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QGIS
Leandro França
1
© 2021 by Leandro Luiz Silva de França
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico,
incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e
transmissão de informação, sem prévia autorização da GeoOne.
Bibliografia
ISBN 978-65-00-23920-1
1. Cartografia 2. Geografia 3. Plantas I. Título.
CDD-526
GeoOne
Contato: contato@geoone.com.br
2
Agradeço a Deus por esta obra
e dedico à minha esposa Mairla
e ao meu filho Lael
3
APRESENTAÇÃO
Assim, tive logo que participar ativamente dessa transição e me adaptar a essas
mudanças, tendo em vista que a bagagem que trazia era de SIG com o ArcGIS, adquiridas
no Instituto Militar de Engenharia (IME) e na Texas Tech University (TTU), nos EUA.
Além disso, durante esses trabalhos, pude constatar uma série de dificuldades,
podendo ser citadas:
4
Diante de todos esses problemas, propus-me a ajudar a equipe técnica, buscando
desenvolver uma metodologia de trabalho no QGIS que chegasse ao mesmo resultado do
software pago.
5
SOBRE O AUTOR
6
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 9
1.1. Organização do Livro 9
1.2. Orientações Básicas e Configurações do QGIS 11
1.3. Instalação e apresentação do plugin LF Tools 11
2. MODELO TOPOGEO EM ARQUIVO GEOPACKAGE 14
2.1. Entendendo o modelo TopoGeo 14
2.1.1 Categoria Definição de Limites 15
2.1.2 Categoria Materialização 17
2.1.3 Categoria Análise 18
2.1.4 Categorias Feições Artificiais e Feições Naturais 19
2.2. Diagrama de classes do modelo TopoGeo 19
2.3. Formato GeoPackage 20
2.3.1. Criando uma camada em arquivo GeoPackage 21
2.3.2. Adicionando novas camadas no arquivo GeoPackage 24
2.3.3. Gerenciamento de Estilos para um GeoPackage 26
3. PROJETO QGIS PARA O LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO 31
3.1. Entendendo a estrutura básica de arquivos para um Projeto 31
3.2. Fluxograma para a confecção da planta e documentações 33
3.3. Configuração do SRC do Projeto 34
4. CARREGAMENTO DE PLANILHA DE PONTOS E ARQUIVOS DWG/DXF 39
4.1. Carga de Pontos a partir de Arquivo CSV 40
4.2. Ferramenta “Planilha para Camada de Pontos” 43
4.3. Importação de arquivo DWG/DXF no QGIS (método 1) 45
4.4. Importação de arquivo DWG/DXF no QGIS (método 2) 47
5. AQUISIÇÃO VETORIAL 50
5.1. Configuração da Aderência 51
5.2. Aquisição das feições da categoria Definição de Limites 52
5.2.1. Classe Ponto Limite 52
5.2.2. Classe Elemento Confrontante 53
5.2.3. Classe Área do Imóvel 55
5.3. Aquisição das feições da categoria Materialização 57
5.3.1 Classe Delimitação Física 57
5.3.2 Classe Ponto de Referência Geodésica 58
5.4. Aquisição das feições das demais categorias 60
5.5. Ferramentas auxiliares 62
7
6. DOCUMENTAÇÕES AUTOMÁTICAS 64
6.1. Memorial Descritivo 65
6.2. Memorial Sintético 67
6.3. Planilha de Cálculo de Área e Perímetro 68
6.4. Monografia de Marco Geodésico 69
7. PLANTA TOPOGRÁFICA NO COMPOSITOR DE IMPRESSÃO 72
7.1. Apresentação dos elementos de uma planta topográfica 72
7.2. Definição do tamanho do papel 74
7.3. Verificação do SRC da planta 75
7.4. Ajuste da Escala 76
7.5. Ajuste da Grade 77
7.6. Ajuste da Planta de Situação 78
7.7. Adicionando o Memorial Sintético 79
7.8. Ajuste dos Rótulos 81
7.9. Construção do Quadro de Convenções (Legendas) 84
7.10. Editando os Quadros de Informações 85
7.11. Configuração de DPI e impressão em formato digital 87
8. APLICAÇÕES (BÔNUS) 90
8.1. Planta topográfica com imagens de satélite ou ortomosaico de drone 90
8.2. Planta topográfica com mais de um imóvel 94
8.3. Plantas topográficas em Perícias Cartográficas 97
8
1. INTRODUÇÃO
9
O quarto capítulo é destinado a ensinar as principais técnicas para importar dados
de levantamento topográfico para dentro do QGIS, apresentando ferramentas rápidas e
práticas do plugin “LF Tools” utilizadas para importar e editar uma camada de pontos a
partir de Planilhas do Excel ou Libre Office Calc.
