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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E PROJEÇÕES

CARTOGRÁFICAS
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GRÁFICA ........................................... 5


REPRESENTAÇÃO VISUIAIS EM CARTOGRAFIAS.......................... 7
ALFABETO CARTOGRÁFICO ............................................................. 8
O QUE SÃO PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS .................................. 9
TIPOS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS .................................... 12
5. Projeção cônica .............................................................................. 14
6. Projeção Plana, polar ou azimutal .................................................. 15
CARACTERÍSTICAS DAS PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS .......... 16
QUANTO AS PROPIEDADES QUE ELAS CONSERVAM ................ 18
DESIGNAÇÃO DAS PROJEÇÕES .................................................... 19
BASE CARTOGRÁFICA .................................................................... 20
CLASSES DE PRODUTOS CARTOGRÁFICOS COM INFORMAÇÕES
ESPECIALMENTE REFERENCIADAS (VÍNCULO COM O SGR) ............... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 22

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 24

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

Sabemos que o mundo possui um formato semelhante ao de uma bola. Sendo


assim, é impossível representá-lo corretamente em um plano sem haver
distorções. No entanto, existem algumas técnicas elaboradas para esse fim com
o objetivo de criar representações gráficas ou mapas da superfície terrestre, a
essas representações dá-se o nome de projeções cartográficas.

Apesar de ser impossível evitar as distorções, é possível escolher como elas


ocorrerão. Os mapas em que as áreas são alteradas, mas as formas dos
continentes são mantidas, são chamados de projeções conformais. Por outro
lado, os mapas em que as áreas são corretamente mantidas e as formas são
alteradas são chamados de projeções equivalentes. Agora, quando se opta por
alterar tanto as áreas quanto as formas, eles são chamados de projeções
afiláticas.

O desenvolvimento da tecnologia de informação na última década tem oferecido


oportunidades de melhorar dramaticamente o processo de tomada de decisões
e resolução de problemas no domínio geo-espacial. Segundo Egenhofer (1999),
embora os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) tenham alcançado um
crescimento e popularidade sem precedentes na última década, para torná-los
uma contribuição a comunidades mais amplas de usuários, mudanças
significativas de design devem ocorrer. Em especial, uma nova tendência é
acoplar SIGs a dispositivos de telefonia móvel e GPS, criando os Spatial
Information Appliances (SIA), assistentes pessoais do futuro para problemas que
envolvem o espaço, movendo a tecnologia do desktop para o trabalho de campo
e da mão dos cientistas e profissionais especializados para as dos cidadãos em
geral.

Problemas sérios de usabilidade e gaps entre tarefas do usuário em


implementações de SIG têm sido reportados em literatura recente. Câmara et al.
(1999) argumentam que, apesar dos avanços ocorridos na modelagem de

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dados, é o design da interface de SIG que desempenha um papel crucial em


determinar a aceitação do sistema. Davis & Laender (1999) discutem a utilidade
dos SIGs entre diferentes grupos de usuários, cada qual com seu conjunto
particular de aplicações e suas necessidades específicas no que diz respeito
principalmente à representação dos objetos.

Ainda segundo Davis & Laender (1999, pág. 36) “a representação de um objeto
espacial não determina completamente sua aparência visual, ou seja, a forma
segundo a qual o objeto será apresentado ao usuário, na tela ou em papel. A
cada representação correspondem uma ou mais apresentações, alternativas de
visualização adequadas para comunicar o significado dos dados geográficos de
acordo com as necessidades da aplicação”.

SIGs tentam preservar a familiaridade do usuário com a apresentação tradicional


do mundo. Dominar o processo de representação da realidade através de mapas
há muito tem sido objeto de estudo e pesquisa. A necessidade do homem de
compreender o universo que o cerca exige que a cartografia, enquanto “arte de
conceber, levantar, redigir e divulgar mapas” (Joly, 1990, pág. 7), seja cada vez
mais eficiente.

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GRÁFICA

Um SIG, Sistema de informações geográficas, ou GIS (Geographic Information


System) é um sistema composto por software, usuário, hardware, dados e
metodologia (ou técnicas) de análise, que permite o uso integrado de dados
georreferenciados com uma finalidade específica.

