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Saiba como a diversidade de imagens de

satélite pode ajudar na gestão territorial


20 de julho de 2018 Ivan Leonardi

Entenda neste artigo como o sensoriamento remoto e a


sua diversidade de imagens de satélite podem ajudar na
gestão territorial. *Por Christian Vitorino

Imagens de satélite: por dentro do Sensoriamento


Remoto
O sensoriamento remoto é um conjunto de técnicas
destinadas à aquisição de informações visuais (imagens)
sobre objetos na superfície terrestre, sobre os sistemas
ambientais e urbanos, sem que haja contato com eles.
As imagens de satélite, produtos do sensoriamento
remoto, são extremamente úteis quando da
espacialização dos diversos usos do solo e sua relação
com os atributos dos meios físicos e bióticos.
Com a popularização de ferramentas de geovisualização,
tal como o Google Earth, as imagens de satélite se
tornaram referência quando o usuário busca, desde uma
simples visualização de uma determinada área ou região,
até mesmo análises mais complexas do território.
É importante salientar que as imagens oriundas de
satélites em órbitas necessitam de manipulação para se
obter uma melhor visualização e, assim, extrair as
informações necessárias para os estudos territoriais.
Essas manipulações são realizadas em softwares
específicos de Processamento Digital de Imagens (PDI).
Em uma análise das condições de um determinado
território, esses sistemas de observação da terra
expressam fielmente as características temporais e
espaciais das dinâmicas de ocupação do território,
resultantes do assentamento do homem.

Aplicações na gestão e planejamento


Para aplicações em processos de gestão e planejamento
municipal por exemplo, as imagens de satélite podem
ser utilizadas para o diagnóstico do território,
evidenciando suas principais características, seus
pontos fortes e seus desequilíbrios e, desta forma,
conhecer o seu potencial paisagístico e compreender
seu funcionamento e evolução de uso do solo.
Uma análise temporal da dinâmica territorial de uma
cidade com uso de imagens de satélite e técnicas de
processamento digital, seja nos aspectos urbanos, seja
nas áreas rurais, dará aos analistas a real dimensão
desse funcionamento, auxiliando os planejadores na
construção de cenários de impactos sócio ambientais
dentro dos processos de gestão municipal.

De onde vem estas imagens?


Há hoje no mercado dezenas de opções de satélite de
observação da terra que possam contribuir efetivamente
para os processos de planejamento e gestão territorial.
Satélites que fornecem imagens desde 30 metros até 30
centímetros de resolução espacial permitem análises
em diversas escalas para variadas aplicações.
Há opções gratuitas, tais como a série Landsat, o
Sentinel-2, a constelação do CBERS (brasileiro em
parceria com a China), o Aster dentre outros que podem
ser trabalhados em análises de territórios mais extensos
e escalas menores. Nas opções de melhores resoluções,
temos os satélites comerciais ativos desde 1999, como o
Ikonos – com 1 metro de resolução espacial.
Após este período, dezenas de outros satélites de
diversas operadoras mundiais surgiram para “povoar” a
órbita terrestre e dar mais possibilidades de aplicações
para os gestores públicos e o público em geral. Países
como Japão, China, Tailândia, Israel, Cazaquistão,
França, Estados Unidos, Peru, Espanha, Coreia do Sul,
dentre diversos outros outros, lançaram constelações no
decorrer dos últimos 15 anos.
Destacam-se satélites como QuickBird, série Kompsat,
Pleiades, Spot, WorldView, ALOS, RapidEye e os
chineses Gaofen e Superview (com lançamentos mais
recentes), que compõe a gama de mais de 50 opções de
sensores e resoluções no mercado de imagens de
satélite. Assim, tem-se toda superfície terrestre
imageada diversas vezes, permitindo avaliações
históricas e recentes.

Como esta diversidade ajuda na gestão do


território?
Essa diversidade, portanto, possibilita a captação de
imagens em diferentes resoluções e em diferentes
bandas espectrais e em diversas épocas. Isto permite
que, tanto as instituições de pesquisa, quanto os setores
privados e governamentais tenham uma maior
capacidade de realizar análises territoriais em diversas
escalas para diversas aplicações no decorrer do tempo.
Há que se fazer menção, também, em questões
relacionadas a custos, uma vez que as regras de
mercado, como a concorrência de diversas operadoras
de satélite e mesmo a disponibilização gratuita de
imagens permitem uma maior facilidade de acesso aos
produtos de sensoriamento remoto.
Este fato resulta hoje em milhares de estudos e
pesquisas ambientais contribuindo efetivamente para o
desenvolvimento de políticas públicas direcionadas ao
conhecimento maior da superfície terrestre.
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Municipal do Instituto GEOeduc, no qual ensino, não
somente a aplicação de geotecnologias para a gestão
municipal, mas também sensibilizo o público quanto a
importância desses instrumentos tecnológicos para a
melhoria e otimização de processos de planejamento e
gestão de cidades.
Para se manter informado sobre Gestão Territorial e
acessar as notícias e artigos do Instituto GEOeduc,
acompanhe as atualizações do nosso blog.

Christian Vitorino – Sócio e Diretor de Novos Negócios


da TecTerra Geotecnologias. Atua no mercado de
geotecnologias há mais de 10 anos desenvolvendo
negócios relacionados à comercialização de imagens de
satélite e soluções em sistemas de informações
geográficas. Graduado em Ciências Biológicas, mestre
em Tratamento da Informação Espacial, especialista em
meio ambiente com vasta experiência em planos
diretores municipais sustentáveis, tendo atuado em mais
15 projetos em 8 anos de atuação. Possui experiência
em gestão de projetos em pesquisa mineral e energia
renovável. Atuou em projeto de SIG na República do
Congo (África), assessorando a implantação de banco de
dados geográficos para projeto de mapeamento
geológico e base cartográfica do país. É vice presidente
da Fundação Educacional e Cultural Metropolitana,
sendo articulador de projetos relacionados à gestão
territorial e ambiental, assessorando administrações
públicas municipais. Ainda colabora com empresa de
engenharia em estratégias relacionadas à ecoeficiência
e gestão de resíduos industriais. Foi professor de
graduação e pós graduação ministrando disciplinas
relacionadas à aplicações ambientais em sistemas de
informação geográficas e geoprocessamento. Ainda
atuou como consultor ambiental em estudos de impacto
ambiental, zoneamento e monitoramento ambiental.

Maíra Gamarra (AL): Enlaces da fotografia latino-americana: estratégias, aproximações


e ações em rede

PAINEL 3 – DESCOLONIZAÇÃO – 15h/16h40


Pedro Silveira (MG): Efemérides da Gênese
Bruno Oliveira Alves, Luciana Martha Silveira (PR): Os deslocamentos de sentido na
série Bastidores, de Rosana Paulino
Sarah Gonçalves Ferreira (MG): Do trauma ao testemunho: fotografias da mulher negra
na obra Assentamento (2013)

PAINEL 4 – PROTAGONISTAS – 16h/17h40


Carolina Kotchetkoff (SP): Erosão provoca avanço do mar e reduz território de São
Paulo
Cláudia Ad Lima (BA): Adenor Gondim, o fotógrafo da ventania e sua estética
libertária
Osmar Gonçalves dos Reis Filho; Taís Marques Monteiro (CE): Juchitán (1979-1989) –
a construção de um ensaio fotográfico fabulatório a partir de um fazer dialógico

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