O quinto capítulo ensina o passo a passo para a aquisição vetorial das principais
feições do levantamento topográfico de um imóvel com o uso das classes do modelo
TopoGeo, detalhando-se também como deve ser o preenchimento de seus atributos.
10
1.2. Orientações Básicas e Configurações do QGIS
Este conteúdo é indicado para estudantes, professores e profissionais que já
tenham noções de Cartografia e Sistema de Informações Geográficas (SIG), além uma
experiência básica com o software QGIS.
Se o leitor nunca teve contato com essas disciplinas, nem com o software, sugere-
se realizar previamente um curso introdutório de SIG como, por exemplo, o QGIS:
Teoria e Prática, fornecido por este autor na plataforma Udemy.
11
Este plugin do QGIS é um provedor de
ferramentas e expressões para diversos
tipos de soluções em Cartografia,
Agrimensura, banco de dados PostGIS,
processamento de imagens, coleta de
dados (reambulação) e edição vetorial,
conforme observado na Figura 1.3 ao lado.
Em geral, as ferramentas são
autoexplicativas, possuindo descrições
ilustradas e didáticas, como o exemplo da
Figura 1.4.
Neste livro, será dada ênfase às
ferramentas de geração automática de
Documentação, a saber:
● Memorial Descritivo;
● Memorial Sintético;
● Monografia de Marco Geodésico; e
● Planilha de Cálculo de Área e
Perímetro.
Mas outras ferramentas que podem
auxiliar na elaboração da planta
topográfica também serão abordadas
como, por exemplo:
● Coordenadas para moldura UTM;
● Planilha para camada de pontos;
● Inverter ordem dos vértices; e Figura 1.3: Ferramentas do LF Tools.
● Sequenciar pontos.
Existem mais de 50 ferramentas e
expressões no LF Tools e não estranhe se
a versão que você baixar tiver mais
recursos, pois é um plugin que está em
constante evolução.
12
Figura 1.4: Ferramenta de geração de geometria a partir de azimutes e distâncias.
13
2. MODELO TOPOGEO EM ARQUIVO
GEOPACKAGE
Este modelo de dados passou por uma série de aperfeiçoamentos, sendo depois
denominado de TopoGeo. As classes de feições desse modelo agrupam objetos
geográficos com características e comportamentos comuns. Essas classes foram
implementadas em um arquivo GeoPackage de forma a contemplar as categorias que são
14
mais trabalhadas em um mapeamento topográfico, de acordo com sua funcionalidade
(Tabela 2.1).
A classe Ponto Limite é utilizada para definir os vértices das linhas limites de
confrontação do perímetro de um imóvel. A classe Elemento Confrontante é definida
como a linha de limite entre o imóvel levantado e o seu confrontante, enquanto a classe
Área do Imóvel é um polígono único que define um imóvel e que contém os principais
atributos sobre ele.
15
As Tabelas 2.2, 2.3 e 2.4 apresentam as descrições dos atributos das classes Ponto
Limite, Elemento confrontante e Área do Imóvel, respectivamente. Os nomes dos
atributos estão definidos em inglês1, mas o alias, apelido em português, corresponde à
tradução para visualização pelo usuário no software QGIS.
1
O nome das classes e dos atributos foram definidos em inglês para que o modelo possa ser utilizado
internacionalmente ou adaptados por outros usuários fora do Brasil.
16
2.1.2 Categoria Materialização
Este grupo é composto pelas classes Ponto de Referência e Delimitação Física, as
quais representam a materialização de feições no terreno. Ambas as classes são oriundas
das Especificações Técnicas para Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais (ET-
EDGV), versão 3.0 [4].
17
survey_method lev_metodo mediumint Método utilizado no Levantamento.
