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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

Licenciatura em gestão aduaneira comercio internacional e logística

Ciências e sistemas de informação geográfica

Resumo

Discentes:

Acrízio Luís Matavele

Adérito Jacinto Pedro

Albertina Muzamane Mufundisse Tuia

Maputo 19 de Setembro de 2023


Discentes:

Discentes:

Acrízio Luís Matavele

Adérito Jacinto Pedro

Albertina Muzamane Mufundisse Tuia

Trabalho de Ciências e sistemas de

informação geográficaa Ser apresentado

no curso de GACIL, ISMU comorequisito

parcial para efeitos de avaliação turma...A

pos Laboral.

Docente: DestinadoGuite

Maputo 19 de Setembro de 2023


Índice
Histórica.........................................................................................................................................................1

DÉCADA DE 40 – SIMPLES, PORÉM NECESSÁRIO...............................................................................2

DÉCADA DE 50 – ESPACIALIZAR É VITAL............................................................................................3

DÉCADA DE 60 – SURGE O SIG................................................................................................................4

DÉCADA DE 70 – A DIFUSÃO...................................................................................................................5

DÉCADA DE 80 – DA ACADEMIA AO COMÉRCIO................................................................................7

DÉCADA DE 90 – A POPULARIZAÇÃO....................................................................................................8

PÓS 2000 – A MASSIFICAÇÃO...................................................................................................................9

O PIONEIRISMO DO SIG NO BRASIL.....................................................................................................10

Considerações Finais....................................................................................................................................12
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E SUA EVOLUÇÃO

Histórica
O texto em causa aborda a evolução dos sistemas de informação geográfica ao longo da
história. Inicialmente, destaca que a necessidade de analisar e relacionar diferentes camadas de
dados em mapas existe há muito tempo, mesmo antes da existência dos sistemas de informação
geográfica modernos. A evolução desses sistemas está intrinsecamente ligada à história da
humanidade e ao desenvolvimento das Geociências.

O autor menciona que os sistemas de informação geográfica não se originaram directamente


da tecnologia de computadores, mas foram produtos da tradição geométrica das geografias inglesa e
americana entre as décadas de 1950 e 1970. Eles resultaram da interdisciplinaridade, envolvendo
conhecimentos de cartografia, geografia, engenharia, matemática e computação gráfica.

A evolução dos sistemas de informação geográfica teve um destaque inicial nos governos e
empresas da América do Norte e da Europa, com o Governo Canadense sendo pioneiro na criação
dos primeiros SIG. No entanto, a literatura sobre a evolução global desses sistemas ainda é limitada
e muitas vezes foca apenas nos sucessos de países pioneiros.

Finalmente, o texto menciona que os sistemas de informação geográfica modernos


começaram a ser desenvolvidos a partir de 1960, impulsionados por avanços tecnológicos,
preocupações ambientais, e a necessidade de integrar informações de diversos serviços. Vários
estudiosos contribuíram para o desenvolvimento desses sistemas, estabelecendo as bases teóricas e
práticas para sua criação.

DÉCADA DE 40 – SIMPLES, PORÉM NECESSÁRIO


O texto descreve a década de 1940 como um período significativo no desenvolvimento dos
sistemas de informação geográfica e na evolução da computação.

Na Geografia, esse período foi marcado pelo surgimento da Nova Geografia, uma corrente
teórico-metodológica influenciada pelo neopositivismo. A Nova Geografia enfatizava a aplicação
rigorosa da metodologia científica, o desenvolvimento de teorias, o uso de técnicas estatísticas e
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matemáticas, a abordagem sistémica e o uso de modelos nas pesquisas geográficas. Foi nessa
década que surgiram as primeiras tentativas de fundamentação teórica dos sistemas de informação
geográfica (SIG), com geógrafos como Torten Hagerstrand e Harold MacCarty desenvolvendo
métodos quantitativos de análise espacial.

No contexto tecnológico, a década de 1940 marcou o início da era da computação moderna,


com o desenvolvimento de computadores da "primeira geração" durante e após a Segunda Guerra
Mundial. A entrada de dados era frequentemente feita por meio de cartões perfurados, e isso abriu
novas possibilidades para a pesquisa e análise de dados espaciais.

