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Curso de
Introdução ao QGIS
3.16 - Módulo I

Colombo, PR
Julho, 2021
Wilson Anderson Holler, Engenheiro cartógrafo, mestre em Desenvolvimento de
Tecnologia, analista da Embrapa Florestas, Colombo, PR;
Adriane Avelhaneda Mallmann, Engenheira Florestal, doutoranda em Engenharia
Florestal, área de Manejo Florestal, UFPR
SUMÁRIO
Introdução .......................................................................................................... 6
1. Módulo I - Introdução ao Software QGIS .................................................. 10
1.1. Sobre o QGIS ...................................................................................... 10

1.1.1. Requerimentos ao curso ............................................................... 10

1.2. Instalação do QGIS ............................................................................. 11

1.2.1. Linhas de desenvolvimento de versões ........................................ 11

1.2.2. Instalação do QGIS ...................................................................... 11

1.3. Interface do QGIS ............................................................................... 17

1.3.1. Barra de Menus ............................................................................ 17

1.3.2. Barra de Ferramentas................................................................... 19

1.3.3. Painéis .......................................................................................... 21

1.3.4. Visualizador da Camada ............................................................... 23

1.3.5. Barra de Status ............................................................................. 24

1.4. Instalação de Complementos .............................................................. 25

1.4.1. Instalação de complementos no QGIS ......................................... 26

1.4.2. Principais plugins do QGIS ........................................................... 28

1.5. Sistemas de Referência e Projeção .................................................... 31

1.5.1. Sistemas Geodésicos de referência ............................................. 31

1.5.1.1. Classificação dos sistemas de referência .............................. 34

1.5.1.2. Tipos de Datum ...................................................................... 35

1.5.2. Projeções cartográficas ................................................................ 37

1.5.2.1. Classificação das projeções cartográficas ............................. 38

1.5.2.2. Projeções mais usuais e suas características ........................ 41

1.5.3. Sistemas de referência e projeção no QGIS ................................ 43

1.5.3.1. Como definir o sistema de coordenadas ................................ 43

1.5.3.2. Coordenadas UTM e o INCRA ............................................... 47

1.5.3.3. Código EPSG ......................................................................... 48


1.5.4. Criação de um projeto no QGIS.................................................... 50

1.5.4.1. Criar projeto no QGIS ............................................................ 50

1.5.4.2. Selecionar o sistema de referência do projeto ....................... 50

1.5.4.3. Salvar o projeto ...................................................................... 56

1.5.4.4. Abrir um projeto existente ...................................................... 56

1.6. Geoprocessamento e Dados Espaciais .............................................. 57

1.6.1. Cartografia para geoprocessamento ............................................ 57

1.6.1.1. Escala .................................................................................... 57

1.6.1.2. Produtos cartográficos ........................................................... 61

1.6.2. Dados espaciais ........................................................................... 65

1.6.2.1. Estrutura de dados espaciais ................................................. 65

1.6.2.2. Formato de dados espaciais .................................................. 67

1.7. Organização de arquivos e pastas para geoprocessamento .............. 72

1.7.1. Estrutura de diretórios .................................................................. 72

1.7.2. Regras de nomenclatura .............................................................. 74

1.7.2.1. Recomendações para o uso do QGIS ................................... 74

1.7.3. Uso de metadados........................................................................ 75

1.8. Acesso às bases de dados cartográficos ............................................ 77

1.8.1. Bases de dados espaciais do Brasil ............................................. 77

1.8.2. Fontes de dados geográficos por unidade federativa ................... 78

1.8.3. Acesso às principais bases de dados ........................................... 83

1.8.3.1. Acesso aos dados do CAR .................................................... 83

1.8.3.2. Acesso aos dados do INCRA ................................................. 88

1.8.3.3. Acesso aos dados do GeoInfo ............................................... 91

1.8.3.4. Acesso aos dados do IBGE ................................................... 98

1.8.3.5. Acesso aos dados da Inde ................................................... 101

1.8.3.6. Acesso aos dados de elevação............................................ 106


1.8.4. Importando dados vetoriais no QGIS.......................................... 111

1.8.5. Importando dados matriciais no QGIS ........................................ 119

1.9. Acesso remoto às bases cartográficas.............................................. 125

1.9.1. Acesso WMS, WFS e WCS ........................................................ 125

1.9.2. Acesso remoto aos dados do INCRA no QGIS .......................... 126

1.9.3. Acesso remoto aos dados do BDGEx no QGIS ......................... 132

1.10. Avaliação do aprendizado .............................................................. 139

Referências ................................................................................................. 140


Curso de Introdução ao QGIS 3.16

Introdução

Os dados e fluxos de informação são fundamentais para uma gestão


moderna de operações de campo. Estes dados e informações surgem da
diversidade de equipamentos e máquinas direcionadas para o meio rural e
exigem diferentes níveis de interpretação. O aumento da disponibilidade de
dados temporários, durante o período de desenvolvimento da cultura agrícola,
complementa os dados de produtividade (Bernardi et al., 2014).
De acordo com Molin et al. (2015), a informação espacializada, aquela
com posição (coordenadas) conhecida no espaço, é a exigência básica de
atividades relacionadas à Agricultura de Precisão (AP). No entanto, esse tipo de
informação é particularmente mais complexo que as informações com as quais
os agricultores estão acostumados, pois sempre se basearam na "média" de
uma lavoura ou de uma fazenda.
Segundo Cowen (1988), um Sistema de Informação Geográfica (SIG)
em inglês Geographic Information System (GIS), pode ser definido como aquele
que fornece suporte à decisão que integra dados referenciados espacialmente,
em um ambiente de respostas aos problemas. Com o uso de SIG é possível
coletar, visualizar, combinar, cruzar e analisar dados visuais e numéricos, tais
como: imagens de satélite sob a superfície terrestre, dados sobre o clima e
interpretá-los para compreender as relações, padrões e tendências existentes
no território. SIG tem sido abertamente empregado no desenvolvimento de
ferramentas e métodos para planejamento territorial, com incorporação de
modelos de previsão e criação de mapas temáticos. Esses mapas temáticos, por
meio de análises espaciais, podem ter aplicação direta em planos de ação e
estratégias de planejamento territorial (Stewart; Janssen, 2014).
Atualmente, as informações e dados obtidos no campo são de natureza
digital e, possuem posicionamento espacial, obtido em determinada data. Desta
forma, não é surpreendente que o SIG esteja fornecendo a base necessária para
a integração desses dados. Isso sugere que o SIG possa vir a ser, cada vez
mais, central para na Agricultura de Precisão, especialmente em termos do
desenvolvimento da orientação automatizada de operações de campo. Em um
software SIG é realizado o armazenamento e manipulação de dados
georreferenciados, e a análise destes, com o objetivo de gerar ações
diferenciadas no espaço, ou seja, ações que levam em conta a variabilidade
espacial da lavoura.
O software SIG por si só não garante a eficiência nem a eficácia de sua
aplicação e a qualidade dos resultados não depende somente de sua
sofisticação e capacidade de processamento, mas, também é proporcional ao
conhecimento e experiência do usuário.
O software QGIS vem ganhando muitos usuários nos últimos dez anos,
conforme mostra a Figura 1. Em uma breve comparação utilizando o Google
Trends, é possível perceber o expressivo aumento da demanda pelo software
SIG QGIS, no mundo (Google, 17.03.21).

Figura 1. Número de usuários dos principais softwares SIG no mundo, nos últimos dez anos.

Mundo
Número de usuários no mundo

120

100

80

60

40

20

0
2013-05

2017-06
2004-01
2004-08
2005-03
2005-10
2006-05
2006-12
2007-07
2008-02
2008-09
2009-04
2009-11
2010-06
2011-01
2011-08
2012-03
2012-10

2013-12
2014-07
2015-02
2015-09
2016-04
2016-11

2018-01
2018-08
2019-03
2019-10
2020-05
2020-12

Data
Arcgis Qgis Gvsig

No Brasil ocorreu o mesmo aumento pela procura do software QGIS, nos


últimos oito anos, conforme ilustra a Figura 2.
Figura 2. Número de usuários dos principais softwares SIG no Brasil, nos últimos oito anos.

Número de usuários no Brasil 120


Brasil
100

80

60

40

20

0
2005-03

2013-12
2004-01
2004-08

2005-10
2006-05
2006-12
2007-07
2008-02
2008-09
2009-04
2009-11
2010-06
2011-01
2011-08
2012-03
2012-10
2013-05

2014-07
2015-02
2015-09
2016-04
2016-11
2017-06
2018-01
2018-08
2019-03
2019-10
2020-05
2020-12
Data
Arcgis Qgis Gvsig

O estado do Paraná acompanhou a busca nacional, cuja evolução no


período de 2011 a 2021 é possível perceber a tendência de aumento da procura
pelo software QGIS (Figura 3) e conhecimento sobre as possibilidades de análise
que o GIS apresenta (linha tendência, em tracejado Linear).

Figura 3. Número de usuários dos principais softwares SIG no Paraná, nos últimos dez anos.

Paraná
40
Número de usuários no Paraná

35
30
25
20
15
10
5
0
2011-01

2014-01

2017-01
2011-05
2011-09
2012-01
2012-05
2012-09
2013-01
2013-05
2013-09

2014-05
2014-09
2015-01
2015-05
2015-09
2016-01
2016-05
2016-09

2017-05
2017-09
2018-01
2018-05
2018-09
2019-01
2019-05
2019-09
2020-01
2020-05
2020-09
2021-01

Data
Arcgis Qgis Gvsig Linear (Qgis)
Neste módulo são apresentados de forma introdutória, alguns conceitos
fundamentais para se trabalhar com SIG. Os conceitos abordados trazem
exemplos de seu uso e prováveis soluções aos problemas que podem surgir
durante o processo de utilização do software SIG. Após conhecer esse módulo,
será possível acessar e visualizar as principais bases de dados cartográficos do
Brasil, consideradas também como as mais interessantes para as aplicações na
área rural. A abordagem conceitual e prática acontece em torno do software
QGIS.
Os arquivos necessários para realizar as práticas e acompanhar os
exemplos encontram-se disponíveis para download no link:
https://onedrive.live.com/?authkey=%21AF%5Fs%5F1lqRRjYbac&id=8235F5D
754BAD078%21123140&cid=8235F5D754BAD078.
Passos para acessar os arquivos:
Passo 1. Acessar o link disponibilizado;
Passo 2. Baixar o arquivo zipado “Curso_QGIS.rar”.
Passo 3. Salvar o arquivo, preferencialmente no disco local C;
Passo 4. Descompactar a pasta.
1. Módulo I - Introdução ao Software QGIS

1.1. Sobre o QGIS

O QGIS é um projeto oficial da Open Source Geospatial Foundation


(OSGeo). O projeto teve início em fevereiro de 2002 e o software teve seu
lançamento em junho de 2002, com o nome inicial de Quantum GIS (QGIS). Em
setembro de 2013, o nome passou a ser apenas QGIS.
O software QGIS é livre (Licença Pública Geral, GNU), de código aberto,
construído a partir do Free and Open Source Software (FOSS), por meio do qual
é possível visualizar, gerir, editar, analisar dados e criar mapas para impressão
(QGIS, 2021). É um software para Sistema de Informações Geográficas (SIG),
com interface gráfica simples e intuitiva, escrito em C++ e Python e baseado nas
bibliotecas Qt4. Funciona nos sistemas operacionais Linux, Unix, Mac OSX,
Windows e Android e suporta inúmeros formatos de vetores, rasters, bases de
dados e funcionalidades.

1.1.1. Requerimentos ao curso

Este curso é fundamentado na versão 3.16 do QGIS. Para a realização


do curso será preciso ter acesso à internet e ao computador. A configuração
mínima para a realização das atividades está relacionada na seguinte tabela.

Tabela 1. Configuração mínima recomendada para o computador


Item Configuração mínima recomendada
Processador Frequência igual ou superior a 2 GHz. Duas ou mais cores.
Memória RAM 4 GB ou mais.
Armazenamento 30 GB de espaço livre ou mais.
Sistema Operacional Windows 10

Links importantes:
Funcionalidades: https://docs.qgis.org/3.16/pt_BR/docs/user_manual/preamble/features.html
Site oficial: https://qgis.org/en/site/
Comunidade QGIS Brasil: http://qgisbrasil.org/
Grupo de discussão do Google: https://groups.google.com/g/qgisbrasil
1.2. Instalação do QGIS

1.2.1. Linhas de desenvolvimento de versões

O QGIS apresenta duas linhas de desenvolvimento de versões, portanto,


saber a diferença entre elas é de suma importância, antes de selecionar a versão
que será instalada e começar a trabalhar no projeto (Tabela 2).

Tabela 2. Linhas de desenvolvimento de versões do QGIS


Versão Características
• É uma versão de teste;
• Possuí recursos que ainda estão sendo testados;
• Não é recomendada para ser utilizada em ambientes de
Latest Release
produção. Ex: análise de dados; projetos acadêmicos
(LR)
produção de mapas; atividades realizadas pelo usuário
final;
• Geralmente são lançadas várias versões ao ano.
• É uma versão estável do QGIS;
Long Term
• Recomendada para ser utilizada em ambientes de
Release
produção;
(LTR)
• Geralmente é lançada uma vez ao ano.

1.2.2. Instalação do QGIS

Após saber a diferença entre as versões LTR e LR, pode-se passar para
a fase de instalação. Para baixar o software QGIS, siga os seguintes passos:
Passo 1. Acesse a página inicial do site oficial do QGIS:
https://qgis.org/en/site/

Passo 2. Clique em Download Now para ser direcionado à página em


que poderá escolher a versão do QGIS.
Obs: No canto superior direito é dada a opção de linguagem da página
(a), que pode ser alterada para português, caso preferir. Perceba que, no canto
superior esquerdo e abaixo do botão “Download Now” (b) são apresentadas as
versões de teste (LR) e de longa duração (LTR) mais recentes, neste caso,
3.18.0 e 3.16.4, respectivamente.
Passo 3. Na página seguinte escolha o sistema operacional.
Clique em Download for Windows, se for o caso.

Passo 4. Para baixar a versão de longa duração, ou seja, a versão mais


estável, vá até a opção Long term release repository (most stable) e clique
na versão compatível com o computador usado, se 32 ou 64 bits.

Como escolher uma versão de 32 ou 64 bits?


a) Acesse o menu “Iniciar” (Windows);
b) Clique em “Configurações”, na coluna à esquerda;
c) Clique em “Sistema”;
d) Na coluna à esquerda, clique em “Sobre”.
e) Na coluna da direita, em “Tipo de sistema”, será exibido o tipo de
sistema operacional de seu computador.
Assim que clicar em uma das opções, o download deve iniciar
automaticamente.

Passo 5. Após baixar o arquivo, com o botão direito do mouse clique em


executar como administrador ou clique duas vezes sobre o aplicativo para iniciar
o processo de instalação.

Passo 6. Quando a janela de instalação aparecer, clique em Próximo >.


Passo 7. Na próxima tela, para seguir com a instalação, leia e concorde
com os termos da licença de uso do software QGIS. Clique em Eu Concordo.

Passo 8. É possível alterar a pasta de destino do QGIS, onde será


instalado, mas não é recomendado. A instalação no diretório padrão assegura
que os plugins dos repositórios oficiais funcionem corretamente. A instalação em
diretórios diferentes do padrão do QGIS pode ser realizada por usuários mais
experientes e desenvolvedores. Por isso, apenas clique em Próximo >.
Passo 9. Nessa etapa é possível instalar componentes ou dados
geográficos para utilizar no programa. Esses dados são de fora do Brasil e não
farão parte deste material. Sugere-se apenas que clique em Instalar.

Passo 10. Aguarde o processo de instalação.


Passo 11. Para concluir, clique em Terminar.

Pronto! O QGIS está instalado!!

Passo 12. Para abrir o QGIS basta clicar em iniciar (logomarca do


Windows) e o ícone do QGIS irá aparecer em Adicionados recentemente.
1.3. Interface do QGIS

A interface gráfica do usuário (GUI) do QGIS é mostrada na figura abaixo,


em que os pontos de “a” a “g” indicam elementos importantes da GUI do QGIS.

Tabela 3. Elementos importantes da interface gráfica do usuário do QGIS


Letra Elemento da interface gráfica do usuário
a) Barra de Menus
b) Barra de Ferramentas
c) Painel do Navegador
d) Painel das Camadas
e) Visualizador da Camada
f) Painel da Caixa de Ferramentas
g) Barra de Status
Para mais informações acesse o manual do usuário, disponível no site do QGIS:
https://docs.qgis.org/3.16/pt_BR/docs/user_manual/introduction/qgis_gui.html

1.3.1. Barra de Menus


A Barra de Menus fornece acesso às funções QGIS usando menus
hierárquicos padrão, ou seja, de acordo com o tipo, e proporciona acesso a todas
as funções principais. Pode-se dizer que os seis primeiros menus estão ligados
à configuração do projeto, ferramentas e visualizações necessárias para
trabalhar adequadamente com os dados. Já os seis últimos estão ligados à
manipulação do banco de dados envolvendo os dados matriciais e vetoriais do
projeto.
1.3.2. Barra de Ferramentas

A Barra de ferramentas fornece acesso à maioria das funções nos


menus, além de ferramentas adicionais para interagir com o mapa. Cada item da
barra de ferramentas possui uma ajuda pop-up disponível, ao passar o mouse
sobre o item, uma breve descrição da finalidade da ferramenta é exibida.
Cada barra de ferramentas pode ser movida de acordo com suas
necessidades. Além disso, elas podem ser ativadas ou desativadas usando o
menu Visão/Exibir: basta ir até o menu Visão/Exibir (1) e, passando o mouse
sobre a opção Barra de Ferramentas (2), aparecerão todas as barras de
ferramentas disponíveis e, assim, será possível selecionar quais barras ficarão
ativas (3).
1.3.3. Painéis

O QGIS fornece muitos Painéis, com os quais é possível interagir


(selecionar opções, marcar caixas, preencher valores etc.) para executar tarefas
mais complexas.
Os painéis podem ser ativados ou desativados usando o menu
Visão/Exibir: basta ir até o menu Visão/Exibir (1) e, passando o mouse sobre a
opção Painéis (2), aparecerão todas as opções de painéis disponíveis e, assim,
será possível selecionar quais ficarão ativos (3).
Outra forma de personalizar a quantidade de painéis ou barra de
ferramentas para visualizar é clicar com o botão direito do mouse em qualquer
lugar da barra de ferramentas.