Domínio:
1: Posicionamento por Ponto Preciso (PPP)
2: Posicionamento Relativo Estático
survey_ref_base lev_base_ref text(30) Base(s) de Referência, no caso do posicionamento
Relativo Estático.
survey_resp lev_resp text(100) Responsável pelo Levantamento
software software text(150) Software utilizado no processamento dos dados.
processing_date proc_data date Data de processamento dos dados.
processing_resp proc_resp text(100) Responsável pelo processamento dos dados.
report_date monografia_data date Data de preenchimento e geração da monografia do
marco.
report_resp monografia_resp text(100) Responsável pela geração da monografia do marco.
tech_manager resp_tecnico text(150) Nome do Responsável Técnico.
profession crea text(20) Registro no CONFEA/CREA do Responsável
Técnico.
profession_id codigo_credenciado text(10) Código de Credenciamento no INCRA para
Georreferenciamento de imóveis rurais.
observation obs text(255) Observações atinentes ao levantamento e
processamento dos dados.
mark_photo foto_marco text(255) Fotografia superior e aproximada de identificação
do código do marco.
pan_photo foto_panoramica text(255) Fotografia panorâmica de situação e localização do
marco.
aerial_image imagem_aerea text(255) Imagem aérea para identificação da posição do
marco no terreno.
18
rodoviárias, ferroviárias, dutos e trecho de energia, caracterizando-se como uma faixa de
domínio para garantir os limites de segurança.
As tabelas com a descrição dos atributos das classes Área de litígio e Faixa de
segurança não são apresentadas nesta seção por serem baseadas na modelagem da ET-
EDGV 3.0 e, portanto, maiores detalhes sobre as conceituações e características dessas
classes podem ser consultadas no Anexo A desta especificação da CONCAR [4].
19
Figura 2.1: Diagrama OMT-G das classes do modelo TopoGeo.
O TopoGeo tem a finalidade de ser uma modelo inicial, podendo ser adaptado às
necessidades de cada trabalho, ou seja, o usuário pode acrescentar novas classes e
atributos como achar mais conveniente. No entanto, para o correto funcionamento das
ferramentas de geração de memorial descritivo e monografia do marco geodésico, é
importante destacar que os atributos das categorias Definição de Limites e Materialização
não podem ser removidos!
20
redundâncias nos dados, aprimorar a capacidade de armazenamento e facilitar a
conversão de dados [8].
21
1º) No QGIS, clique no menu Camadas > Criar nova camada > Criar Camada
GeoPackage...
Obs.: A janela acima também pode ser acessada com as teclas Ctrl + Shift + N, ou
2º) Insira o nome do arquivo, o nome da tabela (camada), o tipo de geometria e o Sistema
de Referência de Coordenadas (SRC):
22
3º) Em seguida, adicione todos os campos previstos na Tabela 2.2, observando-se também
o tipo de dado e o comprimento máximo (número de caracteres), para o caso de “Dados
de texto”:
4º) Por fim, clique em OK e verifique que essa camada é carregada automaticamente no
QGIS:
23
2.3.2. Adicionando novas camadas no arquivo GeoPackage
Para adicionar uma nova camada ao arquivo GeoPackage existente, basta seguir
os passos anteriores, da seção 2.3.1, atentando-se que o parâmetro “Banco de dados” deve
apontar para o mesmo arquivo criado anteriormente, já o “Nome da tabela” deve ser o
novo nome da camada a ser criada, como mostrado abaixo:
Se você já tem alguma camada, seja ela Shapefile ou de outra fonte de dados, é
possível importá-la para dentro do GeoPackage. Para isso, siga os seguintes passos:
24
Figura 2.8: Configurando conexão com GeoPackage.
2º) Após feita a conexão com o GeoPackage, você pode fechar a janela da Figura 8
(acima) e depois clicar no botão “Gerenciador de BD” que fica no menu “Base de Dados”.
Na ferramenta Gerenciador BD, selecione o arquivo GeoPackage criado e depois clique
no botão “Importar camada/arquivo”, como mostrado abaixo:
25
Obs.: Mais informações sobre o Gerenciamento de camadas de arquivos GeoPackage
podem ser acessados em [9] e nos cursos da GeoOne.
Os estilos são armazenados no Projeto do QGIS, seja ele .qgz ou .qgs, mas também
podem ser salvos em arquivos individuais no formato QML ou SLD, como também
diretamente no banco de dados. Nesta seção, será ensinado como armazenar os estilos
dentro de um GeoPackage, para que possam ser aproveitados em outros projetos.
1º) Na simbologia, foram criados símbolos “Baseado em regra” para cada caso de tipo de
vértice da classe Ponto Limite:
Obs.: Novas regras podem ser criadas, como por exemplo o caso de marcos de concreto
sem chapa de identificação.
26
2º) Na rotulação, por exemplo, foi escolhido o valor do campo “code”, para apresentar a
configuração de: Texto, Amortecedor (buffer) e Posicionamento, como mostrado nas
Figuras 2.11, 2.12 e 2.13, respectivamente.