Essa evolução tecnológica possibilitou a manipulação de grandes volumes de dados,


incluindo dados espaciais, e marcou o início de uma nova era nas Geociências. Essas
transformações tecnológicas influenciaram os estudos e pesquisas nas décadas seguintes,
especialmente na área da geração de modelos complexos e simulações de eventos futuros.

DÉCADA DE 50 – ESPACIALIZAR É VITAL


A década de 1950 foi marcada por avanços significativos nas formas de representação da
superfície terrestre e no desenvolvimento de tecnologias que possibilitaram a espacialização de
dados. Após a Segunda Guerra Mundial, houve um forte impulso no desenvolvimento de estudos
geodésicos, topográficos, aerofotogramétricos, matemáticos e outros, que permitiram representar
com precisão fenómenos ocorrentes na superfície terrestre.

Nesse período, começaram as actividades relacionadas à representação temática em bases


cartográficas, destacando-se a representação da variação magnética e das correntes de ar. Com o
avanço da computação, também ocorreram as primeiras tentativas de representar dados geofísicos,
geológicos e meteorológicos.

Um marco importante foi o desenvolvimento dos sensores remotos que operavam além do
espectro visível, incluindo a radiação infravermelha e microondas. Isso levou ao desenvolvimento
de sistemas de imageamento termal e radares imageadores, que geravam grandes volumes de dados
e eram mais complexos de analisar usando técnicas de interpretação visual tradicionais.

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A necessidade de lidar com essas novas imagens e dados levou ao reconhecimento da
importância da ciência da computação. Iniciaram-se os processos de armazenamento, classificação
e cálculo de dados digitais, juntamente com a percepção da necessidade de analisar espacialmente
dados obtidos por sensoriamento remoto.

Nessa década, também foram feitas tentativas iniciais de automatizar o processamento de


dados espaciais. No Reino Unido, essas tentativas visavam principalmente reduzir os custos de
mapeamento relacionados à pesquisa em botânica. Nos Estados Unidos, foram realizados estudos de
volume de tráfego com análise estatística relacionada à distribuição espacial, resultando no
desenvolvimento do aplicativo Cartographatron em 1958, que permitia representar graficamente o
volume de tráfego das rodovias.

Além desses avanços, a década de 1950 viu o início da corrida espacial, com o lançamento
do SPUTNIK 1 pelos soviéticos em 1957. Isso levou à criação da NASA nos Estados Unidos e ao
lançamento do primeiro satélite artificial norte-americano, o EXPLORER 1, em 1958. Em 1959, foi
obtida a primeira imagem da Terra produzida a bordo de um satélite dos EUA, estabelecendo novos
paradigmas na análise espacial para a década seguinte

DÉCADA DE 60 – SURGE O SIG


A década de 1960 foi um período marcante para o desenvolvimento dos Sistemas de Informação
Geográfica (SIG) e para a análise espacial computadorizada. Várias inovações tecnológicas e
avanços conceituais contribuíram para o surgimento e crescimento dessa área:

 Formação de Grupos Académicos;


 Conceito de Geossistema;
 Matriz Geográfica;
 Desenvolvimento de Computadores;
 Surgimento do Primeiro SIG;
 Desenvolvimento de Programas de Análise Espacial;
 Projecto MIDAS e DIMEDesenvolvimento da Tecnologia de Sensoriamento Remoto.

Essa década foi marcada por um rápido desenvolvimento tecnológico que possibilitou a criação
dos primeiros SIG e uma revolução quantitativa na Geografia, com ênfase na análise espacial e na

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representação de dados geográficos de maneira informatizada. Essas inovações pavimentaram o
caminho para o crescimento e a evolução contínua dos Sistemas de Informação Geográfica nas
décadas seguintes

DÉCADA DE 70 – A DIFUSÃO
Na década de 70, houve avanços significativos na difusão de tecnologias relacionadas a sistemas
de informação geográfica (SIG) e CAD (projecto assistido por computador). Isso foi impulsionado
pelo desenvolvimento de hardware mais acessível, permitindo o surgimento de sistemas de
informação comercial. Durante esse período, ocorreram marcos importantes:

