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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCACÃO DISTÂNCIA


LICENCIATURA EM ENSINO DE GEPGRAFIA

Resolução de Exercícios e desenvolvimento do Sistema de informação


Geográfica

Hortêncio Daniel Jemusse

Curso de Geografia
Filosofia

2º Ano

Cuamba, Julho de 2021

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
INSTITUTO DE EDUCACÃO DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

Resolução de Exercícios e desenvolvimento do Sistema de informação


Geográfica

Hortêncio Daniel Jemusse - 708203496

Trabalho da cadeira de Cartografia e Topografia a


ser submetido ao Instituto de Educação à Distância
da Universidade Católica de Moçambique, como
trabalho de avaliação, um requisito exigido para
obtenção do grau de Licenciatura em Ensino de
Geografia.

Tutor: MA. Joao Paulo Jeremias Uassibo

Cuamba, Julho de 2021

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Indice

Exercícios...............................................................................................................................4

Sistema de informação geográfica (SIG)...............................................................................4

A história do Sistema de Informação Geográfica...................................................................6

Utilização do SIG...................................................................................................................6

Evolução dos Sistemas de Informação Geográfica no mundo...............................................7

Referencias.............................................................................................................................9

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Exercícios

1. Trata de mapas de Moçambique que representa tipo de climas de Moçambique e o


Mapa do mundo, que representa o meio geográfico. Dessas a que tem escala grande é
o Mapa Do Mundo pois que em um centímetro no papel representa a 90 km enquanto
o de Moçambique em um centímetro representa a 60 km.

2. Cidade de Xai-xai tendo em conta o paralelo 20º e meridiano 30º do mapa da página
9 esta localizada no quadrante sudeste de Moçambique; a cidade de Tete esta
localizada no quadrante norte e as cidades de Nacala e Cuamba estão localizadas no
quadrante nordeste.

3. 360º - 277º.45´.01´´ =82º


360º - 200º.45.01 = 159º
180º + 35º .35´.36´´ = 215º.35´.36´´

Sistema de informação geográfica (SIG)

O Sistema de Informações Geográficas – SIG é um conjunto de sistemas de softwares e


hardwares capazes de produzir, armazenar, processar, analisar e representar inúmeras
informações sobre o espaço geográfico, tendo como produto final mapas temáticos, imagens
de satélites, cartas topográficas, gráficos e tabelas. Esses produtos são importantes para a
análise de evoluções espaciais e temporais de um fenômeno geográfico e as inter-relações
entre diferentes fenômenos espaciais.

Uma das principais aplicações do SIG é no planejamento e ordenamento territorial, como o


planejamento urbano de uma cidade, o planejamento ambiental, citando como exemplo o
controle e o monitoramento do desmatamento na Amazônia.

O SIG é uma ferramenta que vem sendo utilizada cada vez mais pelos órgãos públicos e
privados, pois permitem a maximização de informações coletadas. O último Censo, de 2010,

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realizado pelo IBGE utilizou-se do SIG para a coleta, armazenamento e tratamento dos dados
colhidos.

Exemplos de SIG são: Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto e o GPS. Cada uma dessas
três ferramentas tem uma função específica.

O Sensoriamento Remoto é um conjunto de técnicas utilizado para a captação de imagens por


meio de sensores de satélites, acoplados de equipamentos fotográficos e scanners.  É uma
técnica que permite obter informações de um determinado objeto sem entrar em contato
físico com ele.

O GPS é o Sistema de Posicionamento Global (sigla derivada do inglês Global Positioning


System), um instrumento que permite a localização de uma pessoa ou um objeto espacial a
partir de suas coordenadas geográficas, latitude e longitude. Atualmente, vem sendo utilizado
em diversos setores econômicos, como na agricultura e no rastreamento de carga de veículos.
Com os problemas de trânsito enfrentados nas grandes cidades, vem se tornando um item
indispensável para navegação e orientação aos motoristas de carro.

O Geoprocessamento é a técnica de coleta e processamento de dados espaciais. Esse processo


envolve informações coletadas tanto pelo Sensoriamento Remoto quanto pelo GPS.