O primeiro SIG foi criado na década de 60 no Canadá com o intuito de possibilitar


a criação de um inventário de recursos naturais. Mas, naquela época os
programas ainda eram muito difíceis de se utilizar, exigiam mão de obra
especializada, o que custava caro, e ainda não havia programas específicos para
os variados tipos de aplicação, logo, estes tinham que ser desenvolvidos,
tomando mais tempo e mais dinheiro.

Entretanto, com o desenvolvimento da informática e de modelos matemáticos


para aplicação da cartografia em meio computadorizado, os GIS foram se
aperfeiçoando. Já na década seguinte, Ottawa (Canadá) sediaria o primeiro
simpósio sobre Sistemas de Informações Geográficas do mundo.

Desde a criação do primeiro sistema simples para aplicação da cartografia por


meio de sistemas informatizados em 1950, até a recente massificação do acesso
à GIS (como o Google Earth), as tecnologias para captura, armazenamento,
tratamento e recuperação de informações georreferenciadas tem melhorado
cada vez mais e possibilitado um leque cada vez maior de aplicações.

Assim, podemos identificar três formas principais de se utilizar um SIG: para


produção de mapas, como suporte para a análise espacial de fenômenos, ou
como um banco de dados geográficos, com funções de armazenamento e
recuperação de informação espacial.

Os sistemas de projeções cartográficas foram desenvolvidos para dar uma


solução a esse problema da transferência de uma imagem da superfície curva
da esfera terrestre para um plano da carta, o que sempre vai acarretar
deformações. Os sistemas de projeções constituem-se de uma fórmula

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matemática que transforma as coordenadas geográficas, a partir de uma


superfície esférica (elipsoidal), em coordenadas planas, mantendo
correspondência entre elas. O uso desse artifício geométrico das projeções
consegue reduzir as deformações, mas nunca eliminá-las. Nesta aula,
apresentamos os principais conceitos relacionados aos sistemas de projeção e
discutimos a sua importância em permitir a transferência de pontos de uma
superfície esférica para um plano, de modo a possibilitar a representação
cartográfica de elementos geográficos.

A escolha do sistema de projeção depende de uma série de fatores. Existem


alguns que se adequam melhor do que outros, a depender da finalidade, ou que
oferecem a vantagem de uma construção simples e rápida. Entretanto, para os
cartógrafos, nenhum deles pode ser considerado ideal para resolver esse grande
desafio da Cartografia que é eliminar completamente as distorções quando se
passa de um sistema a outro. Assim, a solução parcial, que seria a adoção de
um sistema de projeção, é sempre usada.

Nos SIGs, um dos conceitos fundamentais envolvidos é o da base de dados


espacialmente referenciada, com flexibilização da forma de representação. •Em
grande parte, a introdução direta de produtos cartográficos como Base
Cartográfica nos SIGs, sem uma discussão das características, erros e
distorções destes produtos e sem vínculo direto com um PROJE, gera produtos
de má qualidade ou de qualidade desconhecida.

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REPRESENTAÇÃO VISUIAIS EM CARTOGRAFIAS

Existe um grande número de trabalhos voltados ao estudo da Cartografia e dos


elementos utilizados na produção de mapas, como por exemplo Barkowsky &
Freksa (1997), Couclelis & Gottsegen (1997).

O trabalho de Bertin (1967) não se resume à Cartografia, mas trata das


representações visuais de um modo geral. O autor coleta e analisa diversas
simbologias gráficas e, para cada uma, associa propriedades perceptivas que se
pode obter com sua utilização. Como resultado, apresenta uma classificação dos
dados a serem representados de acordo com sua natureza geométrica: pontos,
linhas e áreas, o que foi chamado de modos de implantação. Por estar
interessado na expressão no plano do papel, Bertin (1967, pág. 42) limita seu
estudo a representações bidimensionais, desconsiderando também fenômenos
de natureza temporal.