 SIG(Sistemas de Informação Geográfica) e CAD(projeto assistido por computador) ganham


destaque;
 Fundamento Matemáticos para Cartografia;
 Desenvolvimento de Empresas de SIG;
 Exploração Espacial;
 Interesse Governamental nos SIG;
 Iniciativas de Cooperação e Eventos;
 Integração de Tempo e Espaço;
 SIG no Meio Urbano;
 Acesso Limitado a Tecnologia;

Essa década foi um período fundamental para a disseminação e o desenvolvimento dos SIG,
com a expansão do uso em órgãos governamentais, a criação de empresas comerciais nesse campo e
avanços significativos na tecnologia de hardware e software. Essas tendências continuaram a
moldar o campo dos SIG nas décadas seguintes.

DÉCADA DE 80 – DA ACADEMIA AO COMÉRCIO


Na década de 80, a tecnologia de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) experimentou
um período de rápido crescimento e difusão. Isso foi impulsionado pela popularização e redução de
custos das estações gráficas de trabalho, pelo surgimento e evolução dos computadores pessoais,
pelos sistemas de gerenciamento de bancos de dados relacionais e pela capacidade de vincular
dados gráficos e alfanuméricos.

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Este período viu empresas privadas e a comunidade científica investindo e pesquisando
intensamente em tecnologia de SIG. Alguns estudos notáveis incluem o desenvolvimento dos
primeiros sistemas SIG raster, como o MAP (Map Analysis Package) por Dana Tomlin, e os SIG
vetor que se tornou o programa Arc/Info, desenvolvido por Jack Dangermond. Paralelamente, o
aumento da consciência ambiental levou a um foco no gerenciamento governamental de recursos
naturais, com governos, instituições de pesquisa e empresas investindo em métodos e aplicativos de
análise geográfica em várias áreas, incluindo economia e meio ambiente.

O desenvolvimento de sensores remotos mais avançados, mecânica orbital,


microprocessadores e soluções de armazenamento de dados à distância, juntamente com o
lançamento de satélites, como LANDSAT 4 e LANDSAT 5, impulsionaram o conhecimento em
SIG.

À medida que a Guerra Fria estava chegando ao fim, os projectos espaciais entraram em
declínio, com as superpotências redireccionando seus objectivos estratégicos devido à crise
ambiental e à recessão económica global. Esse período também viu uma mudança nas abordagens
da Geografia, com o surgimento de preocupações com problemas sociais e uma ênfase crescente na
relação entre sociedade e natureza. Os EUA estabeleceram o National Centre for Geographical
Information and Analysis (NCGIA) em 1989, ampliando as aplicações de SIG e marcando um novo
momento para a área.

A década de 80 foi caracterizada por um rápido crescimento industrial dos SIG, com a
tecnologia sendo adoptada pelo sector industrial e comercial. Os dados geográficos passaram a ser
manipulados com rapidez, facilidade e flexibilidade, impulsionados pela evolução tecnológica da
informática. No entanto, também surgiu a necessidade de compreender a fundamentação teórica dos
SIG devido ao rápido desenvolvimento tecnológico, e o aprendizado do Geoprocessamento foi
desafiado pela falta de avanços conceituais correspondentes.

DÉCADA DE 90 – A POPULARIZAÇÃO
Durante a década de 90, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) se consolidaram como
ferramentas essenciais para apoiar a tomada de decisões, saindo do meio académico e científico
para entrar rapidamente no sector comercial. Grandes instituições governamentais e empresas

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começaram a investir significativamente no desenvolvimento de aplicativos de SIG, resultando em
aplicativos desktop que agregaram várias funcionalidades em um único sistema, como
processamento digital de imagens, análise espacial e modelagem 3D.

A década viu o lançamento de vários satélites com sensores inovadores, especialmente em


termos de resolução espectral e espacial, incluindo o SPOT 2 e SPOT 4 da França, bem como os
satélites da série IRS da Índia. Também surgiram sensores de alta resolução, como o EARLYBIRD
e QUICKBIRD nos EUA, inaugurando uma nova era de imagens de alta resolução para fins
comerciais.