Fitz (2008) conceitua SIG como um sistema constituído por um conjunto de programas
computacionais, o qual integra dados, equipamentos e pessoas com objetivo de coletar,
armazenar, recuperar, manipular, visualizar e analisar dados espacialmente referenciados a
um sistema de coordenadas conhecido. Tal leva a que gestores de projeto ou administradores
de organizações possam geodecidir.

Existem vários modelos de dados aplicáveis em SIGs (Sistemas de Informação Geográfica).


Por exemplo, o SIG pode funcionar como uma base de dados com informação geográfica
(dados alfanuméricos) que se encontra associada por um identificador comum aos objectos
gráficos de um mapa digital. Desta forma, assinalando um objecto pode-se saber o valor dos
seus atributos, e inversamente, selecionando um registro da base de dados é possível saber a
sua localização e apontá-la num mapa.

O SIG separa a informação em diferentes camadas temáticas e armazena-as


independentemente, permitindo trabalhar com elas de modo rápido e simples, permitindo ao

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operador ou utilizador a possibilidade de relacionar a informação existente através da posição
e topologia dos objectos, com o fim de gerar nova informação.

Os modelos mais comuns em SIG são o modelo raster ou matricial e o modelo vectorial. O
modelo de SIG matricial centra-se nas propriedades do espaço, compartimentando-o em
células regulares (habitualmente quadradas, mas podendo ser rectangulares, triangulares ou
hexagonais). Cada célula representa um único valor. Quanto maior for a dimensão de cada
célula (resolução) menor é a precisão ou detalhe na representação do espaço geográfico.

No caso do modelo de SIG vectorial, o foco das representações centra-se na precisão da


localização dos elementos no espaço. Para modelar digitalmente as entidades do mundo real
utilizam-se essencialmente três formas espaciais: o ponto, a linha e o polígono.

A história do Sistema de Informação Geográfica

A origem do SIG vem muito antes do advento da computação. Em Londres, no ano de 1854,
a cidade estava sofrendo com uma grave epidemia de cólera (na época ainda não se
conheciam as suas formas de contaminação). Diante desse cenário, o doutor John Snow teve
uma ideia: colocar no mapa da cidade a localização dos doentes de cólera e dos poços de
água. A espacialização dos dados permitiu que Snow percebesse que a maioria dos casos
estavam concentradas em torno da poça da Broad Street e ordenou que este fosse lacrado,
fato que contribuiu radicalmente para a redução dos casos da doença.

O estudo de Snow ficou para a história como um dos primeiros exemplos que ilustram o
poder de análise espacial dos Sistemas de Informação Geográfica.

Utilização do SIG

Os SIGs permitem compatibilizar a informação proveniente de diversas fontes, como


informação de sensores espaciais (detecção remota / sensoriamento remoto), informação
recolhida com GPS ou obtida com os métodos tradicionais da Topografia. Estas informações
poderão ser sintetizadas em mapas temáticos sobre á área de estudo. Segundo Silva (1999) os
objetivos suplementares de um SIG são:

1. Produzir mapas com rapidez


2. Diminuir o preço da produção de mapas
3. Facilitar a utilização dos mesmos

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4. Produzi-los com mais pormenor
5. Possibilitar automaticamente a atualização e revisão
6. Possibilitar a análise quantitativa de dados espaciais.

Entre as questões em que um SIG pode ter um papel importante encontram-se:

1. Localização: Inquirir características de um lugar concreto


2. Condição: Cumprimento ou não de condições impostas aos objetos.
3. Tendência: Comparação entre situações temporais ou espaciais distintas de alguma
característica.
4. Rotas: Cálculo de caminhos ótimos entre dois ou mais pontos.
5. Modelos: Geração de modelos explicativos a partir do comportamento observado de
fenómenos/fenômenos espaciais.
6. Material jornalístico. O Jornalismo online pode usar SIGs para aprofundar coberturas
jornalísticas onde a espacialização é importante.