Os Painéis correspondem a uma visualização mais macro e tem relação


com a interface do QGIS, de modo a facilitar a organização e visualização em
um projeto. Já a Barra de Ferramentas está relacionada a um conjunto de
funções do mesmo interesse ou plugin.
1.3.4. Visualizador da Camada

Na Visualização da Camada são exibidas as camadas em 2D. A camada


exibida nesta janela refletirá a renderização (simbologia, rotulagem etc.) que
foram aplicadas às camadas carregadas. A quantidade de camadas, quantas
feições elas possuem e do Sistema Geodésico de Referência e Projeção (CRS)
do projeto irão influenciar no tempo de respostas para visualização das camadas,
além da configuração do seu computador.
1.3.5. Barra de Status

A Barra de Status fornece informações gerais sobre a visualização do


mapa e ações processadas ou disponíveis, e oferece ferramentas para gerenciar
a visualização do mapa. Indicação de coordenadas, escala de visualização e
sistema de referência.
1.4. Instalação de Complementos

QGIS foi projetado para que fosse possível a adição de plugins


(complementos). Isso permite que novos recursos e funções sejam adicionados.
A lista dos plugins disponíveis no repositório oficial do QGIS pode ser acessada
no seguinte endereço: https://plugins.qgis.org/
Para instalar um plugin você precisa ter acesso à internet e rede liberada
para acesso externo, se estiver em uma rede privada. Algumas redes são
fechadas e para que consiga acessar o repositório de plugins você precisa
configurar o proxy para ter acesso aos servidores (links) externos ou bloqueados.
Para configurar o Proxy vá ao menu Configurações -> Opções.

Em Rede e na opção Use Proxy for Web Access. Preencha com os


dados fornecidos pelo responsável pela rede. Normalmente, é algum profissional
da TI que tem esses dados para preencher.
1.4.1. Instalação de complementos no QGIS

Com acesso à internet, a instalação dos plugins é realizada rapidamente


dentro do próprio QGIS, seguindo os passos adiante relacionados:
Passo 1. Vá até o Menu Complementos e selecione a opção Gerenciar
e Instalar Complementos.

Passo 2. Na próxima tela, no campo de busca, digite o nome do plugin


que deseja baixar, por exemplo, SCP (Semi-Automatic Classification Plugin)
(1). Selecione o plugin (2). E selecione Instalar Complemento (3).

Por vezes, dependendo da versão do QGIS, o complemento pode já estar


instalado no QGIS, mas não estar ativo. Para verificar, vá até a opção Instalados
e, caso deseje torná-lo ativo, marque a caixa que aparece à frente do
complemento.
Alguns plugins não aparecem para serem baixados, tal como o plugin
OpenLayers Plugin, por ser considerado experimental na versão 3.16 do QGIS.
Para contornar esse problema, vá até “Opções” e marque a opção “Mostrar
também os complementos experimentais”. Com isso, os plugins ficarão
disponíveis para acesso e serem instalados.
1.4.2. Principais plugins do QGIS

Tabela 4. Alguns plugins mais utilizados do QGIS


n Plugin Utilização
MMQGIS é um conjunto de plugins Python para
manipular camadas de mapa vetorial no QGIS. Fornece
uma alternativa para a caixa de ferramentas de
processamento, com relatórios detalhados de
01 MMQGIS
progresso, uma interface de usuário intuitiva, acesso
direto aos arquivos de shapefile/CSV e alguns recursos
adicionais ausentes em outros conjuntos de plugins.

Proporciona opções mais avançadas para a criação de


02 Multi Ring Buffer buffers que a ferramenta criar Buffer.

Para se trabalhar com feições (geometrias: linhas e


polígonos) inválidas. Para encontrar erros de topologia
03 Topology Checker (polígono aberto, linha descontinuada etc.) em camadas
vetoriais.

Comandos do CAD no QGIS.


04 QAD
Inclui diferentes ferramentas úteis durante as sessões
05 Digitizing Tools
de digitalização.
Mescla todas as entidades/feições com o mesmo valor
para este campo, e pode calcular estatísticas para cada
campo restante: min, max, soma, contagem, média,
06 Dissolve with stats mediana, desvio padrão, primeiro, último, concatenação
e unificação. A unificação concatena todos os valores de
um campo sem duplicar.

Interessante para quem trabalha com gestão fundiária.


Calcula azimutes e distâncias para a feição selecionada.
Calcula a Convergência Meridiana e o Fator Kappa para
Azimuth and Distance projeções UTM, para uma determinada coordenada
07
Calculator geográfica. Também gera: (a) Memorial descritivo, (b)
Memorial sintético, (c) Selo da planta e (d) Planilha de
áreas e perímetros.

Por meio desse plugin é possível realizar a classificação


Semi-Automatic
automática e semiautomática de imagens capturadas
08 Classification Plugin
por diferentes sensores, em diferentes satélites.
(SCP)
É um plugin do Editor Raster Temático do QGIS, que usa
uma tabela de pixels de recodificação para modificar
várias classes ao mesmo tempo, usando ferramentas de
09 ThRasE pixels, linhas ou polígonos. O plugin possui uma
ferramenta de navegação para garantir a revisão do
raster temático.

É uma plataforma de mapeamento online acessível a


10 Mappia Publisher todos. Fácil e grátis para compartilhar mapas online.
n Plugin Utilização
Permite ao usuário importar dados de uma camada.
Gerar o semivariograma experimental e
semivariogramas teóricos como: Linear, Esférico,
Smart-Map
11 Exponencial e Gaussiano. Gera a interpolação usando o
método de Krigagem Ordinária e Aprendizado de
Máquina. Utilizado para gerar Zonas de Manejo.

Opera com dados brutos de satélite (Landsat 1-8 e LISS)


12 RS&GIS para produzir saídas padrão e saídas de banda
personalizadas, definidas pelo usuário.
13 SRTM-Downloader Plugin para download de dados SRTM da NASA.
A função é adicionar na área de visualização do QGIS,
uma camada de dados fornecida por um serviço Web,
14 OpenLayers Plugin
como Google Maps, Google Earth e Open Street Map.

Permite o acesso às bases cartográficas da Diretoria de


DSG Tools
15 Serviço Geográfico (DSG).
(ET-EDGV)
Mapa de base: permite adicionar dezenas de mapas de
16 HCMGIS base globais do Google, Carto, ESRI, OSM Stamen etc.

Este plugin permite a obtenção de uma coleção de


MapBiomas mapeamento do Projeto MapBiomas
17
Collection (http://mapbiomas.org/).

Proporciona a visualização em 3D da área de interesse.


Visualiza DEM e dados vetoriais em 3D em navegadores
da Web. Pode-se construir vários tipos de objetos 3D
18 QGIS2threejs
com painéis de configurações simples e gerar arquivos
para publicação na Web.

Fotografias tiradas com o celular que possuam o recurso


de geotag (adicionar ou captar coordenadas), podem ser
19 ImportPhotos
importadas no QGIS.

Gera um mapa da Web a partir do seu projeto QGIS


atual. Ele replica tantos aspectos do projeto quanto
20 qgis2web possível, incluindo camadas, estilos e extensão. Cria
mapas interativos.

Traz diversos mapas de diversos servidores para


21 QuickMapServices visualização.

Voltado para quem trabalha com VANTs. Plugin que


permite analisar e visualizar vídeos dentro do ambiente
QGIS Full Motion
22 QGIS. O QGIS FMV aceita vários formatos de vídeo, tais
Video
como .mp4, .ts, .avi etc.

É possível pesquisar, visualizar e baixar imagens do


CBERS4A CBERS4A do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
23
Downloader (INPE). Para baixar as imagens é necessário se
cadastrar em http://www2.dgi.inpe.br/catalogo/explore
Links interessantes:
Informação Acesse
Comunidade no Facebook sobre o https://www.facebook.com/groups/SemiAutomaticCla
plugin SCP ssificationPlugin/
Lista de plugins do QGIS https://plugins.qgis.org/plugins/
From GIS to Remote Sensing https://fromgistors.blogspot.com/
1.5. Sistemas de Referência e Projeção

1.5.1. Sistemas Geodésicos de referência

Os Sistemas Geodésicos de Referência são necessários para


expressar a posição de pontos sobre uma superfície, seja ela um elipsoide,
esfera ou um plano. Um Sistema Geodésico de Referência é composto pelo
Datum (origem) e o Sistema de Coordenadas.
O sistema de coordenadas pode ser um sistema de coordenadas
geodésicas (geográficas) ou um sistema de coordenadas projetadas (planas ou
cartesianas). O sistema geodésico consiste em um conjunto de linhas verticais
(meridianos) e horizontais (paralelos) sobre a Terra. Já o sistema de projeção
consiste na superfície aproximada da Terra sobre um plano.
Para o elipsoide, ou esfera, usualmente é empregado um sistema de
coordenadas geográficas e para o plano, usualmente é aplicável um sistema de
coordenadas planas. Um sistema de projeção leva em consideração o sistema
geodésico de referência. Ele necessita de uma origem ou modelo de referência
para minimizar distorções decorrentes das transformações matemáticas quando
uma superfície curva passa a ser representada no plano.

Uma analogia empregada para entender projeções é a da casca de


laranja. Se você imaginar que a terra é uma laranja, a maneira como você
descasca e depois tenta planificar, ou alisar, a casca é semelhante como as
projeções são feitas. Um Datum é a escolha da fruta a ser usada (nossa
referência). No nosso exemplo será utilizada uma laranja (Figura 4).
Figura 4. Distorção da projeção Webmercator com uma casca de laranja.

Fonte: https://i.redd.it/hqire1ng5d531.png

Para amarrar a posição de um ponto no espaço, é necessário ainda


complementar as coordenadas bidimensionais (X e Y), com uma terceira
coordenada que é denominada Altitude (Z). A altitude de um ponto qualquer está
ilustrada na Figura 5, onde o primeiro tipo (H), altitude ortométrica, é a distância
contada a partir do geoide (que é a superfície de referência para as altitudes) e
o segundo tipo (h), denominado altitude geométrica é contada a partir da
superfície do elipsoide.

Figura 5. Altitudes ortométrica (H) e geométrica (h).

Fonte: Adaptado de NLS (2021)


Na Figura 5 também aparece a ondulação geoidal, representada pela letra
N. A ondulação geoidal é a diferença entre as superfícies, sendo positiva quando
o geoide está acima do elipsoide e negativa quando a situação é oposta (Figura
6).

Figura 6. Modelo de Ondulação Geoidal considerando as diferenças para o SIRGAS2000.

Fonte: IBGE (2014)


O Datum é um sistema de referência utilizado para o cômputo ou
correlação dos resultados de um levantamento. Existem dois tipos de Datum: o
vertical e o horizontal. O vertical é uma superfície de nível utilizada no
referenciamento das altitudes tomadas sobre a superfície terrestre. O horizontal,
por sua vez, é utilizado no referenciamento das posições tomadas sobre a
superfície terrestre.
Em projetos de engenharia usa-se, em geral, a altitude ortométrica, como
ocorre em obras de drenagem e hidráulicas. Nestes casos, a referência
adequada é o geoide, já que fluxo dos fluídos será determinado pela gravidade
do local e não o elipsóide (correspondente à altitude geométrica). Porém, é
possível realizar projetos com a altitude geométrica, tudo depende do escopo do
projeto. Para converter uma altitude geométrica para ortométrica, pode-se utilizar
o software MAPGEO2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).

Sistema de referência oficial do Brasil


O Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e o Sistema Cartográfico Nacional
(SCN), com base na resolução nº 1 de fevereiro de 2005 do IBGE, passaram a
utilizar o Datum horizontal SIRGAS 2000 (Sistema de Referência Geocêntrico
para as Américas) como Datum oficial do Brasil. A resolução estabeleceu o prazo
de dez anos para a transição, período no qual o Datum SIRGAS 2000 poderia
ser utilizado concomitantemente ao Datum SAD-69 (South American Datum of
1969) e ao Datum Córrego Alegre (IBGE, 2015).

1.5.1.1. Classificação dos sistemas de referência

Geocêntrico: é um sistema cartesiano tridimensional (X, Y, Z) com


origem no centro de massa da Terra (Figura 7). É compatível com as técnicas
de posicionamento espacial 3D e possibilita levantamentos de melhor precisão
e acurácia. Por exemplo, os Sistemas Globais de Navegação por Satélite (Global
Navigation Satellite System, GNSS), nome genérico dado a todos sistemas de
navegação por satélite, dentre os quais destaca-se o Global Positioning System
(GPS). Para o GPS, o sistema de referência é o World Geodetic System 1984
(WGS 84) e para o Brasil é o Sistema de Referência Geocêntrico para as
Américas (SIRGAS2000).
Topocêntrico: considera que o centro do elipsoide (ou origem dos eixos)
não está localizado no centro de massa da Terra, mas sim no ponto de origem
(vértice) escolhido na superfície da Terra (Figura 7). No Brasil, por exemplo, os
sistemas geodésicos regionais utilizados foram: Chuá-Astro Datum; South
American Datum 1969 (SAD 69) e Córrego Alegre.

Figura 7. Elipsoides Geocêntrico (SIRGAS2000) e Topocêntrico (SAD-69).

Fonte: Santiago e Salviano (2005).

1.5.1.2. Tipos de Datum

Há diferentes modelos matemáticos da forma da Terra (elipsoides) para


representar diferentes regiões da superfície terrestre, entre eles pode-se citar os
mais conhecidos no Brasil: SAD-69, SIRGAS2000, WGS-84 e Córrego Alegre
(Tabela 5).
Tabela 5. Principais Datum e suas características
Datum Descrição

• Sistema de referência topocêntrico.


Córrego Alegre
• Elipsóide Internacional de Hayford 1924

• South American Datum of 1969.


• Sistema de referência topocêntrico.
• Objetiva a unificação do referencial para trabalhos
geodésicos e cartográficos, no continente Sul-Americano.
SAD 69 • Definição do sistema por meio de coordenadas
geodésicas do ponto de origem e do azimute geodésico
da direção inicial Chuá-Uberaba.
• Elipsóide de Referência Internacional de 1967.

• World Geodetic System of 1984.


• Sistema de referência geocêntrico.
WGS 84 • Adotado pelo sistema Global Navigation Satellite System
(GNSS) e pelo Global Positioning System (GPS).

• Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas.


• Permite maior precisão no mapeamento do território
SIRGAS 2000 brasileiro e na demarcação de suas fronteiras.
• Sistema oficialmente adotado no Brasil.

Internacionalmente, e devido à popularização de Sistemas de Navegação


por Satélite como o GPS, Galileo, GLONASS e Beidou, é comum a adoção do
sistema de referência geocêntrico WGS-84.
1.5.2. Projeções cartográficas

O problema básico das projeções cartográficas é a representação de uma


superfície curva em um plano. Isso pode ser rapidamente compreendido se, por
exemplo, tentar fazer coincidir uma casca de uma laranja com a superfície plana
de uma mesa. Para alcançar um contato total entre as duas superfícies, a casca
de laranja teria que ser distorcida. Embora esta seja uma simplificação grosseira
do problema das projeções cartográficas, ela expressa claramente a
impossibilidade de uma solução perfeita que diz respeito à existência de uma
projeção livre de deformações.
Todas as representações de superfícies curvas em um plano envolvem
"extensões" ou "contrações" que resultam em distorções. Diferentes técnicas de
representação são aplicadas no sentido de se alcançar resultados que possuam
certas propriedades favoráveis para um propósito específico. Nesse contexto, o
ideal seria construir uma carta que reunisse todas as propriedades,
representando uma superfície rigorosamente semelhante à superfície da Terra,
onde fossem mantidas a área, a forma e a distância entre os pontos. A solução
será, portanto, construir uma carta que, sem possuir todas as condições ideais,
possua aquelas que satisfaçam a determinado objetivo. Assim, é necessário, ao
se fixar o sistema de projeção escolhida, considerar a finalidade da carta que se
quer construir.
Pode-se dizer, então, que a melhor projeção para uma carta depende da
escala em que se deseja construir essa carta e dos objetivos para os quais ela
será utilizada. Por exemplo, algumas projeções são indicadas para pequenas
áreas, outras são indicadas para representar áreas com uma grande extensão
Leste-Oeste, e outras são mais apropriadas para representar áreas com uma
grande extensão Norte-Sul.
Para a visualização do problema envolvendo distorções, acessar um link
que leva até um portal que ilustra o tamanho real de cada país, quando
comparado a outro (Figura 8). Basta digitar o país de interesse, no caso será
“Brazil”, clicar com botão esquerdo do mouse, segurar e arrastar até o país ou
região que se quer fazer a comparação. No link a seguir, o Brasil está sobreposto
à Europa. Percebam o tamanho do Brasil em relação aos países europeus.
Pode-se também escolher um país europeu e sobrepor ao Brasil. Nesse
exemplo, o sistema de projeção é equivalente preservando as áreas dos países.