27
Figura 2.13: Configuração da Rotulação (Posicionamento).
3º) Para o Formulário de Atributos, é possível adicionar os apelidos (alias) dos nomes
dos campos e os tipos de entradas dos campos. Na figura abaixo, é definido o apelido
“tipo” para o campo “type” e o domínio de entrada para os possíveis valores deste campo,
através do Mapa de Valores.
28
4º) Após realizar todas as configurações de estilo da camada, é possível salvá-la dentro
do GeoPackage, clicando no botão “Estilo” e “Salvar estilo...”, conforme figura abaixo.
Depois, escolha salvar estilo “No banco de dados (GeoPackage)” e defina, por
padronização, o nome do estilo como o próprio nome da classe. Para concluir, clique em
OK.
29
Dica:
Caso você tenha a necessidade de se
aprofundar muito mais sobre como
elaborar plantas e memoriais descritivos
com a utilização de formulários avançados
dentro do próprio QGIS, como este do
exemplo ao lado, não deixe conferir o
curso online da GeoOne através do link
abaixo:
https://go.hotmart.com/P51446268E
30
3. PROJETO QGIS PARA O
LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
O projeto do QGIS corresponde a um arquivo de extensão .qgz ou .qgs. O .qgs era
o formato padrão das versões mais antigas do QGIS, já o .qgz, disponibilizado a partir da
versão 3.0, é um formato mais compacto e robusto [9], sendo o mais indicado para o tipo
de trabalho que vamos realizar.
31
A pasta Insumos é utilizada para armazenar todos os arquivos coletados para
auxiliar na confecção da planta como, por exemplo, plantas em DWG ou DXF,
Shapefiles, Imagens de Satélite ou de Drone.
32
um projeto QGZ modelo com todas as camadas e estilos previamente configurados para
o pronto emprego na produção da planta e geração automática das documentações.
(1) Baixar no curso da GeoOne a versão mais atual do arquivo compactado template que
contém a pasta “raiz” e todas as subpastas e arquivos necessários para começar um
novo trabalho.
(2) Descompactar o arquivo template e renomear a pasta “raiz” para o nome do seu
projeto. Observação: o nome do projeto QGZ também pode ser renomeado,
entretanto o arquivo Geopackage não deve ter seu nome alterado, se isso ocorrer, o
projeto do QGIS perderá o caminho de todas as camadas do Geopackage.
(3) Colar todos os dados do levantamento topográfico (dados brutos, pontos processados,
fotografias, ortoimagens, MDT etc.) nas pastas “Dados de Campo” e “Insumos”.
(4) Abrir o arquivo QGZ do QGIS e checar o carregamento das camadas, configurações
iniciais do projeto e conexão com a internet.
(5) Esta etapa requer bastante ATENÇÃO, pois o cálculo automático das coordenadas
projetadas e todas as outras medições de distâncias, azimutes, perímetro e área serão
33
baseados no SRC do Projeto, o qual deverá estar no sistema de projeção UTM
adequado para a área mapeada.
(6) Nesta etapa são carregados os pontos levantados em campo para dentro do QGIS,
bem como todos os outros insumos como ortoimagens, MDT, fotografias com
Geotag etc.
(7) Na etapa de aquisição vetorial, os pontos coletados em campo são carregados na
classe Ponto Limite e seus atributos preenchidos de acordo com o levantamento. Em
seguida, as feições da classe Elemento Confrontante são vetorizadas para cada
confrontante, seguindo a ordem dos vértices. Por fim, o polígono da área do imóvel
pode ser gerado a partir das linhas, que poderão ser aproveitadas também para a
classe delimitação física.
(8) Após o correto preenchimento de todos os atributos das classes Ponto Limite,
Elemento Confrontante e Área do Imóvel, os seguintes documentos poderão ser
gerados: memorial descritivo, memorial sintético e planilha de cálculo de área. Para
a geração da monografia do marco, basta apenas que, pelo menos, uma feição da
classe Ponto de Referência Geodésica esteja com os atributos completamente
preenchidos.
(9) Os ajustes do compositor correspondem à seleção do tamanho de papel, centralização
da planta, ajuste da escala, configuração da grade, ajuste da posição do memorial
sintético, ajuste da posição dos rótulos, configuração da legenda e revisão dos dados
automáticos.
(10) A exportação da planta consiste no ajuste de DPI e configurações do formato de saída
(imagem e GeoPDF).