No final dos anos 90, a popularização da World Wide Web (WWW) levou à adoção
generalizada da Web como meio de comunicação e disseminação de informações e dados. Os
desenvolvedores de SIG adaptaram seus aplicativos para o ambiente Web, tornando-os acessíveis a
um público mais amplo. Os aplicativos iniciais permitiam consultas simples a mapas e bancos de
dados alfanuméricos, democratizando o acesso aos SIG, mesmo para não especialistas.

No entanto, surgiram preocupações sobre as metodologias utilizadas e sua adequação aos


princípios científicos e às tendências pós-modernas. Houve chamado para criar uma Ciência da
Informação Geográfica e enfatizar a importância do conhecimento conceitual e dos princípios de
análise espacial em vez de simplesmente usar os SIG como uma "caixa de ferramentas". Novas
técnicas de análise geográfica, como a modelagem ambiental e a classificação contínua, foram
incorporadas aos SIG para melhorar a qualidade das bases de dados geográficos e atender aos
requisitos de análise e modelagem espacial.

A década de 90 também testemunhou um aumento no número de usuários de SIG, com a


comunidade académica e técnica contribuindo para um avanço qualitativo e quantitativo nessa
tecnologia. Houve uma aproximação entre as empresas de SIG e as empresas de Tecnologia da
Informação (TI), como Oracle, Microsoft e Google, que influenciou significativamente a evolução
dos SIG nos anos seguintes.

PÓS 2000 – A MASSIFICAÇÃO


Após a grande popularização dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na década de 90
e o envolvimento das grandes empresas de Tecnologia da Informação (TI), surgiram o Google
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Maps e o Google Earth, causando uma revolução no perfil dos usuários e na forma como os SIG
eram utilizados. Além dos especialistas em SIG, pessoas sem experiência prévia com essas
ferramentas passaram a ter acesso fácil a informações geográficas de qualquer parte do mundo,
apenas com uma conexão à Internet.

Os avanços contínuos na tecnologia digital permitiram que computadores de última geração


fossem adquiridos a preços mais acessíveis, o que impulsionou o uso dos SIG em instituições,
empresas e até mesmo em configurações domésticas.

Essa evolução foi impulsionada pelos programas espaciais de diferentes países, bem como
pela entrada de empresas comerciais no desenvolvimento de sistemas de sensoriamento remoto e
informações geográficas. Devido à crescente pressão humana sobre os recursos naturais e à crise
ambiental global, houve um desenvolvimento significativo de sistemas de informação capazes de
modelar e especializar cenários relacionados aos recursos naturais, como o clima e a vegetação.
Grandes empresas passaram a utilizar SIG como um diferencial em seus produtos, incluindo
telefones celulares com mapas e GPS, bem como montadoras de veículos que adoptaram sistemas
de rastreamento por satélite.

Nesse período, surgiram as bibliotecas geográficas digitais (BGD), que gerenciam grandes
bases de dados geográficos e permitem o acesso remoto por meio da Web. Isso promoveu a
interoperabilidade entre diferentes sistemas e usuários, facilitando o compartilhamento de
informações geográficas.

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Considerações Finais
Ao longo da história, a observação e representação da superfície terrestre sempre
desempenharam um papel crucial na organização e desenvolvimento das sociedades. Desde tempos
antigos até os dias atuais, as informações espacialmente referenciadas foram utilizadas por
navegadores e diversos profissionais.

A evolução dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) reflecte a preocupação em


integrar dados espaciais e não espaciais em um único sistema, permitindo a análise de informações
provenientes de várias fontes e tipos diferentes de bancos de dados. Inicialmente, a digitalização de
mapas e outras informações espaciais possibilitou o desenvolvimento de novos métodos para
análise e exibição de dados geográficos. Posteriormente, os SIG avançaram para estabelecer novos
paradigmas na análise espacial de fenómenos geográficos. Com o crescimento da informática,
surgiram os sistemas baseados em bibliotecas geográficas digitais, com foco no acesso remoto à
informação por meio da Web.

Portanto, com esse trabalho de leitura e síntese, o grupo concluiu que os SIG apresentam
benefícios que são notáveis em diversas áreas do conhecimento, como geografia, saúde, agricultura,
silvicultura, planeamento territorial, geologia, logística e segurança pública.

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