Um SIG pode ser considerado um instrumento para mapear e indicar respostas às várias
questões sobre planejamento urbano e regional, meio rural e levantamento de recursos
renováveis. Aronoff (1991) descreve aplicações representativas para as quais um SIG pode
ser utilizado com sucesso. Os exemplos se fazem presentes em várias disciplinas, incluindo
aplicações amplamente aceitas tais como: agricultura a planejamento do uso do solo,
silvicultura e gerenciamento da vida silvestre, monitoramento e gestão de áreas costeiras,
arqueologia, geologia e aplicações municipais.

Os campos de aplicação dos SIGs, por serem muito versáteis, são muito vastos, podendo-se
utilizar na maioria das atividades com um componente espacial, da cartografia a estudos de
impacto ambiental ou vigilância epidemiológica de doenças, de prospeção de recursos ao
marketing, constituindo o que poderá designar de Sistemas Espaciais de Apoio à Decisão. A
profunda revolução que provocaram as novas tecnologias afetou decisivamente a evolução da
análise espacial

Evolução dos Sistemas de Informação Geográfica no mundo

A conceptualização no espaço surge naturalmente no modo de percecionar a realidade e a


antiguidade da construção de representações cartográficas é disso uma evidência. O mais
antigo vestígio de um mapa data de 3800 a. C., uma placa de argila mesopotâmica

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representando montanhas, cursos de água e outros objetos passíveis Sistemas de Informação
Geográfica/LCA Sandra Caei 6 ro, 2013 de representação cartográfica (Matos, 2008).

O petróglifo de Bedólina, no Norte de Itália (200 aC. - 1500 dC.) é conhecido como sendo o
primeiro esforço de representação de um território habitado. Nesta gravura é possível
identificar figuras humanas, animais e habitações

Mas a tecnologia SIG evolui a partir da cartografia temática por via da combinação de
crescentes capacidades computacionais, aperfeiçoamento de técnicas analíticas e renovado
interesse nos problemas e responsabilidades ambientai/sociais. Neste contexto, as operações
de análise espacial, através da sobreposição de temas, permite traçar uma fronteira temporal e
identificar a génese das abordagens que, mais tarde, integradas e, novas ferramentas
computacionais, viriam a dar lugar ao que hoje designamos como sistemas de informação
geográfica.

Os primeiros mapas que surgiram com estas caraterísticas datam de 1800 De acordo com
Longley et al. (2005), as três fases principais ligadas à história dos SIG são a fase da
inovação, a fase de comercialização e a fase de exploração que se dão em simultâneo nos
EUA, Canadá e Europa.

A área de sobreposição corresponde à área de análise da sua experiência está ligada ao


desenvolvimento da cartografia automática, ao lançamento do primeiro SIG, o Canada
Geographic Infromation System - CGIS.

A fase de comercialização (década de 80 a 90) está associada à comercialização do SIG nos


seus diferentes softwares (exemplo o ArcInfo). A fase de exploração (início do século XXI) é
onde aumenta exponencialmente o número de utilizadores de SIG, onde é lançada a diretiva
europeia INfrastrurture for SPatial InforRmation in Europe - INSPIRE1 que visa a
harmonização e a produção de dados compatíveis no espaço europeu, e o lançamento on-line
de motores de busca de mapas como o Google Earth ou o Virtual Earth (Painho e Curvelo,
2008). Nesta última fase dá-se a utilização generalizada como produto de consumo e como
instrumento de trabalho sobre dados geográficos, sendo que o Google Earth terá sido o
veículo que verdadeiramente disseminou os SIG ao grande público (Matos, 2008).

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Referencias

APA (2013a) - Atlas digital do Ambiente. Agência Portuguesa do Ambiente.

Cosme, A. (2012). Projeto em Sistemas de Informação Geográfica. LIDEL - Edições


Técnicas. Lisboa.

Matos, J. (2008). Fundamentos de informação geográfica. 5ª Edição actualizada e aumentada.


LIDEL - Edições Técnicas. Lisboa.

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