34
correspondente aos valores de longitude e latitude conforme o respectivo elipsóide. Já os
Sistemas Projetados de Coordenadas possuem unidade de medida linear que, na maioria
dos casos, é dada em metros, referentes aos valores de Este (E) e Norte (N).
(1) Filtro para encontrar um determinado SRC pelo nome ou pelo código (número);
(2) Sistemas de Referência recentemente utilizados;
(3) Todos os SRC implementados no QGIS;
(4) Descrição em Well Know Text (WKT) do SRC selecionado, com informações do
datum, parâmetros do elipsoide de referência, unidades, informações de projeção,
etc.; e
(5) Esboço da extensão (em vermelho) para o correto emprego do SRC.
35
Já a planta e toda a documentação do imóvel necessitam estar em uma projeção
do sistema UTM. Deste modo, para facilitar e padronizar toda essa configuração de SRC,
a metodologia apresentada neste livro reduz praticamente a zero a chance de o
profissional errar o SRC de alguma camada, tendo em vista que o SRC será definido uma
única vez.
Ou seja, o SRC definido para o projeto será utilizado também para o cálculo das
coordenadas projetadas das feições de todas as camadas, bem como nas medições de
distâncias, azimutes, área e perímetro.
Para profissionais que estão iniciando em SIG é comum ter dúvidas no momento
da seleção do SRC apropriado da área a ser mapeada. Então, para solucionar esse tipo de
problema, a ferramenta “Coordenadas para moldura UTM” do plugin LF Tools pode ser
utilizada (Figura 3.5).
36
Figura 3.5: Ferramenta do plugin LF Tools.
37
DICA: Outra forma ainda mais fácil de descobrir o SRC do seu projeto é baixando
o arquivo de fusos e hemisférios para todo o planeta, igual ao mostrado na Figura 3.4,
disponibilizado no curso da GeoOne: Elaboração de Plantas e Memoriais Descritivos no
QGIS.
38
4. CARREGAMENTO DE PLANILHA DE
PONTOS E ARQUIVOS DWG/DXF
Outro problema bastante comum para o profissional que vai elaborar uma planta
no QGIS é que os dados disponibilizados por Prefeituras (e outras repartições públicas)
costumam estar nos formatos DWG ou DXF, padrão dos softwares de CAD.
Neste Capítulo, será ensinado como importar esses dois tipos de dados para dentro
do QGIS. Com a importação dos pontos levantados em campo será possível a correta
construção dos pontos limites do imóvel, já os dados CAD poderão servir de auxílio e
referência para a coleta de informações de logradouros, imóveis confrontantes, entre
outros dados auxiliares.
39
4.1. Carga de Pontos a partir de Arquivo CSV
A forma mais ensinada na internet para importar uma planilha com as coordenadas
dos vértices de um imóvel é através da importação de um arquivo CSV.
40
Figura 4.3: Salvar como... no formato CSV.
41
Para abrir o CSV no QGIS, você pode ir ao menu Camada > Adicionar camada >
Adicionar camada de texto delimitado... ou simplesmente utilizar a tecla de atalho Ctrl +
Shift + T.
42
Figura 4.7: Pontos do arquivo CSV carregados no QGIS.
43
Figura 4.8: Planilha ODS carregada no QGIS.
Agora, para criar a camada de pontos, basta selecionar a ferramenta “Planilha para
camada de pontos” na caixa de ferramentas e preencher os parâmetros indicados na Figura
4.9.
44
4.3. Importação de arquivo DWG/DXF no QGIS (método 1)
Neste livro serão apresentados dois métodos para importar arquivos DWG/DXF
no QGIS. O primeiro método, que veremos nesta seção, tenta importar o arquivo CAD
na sua integralidade, ou seja, não apenas os vetores, mas também os estilos (simbologia
e rotulação) que foram configurados no software de CAD. O segundo método, tem uma
importação mais rápida, no entanto, todos os estilos são perdidos, sendo apenas
carregadas camadas de pontos, linhas e polígonos.
O método tradicional para carregar um arquivo CAD é através do menu Projeto >
Importar/Exportar > Importar camadas de DWG/DXF...
(1) Apontar o “Pacote alvo”, um arquivo Geopackage que será criado com todas as
camadas do CAD dentro dele;
(2) SRC original2 do arquivo CAD;
(3) Arquivo CAD de extensão DWG ou DXF; e
(4) Nome do grupo, por exemplo, “camadas CAD”.
2
Os arquivos CAD costumam não armazenar informações de SRC. Se o usuário do QGIS não tiver o
conhecimento prévio do SRC do projeto CAD, ele terá que testar os possíveis SRC até chegar ao que se
ajustar melhor.