O ponto inicial do seu trabalho é a afirmação geral de que a comunicação é feita


por meio de marcas no papel. A apresentação de um dado ocorre através de
variações ou modulações de características dessas marcas, como sua forma,
posição ou cor. Deste raciocínio surge a lista das variáveis visuais: tamanho,
valor (tons de uma mesma cor), granulação, cor (matiz), orientação e forma, além
da posição no plano bidimensional. Forma-se, assim, um conjunto de
transformações que aplicadas isoladamente ou em conjunto seriam capazes de
transmitir visualmente qualquer tipo de informação, respeitando-se as limitações
que o próprio Bertin se impôs – bidimensionalidade e atemporalidade.

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ALFABETO CARTOGRÁFICO

Ramirez (1993) coleta e analisa dados do domínio cartográfico visando


identificar os elementos básicos com os quais mapas são construídos. Para isso,
baseando-se na teoria de níveis linguísticos de Chomsky (1972), decompõe
sucessivamente e isola os componentes de mapas até obter um conjunto básico
de elementos.

As regras da gramática levam a elementos semelhantes às variáveis visuais de


Bertin, ou seja, são modulações a serem aplicadas sobre o conjunto básico de
primitivas (alfabeto), através dos quais seriam obtidas as possibilidades de
representação para a construção de mapas. Sobre um mesmo elemento original
digamos, uma linha podemos combinar variações de cor, granulação (tracejado,
por exemplo) ou tamanho (espessura) e com isso progressivamente construir
mapas.

Ramirez considera os mapas como sendo sentenças, conjuntos de elementos


relacionados de modo a conter um significado específico: a descrição de uma
realidade geográfica. Embora esta abordagem sirva ao seu objetivo de permitir
automatizar a construção de mapas ao isolar seus elementos mínimos, a
granularidade da decomposição atingida é alta, gerando elementos por si
desprovidos de significado, o que não dá margem ao estudo dos fenômenos de
comunicação que existem quando se constrói ou se interpreta um mapa.

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O QUE SÃO PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Projeções cartográficas são representações da superfície esférica da Terra em


um plano, possibilitando a construção de um mapa. Um mapa corresponde à
representação aproximada da superfície terrestre em um plano utilizando as
coordenadas geográficas. Essa construção se dá por meio de um sistema plano
de paralelos e meridianos (representados por linhas), ou seja, as projeções
cartográficas.

Existem diversos tipos de projeções que, segundo o Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE), representam cada uma um determinado aspecto,
como a dimensão e a forma. As projeções, por representarem uma superfície
esférica, apresentam deformações, sendo assim, nenhuma representa fielmente
essa superfície, pois nunca estará livre de distorções.

Todos os mapas ou cartas que nós conhecemos são representações


aproximadas da superfície terrestre. Isso ocorre porque não se pode passar de
uma superfície curva para uma superfície plana sem que haja deformações, ou
seja, não é possível manter as relações espaciais na transferência de pontos da
superfície real para uma de representação.

Segundo Rocha (1998), quando desejamos representar a superfície da Terra,


diversas formas podem ser utilizadas: mapas, cartas, plantas, modelos
reduzidos, modelos numéricos, globos e outros.

Os globos apresentam uma grande vantagem na representação, pois mostram


ao usuário uma boa visão ilustrativa do real, porém de pouca utilização prática,
já que para uma escala de 1/1.000.000 ter-se-ia um globo com raio de 6,5
metros.

A forma plana é a mais utilizada para representação das informações espaciais


da superfície terrestre por ser a forma mais prática de representação e
manipulação de mapas e cartas.

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Como a superfície terrestre não é plana, a Cartografia se vê obrigada a usar de


artifícios para representar essas informações no plano.

As projeções cartográficas são ferramentas utilizadas na Cartografia para


representar a superfície curva sobre o plano, com o mínimo de distorções.

A elaboração de um documento cartográfico em um plano consiste em um


método segundo o qual se faz corresponder à cada ponto da Terra, em
coordenadas geográficas, um ponto no mapa, em coordenadas planas. Para se
obter essa correspondência utilizam-se os sistemas de projeções cartográficas.

