que geravam grandes volumes de dados
e eram mais complexos de analisar usando técnicas de interpretação visual tradicionais.
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A necessidade de lidar com essas novas imagens e dados levou ao reconhecimento da
importância da ciência da computação. Iniciaram-se os processos de armazenamento, classificação
e cálculo de dados digitais, juntamente com a percepção da necessidade de analisar espacialmente
dados obtidos por sensoriamento remoto.
Além desses avanços, a década de 1950 viu o início da corrida espacial, com o lançamento
do SPUTNIK 1 pelos soviéticos em 1957. Isso levou à criação da NASA nos Estados Unidos e ao
lançamento do primeiro satélite artificial norte-americano, o EXPLORER 1, em 1958. Em 1959, foi
obtida a primeira imagem da Terra produzida a bordo de um satélite dos EUA, estabelecendo novos
paradigmas na análise espacial para a década seguinte
Essa década foi marcada por um rápido desenvolvimento tecnológico que possibilitou a criação
dos primeiros SIG e uma revolução quantitativa na Geografia, com ênfase na análise espacial e na
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representação de dados geográficos de maneira informatizada. Essas inovações pavimentaram o
caminho para o crescimento e a evolução contínua dos Sistemas de Informação Geográfica nas
décadas seguintes
DÉCADA DE 70 – A DIFUSÃO
Na década de 70, houve avanços significativos na difusão de tecnologias relacionadas a sistemas
de informação geográfica (SIG) e CAD (projecto assistido por computador). Isso foi impulsionado
pelo desenvolvimento de hardware mais acessível, permitindo o surgimento de sistemas de
informação comercial. Durante esse período, ocorreram marcos importantes:
Essa década foi um período fundamental para a disseminação e o desenvolvimento dos SIG,
com a expansão do uso em órgãos governamentais, a criação de empresas comerciais nesse campo e
avanços significativos na tecnologia de hardware e software. Essas tendências continuaram a
moldar o campo dos SIG nas décadas seguintes.
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Este período viu empresas privadas e a comunidade científica investindo e pesquisando
intensamente em tecnologia de SIG. Alguns estudos notáveis incluem o desenvolvimento dos
primeiros sistemas SIG raster, como o MAP (Map Analysis Package) por Dana Tomlin, e os SIG
vetor que se tornou o programa Arc/Info, desenvolvido por Jack Dangermond. Paralelamente, o
aumento da consciência ambiental levou a um foco no gerenciamento governamental de recursos
naturais, com governos, instituições de pesquisa e empresas investindo em métodos e aplicativos de
análise geográfica em várias áreas, incluindo economia e meio ambiente.
À medida que a Guerra Fria estava chegando ao fim, os projectos espaciais entraram em
declínio, com as superpotências redireccionando seus objectivos estratégicos devido à crise
ambiental e à recessão económica global. Esse período também viu uma mudança nas abordagens
da Geografia, com o surgimento de preocupações com problemas sociais e uma ênfase crescente na
relação entre sociedade e natureza. Os EUA estabeleceram o National Centre for Geographical
Information and Analysis (NCGIA) em 1989, ampliando as aplicações de SIG e marcando um novo
momento para a área.
A década de 80 foi caracterizada por um rápido crescimento industrial dos SIG, com a
tecnologia sendo adoptada pelo sector industrial e comercial. Os dados geográficos passaram a ser
manipulados com rapidez, facilidade e flexibilidade, impulsionados pela evolução tecnológica da
informática. No entanto, também surgiu a necessidade de compreender a fundamentação teórica dos
SIG devido ao rápido desenvolvimento tecnológico, e o aprendizado do Geoprocessamento foi
desafiado pela falta de avanços conceituais correspondentes.
DÉCADA DE 90 – A POPULARIZAÇÃO
Durante a década de 90, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) se consolidaram como
ferramentas essenciais para apoiar a tomada de decisões, saindo do meio académico e científico
para entrar rapidamente no sector comercial. Grandes instituições governamentais e empresas
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começaram a investir significativamente no desenvolvimento de aplicativos de SIG, resultando em
aplicativos desktop que agregaram várias funcionalidades em um único sistema, como
processamento digital de imagens, análise espacial e modelagem 3D.
No final dos anos 90, a popularização da World Wide Web (WWW) levou à adoção
generalizada da Web como meio de comunicação e disseminação de informações e dados. Os
desenvolvedores de SIG adaptaram seus aplicativos para o ambiente Web, tornando-os acessíveis a
um público mais amplo. Os aplicativos iniciais permitiam consultas simples a mapas e bancos de
dados alfanuméricos, democratizando o acesso aos SIG, mesmo para não especialistas.
Essa evolução foi impulsionada pelos programas espaciais de diferentes países, bem como
pela entrada de empresas comerciais no desenvolvimento de sistemas de sensoriamento remoto e
informações geográficas. Devido à crescente pressão humana sobre os recursos naturais e à crise
ambiental global, houve um desenvolvimento significativo de sistemas de informação capazes de
modelar e especializar cenários relacionados aos recursos naturais, como o clima e a vegetação.
Grandes empresas passaram a utilizar SIG como um diferencial em seus produtos, incluindo
telefones celulares com mapas e GPS, bem como montadoras de veículos que adoptaram sistemas
de rastreamento por satélite.
Nesse período, surgiram as bibliotecas geográficas digitais (BGD), que gerenciam grandes
bases de dados geográficos e permitem o acesso remoto por meio da Web. Isso promoveu a
interoperabilidade entre diferentes sistemas e usuários, facilitando o compartilhamento de
informações geográficas.
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Considerações Finais
Ao longo da história, a observação e representação da superfície terrestre sempre
desempenharam um papel crucial na organização e desenvolvimento das sociedades. Desde tempos
antigos até os dias atuais, as informações espacialmente referenciadas foram utilizadas por
navegadores e diversos profissionais.
Portanto, com esse trabalho de leitura e síntese, o grupo concluiu que os SIG apresentam
benefícios que são notáveis em diversas áreas do conhecimento, como geografia, saúde, agricultura,
silvicultura, planeamento territorial, geologia, logística e segurança pública.