45
Neste método, o processo e importação costuma ser demorado pois toda a
estrutura de entidades do CAD é convertida para feições vetoriais e estilos no
Geopackage. Isso significa que é o momento de parar um pouco, fazer um lanche ou
tomar um café até a conclusão da conversão.
46
4.4. Importação de arquivo DWG/DXF no QGIS (método 2)
Não é raro acontecer algum problema no momento de importar o desenho de um
arquivo DWG, como no caso da Figura 4.12, onde aparece a mensagem “Falha ao
importar desenho”.
Para esse tipo de situação, a solução é recorrer a conversão para o formato DXF,
pois este formato pode ser aberto diretamente no QGIS, bastando arrastá-lo e soltá-lo na
área de trabalho do QGIS.
47
Figura 4.13: Conversor de DWG para DXF.
Na Figura 4.14 pode ser feita uma comparação de como o mesmo arquivo DXF
pode ser aberto pelos métodos 1 e 2, ensinados neste livro.
48
Figura 4.14: Comparação entre os métodos 1 e 2.
Observa-se que o método 2, embora seja mais rápido para abrir os vetores no
QGIS, tem a desvantagem de perder as informações visuais do arquivo original, ficando
sem a simbologia e os rótulos das anotações, as quais passam a ser representadas apenas
como pontos.
49
5. AQUISIÇÃO VETORIAL
A Figura 5.1 apresenta a sequência dos trabalhos para a aquisição das classes da
Categoria Definição de Limites, ou seja, são adquiridas na seguinte ordem as classes: 1º)
Ponto Limite, 2º) Elemento Confrontante e 3º) Área do Imóvel.
50
5.1. Configuração da Aderência
Para uma aquisição vetorial acurada, garantindo as propriedades topológicas entre
as feições, é necessário a configuração apropriada da aderência e de seu raio de tolerância,
de forma garantir que os vértices entre as feições coincidam e as geometrias estejam
conectadas.
51
Para a elaboração da planta, a configuração inicial mais adequada para a aquisição
vetorial é a aderência para todas as camadas, atraindo somente aos vértices, com raio de
tolerância de 12 pixels, e estando as demais configurações (6 a 10) desabilitadas,
semelhante ao já apresentado na Figura 5.2.
52
Por fim, preencha os atributos “código” e “tipo” de cada ponto da classe Ponto
Limite até que o resultado fique igual ao mostrado na Figura 5.4.
53
Figura 5.5: Atributos do elemento confrontante.
54
5.2.3. Classe Área do Imóvel
A classe área do imóvel é destinada a uma única feição com geometria do tipo
polígono simples. Esta feição terá em seus atributos as principais informações do imóvel
e, a partir dela, os valores de área e perímetro serão calculados.
A aquisição da geometria dessa classe pode ser feita normalmente pela ferramenta
“Adicionar polígono”, definido cada vértice a partir dos pontos limites, também seguindo
sua ordem e atentando-se para que todos os cliques estejam dentro da tolerância definida
para a ferramenta de aderência.
Por fim, os atributos da feição do imóvel devem ser preenchidos (Figura 5.8), pois
são esses atributos que serão utilizados tanto para a geração automática do memorial
descritivo quanto no preenchimento dinâmico das informações da planta topográfica no
compositor de impressão.
55
Figura 5.8: Atributos da classe Área do Imóvel.
Vale lembrar que ao final de todos os processos, o operador deve salvar as edições.
A Figura 5.9 apresenta o resultado final da aquisição das feições das classes da categoria
definição de limites do imóvel.
56
5.3. Aquisição das feições da categoria Materialização
Inicialmente, para a aquisição das próximas feições, altere o “Tema” do mapa do
QGIS para o tema “mapa principal”, conforme mostrado na Figura 5.10.
Para evitar confusão entre a utilização dessas duas classes, algumas diferenças
entre elas estão evidenciadas através da Tabela 5.1.
57
Tabela 5.1: Comparação entre Delimitação Física e Elemento Confrontante.
Delimitação Física Elemento Confrontante
É representado na planta. Não é representado na planta.
Cada feição representa um tipo de limite (muro, Cada feição representa um único confrontante.
cerca, não materializado etc.), ou seja, um
confrontante pode ter mais de um tipo de limite,
por exemplo, uma parte muro e outra cerca.
Não é utilizado na geração do memorial É utilizado na geração do memorial descritivo.
descritivo.