Existem diferentes projeções cartográficas, uma vez que há uma variedade de


modos de projetar sobre um plano os objetos geográficos que caracterizam a
superfície terrestre.

Elemento secundário na medida que está associada com o produto específico e


pode ter diferentes definições relacionadas com a forma pretendida de
visualização, com a representação do espaço tridimensional no plano. Não tem
solução exata.

A seleção da Projeção Cartográfica é fixada em função dos produtos ou


resultados desejáveis. Cada tipo de projeção pode preservar uma ou mais
características ou gerar novas propriedades geométricas.

Cada uma das Projeções Cartográficas gera distorções que devem ser
consideradas nas aplicações.

A Projeção Cartográfica deve propiciar a obtenção de distâncias, direções,


áreas, etc. no plano, com possibilidade de estimativa das distorções introduzidas
e da acurácia dos valores derivados. Deve propiciar a recuperação do SGR.

A Projeção Cartográfica deve possibilitar a investigação das propriedades da


representação em relação às propriedades da superfície de referência que:

 são conservadas na representação;


 se alteram ou desaparecem na representação;
 são adquiridas pela representação e que não existiam na superfície de
referência.

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A Representação Cartográfica, mesmo com base em um sistema de


coordenadas de projeção adequado às aplicações, deve possibilitar o resgate
das coordenadas referidas ao SGR de base.

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TIPOS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

1. Projeção Cilíndrica

As projeções cilíndricas são aquelas elaboradas como se alguém colocasse o


globo dentro de uma esfera e, ao desenrolar esse cilindro, conseguíssemos
representar a superfície da Terra, conforme a figura abaixo:

Esquema de uma projeção cilíndrica

As projeções cartográficas mais famosas e utilizadas são as cilíndricas. Dentre


elas, algumas merecem destaque especial em razão de suas importâncias e
características.

2. Projeção de Mercator

Nessa projeção, muito utilizada nos dias atuais, há uma preocupação em se


manter as formas dos continentes, no entanto, as suas áreas são alteradas.
Trata-se, portanto, de uma projeção conformal. Repare que, por exemplo, a
Groelândia está maior que o Brasil, sendo que, na verdade, ela é bem menor do
que ele.

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Mapa-múndi na projeção de Mercator

3. Projeção de Peters

Ao contrário da anteriormente citada, essa projeção sacrifica as formas em


benefício da conservação da proporção das áreas. É, portanto, um tipo
de projeção equivalente. Os meridianos e os paralelos também são linhas retas.

Mapa-múndi na projeção de Peters*

4. Projeção de Robinson

Essa é a mais utilizada atualmente para representar o mapa-múndi. Ela altera


tanto as formas quanto as áreas dos continentes, entretanto, nem as áreas e

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nem as formas são tão distorcidas quanto nas duas projeções anteriores, ficando
em uma espécie de “meio-termo”. Nela, os paralelos são retos, mas os
meridianos são curvados, como se acompanhassem a esfera terrestre.

Mapa-múndi na projeção de Robinson

5. Projeção cônica

As projeções cônicas são elaboradas como se colocassem a Terra em um cone


e, em seguida, ele fosse aberto e colocado em um plano. Com isso, observa-se
que os meridianos formam uma série de linhas retas que se direcionam aos
polos. Esse tipo de projeção é muito utilizado para representar alguns trechos de
continentes ou países.

Esquema de uma Projeção Cônica

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6. Projeção Plana, polar ou azimutal

Nessa projeção, observa um plano colocado de forma tangente à superfície que


será representada no centro do mapa. Nele, as linhas concentram-se do ponto
central e dispersam-se em direção às áreas mais afastadas. Essa projeção é
muito utilizada para representar os polos ou para colocar no centro de um mapa
qualquer ponto da Terra.

Esquema de uma projeção plana

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CARACTERÍSTICAS DAS PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Existem diversas representações aproximadas da superfície esférica da Terra


em um plano. Elas podem ser classificadas quando à superfície de projeção (que
são as mais comuns e já foram mencionadas anteriormente); quanto ao tipo de
contato com a superfície; quanto às propriedades; quanto ao método de
elaboração do traçado; ou quanto à situação do ponto de vista. As mais
conhecidas são:

→ Superfície de contato

Tangente: superfície de projeção encontra-se tangente à superfície de


referência.