Figura 8. Link e QR Code para acesso ao site Tretruesize.com.

Acesse:
https://thetruesize
.com/#?borders=
1~!MTcyNzY5Nz
Q.MjEzMDQ5MQ
*MzYwMDAwMD
A(MA~!BR*OTYx
MTYwNw.MjIwM
DAwMTY)NA

1.5.2.1. Classificação das projeções cartográficas

Os sistemas de projeções cartográficas podem ser classificados pelo


método, pelo tipo de superfície de projeção adotada, pela posição da
superfície de projeção, pelo tipo de contato entre as superfícies de projeção
e de referência e pelas propriedades de deformação que as caracterizam.

Quanto ao método:
a) Geométricas: baseiam-se em princípios geométricos projetivos.
Podem ser obtidos pela interseção, sobre a superfície de projeção,
do feixe de retas que passa por pontos da superfície de referência,
partindo de um centro perspectivo (ponto de vista);
b) Analíticas: baseiam-se em formulação matemática obtidas com o
objetivo de se atender condições (características) previamente
estabelecidas (é o caso da maior parte das projeções existentes).

Quanto à superfície de projeção:


a) Planas: quando a superfície é plana. Este tipo de superfície pode
assumir três posições básicas em relação à superfície de
referência: polar, equatorial e oblíqua;
b) Cônicas: quando a superfície é um cone. Pode ser desenvolvida
em um plano sem que haja distorções, e funciona como superfície
auxiliar na obtenção de uma representação. A sua posição em
relação à superfície de referência pode ser: normal, transversal e
oblíqua;
c) Cilíndricas: quando a superfície é um cilindro. Tal qual a superfície
cônica, pode ser desenvolvida em um plano e suas possíveis
posições em relação à superfície de referência podem ser:
equatorial, transversal e oblíqua;
d) Polissuperficiais: se caracterizam pelo emprego de mais do que
uma superfície de projeção (do mesmo tipo) para aumentar o
contato com a superfície de referência e, portanto, diminuir as
deformações. Ex: plano-poliédrica; cone-policônica; cilindro-
policilíndrica.

Figura 9. Projeção plana, cilíndrica e cônica.

Fonte: D'Alge

Quanto à posição da superfície de projeção:


a) Equatoriais: quando o centro da superfície ocorre no Equador;
b) Polares: quando o centro da projeção ocorre em um dos polos;
c) Oblíquas: quando ocorre em qualquer posição, exceto no Equador ou
nos polos;
d) Transversais: quando o eixo da superfície de projeção se encontra
perpendicular ao eixo de rotação da Terra.
Quanto ao tipo de contato entre as superfícies:
a) Tangentes: a superfície de projeção é tangente àquela de
referência (plano- um ponto; cone e cilindro- uma linha);
b) Secantes: a superfície de projeção secciona a superfície de
referência (plano- uma linha; cone- duas linhas desiguais; cilindro-
duas linhas iguais).

Quanto à propriedade de deformação:


a) Equidistantes: que não apresentam deformações lineares para
algumas linhas em especial. Os comprimentos são representados
em escala uniforme. Isto é, conservam a proporção entre as
distâncias, em determinadas direções na superfície representada.
Não é uma característica global de toda a área mapeada;
b) Conformes ou isogonais: representam sem deformação, todos os
ângulos em torno de quaisquer pontos e, decorrentes dessa
propriedade, não deformam pequenas regiões. Nesse caso,
mantêm as formas, mas deformam o tamanho de objetos;
c) Equivalentes ou isométricas: têm a propriedade de não alterar as
áreas, conservando, assim, uma relação constante com as suas
correspondentes na superfície da Terra. Seja qual for a porção
representada num mapa, ela conserva a mesma relação com a
área de todo o mapa. Porém, a forma (ângulos) é deformada;
d) Afiláticas: não possui nenhuma das propriedades dos outros tipos,
isto é, equivalência, conformidade e equidistância, ou seja, as
projeções em que as áreas, os ângulos e os comprimentos não são
conservados.

Por meio da composição das diferentes características apresentadas


nestas classificações das projeções cartográficas, pode-se especificar
representações cartográficas cujas propriedades atendam às necessidades de
cada caso específico.
Exercício 8 - Sistemas de Referência e
Projeção
Acesse o link abaixo e perceba, de maneira interativa, as distorções
presentes em alguns sistemas de projeção. Mantenha pressionado a
tecla Ctrl e clique com o botão esquerdo do mouse para acessar o link.
Acesse o vídeo: https://vimeo.com/47482303.

1.5.2.2. Projeções mais usuais e suas características

Na Figura 10 está o resumo do processo para se chegar a uma superfície


de projeção. a) Sistema Geodésico de Referência, b) Superfície de Projeção e
c) Propriedade de deformação. Perceba que sempre existirá a necessidade de
um sistema de referência geodésico associado a um sistema de projeção. As
exceções são projetos locais onde o georreferenciamento não é relevante, como
nos projetos que considerem somente as coordenadas topográficas que utilizam
um Sistema de Coordenadas Terrestres Local. Para essas situações existem
maneiras adequadas de se converter coordenadas topográficas para um sistema
de projeção que leve em conta as coordenadas geocêntricas, mas não serão
abordadas neste curso. Na Tabela 6 estão apresentadas as principais projeções,
suas características e aplicações.

Figura 10. Processo para se chegar a um sistema de projeção.

Fonte: Kaiserscience (2021)


Tabela 6. Principais projeções, suas classificações, características e aplicações
Projeção Classificação Características Aplicações
Albers Cônica Preserva área. Mapeamentos temáticos.
Equivalente Substitui com vantagens Mapeamento de áreas com
todas as outras cônicas extensão predominante Leste-
equivalentes Oeste
Gauss-Krüger Cilíndrica Altera área (porém Cartas topográficas
Conforme as distorções não antigas.
ultrapassam 0,5%).
Preserva os ângulos.
Estereográfica Azimutal Preserva ângulos. Mapeamento das
Polar Conforme Tem distorções de regiões polares.
escala. Mapeamento da Lua,
Marte e Mercúrio.
Lambert Cônica Preserva ângulos. Mapas temáticos.
Conforme Mapas políticos.
Cartas militares.
Cartas aeronáuticas.
Mercator Cilíndrica Preserva ângulos. Cartas náuticas.
Conforme Mapas geológicos.
Mapas magnéticos.
Mapas Mundi.
UTM Cilíndrica Preserva ângulos. Mapeamento básico em
Conforme Altera áreas (porém escalas médias e grandes.
as distorções não Cartas topográficas
ultrapassam 0,5%).
Fonte: Adaptado de D'Alge

Se você tiver a curiosidade de conhecer, de uma forma interativa e visual,


as projeções cartográficas e ainda compará-las. Acesse o portal Compare Map
Projections (https://map-projections.net/imglist.php). Lá pode-se escolher duas
projeções e compará-las entre si. Selecione as projeções Albers e Mercator e as
compare. Perceba as distorções no tamanho, orientação, forma etc.

Tabela 7. Comparação das projeções de Albers e Mercator.


Projeção Albers Mercator

O Criador Heinrich C. Albers (1805) Gerardus Mercator (1569)

Superfície de projeção Cônica Cilíndrica

Propriedade Área igual - Equal Area Conforme

Outros nomes Projeção cônica de área -


igual de Albers

Observações Paralelos padrão na Corte em 84 ° Norte e Sul


imagem: 10 ° e 70 ° Norte.
Figura 11. Link e QR Code para acesso ao portal Compare Map Projections.

Acesse:
https://map-
projections.net/c
ompare.php?p1
=albers-equal-
area-
conic&p2=merc
ator-84&w=1

1.5.3. Sistemas de referência e projeção no QGIS

Antes de iniciar um projeto no QGIS e começar a trabalhar com os dados


da área de interesse, é preciso ter conhecimento de algumas informações
relacionadas ao sistema de coordenadas que será utilizado e à localização da
área de interesse do projeto.

1.5.3.1. Como definir o sistema de coordenadas

O globo terrestre é dividido em fusos ou zonas UTM. Ao todo são 60 fusos.


O Brasil é cortado por oito fusos, sendo eles do 25 ao 18. Desse modo, para
saber qual sistema de coordenadas utilizar, primeiro avalie se a área de interesse
está inserida em um único fuso ou mais de um fuso.
Figura 12. Fusos que cortam o território brasileiro.

Por exemplo, o Brasil (25 ao 18), a Amazônia Legal (23 ao 18), a Região
Sul (22 e 21), e o estado do Paraná (21 e 22) são áreas que estão contempladas
por mais de um fuso. Já os estados de Santa Catarina (22), Ceará (24), Sergipe
(24) e Espírito Santo (24) são os únicos estados do Brasil que se encontram
dentro de apenas um fuso.

Figura 13. Fusos que cortam o território brasileiro em detalhes.


Em relação à deformação sofrida na projeção UTM, quando um sistema
de referência (SIRGAS 2000 ou WGS-84) passa por um processo matemático
para se tornar plano ou projetado, tem-se o chamado fator de escala K, também
chamado de coeficiente de deformação e coeficiente de redução de escala, que
se trata de um coeficiente de deformação linear, que é a relação entre um
comprimento na projeção (cilindro) e o seu correspondente no elipsoide. O fator
de escala K é variável conforme o afastamento em relação ao Meridiano Central
(Figura 14). As distâncias medidas no terreno, para serem projetadas, devem ser
multiplicadas pelo fator correspondente à região onde está sendo efetuada a
medida. Em muitos países, o mapeamento não é efetuado no sistema UTM, em
função das distorções lineares que acarreta ao mapa, principalmente nos limites
do fuso.

Figura 14. Comportamento do fator de escala K com relação ao meridiano central do fuso.

Fonte: os autores.
Por exemplo, se trabalhado todo o estado de Santa Catarina (SC), a
nomenclatura seria a seguinte: SIRGAS 2000, UTM, 22 Sul. Onde: SIRGAS 2000
é o Datum, UTM é o sistema de coordenadas cartesiano (porque SC se encontra
em único fuso), 22 é o fuso e Sul é a localização do estado, que se encontra no
Hemisfério Sul (Figura 15).

Figura 15. Fuso em que se encontra o estado de Santa Catarina.

Caso fosse trabalhado o município de Porto Grande localizado no estado


do Amapá, a nomenclatura seria a seguinte: SIRGAS 2000, UTM, 22 N. Onde:
SIRGAS 2000 é o Datum, UTM é o sistema de coordenadas cartesiano (porque
Porto Grande se encontra em um único fuso), 22 é o fuso e Norte é a localização
do município, que se encontra ao Norte da Linha do Equador (Figura 16).

Figura 16. Fuso em que se encontra o município de Porto Grande, AP.


Em áreas abrangidas por mais de um fuso, tem-se quatro soluções:
i. Utilizar coordenadas geográficas;
ii. Trabalhar como dois mapeamentos distintos, caso a área seja
muito grande, uma vez que os fusos mapeados não são contíguos;
iii. Extrapolar o fuso em até 30’, na tentativa de abranger toda a área,
o que equivale a aproximadamente 55 km no Equador; ou
iv. Existe ainda a possibilidade de adotar outro sistema de projeção,
quando se trabalha com grandes áreas (mais de um fuso UTM). Se
não for possível trabalhar com coordenadas geográficas,
recomenda-se utilizar a projeção de Albers, quando o interesse em
preservar e calcular áreas for prioritário no projeto. Ao invés de
trabalhar com dois fusos UTM, utilize a projeção de Albers. Facilita
as análises e garante que as áreas calculadas tenham a menor
distorção possível, ou seja, representam melhor a realidade no
terreno (Figura 17).

Figura 17. Como trabalhar com UTM.

Fonte: os autores.

1.5.3.2. Coordenadas UTM e o INCRA

De acordo com Prina et al. (2015), desde a primeira edição da Norma


Técnica do Georreferenciamento de Imóveis Rurais (NTGIR) (Incra, 2003), até a
2ª edição revisada (Incra, 2010), que estava em vigor até o final de 2013, o
cálculo da área (da poligonal) de uma propriedade rural, com o intuito de
certificação junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),
era gerado sobre o plano da projeção Universal Transversa de Mercator (UTM).
Tal método altera o valor da área da poligonal, principalmente nas zonas de
redução e ampliação de um fuso UTM, fato interligado às deformações do plano
UTM. Hoje, com a 3ª NTGIR (Incra, 2013) o cálculo de área é realizado por
intermédio das coordenadas locais, localizado sobre um Sistema Geodésico
Local (SGL), as quais são obtidas pelas coordenadas geográficas (latitude,
longitude e altitude elipsoidal) ou cartesianas (X, Y, Z), recorrendo a uma matriz
de rotação ortogonal para realização da conversão.

1.5.3.3. Código EPSG

O QGIS utiliza o chamado código EPSG, sigla que vem do nome do Grupo
Europeu de Pesquisa Petrolífera (European Petroleum Survey Group), entidade
que organizou, por meio desses códigos numéricos, os Sistemas de Referência
de Coordenadas (SRC) do mundo. O EPSG funciona de modo que a
nomenclatura utilizada para indicar o Datum, Sistema de Coordenadas, Fuso e
Localização da área de interesse é informada ao software, por meio de um
código numérico.
No caso do exemplo anterior, se trabalhado o município de Porto Grande
(AP), em vez de utilizar toda a descrição SIRGAS 2000, UTM, 22 N, será
informado ao software apenas o código EPSG: 31976.

Esse processo pode ser realizado de duas formas. A primeira é conhecer


a lista dos códigos EPSG utilizados no Brasil (Tabela 8). Já a segunda forma diz
respeito à seleção do código, por meio de uma busca dentro do próprio software,
assim como será exemplificado na sequência, durante a criação de um projeto
no QGIS.
Tabela 8. Códigos EPSG mais utilizados no Brasil
SRC Datum Código EPSG
Córrego Alegre 4225
Sistema de Coordenadas SAD 1969 4618
Geográficas GCS SIRGAS 2000 4674
GCS WGS 1984 4326
SRC Datum Código EPSG
SAD 1969/ UTM zone 18 N 29168
SAD 1969/ UTM zone 18 S 29188
SAD 1969/ UTM zone 19 N 29169
SAD 1969/ UTM zone 19S 29189
SAD 1969/ UTM zone 20 N 29170
Sistema de Coordenadas Planas SAD 1969/ UTM zone 20 S 29190
Projeção UTM SAD 1969/ UTM zone 21 N 29171
Datum SAD 69 SAD 1969/ UTM zone 21S 29191
SAD 1969/ UTM zone 22 N 29172
SAD 1969/ UTM zone 22S 29192
SAD 1969/ UTM zone 23S 29193
SAD 1969/ UTM zone 24S 29194
SAD 1969/ UTM zone 25S 29195
SRC Datum Código EPSG
WGS 1984/ UTM zone 18 N 32618
WGS 1984/ UTM zone 18 S 32718
WGS 1984/ UTM zone 19 N 32619
WGS 1984/ UTM zone 19S 32719
WGS 1984/ UTM zone 20 N 32620
Sistema de Coordenadas Planas WGS 1984/ UTM zone 20 S 32720
Projeção UTM WGS 1984/ UTM zone 21 N 32621
Datum WGS84 WGS 1984/ UTM zone 21S 32721
WGS 1984/ UTM zone 22 N 32622
WGS 1984/ UTM zone 22S 32722
WGS 1984/ UTM zone 23S 32723
WGS 1984/ UTM zone 24S 32724
WGS 1984/ UTM zone 25S 32725
SRC Datum Código EPSG
SIRGAS 2000/ UTM zone 18 N 31972
SIRGAS 2000/ UTM zone 18 S 31978
SIRGAS 2000/ UTM zone 19 N 31973
SIRGAS 2000/ UTM zone 19S 31979
SIRGAS 2000/ UTM zone 20 N 31974
Sistema de Coordenadas Planas SIRGAS 2000/ UTM zone 20 S 31980
Projeção UTM SIRGAS 2000/ UTM zone 21 N 31975
Datum SIRGAS 2000 SIRGAS 2000/ UTM zone 21S 31981
SIRGAS 2000/ UTM zone 22 N 31976
SIRGAS 2000/ UTM zone 22S 31982
SIRGAS 2000/ UTM zone 23S 31983
SIRGAS 2000/ UTM zone 24S 31984
SIRGAS 2000/ UTM zone 25S 31985
SRC Datum Código EPSG
Sistema de Coordenadas Planas WGS 1984/ Pseudo Mercator 3857
Projeção Mercator
Datum WGS 1984
SRC Datum Código EPSG
Sistema de Coordenadas Planas South America Lambert Conformal 102015
Projeção Cônica Conforme de Conic
Lambert
Fonte: Santos (2014)
1.5.4. Criação de um projeto no QGIS

De posse das informações básicas a respeito do QGIS e SIG, pode-se


iniciar um projeto no QGIS.

1.5.4.1. Criar projeto no QGIS

Passo 1. Clique duas vezes sobre o ícone do QGIS


O ícone pode ser encontrado dentro da pasta chamada “QGIS 3.16” que
estará salva na área de trabalho do computador.
Passo 2. Quando o QGIS tiver iniciado, é possível criar um projeto em
branco, ou vazio, de três formas:
• Opção 1. Utilizando o atalho Ctrl + N do teclado;
• Opção 2. Clicando no ícone de folha em branco na Barra de
Ferramentas;

• Opção 3. Indo até o Menu Projeto e clicando em Novo.