58
Monografia do Marco, um documento que facilita futuras reocupações do ponto, em caso
da necessidade de checagem do levantamento ou para o levantamento de outras áreas.
No exemplo da Figura 5.12, foi criado na classe Ponto de Ref. Geodésica o ponto
M-04, obtido da classe Ponto Limite. Observe que, para a correta representação do ponto
de referência na planta topográfica, bem como na geração automática da Monografia do
Marco, que será vista no Capítulo 6, é necessário o completo preenchimento de todos os
atributos, que constam em cada aba do formulário (Figura 5.13).
59
Figura 5.13: Atributos do marco M-04.
Vale salientar que o ponto de referência não necessita estar no limite do imóvel,
como é o caso do marco M-04. Sempre que possível, é recomendado que o ponto base
seja alocado em uma posição central, com o intuito de se ter linhas de base com distâncias
menores para todos os vértices medidos do imóvel.
60
Para a aquisição das feições dessas classes, não há necessariamente uma ordem de
vetorização e sua utilização vai depender da finalidade da planta topográfica. Nesta seção,
portanto, serão citados os principais conjuntos de ferramentas adicionais que podem
facilitar a vetorização das feições e garantir a qualidade dos trabalhos.
61
5.5. Ferramentas auxiliares
Com o emprego da metodologia de elaboração de plantas topográficas, verificou-
se a necessidade de desenvolvimento de algumas ferramentas para acelerar alguns
procedimentos de edições dos atributos e da geometria, quando necessários.
62
A ferramenta “Sequenciar pontos” possibilita o preenchimento automático do
atributo “ordem” da classe Ponto Limite de acordo com sua sequência em relação ao
polígono da camada Área do Imóvel.
63
6. DOCUMENTAÇÕES AUTOMÁTICAS
Nesse sentido, foi desenvolvido para o QGIS o plugin LF Tools que conta com
diversas expressões (ou funções) e scripts (ferramentas de processamento) que facilitam
sobremaneira a automatização dos resultados.
● Memorial Descritivo;
● Memorial Sintético;
● Planilha de cálculo de área e perímetro; e
● Monografia de marco geodésico.
Após aberto no visualizador, o arquivo HTML de saída também pode ser impresso
como PDF, podendo também ser aberto em qualquer editor de texto como o Libre Office
Writer ou o Microsoft Word para posteriores ajustes e formatações, caso se julguem
necessários.
Nas seções a seguir, serão abordadas cada uma dessas ferramentas, mostrando os
respectivos parâmetros de entrada e resultados.
64
6.1. Memorial Descritivo
O Memorial Descritivo é um documento que descreve, por extenso, a localização
e o delineamento de uma propriedade urbana ou rural, com base nos dados de
levantamento geodésico e topográfico medidos em campo, devendo os seus pontos limites
estar corretamente georreferenciadas no sistema geodésico brasileiro, que atualmente é o
SIRGAS2000.
65
Figura 6.2: Painel “Visualizador de Resultados”.
Figura 6.3: (a) Resultado aberto no navegador de internet; (b) Resultado aberto no Microsoft
Word.
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6.2. Memorial Sintético
O Memorial Sintético pode ser entendido como um resumo do Memorial
Descritivo estruturado em forma de tabela, constando as informações sobre os vértices,
as medidas lineares (distâncias) e azimutes de cada lado do perímetro do imóvel.
Como pode ser observado na Figura 6.4, quando se deseja que todos os vértices
do imóvel constem na tabela, basta deixar os parâmetros 1 e -1 para o primeiro e último
vértices, respectivamente. Mas quando a tabela é muito grande, é possível “quebrá-la”
em partes para que se ajuste adequadamente ao tamanho do papel da planta topográfica.
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O resultado da ferramenta, que pode ser visualizado também no navegador de
internet, está presente na Figura 6.5.
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A Figura 6.7 apresenta o resultado da ferramenta, com as informações do imóvel,
suas coordenadas planas e geodésicas, bem como as medidas de distância e azimute dos
lados e, por fim, o cálculo de perímetro e área.
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Figura 6.8: Ferramenta de geração de Monografia de marco geodésico.
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Figura 6.9: Monografia de marco geodésico.
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7. PLANTA TOPOGRÁFICA NO
COMPOSITOR DE IMPRESSÃO
Neste capítulo, nós vamos entender o significado dos principais elementos de uma
planta topográfica e em seguida será ensinado como configurá-los, na prática, no
Compositor de Impressão do QGIS.