Secante: superfície de projeção divide em partes (secciona) a superfície de


referência.

Afilática: projeção cartográfica que não conserva ângulo, área ou comprimento,


portanto, não há conservação das propriedades. Contudo, há o mínimo de
deformação possível em conjunto.

→ Posição da superfície de projeção

Policônica: projeção cuja superfície de representação é um cone apresentando


deformações ao centro que aumentam à medida que a área se afasta da região
central. Utilizada especialmente em representações de áreas extensas de norte
a sul.

Transversa: projeção em que as coordenadas geográficas não se apresentam


em linha reta (exceto a Linha do Equador), utilizada principalmente para
representar áreas extensas de norte a sul.

Normal: projeção em que os paralelos se apresentam como círculos e os


meridianos como linhas retas, apresentando baixo nível de deformação.
Utilizada especialmente em representações de áreas extensas de oeste a leste.

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→ Método de elaboração do traçado

Geométrica: projeção representada segundo princípios geométricos, sendo


dividida em: gnômica (ponto de vista no centro da Terra), estereográfica (ponto
de vista no plano contrário à tangência do plano da projeção) ou ortográfica
(ponto de vista no infinito).

Analítica: projeções representadas segundo formulações matemáticas


(cálculos, tabelas, ábacos).

Convencional: projeções representadas por meio de cálculos e tabelas.

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QUANTO AS PROPIEDADES QUE ELAS CONSERVAM

Outra classificação muito importante é quanto às propriedades que elas


preservam, sendo: equidistantes, equivalentes, conformes e afiláticas.

a) Equidistantes– são as que não apresentam deformações lineares, isto é, os


comprimentos são representados em escala uniforme.

b) Equivalentes – são as que não deformam as áreas, isto é, as áreas na carta


guardam uma relação constante com suas correspondentes na superfície da
Terra. Às vezes, a igualdade de áreas é obtida com uma excessiva deformação
de figura.

c) Conformes ou ortomórficas – são as que não deformam os ângulos e, em


decorrência dessa propriedade, não deformam também a forma das áreas. Não
existe projeção que seja ao mesmo tempo equivalente e conforme.

d) Afilática – são aquelas em que os comprimentos, as áreas e os ângulos não


são conservados. Entretanto, podem possuir uma ou outra propriedade que
justifique sua construção.

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DESIGNAÇÃO DAS PROJEÇÕES

Para dar nome às projeções, devemos em princípio seguir as seguintes regras:

1) enunciar em primeiro lugar a natureza da superfície de projeção (plana,


cônica, cilíndrica);

2) enunciar, em seguida, a posição do eixo com relação à linha dos pólos (polar,
normal, transversa);

3) acrescentar, finalmente, a propriedade que a projeção conserva: analítica


(conforme, eqüidistante, equiárea); geométrica (gnomônica, esferográfica,
ortográfica).

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BASE CARTOGRÁFICA

Base Cartográfica é uma estrutura espacial de dados de referência, consistente


com um SGR, constituindo-se em ferramenta essencial para a geração,
compatibilização e gestão das informações espaciais.

Associada a um SGR, possibilita a consistência espacial, o controle da qualidade


dos dados, atualidade e suas redundâncias.

Os Aspectos Geométricos dos SGRs e a Transformação de Coordenadas são


elementos de grande atualidade e prioritários para as Bases Cartográficas.

SGRs e Bases Cartográficas são fundamentais na base geométrica dos


Sistemas de Informações Geográficas (SIGs).

A visão geral dos aspectos relacionados com a formação das Bases


Cartográficas vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é fundamental.

Implicações:

Produtos derivados terão características geométricas condicionadas pelo


produto base.

A recuperação de informações espaciais é afetada pela precisão do produto,


escala, grau de generalização das informações e distorções próprias da
Projeção para visualização.