1.5.4.2. Selecionar o sistema de referência do projeto

Antes de selecionar o sistema de referência, assim como foi tratado no


tópico anterior, é preciso ter algumas informações sobre o projeto. Nesse
exemplo, será trabalhado o município de Colombo, localizado no estado do
Paraná.
Passo 1. Vá até o Menu Camada (1), vá até Adicionar Camada (2) e
depois clique em Adicionar Camada Vetorial (3).

Passo 2. Para buscar pelo arquivo shapefile, clique nos três pontos (...)
do campo “Base(s) de vetores”.

Passo 2.1 Dentro da pasta “Curso_QGIS” encontra-se a pasta


“00_Shapefile”, então procure os seguintes arquivos dessa pasta:
• “PR_Colombo_Sirgas2000.shp”, correspondente ao limite do
município de Colombo, PR.
• “Fusos_UTM_BR.shp”, correspondente aos fusos do Brasil.
Passo 2.2 Para selecionar todos os arquivos shapefiles de interesse de
uma única vez, clique em “Todos arquivos” (1) e selecione “Shapefiles” (2).
Assim, apenas os arquivos do tipo .shp aparecerão.

Passo 2.3 Pressione a tecla “Ctrl” do teclado, clique sobre os arquivos de


interesse e clique em “Abrir”.
Passo 2.4 Clique em “Adicionar” (1) para adicionar os arquivos
shapefiles e, então, clique em “Close” (2) para fechar a janela.

Observe que o município se encontra totalmente dentro do fuso 22, ao sul


da Linha do Equador. Com isso, são obtidas as informações base para a seleção
do código EPSG no QGIS (Tabela 9).
Tabela 9. Informações base para a seleção do código EPSG
Área de Interesse Colombo, Paraná
Fuso Apenas zona 22
Localização Sul do Equador (S)
Pode-se trabalhar tanto com coordenadas geográficas
Sistema de Coordenadas
como com coordenadas cartesianas (UTM)
Datum Sirgas 2000 (oficial do Brasil)

Nesse caso, escolhendo-se trabalhar com coordenadas UTM, a


nomenclatura para a procura do código EPSG é: SIRGAS 2000, UTM, 22 Sul.
Voltando à Tabela 8, essas informações correspondem ao código EPSG:31982.

Passo 1. Vá até o Menu Projeto e clique em Propriedades.

Passo 2. Vá até SRC (1). Em Filtro (2) digite o código 31982 ou procure
por Sirgas 2000. Em Sistema de Referência de Coordenadas (3) aparecerá:
SIRGAS 2000 / UTM zone 22 S. Selecione esse SRC. Clique em Apply (4).
Finalize clicando em OK (5).
O EPSG ativo no projeto pode ser visualizado no canto inferior direito, na
Barra de Status.

Nesse exemplo, utiliza-se o sistema geodésico de referência SIRGAS


2000 (modelo matemático aproximado da terra é um elipsoide) e o sistema de
projeção UTM (baseado na projeção cilíndrica transversa e que possui como
propriedade ser conforme, ou seja, preserva ângulos). Não esquecer que um
sistema de projeção como o UTM ou Albers necessita estar associado a um
sistema geodésico de referência (SIRGAS 2000 ou WGS 84).
1.5.4.3. Salvar o projeto

Para salvar o projeto basta clicar no ícone do disquete presente na Barra


de Ferramentas. Selecione o endereço (pasta “Curso_QGIS”) onde será salvo
e escolha o nome do projeto “Projeto_Fusos”.

1.5.4.4. Abrir um projeto existente

Um projeto já existente pode ser carregado no QGIS, por meio do ícone


de pasta (de arquivos) ou pelo atalho Ctrl + O.

Também pode ser aberto, acessando o Menu Projeto e selecionando a


opção Abrir.
1.6. Geoprocessamento e Dados Espaciais

1.6.1. Cartografia para geoprocessamento

1.6.1.1. Escala

A escala em um mapa é importante para dar ao leitor uma noção do


tamanho ou grandeza do que está representado. Os mapas são sempre menores
que o que realmente representam, e a escala é uma forma de quantificar o
quanto eles são menores. Essa é a informação necessária para interpretar a
distância representada (por exemplo, um centímetro (1 cm) no mapa) para a
distância real (cerca de 25.000 cm, ou 1/4 km no terreno, se a escala do mapa
for 1: 25.000). A área e, de certa forma, a direção também dependem disso.
A escala é uma relação matemática entre a dimensão (real) do terreno na
Superfície Física da Terra (D) e sua correspondente na imagem ou documento
cartográfico (d) (representação). De modo geral, pode-se dizer que a escala (E)
cartográfica é uma relação de proporção.

𝑑
𝐸=
𝐷

Onde: E é escala; d é a dimensão no mapa (produto cartográfico); e D é a


dimensão real.

Para representar qualquer feição da superfície terrestre em um produto


cartográfico, é necessário inserir uma escala, para indicar qual a redução que foi
realizada. Em cartografia e em geoprocessamento sempre são utilizadas escalas
de redução.
Formas de expressar as escalas:
a) Fração representativa ou numérica

b) Gráfica ou escala de barras


Escala gráfica é a representação gráfica de várias distâncias do
terreno sobre uma linha reta graduada, que permite realizar as
transformações de dimensões gráficas em dimensões reais, sem
efetuar cálculos.

1Km 0 1 2 3 4 5 Km

O uso da escala gráfica, ou de barra, facilita a interpretação direta


das dimensões das feições no terreno. Se for necessário imprimir
um mapa/planta, a escala gráfica acompanha as distorções que,
porventura, ocorrerem, por isso ela é muito adotada nos trabalhos
de campo.

Os mapas são frequentemente descritos, em um sentido relativo, como


sendo de pequena ou grande escala, a Figura 18 ajuda a entender esse conceito.
Na Figura 18, têm-se os mapas que representam uma área da superfície
terrestre, nas escalas de 1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000. Desse grupo, o mapa
de 1:100.000 tem a escala pequena em relação aos outros dois mapas. O mapa
com a escala maior é o mapa C, que é desenhado em uma escala de 1: 25.000.
As três ilustrações descrevem a relação entre a escala do mapa e o tamanho da
área da superfície representada.
Observe o que acontece com a quantidade de área representada nos
mapas, quando a escala é alterada. Uma duplicação da escala (1:100.000 para
1:50.000 e 1:50.000 para 1:25.000) faz com que a área mostrada no mapa seja
reduzida para 25% ou um quarto.

Figura 18. Detalhamento de uma feição em diferentes escalas

Fonte: PhysicalGeography.net (2021)

Padrão de Exatidão Cartográfico (PEC)


A experiência demonstrou que o menor comprimento gráfico que se pode
representar em um desenho é de 1/5 de milímetro ou 0,2 mm, sendo este o erro
admissível. Fixado esse limite prático, pode-se determinar o erro tolerável nas
medições, cujo desenho deve ser feito em determinada escala. O erro de
medição permitido será calculado da seguinte forma:

𝑒𝑚 = 0,0002 𝑥 𝑀

𝑒𝑚
𝑀= 0,0002

Onde: em é o erro tolerável em metros; e M = dimensão no


terreno/denominador da escala.

O erro tolerável, portanto, varia na razão direta do denominador da escala


e inversa da escala, ou seja, quanto menor for a escala, maior será o erro
admissível.
Escolha da escala
Considerando uma região da superfície da Terra que se deseja mapear e
que possua muitos acidentes de 10 m de extensão, a menor escala que se deve
adotar para que esses acidentes tenham representação, será:

𝑒𝑚 10
𝑀= = 𝑀= = 50.000
0,0002 0,0002

A escala adotada deverá ser igual ou maior que 1:50.000. Na escala


1:50.000, o erro prático (0,2 mm ou 1/5 mm) corresponde a 10 m no terreno.
A definição de escala de representação também pode ser definida de
outras maneiras práticas:
• de acordo com a precisão da técnica utilizada para a coleta de
dados georreferenciados no campo. Por exemplo, GNSS de
navegação (código C/A), topográfico (L1), geodésico (L1, L2 e, ou
L5), Estação Total, vetorização em imagem etc.;
• de acordo com a resolução espacial (5 cm, 2m, 10m, 30m etc.) do
dado do tipo raster, imagem de satélite ou obtida por Drone.
Resolução espacial está associada à quantidade de detalhes
perceptível em uma imagem.

Curiosidade
Uma referência de escala nem sempre é importante. Mapas de
metrô muitas vezes fornecem uma representação semelhante a um
diagrama de linhas e conexões, que informa como viajar na rede que
constituem, mas não estão em escala, o que significa que as distâncias
nesses mapas não refletem consistentemente essas distâncias no mundo
real. Em casos como esses, o que importa são as conexões relativas, não
as distâncias, áreas ou direções exatas; esses mapas são úteis porque
preservam relacionamentos topológicos (conexões entre si), mas não
precisam preservar ou representar os cartesianos.
1.6.1.2. Produtos cartográficos

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com base na norma


NBR 13133, considera os termos carta e mapa como sinônimos e define
carta/mapa como:
Representação gráfica sobre uma superfície plana, dos detalhes físicos,
naturais e artificiais, de parte ou de toda a superfície terrestre - mediante
símbolos ou convenções e meios de orientação indicados, que permitem a
avaliação das distâncias, a orientação das direções e a localização
geográfica de pontos, áreas e detalhes -, podendo ser subdividida em
folhas, de forma sistemática, obedecido um plano nacional ou internacional.
Esta representação em escalas médias e pequenas leva em consideração
a curvatura da Terra, dentro da mais rigorosa localização possível
relacionada a um sistema de referência de coordenadas. A carta também
pode constituir-se numa representação sucinta de detalhes terrestres,
destacando, omitindo ou generalizando certos detalhes para satisfazer
requisitos específicos. A classe de informações, que uma carta, ou mapa,
se propõe a fornecer, é indicada, frequentemente, sob a forma adjetiva, para
diferenciação de outros tipos, como, por exemplo, carta aeronáutica, carta
náutica, mapa de comunicação, mapa geológico.

Já segundo o IBGE (2021), cartas e mapas são produtos cartográficos


diferentes e possuem as seguintes definições:
• MAPA a “representação no plano, normalmente em escala
pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais
de toda a superfície (Planisfério ou Mapa Mundi), de uma parte
(Mapas dos Continentes) ou de uma superfície definida por uma
dada divisão político-administrativa (Mapa do Brasil, dos Estados,
dos Municípios) ou por uma dada divisão operacional ou setorial
(bacias hidrográficas, áreas de proteção ambiental, setores
censitários).
• CARTA a “representação de uma porção da superfície terrestre no
plano, geralmente em escala média ou grande, oferecendo-se a
diversos usos, tais como a avaliação precisa de distâncias,
direções e localização geográfica dos aspectos naturais e
artificiais, podendo ser subdividida em folhas, de forma sistemática
e em consonância a um plano nacional ou internacional.”

Outra distinção dos produtos cartográficos tem como base a escala de


representação utilizada. Nessa classificação, são considerados mapas, as
representações em escala pequena, cartas, as representações em escala média
e plantas em escala grande (Tabela 10).

Tabela 10. Classificação dos produtos cartográficos com base no denominador da escala.
Produto
Mapa Carta Planta
Cartográfico
Denominador da
1.000.000 250.000 100.000 50.000 25.000 10.000 2.000
Escala (D)
Escala Pequena Média Grande
Fonte: Adaptado de IBGE

Caracterização dos Mapas, Cartas e Plantas:


a) Mapas
• Representação plana;
• Geralmente em escala pequena;
• Área delimitada por acidentes naturais (bacias hidrográficas,
regiões fisiográficas, planaltos, chapadas etc.), ou político-
administrativos;
• Destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos.

b) Carta
• Representação plana;
• Geralmente em escala média ou grande;
• Desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;
• Limites das folhas constituídos por linhas convencionais;
• Destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e
localização de pontos, áreas e detalhes.
c) Planta
• É um caso particular da carta.
• É uma representação em escala grande de uma área pequena;
• Maior quantidade de detalhes;
• A curvatura da Terra pode ser desconsiderada sem erro
sensível.

Classificação das cartas e mapas quanto à natureza da


representação (IBGE, 1999):
a) Geral
• A finalidade é fornecer ao usuário uma base cartográfica com
possibilidades de aplicações generalizadas, de acordo com a
precisão geométrica e tolerâncias permitidas pela escala.
• Apresentam os acidentes naturais e artificiais.
• Servem de base para os demais tipos de cartas.
• Pode ser:
o Cadastral: com escala até 1:25.000. Ex: Carta de
localidade;
o Topográfica: com escala de 1:25.000 a 1:250.000. Ex:
Carta/Mapa municipal. Disponíveis no plugin DSG Tools
para o QGIS;
o Geográfica: com escala de 1:1.000.000 e menores. Ex:
Mapa de unidades territoriais.
b) Temática
• São as cartas, mapas ou plantas em qualquer escala;
• Destinadas a um tema específico, necessária às pesquisas
socioeconômicas, de recursos naturais e estudos ambientais.
• A representação temática, distintamente da geral, exprime
conhecimentos particulares para uso geral.
• Com base no mapeamento topográfico ou de unidades
territoriais, o mapa temático é elaborado em especial pelos
Departamentos da Diretoria de Geociências do IBGE,
associando elementos relacionados às estruturas territoriais, à
geografia, à estatística, aos recursos naturais e aos estudos
ambientais.
• Principais produtos:
o Cartogramas temáticos das áreas social, econômica,
territorial etc.
o Cartas do levantamento de recursos naturais (volumes
Radam).
o Mapas da série Brasil 1:5.000.000 (Escolar,
Geomorfológico, Vegetação, Unidades de Relevo,
Unidades de Conservação Federais).
o Atlas nacional, regional e estadual.
c) Especial
• São as cartas, mapas ou plantas para grandes grupos de
usuários muito distintos entre si, e cada um deles concebido
para atender a uma determinada faixa técnica ou científica.
• São documentos muito específicos e sumamente técnicos.
• Destina-se à representação de fatos, dados ou fenômenos
típicos.
• Por exemplo:
o Cartas náuticas, aeronáuticas e para fins militares;
o Mapa magnético, astronômico e meteorológico.

Figura 19. Classificação das cartas e mapas quanto à natureza da representação.

Fonte: os autores
1.6.2. Dados espaciais

1.6.2.1. Estrutura de dados espaciais

Os dados para se trabalhar em SIG podem ser diretamente espaciais, com


alguma coordenada associada, ou não espaciais que podem ser integrados aos
espaciais. Com relação à estrutura de armazenamento (ou formato) de dados
espaciais digitais, eles são comumente diferenciados em dois tipos: Raster
(matricial) e Vetorial.
A estrutura matricial, ou em grade, é uma malha quadriculada regular
sobre a qual se constrói, célula à célula, o elemento que está sendo
representado. Essa estrutura é representada por uma matriz com n linhas e m
colunas M(n, m), onde cada célula é denominada pixel (picture element) e
apresenta um valor z que pode indicar, por exemplo, uma cor ou tom de cinza a
ele atribuído (Fitz, 2008). Exemplos de dados raster: fotografias aéreas, imagens
de satélite, Ortomosaicos, Modelo Digital de Superfície (MDS) e Modelo Digital
do Terreno (MDT).
A estrutura vetorial utiliza um sistema de coordenadas para a sua
representação e é composta por três primitivas básicas ou, ainda, três diferentes
tipos de geometria, sendo elas: pontos, linhas e polígonos (Fitz, 2008), também
conhecidas por feições:
• Pontos: são representados por apenas um par de coordenadas e
são utilizados para representar, por exemplo, a localização de
determinado objeto ou fenômeno;
• Linhas: são representados por um conjunto de pares de
coordenadas e servem para representar, por exemplo, cursos de
rios, rodovias, ferrovias, linhas de transmissão etc.;
• Polígonos: são representados por um conjunto de pares de
coordenadas e servem para representar, por exemplo,
delimitações de áreas.

Nas Tabelas 11 e 12 são apresentadas as principais características dos


dados vetoriais e matriciais.
Tabela 11. Comparação entre os modelos matriciais e vetoriais.
Característica Matricial Vetorial
Captação do dado Rápida Lenta
Área de armazenamento Grande Pequena
Gráficos Médio Bom
Estrutura de dados Simples Complexa
Precisão geométrica Baixa Alta
Análise de rede Baixa Bom
Análise de área Bom Médio
Generalização Simples Complexa
Geração de desenho Rápida Lenta
Modelagem Simples Complexa
Operação pontual Simples Complexa
Transformação de coordenadas Complexa Simples
Fonte: Miranda (2015).

Tabela 12. Estrutura de dados matriciais e vetoriais.


Matriz Vetor
Traduz imagens digitais matriciais Traduz imagens vetorizadas, compostas
geradas por sensoriamento remoto e por pontos, linhas e polígonos.
processos de escanerização.

Execução de operações entre camadas Execução de operações entre camadas


ou layers de mesma área e atributos ou layers de mesma área e atributos
distintos é extremamente fácil e rápida. distintos é bastante complexa e
demorada.

Vínculo com atributos alfanuméricos é Vínculo com atributos alfanuméricos


dificultado (pixel a pixel). torna-se facilitado, já que se dá por meio
de ponto, linha ou polígono registrado.

Resolução digital está vinculada Resolução digital do mapa é limitada pela


diretamente à quantidade de pixels da quantidade de vetores dispostos e de sua
imagem, podendo requerer impressão, proporcionando grande
processadores de grande capacidade e detalhamento.
velocidade.

Fronteiras das imagens são descontínuas Fronteiras das imagens são contínuas
(efeito serrilhado). (feições regulares).

Cálculos de distâncias, áreas etc. Cálculos de distâncias, áreas etc., em


vinculam-se ao desemprenho do geral, simplificados, tornando o
hardware. processamento mais rápido.

Fonte: Fitz (2008).

As feições vetoriais e alguns formatos de dados raster podem ter


associados o que se chama de atributos. Atributos podem ser considerados
características ou propriedades que descrevem as feições, podendo ser
quantitativos ou qualitativos, espaciais (com alguma coordenada associada) ou
não espaciais.
1.6.2.2. Formato de dados espaciais

Formato de dados vetoriais


Existem diferentes formatos de dados geográficos vetoriais. Os mais
difundidos são:
a) Arquivo shape ESRI (*.shp*.SHP)
• As feições vetoriais são mais comumente representadas em
arquivos SHP (shapefile);
• O formato SHP é um dos padrões de armazenamento de
feições vetoriais mais utilizados em SIG e pode ser
manipulado em vários softwares;
• A estrutura de dados geográficos vetoriais do formato SHP
contém, basicamente, dois tipos de informações: (i) a
informação espacial que descreve o formato do objeto
geográfico e (ii) a informação alfanumérica que descreve as
características não espaciais desses objetos (atributos);
• Esse formato armazena a informação geograficamente
referenciada em um conjunto de arquivos:
shp - Dados vetoriais, armazena a geometria das
entidades;
dbf - Conjunto de dados, contém a informação
descritiva das entidades;
shx - Arquivo de índices, armazena as ligações entre
as entidades (dbf) e a sua geometria (shp);
prj - Definição do sistema de referência e projeção
cartográfica, quando possuir um sistema de
coordenadas associado;
sbn - Realiza as ligações entre as entidades vetoriais
e a sua informação descritiva;
ain - Somente existem quando se procedem às
operações de joining (concatenação) de banco de
dados.
b) Comma Separated Values (*.csv*.CSV)
• Valores separados por vírgula;
• Formato bastante leve e rápido de ser processado;
• Pode ser produzido em editores de texto.
c) Keyhole Markup Language [KML] (*.kml*.KML)
• Formato produzido, inicialmente, para ser visualizado no
software Google Earth;
• Diversos sites atualmente distribuem informações nesse
formato.
d) GPS eXchange Format [GPX] (*.gpx*.GPX)
• Formato em que a maioria dos programas que processam
dados de GPS conseguem exportar as informações
coletados em campo.
e) Microstation DGN (*.dgn*.DGN)
• Formato do software de Desenho Assistido por Computador
(CAD);
• Mais utilizado no Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra).
f) AutoCAD DXF (*.dxf*.DXF)
• O Drawing Exchange Format (DXF), é um arquivo de
intercâmbio para modelos de CAD.

Formato de dados matriciais


Dados matriciais (raster) utilizam conjunto de células (pixels), com as
quais representa entidades espaciais sob uma forma numérica. Dados matriciais
mais utilizados possuem extensão:
a) Tagged Image File Format (TIFF)
• Foi desenvolvido em 1986, em uma tentativa de criar um
padrão para imagens geradas por equipamentos digitais.
b) Tagged Image File Format (Geotiff, TIF)
• É um padrão de metadados de domínio público o qual
permite embutir informações das coordenadas geográficas
em um arquivo TIFF;
• As informações adicionais incluem; projeções cartográficas,
sistema de coordenadas, elipsoides, Data (plural de Datum),
e tudo que é necessário para estabelecer a referência
espacial exata no arquivo;
• As informações de georreferenciamento estão contidas em
um arquivo secundário separado com a extensão .tfw.
c) Joint Pictures Expert Group (JPEG)
• É um formato de imagem que, mediante compressão,
elimina as informações de cores que o olho humano não é
capaz de detectar.
• Apesar de haver perda de dados, ela não é facilmente
percebida e, com isso, os arquivos gerados são de tamanho
relativamente pequeno;
• As informações de georreferenciamento estão contidas em
um arquivo secundário separado com a extensão .jfw;
• Imagens obtidas por VANT e que sejam utilizadas nesse
formato têm a coordenada nos metadados, padrão EXIF.
Essas coordenadas são, em geral, do centro da imagem e
conhecidas como Geotag.
d) Enhanced Compression Wavelet (ECW)
• É um formato de imagem de compressão Wavelet,
proprietário otimizado para fotografia aérea e imagens de
satélite. O formato compacta com eficiência imagens muito
grandes. No entanto, ainda existem perdas em radiometria,
valores de pixel.

Formato Geopackage (*.GPKG)


• É de formato aberto, ou seja, as especificações sobre a
estrutura desse arquivo são abertas/disponíveis para
pesquisa;
• A estrutura do arquivo Geopackage tem como base um
banco de dados do tipo SQLite;
• No formato Geopackage, diferente do formato shapefile, há
apenas uma extensão, a extensão *.GPKG;
• Pode armazenar dados e metadados;
• Compõem o GPKG:
o Vetores;
o Tiles, arquivos raster e matrizes em várias escalas;
o esquema (campos de tabelas);
o metadados;
o extensões.
• Site oficial: Geopackage.org
• É possível ter um arquivo híbrido, ou seja, em um mesmo
arquivo é possível ter inúmeras geometrias e estruturas;
• Não há limite de caracteres no nome das colunas;
• O limite de colunas é de, no máximo, 2.000, diferente do
shapefile que permite apenas 255 colunas. Esse número
máximo de colunas ainda pode ser configurado.

Todos os formatos até então descritos consideravam dados em duas


dimensões. Por mais que esses dados possuam, como atributo, algum dado que
indique uma terceira dimensão, eles são 2D. Para dados nativos em três
dimensões X, Y e Z, tem-se outros padrões comumente adotados em nuvem de
pontos. Nuvens de pontos são uma categoria de dados em SIG. O formato mais
comum para troca de nuvens de pontos é o LAS.

Formato dados em nuvem de pontos


a) LAS (LASer)
• O formato LAS é um formato de arquivo projetado para o
intercâmbio e arquivamento de dados da nuvem de pontos.
É um formato aberto e binário especificado pela Sociedade
Americana de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto
(ASPRS, 2013). O formato é amplamente utilizado e
considerado como um padrão para nuvem de pontos;
b) LAZ
• O formato de arquivo LAZ é uma versão compactada do
formato de arquivo LAS.

Figura 20. Formatos de dados espaciais.

Fonte: os autores.

Links interessantes:
Informação Acesse
https://www.youtube.com/watch?v=crS7iLxq-
Dados Vetoriais x Dados Matriciais
ZM&ab_channel=AndersonMedeiros-ClickGeo
Diferenças entre Dados Vetoriais e https://www.clickgeo.com.br/conceitos-dados-raster-
Matriciais vetores/
https://www.youtube.com/watch?v=DU__Uihsk18&ab
Diferença entre imagem raster e vetor
_channel=CanalDescomplicado
https://www.youtube.com/watch?v=xHPbk-
Formato Esri Shapefile
u5p44&ab_channel=AndersonMedeiros-ClickGeo
https://www.youtube.com/watch?v=wp0x5Abwjw0&a
O Que é o Shapefile b_channel=VasGeo-
Solu%C3%A7%C3%B5esemGeotecnologias
http://www.dpi.inpe.br/spring/teoria/estdados/estdado
Estruturas de Dados
s.htm
1.7. Organização de arquivos e pastas para geoprocessamento

A elaboração de projetos exige, em primeiro lugar, uma excelente


organização da base de dados. Essa organização assegura que as informações
sejam facilmente recuperáveis para uso posterior, quer seja para uma simples
visualização do conteúdo ou uma análise espacial avançada. A definição de
locais de armazenamento dos dados é fundamental para a recuperação da
informação desejada.
A organização e a disposição dos dados propostas no curso preconizam
três principais diretrizes:
a) Estrutura de diretórios: garante que dados espaciais sejam
armazenados em pastas específicas, de modo que o usuário saiba
onde procurar as informações;
b) Regras de nomenclatura: dados espaciais são nomeados segundo
regras que explicitam que tipo de dado é aquele, o local, a data etc.;
c) Uso de metadados: informações sobre os dados. Por exemplo, os
metadados de um mapa digital são as informações sobre a escala,
data de criação, data de revisão, autor e outras informações
pertinentes.
Essa organização também pode contar com uma estrutura que utilize um
Banco de Dados. A melhor maneira de implantar este sistema de organização é
definindo regras de armazenamento. À medida que os dados forem gerados ao
longo da execução do projeto, eles serão armazenados em pastas pré-definidas.
Caso um componente da sua equipe, ou um terceiro, necessite recuperar os
dados, ele saberá onde encontrá-los.

1.7.1. Estrutura de diretórios

A organização é de suma importância para o trabalho ser produtivo.


Organizar e segmentar arquivos e pastas exige tempo e alguma orientação. Para
evitar que esse trabalho se torne um processo inviável, é possível realizar a
organização de pastas e dados de forma padronizada, facilitando o processo de
armazenamento e evitando o risco de perda de dados.
A seguir é apresentada uma proposta de estruturação de pastas e
respectiva explicação do seu conteúdo:
a) Pasta “Curso_QGIS”
• Essa pasta corresponde ao primeiro nível de organização;
• Nessa pasta estão contidos os dados e todos os documentos
referentes ao curso.
b) Pasta “00_Shapefile”
• Corresponde ao segundo nível de organização dos dados;
• Nessa pasta estão contidos todos os shapefiles que serão
utilizados, criados e salvos durante o curso.
c) Pasta “CAR”
• Corresponde ao terceiro nível de organização dos dados;
• Nessa pasta serão salvos os shapefiles baixados do CAR.
d) Pasta “SHAPE_4105805”
• Pasta contendo os shapefiles do município de Colombo, PR.

Figura 21. Proposta de estruturação dos diretórios do projeto.


Essa forma padronizada pode, adicionalmente, ser armazenada na
nuvem. Para isso basta configurar o serviço de nuvem (OneDrive, Google Drive,
Dropbox etc.).

1.7.2. Regras de nomenclatura

A definição de nomes de arquivos, se algumas regras forem seguidas,


pode fornecer diversas informações. Isto facilita a recuperação das informações
desejadas, uma vez que a própria inspeção visual do conteúdo de uma pasta
evidencia quais arquivos contêm as informações necessárias. As sugestões que
estão neste material são um guia para quem não adota ainda um padrão. Para
o usuário que já adotou um determinado padrão, sugere-se que continue
mantendo-o.
Sugestão de nomenclatura de arquivos:
PPP_LLLL_DDDDDD_Descricao
Onde: PPP é a sigla do Projeto, com 3 letras; LLLL é a sigla para o Local, com 4 letras; DDDDDD
é a sigla para DATA da informação, com 6 números; e Descricao é a descrição do conteúdo, é
livre, mas deve informar o máximo no menor espaço possível.

Exemplo:
ABC_CTBA_210303_Contrato
PPP = Projeto: ABCD;
LLLL = Local: Curitiba;
DDDDDD = Data: 03 de março de 2021;
Descrição: Contrato.

Neste curso será utilizada a nomenclatura dos próprios arquivos


disponibilizados pelas fontes de dados, pois os exercícios são introdutórios.

1.7.2.1. Recomendações para o uso do QGIS

a) Nome de pastas e arquivos


Usar caracteres especiais, acentos ou espaços pode prejudicar o
desempenho do QGIS ou mesmo inviabilizar alguma análise. Ao nomear pastas
ou salvar os arquivos do projeto, evite espaços, acentos ou outros caracteres
especiais (vírgulas, exclamação, pontos, cedilha, til etc.). Também procure não
utilizar mais de dez caracteres em nome de colunas;

b) Não utilizar pastas no Desktop


Não salve os arquivos em pastas na área de trabalho (Desktop), pois isso
pode causar problemas de desempenho ou mesmo erros no processamento do
QGIS;
c) Não utilize caminhos muito longos
Caminhos muito longos, em que é preciso percorrer muitas pastas até
encontrar o arquivo, também podem influenciar na eficiência do processamento
do QGIS.

1.7.3. Uso de metadados

Os metadados descrevem textualmente a informação geográfica,


permitindo conhecer e avaliar a informação geográfica a priori, em relação à sua
precisão, extensão geográfica e temporal, produtores da informação e a forma
de aquisição. Os metadados podem obedecer às normas ISO 19115 (modelo
lógico dos metadados de informação geográfica), ISO 19139 (modelo para
implementação dos metadados) e ISO 19119 (extensão da norma ISO 19115
para metadados de serviços de mapas). A sua inserção é indispensável para a
identificação e avaliação técnica (escala, sistema de referência, qualidade,
extensão geográfica e temporal) dos conjuntos de dados geográficos (CDG),
assim como aspectos ligados ao acesso a serviços, dados e contatos dos
responsáveis.
Outro fator que deve reger um perfil de metadados é a simplicidade, o que
favorece tanto a interoperabilidade quanto o próprio manuseio e sucesso das
implementações de metadados, recebendo uma maior adesão por parte das
empresas e técnicos envolvidos.
Um exemplo de metadados pode ser obtido pela plataforma GeoInfo, com
os metadados correspondentes à camada vetorial do perímetro da Fazenda
Experimental (FE) da Embrapa Florestas, em Colombo, PR, em:
http://geoinfo.cnpf.embrapa.br/layers/geonode%3Acolombo_fe_perimetro_1/me
tadata_read
Nesta etapa, se não tiver familiaridade com o termo metadados, crie um
documento e anote tudo o que souber sobre as fontes de dados: data de
obtenção, nome do órgão onde conseguiu acesso aos dados, escala, sistema de
referência e de projeção etc.
1.8. Acesso às bases de dados cartográficos

Existem diversas bases disponíveis para a busca de dados


georreferenciados. A seguir, estão relacionados os principais endereços
eletrônicos que podem ser acessados para a obtenção desses dados.

1.8.1. Bases de dados espaciais do Brasil

Tabela 13. Principais plataformas para a obtenção de dados espaciais do Brasil


n Plataforma Link
Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais https://visualizador.inde.gov.br/
1) (INDE)

Instituto Nacional de Colonização e Reforma https://certificacao.incra.gov.br/csv_shp/


2) Agrária (INCRA) export_shp.py

https://www.car.gov.br/publico/imoveis/i
Sistema Nacional de Cadastro Ambiental
3) ndex
Rural (SiCAR)
Infraestrutura de Dados Espaciais Abertos http://geoinfo.cnps.embrapa.br/
4) para a Pesquisa Agropecuária (GEOINFO)

https://www.ibge.gov.br/geociencias/do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
5) wnloads-geociencias.html
(IBGE)
https://www.gov.br/mma/pt-br
6) Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Departamento Nacional de Infraestrutura de http://servicos.dnit.gov.br/vgeo/
7) Transportes (DNIT)

https://dadosabertos.ana.gov.br/
8) Agência Nacional de Águas (ANA)
Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura https://plataforma.brasil.mapbiomas.org/
9)
e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas)
Banco de Dados Geográficos do Exército https://bdgex.eb.mil.br/mediador/
10) (BDGEx)

https://geo.anm.gov.br/portal/apps/weba
Sistema de Informações Geográficas da
ppviewer/index.html?id=6a8f5ccc4b6a4c
11) Mineração (SIGMINE)
2bba79759aa952d908

http://geosgb.cprm.gov.br/
12) Serviço Geológico Brasileiro (GeoSGB)
TerraBrasilis, do Instituto Nacional de http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/downloads/
13)
Pesquisas Espaciais (INPE)
https://portaldemapas.ibge.gov.br/portal.
Portal de Mapas, do IBGE
14) php#homepage

http://mapas.mma.gov.br/mapas/aplic/pr
Mapas de Cobertura Vegetal dos Biomas
15) obio/datadownload.htm
Brasileiros, do MMA
https://www.webmapit.com.br/inpe/topod
16) Mapa Índice TOPODATA (WebMapIt)
ata/
n Plataforma Link
https://www.cnpm.embrapa.br/projetos/r
17) Brasil em Relevo, Embrapa elevobr/download/

https://www.ufrgs.br/labgeo/index.php/d
Modelos Digitais de Elevação do SRTM ados-espaciais/260-modelos-digitais-de-
18)
(UFRGS) elevacao-do-srtm-no-formato-geotiff

http://www.dgi.inpe.br/CDSR/
19) DGI - Catálogo de Imagens do INPE
https://earthexplorer.usgs.gov/
20) EarthExplorer - USGS
https://eos.com/find-satellite/terrain-tiles/
21) Earth Observing System - Terrain Tile
https://sentinels.copernicus.eu/web/senti
22) Imagens Sentinel - ESA nel/sentinel-data-access

https://earthengine.google.com/
23) Google Earth Engine
http://www.iepa.ap.gov.br/saofza/aprese
Cartas de Sensibilidade a Derramamentos
24) ntacao.php
de Óleo (SAO), do MMA
Sistema Interativo de Análise Geoespacial http://www.amazonia.cnptia.embrapa.br/
25) da Amazônia Legal (SIAGEO)

http://geopro.crn.inpe.br/index.html
26) Grupo de Geoprocessamento do INPE
ImazonGeo - Geoinformação sobre a https://imazongeo.org.br/#/
27) Amazônia

http://www.metadados.geo.ibge.gov.br/g
28) Catálogo de Metadados do IBGE eonetwork_ibge/srv/por/main.home