Um conjunto de produtos cartográficos só será suficiente para caracterizar uma


Base Cartográfica se vinculada a um SGR e permitir a recuperação de
informações a ele referenciadas com controle da qualidade.

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CLASSES DE PRODUTOS CARTOGRÁFICOS COM


INFORMAÇÕES ESPECIALMENTE REFERENCIADAS (VÍNCULO
COM O SGR)

As cartas topográficas, as quais apresentam os elementos da toponímia,


principais feições naturais e artificiais, domínios, as ocupações e suas relações
espaciais;

As cartas cadastrais, onde os objetos principais são os Prédios (áreas e


domínios públicos e privados) com os elementos básicos para o registro ou os
equipamentos edificados ou implantados;

Os produtos cartográficos temáticos, onde a representação espacial privilegia


ou distingue categorias de elementos naturais ou artificiais. Cada uma destas
classes pressupõe uma ou mais formas de visualização do produto, tendo em
vista a sua aplicação.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A representação mais precisa da superfície da Terra é o globo. A representação


por meio de mapas, sempre acarretará distorções. Não existem projeções
melhores ou piores. Cada uma se adapta a determinadas finalidades. Mas
nenhuma resolve o problema da representação da curvatura da Terra numa
superfície plana.

Para ser feita, a representação emprega um sistema de projeções cartográficas


baseadas em relações matemáticas e geométricas. Apesar dos problemas que
todas apresentam, sem essas projeções seria impossível a reprodução plana do
globo terrestre.

É desejável que a aparência visual dos componentes do mapa seja adequada


ao uso e à categoria de usuário da aplicação. Na produção cartográfica
convencional, o processo é baseado no conhecimento empírico do cartógrafo,
incluindo seu senso estético. A análise comparativa dos sistemas semióticos da
Cartografia e de SIGs mostra que o segundo ainda é tecnocêntrico, o que pode
ser explicado pela herança das restrições iniciais da tecnologia de interfaces
gráficas (palhetas genéricas de símbolos ocupam menos espaço e servem a um
número maior de objetivos na criação de mapas no computador).

Sistemas de Informação Geográfica podem ser usados para produzir infinitas


interpretações do mundo real e apresentá-las como mapas. Neste caso, uma
parte da interface é dedicada a permitir aos usuários definir sua interpretação
(ativando módulos de análise espacial) e a segunda parte à apresentação
cartográfica. Poderíamos ser levados a pensar que limitações de escolha dos
signos para construção de mapas deveriam ser impostas para não sobrecarregar
a interface e confundir o usuário leigo. É fundamental termos em mente que o
perfil dos usuários de SIG tem se deslocado do especialista em computação para
o especialista em outros domínios do conhecimento que necessitam manipular

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dados espaciais. Assim, apesar de o usuário de SIG poder ser alguém leigo em
Cartografia – tanto a tradicional quanto a digital – ele toma também a posição de
usuário do mapa que será produzido. Ou seja, a análise, processamento e
apresentação dos dados geográficos deixam de ter a intermediação do
especialista em computação e em SIG. Portanto, torna-se desejável que esse
SIG disponibilize ao usuário elementos que facilitem a construção de um mapa
cuja futura leitura e interpretação para tomada de decisões seja a mais natural e
imediata possível.

É importante destacar que, embora o sistema semiótico da Cartografia tenha


apresentado resultados mais favoráveis à interoperabilidade dos signos
constituintes dos mapas do que os SIGs, a informação geográfica no computador
pode ser muito mais rica do que a informação cartográfica convencional, se
exploradas as possibilidades da mídia do computador, e não permanecendo
meramente uma duplicação digital de mapas já existentes. A produção de mapas
via SIG é, assim, um passo adiante da cartografia eletrônica “padrão”, que se
limita a reproduzir mapas previamente criados usando a cartografia tradicional.
Estes sistemas permitem a construção de mapas a partir de dados brutos
observados no mundo e armazenados em bancos de dados geográficos. Desta
forma, a partir de um conjunto básico de dados, uma infinidade de mapas
totalmente diferentes pode ser produzida, adequando-se à variedade de
aplicações que necessitam de informações geográficas.

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REFERÊNCIAS

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