1.8.2. Fontes de dados geográficos por unidade federativa

Tabela 14. Plataformas para a obtenção de dados espaciais, por unidade federativa
n Estado Plataforma Link
*Mapas - Laboratório de http://www.ufac.br/labgama/mapas
Geoprocessamento Aplicado ao
Meio Ambiente (LabGama), da
UFAC

**Solicitar Acesso - Secretaria de http://sema.acre.gov.br/


1 Acre (AC) Estado de Meio Ambiente
(SEMA) do Acre /Centro
Integrado de Geoprocessamento
Ambiental (Cigma) /Unidade
Central de Geoprocessamento
do Estado do Acre (UCEGEO)

Instituto do Meio Ambiente (IMA) http://www.ima.al.gov.br/servicos/d


- Estado de Alagoas ownloads/
2 Alagoas (AL)
Portal Geográfico e Sistema de http://geo.seplande.al.gov.br/geowe
Informações Municipais de b/help/help/apresentacao.html
Alagoas
Alagoas em Dados e https://dados.al.gov.br/
Informações
n Estado Plataforma Link
Banco de Dados da Base http://bdgeo.ap.gov.br/mediador/
Cartográfica do Estado do
Amapá - Geo Portal
3 Amapá (AP)
Zoneamento Ecológico http://www.zee.ap.gov.br/conteudo/
Econômico (ZEE) do Amapá dados-abertos/dados-espaciais

https://www.amazoniasocioambient
Amazonia Socioambiental al.org/pt-br/mapas/

Amazonas *Mapas - Secretaria de Estado http://www.sedecti.am.gov.br/indica


4
(AM) de Desenvolvimento Econômico, dores-mapa/
Ciência, Tecnologia e Inovação
(SEDECTI)

Superintendência de Estudos http://geocatalogo.sei.ba.gov.br/site


Econômicos e Sociais da Bahia /index.jsp
(Geo Catálogo SEI)

Secretaria de Infraestrutura/ http://sider.derba.ba.gov.br/mapaint


Governo da Bahia - SIG-Web erativo/webgis/map
5 Bahia (BA)
http://geobahia.inema.ba.gov.br/ge
obahia5/interface/openlayers.htm?n
Mapas Interativos - GEOBAHIA
pp2041fmlg1gv2ceif5erotm3

Instituto do Meio Ambiente e http://www.inema.ba.gov.br/servico


Recursos Hídricos (INEMA) s/mapas-tematicos/

Instituto de Pesquisa e https://www.ipece.ce.gov.br/produto


Estratégia Econômica do Ceará s/
(IPECE)
6 Ceará (CE)
http://mapas.ipece.ce.gov.br/i3geo/i
Ceará em Mapas Interativos nterface/black_gm.phtml

Secretaria de Estado de http://www.seduh.df.gov.br/


Desenvolvimento Urbano e
Habitação (SEDUH) - Portais

https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
Distrito Bases Cartográficas Contínuas mapas/bases_cartograficas_contin
7
Federal (DF) do Distrito Federal uas/bc100/go_df/versao2016/

https://www.geoportal.seduh.df.gov.
GeoPortal - SEDUH br/geoportal/

https://geobases.es.gov.br/downloa
GeoBases
ds

Espírito Santo Espírito Santo em Mapas http://www.ijsn.es.gov.br/mapas/


8
(ES)
https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
Bases Cartográficas Contínuas
mapas/bases_cartograficas_contin
do Espírito Santo
uas/bc100/espirito_santo/
n Estado Plataforma Link
Sistema Estadual de https://www.imb.go.gov.br/sieg
Geoinformação (SIEG)

Base Cartográfica Contínua de https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_


Goiás mapas/bases_cartograficas_contin
9 Goiás (GO) uas/bc100/go_df/versao2016/

*Mapas - Instituto Mauro https://www.imb.go.gov.br/geoinfor


Borges de Estatísticas e ma%C3%A7%C3%A3o/mapas/ma
Estudos Socieconômicos (IMB) pas-tem%C3%A1ticos.html

Zoneamento Econômico http://www.zee.ma.gov.br/Portal/ba


Maranhão Ecológico (ZEE) do Estado do sededados
10
(MA) Maranhão

Infraestrutura Estadual de http://iede.fjp.mg.gov.br/Catalogo.ht


Dados Espaciais (IEDE) ml

Infraestrutura de Dados http://idesisema.meioambiente.mg.


Minas Gerais Espaciais do Sisema (IDE- gov.br/
11
(MG) Sisema)

IDE - BHGEO, de Belo https://bhgeo.pbh.gov.br/acesso-


Horizonte aos-dados

Secretaria de Estado de http://www.seplan.mt.gov.br/-


Mato Grosso Planejamento e Gestão /10951338-bases-cartograficas
12
(MT) (SEPLAG)

Instituto de Meio Ambiente de https://www.imasul.ms.gov.br/geopr


Mato Grosso
13 Mato Grosso do Sul (IMASUL) ocessamento/
do Sul (MS)
Zoneamento Ecológico- https://www.semas.pa.gov.br/direto
Econômico (ZEE) do Pará rias/digeo/zee/

*Mapas - Mapas de Solos e de https://www.embrapa.br/web/portal/


Aptidão Agrícola das áreas amazonia-oriental/mapa-de-solos-
14 Pará (PA)
alteradas do Pará e-aptidao

*Mapas - FAPESPA http://www.fapespa.pa.gov.br/siste


mas/anuario2017/mapas.html

GeoPortal da Agência http://geoserver.aesa.pb.gov.br/geo


Executiva de Gestão das processamento/geoportal/index.php
Águas do Estado da Paraíba

Mapoteca Digital - UFPB http://www.geociencias.ufpb.br/lepp


15 Paraíba (PB)
an/mapoteca/

Mapas da Cidade de João http://geo.joaopessoa.pb.gov.br/dig


Pessoa eoc/htmls/
n Estado Plataforma Link
http://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Map
Instituto Água e Terra (IAT) as-e-Dados-Espaciais

https://paranainterativo.pr.gov.br/
Paraná Interativo
http://www.iat.pr.gov.br/Pagina/Col
16 Paraná (PR) *Mapas - Coletânea de Mapas etanea-de-Mapas-Historicos-do-
históricos Parana

https://planejamento.mppr.mp.br/m
*Mapas - Ministério Público do odules/conteudo/conteudo.php?con
Paraná (MPPR) teudo=2044

**Solicitar Acesso - Agência http://www.condepefidem.pe.gov.br


Estadual de Planejamento e /web/condepe-fidem/cartografia1
Pesquisas de Pernambuco

Pernambuco https://www.labtopope.com.br/banc
17 Laboratório Topográfico de
(PE) o-de-dados-geodesico/
Pernambuco (LABTOPOPE)
http://www.pe3d.pe.gov.br/mapa.ph
Pernambuco Tridimensional
p

18 Piauí (PI) *Mapas - Mapas dos http://geopro.crn.inpe.br/estados-pi-


Municípios de Piauí mun.htm

Fundação Centro Estadual de http://www.ceperj.rj.gov.br/Conteud


Estatísticas, Pesquisas e o.asp?ident=79
Rio de
19 Formação de Servidores
Janeiro (RJ)
Públicos do Rio de Janeiro
(CEPERJ)
http://geopro.crn.inpe.br/estados-
Rio Grande *Mapas - Mapas do Rio
20 rn.htm
do Norte (RN) Grande do Norte
http://www.fepam.rs.gov.br/bibliotec
Fundação Estadual de
a/geo/bases_geo.asp
Proteção Ambiental (FEPAM)
https://www.ufrgs.br/labgeo/index.p
Base cartográfica vetorial hp/dados-espaciais/250-base-
Rio Grande
21 contínua do Rio Grande do cartografica-vetorial-continua-do-
do Sul (RS)
Sul, da UFRGS rio-grande-do-sul-escala-1-50-000

A Secretaria do Ambiente e https://sema.rs.gov.br/cartografia


Desenvolvimento Sustentável
(SEMA)
https://educa.ibge.gov.br/jovens/jo
Rondônia
22 *Mapas - Mapas de Rondônia vens-mapas/20635-rondonia.html
(RO)
n Estado Plataforma Link
https://dados.gov.br/dataset/cren_c
Cobertura e Uso da Terra do
oberturausoterraroraima_250
Estado de Roraima, IBGE
https://ufrr.br/mepa/index.php?optio
Laboratório de Métricas de n=com_content&view=article&id=6
23 Roraima (RR) Paisagem (MEPA), da UFRR 3&Itemid=279

https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
Bases Cartográficas
mapas/bases_cartograficas_contin
Contínuas de Roraima, do
uas/bc100/roraima/
IBGE
http://sigsc.sds.sc.gov.br/download/
Sistema de Informações
index.jsp
Geográficas (SIGSC)
https://dados.gov.br/dataset/base-
Bases Cartográficas Contínuas cartografica-continua-do-estado-
do Estado de Santa Catarina, de-santa-catarina-escala-1-25-000-
IBGE sc25-versao-2020
Santa
24
Catarina (SC)
https://ciram.epagri.sc.gov.br/mapo
Necessário Cadastro - Mapas
teca/
Digitais de Santa Catarina
https://www.pmf.sc.gov.br/entidade
Prefeitura de Florianópolis - s/geo/index.php?cms=mapas+para
Mapas para download +download&menu=0

Infraestrutura de Dados http://www.idesp.sp.gov.br/


Espaciais Ambientais do
Estado de São Paulo (IDESP)
São Paulo
25
(SP)
https://datageo.ambiente.sp.gov.br/
DataGeo - Sistema Ambiental
app/?ctx=DATAGEO
Paulista
https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_
Bases Cartográficas
mapas/bases_cartograficas_contin
Contínuas de Sergipe, do
uas/bc100/sergipe/
IBGE
26 Sergipe (SE)
https://www.observatorio.se.gov.br/
*Mapas - Observatório de
app/mapascartogramas
Sergipe
http://www.sefaz.to.gov.br/zoneam
ento/bases-vetoriais/bases-
vetoriais/base-cartografica-digital-
Bases Cartográficas continua-do-
Tocantins
27 Contínuas do Tocantins, entre tocantins/#:~:text=Estes%20arquiv
(TO)
outros dados os%20est%C3%A3o%20dispon%C
3%ADveis%20no,escala%201%3A
1.000.000.

*Mapas corresponde às plataformas que disponibilizam apenas os mapas temáticos para


download; e **Solicitar Acesso corresponde às plataformas que disponibilizam acesso aos dados
mediante solicitação de acesso.
1.8.3. Acesso às principais bases de dados

1.8.3.1. Acesso aos dados do CAR

Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado pela Lei nº 12.651/2012, no


âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - Sinima e
regulamentado pela Instrução Normativa MMA nº 2, de 5 de maio de 2014. A
inscrição no CAR é o primeiro passo para a obtenção da regularidade ambiental
do imóvel, e contempla: dados do proprietário, possuidor rural ou responsável
direto pelo imóvel rural; dados sobre os documentos de comprovação de
propriedade e, ou posse; e informações georreferenciadas do perímetro do
imóvel, das áreas de interesse social e das áreas de utilidade pública, com a
informação da localização dos remanescentes de vegetação nativa das Áreas
de Preservação Permanente, das áreas de Uso Restrito, das áreas
Consolidadas e das Reservas Legais.
O Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) foi criado por
meio do Decreto n° 7.830/2012 (Brasil, 2012) e definido como sistema eletrônico
de âmbito nacional destinado à integração e ao gerenciamento de informações
ambientais dos imóveis rurais de todo o País. O SiCAR é o responsável por emitir
o Recibo de Inscrição do Imóvel Rural no CAR, que confirma a efetivação do
cadastramento e o envio da documentação exigida para a análise da localização
da área de Reserva Legal, inclusive perante as instituições financeiras, para a
concessão de crédito agrícola.
Passo 1. Acesse o site do CAR
Para baixar os dados do CAR do município de interesse, acesse o site do
SiCAR. https://www.car.gov.br/publico/imoveis/index

Passo 2. Download dos dados do município


Passo 2.1 Clique em “Base de Downloads” (1) no canto inferior
direito. Uma nova tela irá aparecer.

Passo 2.2 No canto superior direito da nova tela, clique em “Alterar


UF” (2) e selecione o estado do Paraná.

Passo 2.3 Em “Filtrar município pelo nome” (3), escreva o nome


do município de interesse, nesse exemplo será trabalhado o município de
Colombo, PR. Porém, faça o mesmo procedimento para os municípios de
Assis Chateaubriand, PR e Ibiporã, PR. Isso pode ser feito para qualquer
cidade de interesse. Clique no ícone do mundo (4).
Passo 2.4. Informe seu e-mail, preencha o Captcha e clique em
“Baixar dados”

Passo 2.5. Extraia o arquivo na pasta “SHAPE_4105805”, salve a


pasta dentro da pasta “CAR” da pasta “00_Shapefile” e depois extraia a
pasta “AREA_IMOVEL.zip”. Nesta última consta as informações de
perímetros externos das propriedades cadastradas no sistema. Faça o
mesmo processo para as demais pastas zipadas.
Os dados do CAR de Assis Chateaubriand estarão na pasta
“SHAPE_4102000”, de Colombo na pasta “SHAPE_4105805” e de
Ibiporã, na pasta “SHAPE_4109807”.
Passo 3. Download dos dados de uma propriedade em específico
Passo 3.1 Para baixar os dados do CAR de uma determinada
propriedade, acesse o site do SiCAR.
https://www.car.gov.br/publico/imoveis/index .

Passo 3.2 Do lado direito da tela, ao clicar no ícone da lupa, é


possível escrever o nome do município onde se localiza a propriedade de
interesse. Nesse exemplo, será trabalhado o município de Colombo, PR.
Selecione o município, clicando sobre o nome dele.

Passo 3.3 Acesse a propriedade de interesse por aproximação.


O SiCAR possibilita a aproximação (zoom) dentro dos municípios
e permite a seleção da propriedade para consulta dos dados. Por isso,
com o mouse aproxime até a área de interesse.
Passo 3.4 Clique sobre o limite da propriedade. Aparecerá uma
caixa de diálogo com o código do imóvel, status do imóvel, tipo de imóvel,
município e área. Além disso, aparecerá o campo “Demonstrativo”, que
serve para baixar os dados tabulares do cadastro e o campo “Realizar
download shapefile”. Clique nesse segundo campo e faça o download
do arquivo shapefile da propriedade.

Passo 3.5 Extraia o arquivo na pasta “PR-4105805-05AA...”, salve


a pasta dentro da pasta “CAR” da pasta “00_Shapefile” e depois extraia
a pasta “AREA_IMOVEL.zip”. Nesta última consta as informações da
propriedade cadastrada no sistema. Faça o mesmo processo de extração
dos arquivos para as demais pastas zipadas.
1.8.3.2. Acesso aos dados do INCRA

O SIGEF é uma ferramenta eletrônica desenvolvida pelo Instituto Nacional


de Colonização e Reforma Agrária (Incra/MDA), para subsidiar a governança
fundiária do território nacional. Por ele são efetuadas a recepção, validação,
organização, regularização e disponibilização das informações
georreferenciadas de limites de imóveis rurais, públicos e privados. A seguir é
fornecido o passo-a-passo para acessar os dados do SIGEF no Incra.

Passo 1. Acessar o site do INCRA.


Para baixar os dados georreferenciados disponibilizados pelo Incra,
acesse (https://certificacao.incra.gov.br/csv_shp/export_shp.py).

Em “Nome da Camada” são apresentadas as opções de dados para


serem baixados, sendo elas:
a) Imóvel Certificado SIGEF Total;
b) Imóvel Certificado SIGEF Público;
c) Imóvel Certificado SIGEF Privado;
d) Imóvel Certificado SNCI Total;
e) Imóvel Certificado SNCI Público;
f) Imóvel Certificado SNCI Privado;
g) Projetos de Assentamento Total;
h) Projetos de Assentamento Federal;
i) Projetos de Assentamento Reconhecimento; e
j) Áreas de Quilombolas.
Em “Estado” é possível escolher de qual unidade federativa serão obtidos
os dados.

Passo 2. Baixar os dados


Passo 2.1 Nesse exemplo baixaremos os dados de “Imóvel
Certificado SIGEF Público” do estado do Paraná. Porém, faça o mesmo
procedimento para os demais dados disponíveis.
Após selecionar o nome da camada e o estado, clique em enviar.
Passo 2.2 Em “Click no arquivo para download” clique no
arquivo “Sigef_Público_PR.zip” para baixá-lo.

Passo 2.3 Extraia o arquivo em uma pasta, salve a pasta dentro da


pasta “INCRA” da pasta “00_Shapefile”. Faça o mesmo procedimento
para os demais dados baixados.
1.8.3.3. Acesso aos dados do GeoInfo

O “GeoInfo - Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa” é uma


plataforma digital, baseada em tecnologias livres, para a gestão de dados e
informações espaciais, com processo e estrutura de compartilhamento definidos,
os quais são aderentes aos padrões nacionais e internacionais, para tratamento
da informação espacial.

Passo 1. Aceso à plataforma GeoInfo


Passo 1.1 Para acessar o GeoInfo, acesse
http://geoinfo.cnps.embrapa.br/
Passo 2. Navegue pela plataforma
Passo 2.1 Clique em “Camadas”

Passo 2.2 Utilização de filtros.


No canto superior esquerdo da tela, em “Explorar Camadas” é possível
acessar os dados que se deseja baixar, utilizando filtros de “Texto”, “Tipo”,
“Categorias”, “Palavras-Chave”, “Owners”, “Data”, “Regiões” e “Extensão”.
Passo 3. Mapa de solos do estado do Paraná.
Passo 3.1 Para encontrar o mapa de solos correspondente ao estado do
Paraná, uma das opções é utilizar o filtro “Regiões”. Em “Regiões” escreva
“Paraná” e clique na lupa (1).
Passo 3.2 Clique sobre “Mapa de solos do estado do Paraná” (2) para
acessar a tela onde poderá localizar o mapa (3).
Passo 3.3 Para baixar o mapa clique em “Fazer download da camada”.

Passo 3.4 Escolha o formato dos dados que deseja baixar. Nesse
exemplo, os dados serão baixados no formato “Shapefile compactado (zip)” e
“KML”
Assim que clicar sobre o formato, a pasta zipada será baixada
automaticamente.

Passo 3.5 Extraia o arquivo em uma pasta, salve a pasta dentro da pasta
“GeoInfo” da pasta “00_Shapefile”. Faça o mesmo com o arquivo KML.
Passo 3.6 Visualização rápida do tipo de solo de um determinado local.
A plataforma permite a aproximação (zoom) até a área de interesse e a
identificação do tipo de solo, sem necessariamente baixar os dados.
No canto superior esquerdo do mapa é possível escolher o tipo de
visualização do mapa. Porém, para que seja possível navegar por essas
visualizações, o campo “Mapa de solos do estado do Paraná” deve estar
desmarcado.

As visualizações disponíveis para navegação são “Bing Aerial With


Labels” (1) e “OpenStreetMap” (2)
Aproxime para o local desejado e, quando estiver no local certo, marque
novamente a opção “Mapa de solos do estado do Paraná”, assim é possível
identificar, por meio do código, o tipo de solo da área de interesse, na escala
1:250.000.

Passo 4. Download do Estilo de cores QGIS - Mapa de Solos do


estado do Paraná.
Passo 4.1 Acesse http://geoinfo.cnps.embrapa.br/documents/2776 para
obter o arquivo.
Passo 4.2 Clique em “Fazer download do documento”
Passo 4.3 Extraia o arquivo e salve a pasta
“Parana_solos_250k_20201029” na pasta “03_Estilo” que se encontra dentro
da pasta “Curso_QGIS”.

Tabela 15. Links do GeoInfo por unidade da Embrapa.


Unidade Link de Acesso
Acre http://geoinfo.cpafac.embrapa.br/
Agrossilvipastoril http://geoinfo.cpamt.embrapa.br
Algodão http://geoinfo.cnpa.embrapa.br/
Amazônia Oriental http://geoinfo.cpatu.embrapa.br/
Clima Temperado http://geoinfo.cpact.embrapa.br/
Florestas http://geoinfo.cnpf.embrapa.br
Gado de Leite http://geoinfo.cnpgl.embrapa.br
Informática Agropecuária https://geoinfo.cnptia.embrapa.br/
Meio Ambiente http://geoinfo.cnpma.embrapa.br/
Pesca, Aquicultura e Sistemas Agrícolas http://geoinfo.cnpasa.embrapa.br/
Solos http://geoinfo.cnps.embrapa.br/
Tabuleiros Costeiros http://geoinfo.cpatc.embrapa.br/
Territorial http://geoinfo.cnpm.embrapa.br/
Rondônia http://atlas.geoinfo.cnpm.embrapa.br/
Roraima http://geoinfo.cpafrr.embrapa.br/
Caprinos e Ovinos http://atlas.geoinfo.cnpm.embrapa.br/
Pecuária Sudeste http://geoinfo.cppse.embrapa.br
Pecuária Sul http://atlas.geoinfo.cnpm.embrapa.br/
1.8.3.4. Acesso aos dados do IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza muitos
dados sobre o território nacional. No IBGE podem ser encontrados dados
estatísticos oficiais para o Brasil e dados cartográficos. Nesse exemplo serão
acessados os limites municipais do estado do Paraná.
Passo 1. Acessar a plataforma do IBGE
Para obter os dados do IBGE, acesse
https://www.ibge.gov.br/geociencias/downloads-geociencias.html

Passo 2. Baixar limites políticos-administrativos


Passo 2.1 Clique na pasta “Organizacao_do_territorio” (1),
Passo 2.2 Clique na pasta “malhas_territoriais” (2),
Passo 2.3 Clique na pasta “malhas_municipais” (3),
Passo 2.4 Selecione a pasta “município_2020” (4)
Passo 2.5 Será possível baixar os dados de todo o Brasil em “Brasil” (5)
e por estado, em “UFs” (6).
Passo 2.6. Nesse exemplo, baixaremos os dados de todo o Brasil (1) e
do estado do Paraná (2). Sendo assim:
• Baixe os dados de todo o Brasil (BR) e salve-os na pasta “BR” da
pasta “IBGE” que se encontra dentro da pasta “00_Shapefile” e
extraia os arquivos zipados.
• Baixe os dados do estado do Paraná (PR) e salve os arquivos
dentro da pasta “PR” da pasta “IBGE” que se encontra dentro da
pasta “00_Shapefile” e extraia os arquivos zipados.
1.8.3.5. Acesso aos dados da Inde

A Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde) nasceu com o


propósito de catalogar, integrar e harmonizar dados geoespaciais existentes nas
instituições do governo brasileiro, produtoras e mantenedoras desse tipo de
dado, de maneira que possam ser facilmente localizados, explorados e
acessados para os mais diversos usos, por qualquer cliente que tenha acesso à
Internet. Os dados geoespaciais são catalogados mediante seus respectivos
metadados, publicados pelos produtores/mantenedores desses dados.
O Visualizador da Inde oferece aos produtores e usuários de informações
geoespaciais, mecanismos que permitam explorar os catálogos de metadados e
geoserviços localizados em servidores pertencentes a diferentes organizações
e instituições.

Passo 1. Acessar o visualizador da INDE.


Para acessar o visualizador clique, acesse
https://visualizador.inde.gov.br/
Passo 2. Entenda a Barra de Ferramentas do Mapa da plataforma.

Passo 3. Formas de pesquisa.


Passo 3.1 Utilizando a caixa de pesquisa.
É possível buscar uma localidade utilizando a caixa de pesquisa que fica
no canto superior direito da tela do mapa. Digite os termos no campo de pesquisa
e tecle “Enter” ou clique na lupa para executar a busca. Quanto mais termos
forem utilizados, mais precisa será a busca.

Nesse exemplo, será buscado o município de Colombo, PR. O sistema


exibe dez resultados. Ao clicar em um resultado da lista, o mapa se desloca para
a posição do local pesquisado e um marcador é exibido. Vamos clicar no primeiro
resultado.

Passo 3.2 Buscar por instituição.


Passo 3.2.1 Clique em “Adicionar Camada” (1)
Passo 3.2.2 Em “Instituições” (2) busque a instituição da qual deseja
obter os dados geográficos.
Passo 3.2.3 Nesse exemplo serão buscados os dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Clique sobre a instituição (1).
Passo 3.2.4 Clique na lupa para realizar a busca (2).
Passo 3.2.5 Em “Filtrar camadas” é possível escrever palavras-chave
para encontrar a camada de interesse. Nesse exemplo buscar por “rodovias”
(3). Abaixo de “Filtrar camadas” aparecem todos os dados disponibilizados pela
instituição.
Passo 3.2.6 Clique sobre os três pontos (...) (4) para aparecerem as
operações disponíveis para a camada.
Passo 3.2.7 Clique na última opção “Download Arquivo Shape” (5) e na
penúltima opção “Download Arquivo KMZ” (6). Porém, há outras opções de
formato disponíveis, passe o mouse sobre elas para saber do que se tratam.
Passo 3.2.8 Descompacte e salve os arquivos dentro da pasta “INDE”
que está dentro da pasta “00_Shapefile”.

Passo 3.3 Busca por tema.


Outra forma de pesquisa é a busca por tema. Em “Filtrar Camadas” (1) é
possível utilizar palavras-chave para encontrar os dados de interesse ou pode-
se buscar a camada de interesse navegando pelos temas (2).
1.8.3.6. Acesso aos dados de elevação

Uma imagem de satélite permite visualizar qualquer lugar da Terra, não


importando onde ele se encontra. Porém, há múltiplas fontes de dados de
satélite. O LandViewer, um serviço em nuvem, desenvolvido pela empresa EOS
Data Analytics, com base nos EUA, fornece acesso fácil a dados de satélites e
dados analíticos. Dados aéreos e espaciais disponíveis para navegação, análise
e download por meio do LandViewer incluem imagens do Sentinel-2 and
Sentinel-1 da ESA, Landsat 8 da NASA-USGS e missões anteriores, MODIS,
CBERS-4 e NAIP. Grande parte das imagens e o modelo de elevação utilizado
neste curso são provenientes desse portal, pela facilidade da interface para
acesso aos dados.
Os recortes do terreno (Terrain Tiles) são um conjunto de dados global
que fornece cobertura de elevação do mapa base, que é recortado para facilitar
o uso. Os recortes estão disponíveis em diferentes layouts de saída, aprimorados
para vários casos de uso. A qualidade dos dados depende das técnicas do
desenvolvedor. Esses conjuntos de dados são, geralmente, derivados de fontes
como fotogrametria, RADAR e dados LIDAR.
Os dados 3D de terreno coletados contribuem amplamente para os
aplicativos SIG, no mundo da visualização 3D. Os dados do terreno 3D
geralmente consistem em imagens de satélite ou fotos aéreas e o Modelo Digital
de Elevação (DEM).
Passo 1. Baixar dados de elevação
Passo 1.1 Para os dados elevação, acesse o site da Earth Observing
System, em https://eos.com/find-satellite/terrain-tiles/

Passo 1.2 Clique em “START NOW” para acessar a página onde será
possível obter os dados.
Passo 1.3 No canto superior esquerdo, na caixa de pesquisa, digite o
nome do local para buscar as imagens desejadas. Nesse exemplo, buscar pelo
município de Colombo, PR. Clique no quarto resultado (1). Clique em
“Configurações de busca” (2).

Passo 1.4 Vá até “Fonte” e selecione a opção “Peças do Terreno”.


Passo 1.5 Para cobrir o município de Colombo é necessário baixar quatro
cenas (imagens).

Passo 1.6 Para baixar cada uma das imagens, clique no ícone
localizado no canto inferior direito de cada imagem.
Passo 1.7 Vá até a pasta “Curso_QGIS”, em “01_Raster”, abra a pasta
“Elevacao” e salve as imagens na pasta “PR_Colombo”.

Pode-se fazer isso também para a cidade. Para baixar as imagens de


outro município será necessário fazer o registro no site da EOS.
1.8.4. Importando dados vetoriais no QGIS

Passo 1. Crie e salve um projeto no QGIS


Passo 1.1. Para criar um projeto em branco siga os passos descritos no
Tópico 1.4.4. Clique em “Projeto” e selecione “Novo”.
Passo 1.2 Selecione o sistema de referência do projeto (Tópico 1.4.4),
clique em “Projeto”, selecione “Propriedades do Projeto” em SRC e selecione
Sirgas 2000 (EPSG:4988).
Passo 1.3 Salve o projeto como “Projeto_CAR” na pasta “03_Projetos”
que se encontra dentro da pasta “Curso_QGIS”.

Passo 2. Adicione arquivos shapefiles do CAR


Passo 2.1 Para adicionar um shapefile, clique em “Camada”, vá até
“Adicionar camada” e selecione “Adicionar Camada Vetorial...”.

Passo 2.2 Para buscar pelo arquivo shapefile, clique nos três pontos (...)
do campo “Base(s) de vetores”.
Passo 2.2.1 Dentro da pasta “Curso_QGIS” encontra-se a pasta
“00_Shapefile”, selecione a pasta “CAR”. A pasta “SHAPE_4105805”
corresponde ao município de Colombo, PR, abra-a, dentro da pasta
“Area_do_Imovel” selecione o arquivo “AREA_IMOVEL.shp” e clique em
Abrir.

Passo 2.3 Clique em “Adicionar” (1) para adicionar os arquivos


shapefiles e então clique em “Close” (2) para fechar a janela.
A camada correspondente às áreas dos imóveis do município de
Colombo, PR será visualizada como mostrada adiante.

Antes de adicionar as camadas correspondentes às áreas dos imóveis


dos demais municípios (Assis Chateaubriand, PR e Ibiporã, PR), é preciso
renomear a camada recentemente adicionada, para que não ocorra confusão,
visto que todas possuem o mesmo nome da camada “AREA_IMOVEL”.

Passo 3. Renomear camadas


Passo 3.1 Clique com o botão direito do mouse sobre a camada e
selecione a opção “Renomear Camada”.
Passo 3.2 Escolha o nome de sua preferência. Sugere-se que apenas
adicione o nome do município após o nome original da camada, por exemplo
“AREA_IMOVEL_Colombo”.

Repita o processo para os municípios de Assis Chateaubriand, PR e


Ibiporã, PR. E, assim, ficarão os nomes das camadas após serem carregadas e
renomeadas às camadas referentes às áreas dos imóveis cadastrados no CAR.

Passo 4. Agrupar camadas no QGIS


Passo 4.1 Mantenha o botão Ctrl pressionado e clique em cada uma das
camadas para selecioná-las.
Passo 4.2 Clique com o botão direito do mouse sobre as camadas
selecionadas e selecione a opção “Agrupar Selecionado”.
Passo 4.3 Nomeie o grupo como “CAR”.

Passo 5. Navegar pelas barras de ferramentas do mapa


Após abri o arquivo vetorial, pode-se manipulá-lo e obter informações
utilizando as barras de ferramentas:

• Mapa de Navegação

• Atributos

• Barra de Ferramentas
Passo 5.1 Selecionar feições.

Passo 5.1.1 Clique no ícone “Identificar feições” (1)


Passo 5.1.2 Clique em qualquer feição com o botão identificar feições
selecionado (2).
Passo 5.1.3 Será aberta a janela “Identificar resultados” (3), com
informações referentes à feição selecionada.

Passo 5.1.4 No ícone “Selecionar Feições por Área ou Clique Simples”

é possível escolher como selecionar as feições.


Passo 5.1.5 Por meio do ícone “Desfazer seleção de feições em todas

as camadas” é possível desfazer a seleção.

Passo 5.2 Ferramenta de medição.

Passo 5.2.1 Por meio do ícone “Linha” é possível medir a feição.

Passo 5.3 Tabela de atributos.

Passo 5.3.1 A tabela de atributos pode ser acessada pelo ícone ou


clicando com o botão direito do mouse sobre a camada “AREA_IMOVEL”, ao
selecionar “Abrir tabela de atributos”.
Será aberta uma janela com a tabela contendo as informações referentes
a todas as feições existentes no arquivo. Cada coluna se refere a um atributo
vinculado à feição, e cada feição está vinculada a uma linha.

Passo 5.4 Visualizar todas as camadas adicionadas.

Passo 5.4.1 Clique no ícone “Ver tudo” .


1.8.5. Importando dados matriciais no QGIS

Passo 1. Crie um projeto no QGIS.


Passo 1.1 Para criar um projeto em branco, siga os passos descritos no
Tópico 1.4.4. Clique em “Projeto” e selecione “Novo”
Passo 1.2 Selecione o sistema de referência do projeto (Tópico 1.4.4),
clique em “Projeto”, selecione “Propriedades do Projeto” em SRC e selecione
Pseudo-Mercator (EPSG:3857).
Passo 1.3 Salve o projeto como “Projeto_Elevacao” na pasta
“03_Projetos” que se encontra dentro da pasta “Curso_QGIS”.

Passo 2. Adicione arquivos raster


Passo 2.1 Para adicionar um raster, clique em “Camada” (1), vá até
“Adicionar camada” (2) e selecione “Adicionar Camada Raster...” (3).

Passo 2.2 Para buscar pelo arquivo raster, clique nos três pontos (...) do
campo “Bases de dado(s) Raster”.
Passo 2.3 Na pasta “Curso_QGIS” encontra-se a pasta “01_Raster”.
Nessa pasta, abra a pasta “Elevacao” e, na pasta “PR_Colombo”, selecione os
arquivos “1172(1)”, “1172”, “1173(1)” e “1173”, e clique em Abrir.

Passo 2.4 Clique em “Adicionar” para adicionar o arquivo raster e, então,


clique em “Close” para fechar a janela.
E assim ficará o visualizador de camada após serem carregadas as
imagens contendo os dados de elevação do município de Colombo, PR.

Passo 3. Mosaico das imagens


Passo 3.1 Clique no menu “Raster”, vá até “Miscelânea” e selecione a
opção “Mesclar...”
Passo 3.2 Clique nos três pontos (...) (1). Selecione as quatro imagens da
área (2) e Clique em “OK” (3).
Passo 3.3 Em “Parâmetros avançados”, clique nos três pontos (...) (4)
para selecionar a pasta e o nome do arquivo que será salvo.
Salve o arquivo com o nome “PR_Colombo_Mosaico” na pasta
“PR_Colombo”, dentro da pasta “Elevacao” presente na pasta “01_Raster” da
pasta “Curso_QGIS”.
Passo 3.4 Clique em “Executar” (5) e depois em “Close” (6) para fechar
a janela.

Assim ficará a visualização do mosaico das imagens de elevação do


município de Colombo, PR.
Dados de elevação para o município de Colombo, PR.

Dados de elevação e o perímetro da Fazenda Experimental da Embrapa


Florestas, obtido do CAR.
Montar essa base de dados espacializados contribui para o adequado
planejamento e gestão da propriedade rural. Com base nos dados obtidos,
responda para si as seguintes questões:
• O que é possível observar no entorno do perímetro da Embrapa
Florestas, com os dados obtidos do SiCAR, GeoInfo, IBGE, Incra e
Modelo de Elevação?
o As propriedades estão todas cadastradas no SiCAR?
o O mapa de solos tem escala adequada para o trabalho
proposto, considerando o perímetro da Embrapa Florestas?
o Todas as propriedades no entorno da Embrapa Florestas já
estão Georreferenciadas no padrão do Incra?
o Você sabe dizer quantos e quem são os confrontantes
(vizinhos) da Embrapa Florestas?

Agora existem condições de reproduzir essas questões na propriedade


em estudo.

Links interessantes:
Informação Acesse
Como baixar shapefiles e visualizar
https://forest-gis.com/2021/01/como-baixar-
dados de um imóvel específico do
shapefiles-e-dados-do-car.html/
CAR
Download de dados do
Georreferenciamento Sigef/SNCR do https://forest-gis.com/dados-geoincra/
Incra
https://www.youtube.com/watch?v=OxIRfZ1hYt0&ab
Como acessar a Base de Dados
_channel=AndersonMedeiros-ClickGeo
Georreferenciados do Incra
https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-
GeoInfo | Infraestrutura de Dados tecnologicas/-/produto-servico/4390/geoinfo--
Espaciais da Embrapa infraestrutura-de-dados-espaciais-da-embrapa
1.9. Acesso remoto às bases cartográficas

1.9.1. Acesso WMS, WFS e WCS

Alguns serviços Web de geoinformação permitem que o usuário acesse


os dados espaciais sem ter que fazer download dos produtos, chamados de
geoserviços. Os serviços disponibilizados seguem o padrão OGC (Open
Geospatial Consortium), sendo os mais utilizados:
a) Web Map Service (WMS)
• O WMS é o mais conhecido devido ao seu amplo uso por
servidores de imagens de mapas. Essas imagens são
normalmente na forma de blocos raster (PNG, GIF ou JPG);
b) Web Feature Service (WFS)
• Permite acessar e manipular dados geográficos codificados em
formato Geographic Markup Language (GML) (SANTOS; LU,
2008);
• Possibilita interação completa (visualização, consulta, edição,
download) com dados vetoriais.
c) Web Coverage Service (WCS)
• Permite acesso a catálogos de metadados que descrevem
dados ou serviços geoespaciais, sendo indispensável para
sistemas de buscas de recursos catalogados em uma
infraestrutura de dados espaciais (IDE);
• O termo coverage (“cobertura”) refere-se a um conjunto de
dados no formato matricial, usado para representar fenômenos
com variações espaciais contínuas;
• O serviço WCS permite visualizar dados em formato matricial e
consultar o valor numérico associado a cada pixel;
• Diferentemente do WFS, que manipula fenômenos geográficos
discretos (vetoriais), o WCS manipula representações de
fenômenos espaciais que relacionam um domínio espaço-
temporal com um conjunto de propriedades.
1.9.2. Acesso remoto aos dados do INCRA no QGIS

O Incra disponibiliza uma conexão via WMS em que os dados são


atualizados frequentemente, sem a necessidade de o usuário fazer o download
a cada alteração. O Incra disponibiliza os links WMS para seus bancos de dados,
dividindo-os por Estado. Abaixo seguem os endereços.
Observação: Nos links abaixo, substitua o xx do final do link pela
abreviação do seu estado de interesse. Exemplo: Para o Paraná, substitua o xx
por pr.

Tabela 16. Links de acesso aos dados do Incra


Modalidade Imóveis Certificados - SNCI - Lei 10267/2001 - Privado
http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc.php?tema=imov
WMS
eiscertificados_privado_xx
http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc/index.php?tema
Shapefile
Download=imoveiscertificados_privado_xx

Modalidade Imóveis Certificados - SNCI - Lei 10267/2001 - Público


http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc.php?tema=imov
WMS
eiscertificados_publico_xx
http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc/index.php?tema
Shapefile
Download=imoveiscertificados_publico_xx

Modalidade Imóveis Certificados Sigef -Particular


http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc.php?tema=certifi
WMS
cada_sigef_particular_xx
http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc/index.php#?tem
Shapefile
aDownload=certificada_sigef_particular_xx

Modalidade Imóveis Certificados Sigef-Público


http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc.php?tema=certifi
WMS
cada_sigef_publico_xx
http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc/index.php#?tem
Shapefile
aDownload=certificada_sigef_publico_xx
Para acessar os dados do Incra no QGIS, siga os seguintes passos:
Passo 1. Crie um projeto no QGIS
Passo 1.1 Para criar um projeto em branco, siga os passos descritos no
Tópico 1.4.4. Clique em “Projeto” e selecione “Novo”
Passo 1.2 Selecione o sistema de referência do projeto (Tópico 1.4.4),
clique em “Projeto”, selecione “Propriedades do Projeto” em SRC e selecione
WGS84 (EPSG:4326).

Passo 2. Utilize a Barra de Ferramentas “Gerenciar Camadas”


Passo 2.1 Clique em “Adicionar Camada WMS/WMTS”.

Passo 2.2 Clique em “Novo”


Passo 2.3 Em “Nome” escreva Incra, por exemplo, e em “URL” escreva
o link que deseja acessar. Nesse exemplo será adicionado o link:
http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/ogc.php?tema=imoveiscertificados_priv
ado_pr.

Passo 2.4 Em “Opções WMS/WMTS”, marque as opções:


• Ignorar GetMap/GetTile URI relatados em recursos.
• Ignorar GetFeatureInfo URI relatados em recursos.

Passo 2.5 Clique em OK.


Passo 2.6 Clique em “Conectar”.

Passo 2.7 Selecione “ImoveisCertifica...” (1), clique em “Modificar”,


selecione o SRC WGS84 (3) e clique em OK.
Passo 2.8 Clique em “Adicionar” e depois em “Close” para fechar a
janela.

Passo 2.9 Faça o mesmo processo para as demais camadas.


Depois de inseridas as camadas com “Imóveis Certificados - SNCI - Lei
10267/2001 - Privado”, “Imóveis Certificados - SNCI - Lei 10267/2001 –
Público”, “Imóveis Certificados Sigef-Particular” e “Imoveis Certificados
Sigef-Público” a tela ficará assim:
Passo 3. Adicionar Camada do Google Satellite.
Para melhorar a visualização, é possível adicionar uma camada Google
Satellite.
Passo 3.1 Vá até “Web”, selecione “OpenLayers plugin” e, em “Google
Maps”, clique em “Google Satellite”.

Por fim, a visualização ficará assim:

Passo 4. De um Zoom, por exemplo, na sua região.


Veja como está a certificação de propriedades rurais no seu município.
1.9.3. Acesso remoto aos dados do BDGEx no QGIS

Os serviços de geoinformação permitem que o usuário do BDGEx acesse


os mosaicos de geoinformação, sem ter que fazer download dos produtos. A
utilização recomendada pelo BDGEx é:
• WMS: Para visualização rápida dos produtos. As camadas são
apresentadas da mesma forma que na "Consulta por Navegação";
• WFS: Para acesso aos mosaicos de dados vetoriais. Como se trata
de enviar um banco de dados inteiro para o cliente, pode ser um
processo demorado;
• CSW: Para acesso ao catálogo de produtos do BDGEx, proceder
de forma similar à "Consulta por Metadados".

O BDGEx possui diversos pontos de acesso aos serviços de


geoinformação, relacionados na Tabela 17:

Tabela 17. Pontos de acesso aos serviços de geoinformação do BDGEx.


Serviço WMS
As camadas das Cartas Topográficas Vetoriais são disponibilizadas
separadamente. Os produtos matriciais (ortoimagens, modelos de superfícies,
cartas matriciais etc.) são disponibilizados em uma camada por tipo de
produto.
Camadas de informações de cada tipo de produto, na escala
Descrição
1:250.000.
Link http://bdgex.eb.mil.br/teogc/250/terraogcmed.cgi

Camadas de informações de cada tipo de produto, na escala


Descrição
1:100.000.
Link http://bdgex.eb.mil.br/teogc/100/terraogcmed.cgi

Camadas de informações de cada tipo de produto, na escala


Descrição
1:50.000.
Link http://bdgex.eb.mil.br/teogc/50/terraogcmed.cgi

Camadas de informações de cada tipo de produto, na escala


Descrição
1:25.000
Link http://bdgex.eb.mil.br/teogc/25/terraogcmed.cgi
Serviço WMS (acelerado)
Principal serviço para visualização dos mosaicos de produtos.
Utiliza cache para ganho de performance. Representa apenas os
Descrição
principais mosaicos, as camadas não contempladas neste serviço
podem ser encontradas nos demais serviços que fornecem WMS.
Link http://bdgex.eb.mil.br/mapcache

Serviço WMS e WFS


Contém os mapas-índices do BDGEx, que representam quais
produtos, de cada tipo e de cada escala, estão disponíveis para
Descrição
download no BDGEx. Contempla apenas os produtos que
seguem o enquadramento da cartografia sistemática.
Link http://bdgex.eb.mil.br/cgi-bin/mapaindice

Neste serviço são disponibilizadas as camadas de apoio à


navegação, como limites municipais e estaduais, articulação
Descrição
cartográfica, regiões com mapeamento em execução, entre
outras.
Link http://bdgex.eb.mil.br/cgi-bin/geoportal

Serviço CSW
Serviço de catálogo das informações. Apresenta os metadados
do produto e permite encontrar produtos pelas informações dos
metadados. Por meio deste serviço é possível, por exemplo,
Descrição
realizar buscas pelo MI, índice de nomenclatura, nome do produto
ou do projeto utilizando o plugin MetaSearch do QGIS. O link para
download de cada produto é disponibilizado em seu metadado.
Link http://bdgex.eb.mil.br/csw

Para acessar os dados do BDGEx no QGIS, siga os seguintes passos:

Passo 1. Crie um projeto no QGIS


Passo 1.1 Para criar um projeto em branco, siga os passos descritos no
Tópico 1.4.4. Clique em “Projeto” e selecione “Novo”.
Passo 1.2 Selecione o sistema de referência do projeto (Tópico 1.4.4),
clique em “Projeto”, selecione “Propriedades do Projeto” em SRC e selecione
WGS84 (EPSG:4326).
Passo 2. Utilize a Barra de Ferramentas “Gerenciar Camadas”
Passo 2.1 Clique em “Adicionar Camada WMS/WMTS”

Passo 2.2 Clique em “Novo”

Passo 2.3 Em “Detalhes da Conexão”, na opção “Nome”, escreva


BDGEx, por exemplo, e em “URL” escreva o link que deseja acessar. Nesse
exemplo, será utilizado o link “http://bdgex.eb.mil.br/teogc/250/terraogcmed.cgi”,
referente às “Camadas de informações de cada tipo de produto, na escala
“1:250.000”.
Passo 2.4 Em “Opções WMS/WMTS”, marque as opções:
• Ignorar GetMap/GetTile URI relatados em recursos.
• Ignorar GetFeatureInfo URI relatados em recursos.

Passo 2.5 Clique em OK.

Passo 2.6 Clique em “Conectar”.

Passo 2.7 Nesse momento, aparecerão várias opções de camadas para


a seleção. Selecione “Curva_Nivel” (1) para esse exemplo.
Passo 2.8 Clique em “Modificar” (2), selecione o SRC WGS84 (3) e clique
em OK.

Passo 2.9 Clique em “Adicionar” e depois em “Close” para fechar a


janela.
Depois de inserida a camada com as curvas de nível, a tela ficará assim:

Passo 3. Adicionar Camada do Google Satellite.


Para melhorar a visualização, é possível adicionar uma camada Google
Satellite.
Passo 3.1 Vá até “Web”, selecione “OpenLayers plugin” e em “Google
Maps”, clique em “Google Satellite”.
Por fim, a visualização ficará assim:

O Exército Brasileiro também criou um plugin para facilitar o acesso às


suas bases de dados. O Plugin se chama DSG Tools e pode ser instalado a partir
do menu Complementos -> Gerenciar e Instalar Complementos (Tópico
1.4.1).
A apresentação de como acessar esses geoserviços teve o objetivo de
mostrar que é possível obter muitas informações de uma determinada região,
sem ter os dados armazenados no seu computador. Para isso, é necessária uma
boa conexão com a internet. Com a implantação de redes 5G e uma boa
cobertura nas áreas rurais, isso vai ser superado, permitindo ampliar o acesso
aos dados por equipamentos móveis.
Configurando os geoserviços, como exemplificado nesse módulo, será
possível montar sua própria base de dados cartográficos. A relação de mais
geoserviços nacionais pode ser encontrada em:
https://inde.gov.br/CatalogoGeoservicos.
1.10. Avaliação do aprendizado

Teste de conhecimento abordando o conteúdo do curso (dez questões de


múltipla escolha e, ou com opções de verdadeiro ou falso). Assim que o aluno
concluir o módulo e realizar o teste, ele já saberá sua nota e se foi aprovado ou
não.
Referências

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR13133: execução de


levantamento topográfico. Disponível em:
http://www.carto.eng.uerj.br/cdecart/download/NBR13133.pdf. Acesso em: 25
abr. 2021.

ASPRS. American Society for Photogrammetry & Remote Sensing. Las


specification: version 1.4-R13. 2013. Disponível em: https://www.asprs.org/wp-
content/uploads/2010/12/LAS_1_4_r13.pdf. Acesso em: 8 abr. 2021.

BERNARDI, A. C. de C.; NAIME, J. de M.; RESENDE, A. V.; BASSOI, L. H.;


INAMASU, R. Y. Agricultura de precisão: resultados de um novo olhar. Brasília,
DF: Embrapa Instrumentação, 2014. 596 p.

BRASIL. Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012. Dispõe sobre o Sistema


de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas
de caráter geral aos Programas de Regularizaçã o Ambiental, de que trata a Lei
nº 12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/decreto/d7830.htm.
Acesso em: 14 jul. 2021.

COWEN, D. J. GIS versus CAD versus DBMS: what are the differences?
Photogrammetric Engineering and Remote Sensing, v. 54, n. 11, p. 1551–
1555, 1988. Disponível em: https://www.asprs.org/wp-
content/uploads/pers/1988journal/nov/1988_nov_1551-1555.pdf. Acesso em: 18
out. 2016.

D’ALGE, J. C. L. Cartografia para Geoprocessamento. Disponível em:


http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/cap6-cartografia.pdf. Acesso em: 16
jul. 2021.

FITZ, P. R. Cartografia básica. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. 143 p.

INCRA. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Norma técnica


para o georreferenciamento de imóveis rurais. Aplicada à Lei 10.267, de 28
de agosto de 2001 e do Decreto 4.449, de 30 de outubro de 2002. Brasília, DF,
2003.

INCRA. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Norma técnica


para o georreferenciamento de imóveis rurais. Aplicada à Lei 10.267, de 28
de agosto de 2001 e do Decreto 4.449, de 30 de outubro de 2002. Brasília, DF,
2010.

INCRA. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Norma técnica


para o georreferenciamento de imóveis rurais. Brasília, DF, 2013. Disponível
em:https://sigef.incra.gov.br/static/documentos/norma_tecnica_georreferenciam
ento_imoveis_rurais_3ed.pdf. Acesso em: 25 mar. 2021.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dicionário cartográfico.
Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/metodos-e-outros-
documentos-de-referencia/vocabulario-e-glossarios/16496-dicionario-
cartografico.html?=&t=sobre. Acesso em: 16 jul. 2021.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Noções básicas de


cartografia. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv81663_v1.pdf. Acesso em: 16
jul. 2021.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Noções básicas de


cartografia. Rio de Janeiro, 1999. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv8595_v1.pdf. Acesso em: 25
abr. 2021.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Resolução PR


01/2015. 2015. Disponível em:
http://geoftp.ibge.gov.br/metodos_e_outros_documentos_de_referencia/normas
/rpr_01_2015_sirgas2000.pdf. Acesso em: 5 mar. 2021.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Serviços para acesso ao


SIRGAS 2000 no Brasil. La Paz, 2014. Disponível em:
http://www.sirgas.org/fileadmin/docs/Boletines/Bol19/39_IBGE_2014_SIRGAS_
Brazil.pdf. Acesso em: 20 abr. 2021.

ISO. International Organization for Standardization. ISO 19115. Geographic


information — Metadata. Disponível em:
https://www.iso.org/standard/26020.html. Acesso em: 16 jul. 2021.

ISO. International Organization for Standardization. ISO 19119. Geographic


information – Services. Disponível em: https://www.iso.org/standard/59221.html.
Acesso em: 16 jul. 2021.

ISO. International Organization for Standardization. ISO 19139. Geographic


information — Metadata — XML schema implementation. Disponível em:
https://www.iso.org/standard/32557.html. Acesso em: 16 jul. 2021.

KAISERSCIENCE. Map Projections. Disponível em:


https://kaiserscience.wordpress.com/earth-science/maps/map-projections/.
Acesso em: 16 jul. 2021.

MIRANDA, J. I. Fundamentos de sistemas de informações geográficas.


Brasília, DF: Embrapa, 2015. 399 p.

MOLIN, J. P.; AMARAL, L. R. do; COLAÇO, A. F. Agricultura de precisão.


Oficina de Textos, 2015. 224 p.

NLS. National Land Survey of Finland. Geoid. Disponível em:


https://www.maanmittauslaitos.fi/en/research/interesting-topics/geoid. Acesso
em: 14 jul. 2021.
PRINA, B. Z.; TRENTIN, R.; SÁ, R. G. C. de; CARVALHO, L. F. D. de.
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