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(h) Cabeçalho do executante do serviço;
(i) Descrição do serviço com a logotipo do contratante e do contratado;
(j) Informações do Imóvel e do levantamento topográfico;
(k) Quadro de área;
(l) Quadro de perímetro;
(m) Quadro da equipe auxiliar;
(n) Descrição da metodologia de levantamento e responsável técnico;
(o) Código da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), ou equivalente; e
(p) Autenticação do conselho profissional com QR Code.
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7.2. Definição do tamanho do papel
O primeiro passo em qualquer trabalho de mapeamento é definir o tamanho de
papel e escala da planta topográfica, pois os passos seguintes, de fato, vão depender dessas
definições.
Layout”: .
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7.3. Verificação do SRC da planta
Nesta etapa, é dedicada apenas a verificar se o SRC do Mapa (Planta Principal) é
igual ao SRC do Projeto (Figura 7.3.a), assim como o SRC da Grade é igual ao SRC do
Mapa (Figura 7.3.b), ou seja, SRC do Projeto = SRC do Mapa = SRC da Grade.
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7.4. Ajuste da Escala
Para ajustar a escala da Planta Principal, clique na ferramenta “Selecionar item”
e depois selecione a Planta Principal no Compositor de Impressão. Outra opção é
selecionar a Planta Principal no painel de itens. Observe que na aba “Propriedades do
Item” aparecerá todas as propriedades do mapa selecionado.
“Configurar a extensão do mapa para coincidir com a tela principal”: . Refine o ajuste
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Por fim, altere o denominador da escala, de forma que fique com um “valor
cheio” (múltiplo de 100 ou 1.000).
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3
Uma escala com “valor cheio” mostra o cuidado e atenção de quem elaborou a planta
para a escala do produto, além de facilitar a interpretação das medições para quem for
utilizar a planta topográfica.
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Em seguida, defina um valor, de preferência múltiplo de 10, 50 ou 100, para os
intervalos em X e Y da grade, conforme mostrado na Figura 7.8.
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Figura 7.9: Intervalos X e Y em graus decimais.
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Figura 7.10: Desenhando área para inserir o Memorial Sintético.
(4) Caso o Memorial Sintético não apareça no mapa, clique em “Atualizar HTML”,
de tal forma que ele fique visível na área desenhada (Figura 7.12).
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Figura 7.12: Visualização do Memorial Sintético na planta topográfica.
As principais camadas que precisam ser verificadas nesta etapa são: Elemento
Confrontante, Ponto Limite, Área de Imóvel e Ponto de Referência Geodésica.
Entretanto, o procedimento ensinado aqui também servirá para as outras classes.
Inicialmente, para o ajuste dos rótulos, é necessário que o mapa na tela do QGIS
esteja com a mesma escala do Compositor de Impressão, pois, dessa forma, os ajustes de
deslocamento dos rótulos terão as mesmas distâncias.
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Em seguida, clique no rótulo que deseja mover ou rotacionar e observe que poderá
aparecer uma janela de nome “Armazenamento Auxiliar” (Figura 7.14). Neste caso,
apenas escolha o campo “fid” e clique em OK. Esta configuração significa que todas as
alterações no rótulo serão armazenadas diretamente no Projeto, sendo associadas a esse
campo. O campo “fid” nada mais é que a chave primária, onde entende-se que não haverá
feições com atributos iguais.
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Figura 7.16: Planta topográfica após ajustes dos rótulos das camadas.
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7.9. Construção do Quadro de Convenções (Legendas)
O Quadro de Convenções deve conter as descrições dos símbolos utilizados, de
forma a auxiliar na interpretação das informações contidas na planta topográfica.
(4) Em seguida, também nas propriedades da legenda, ajuste o tamanho das fontes
e deixe em “branco” o nome dos grupos que não precisam aparecer, de forma
tudo caiba dentro do Quadro de Convenções;
(5) Ajuste a largura do símbolo, para que as simbologias das delimitações físicas
apareçam por completo;
(6) Se necessário, regule o espaçamento entre os itens da legenda; e
(7) Se necessário, desabilite a cor de fundo da legenda que, por padrão, vem como
branca.
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A Figura 7.18 apresenta o resultado da legenda no Quadro de Convenções, após
as devidas configurações.
Observação: Caso, você deseje remover a contagem de feições da classe Ponto Limite,
basta ir ao painel de camadas do Projeto do QGIS, clicar com o botão direito do mouse
sobre a camada Ponto Limite e desabilitar a opção “Mostrar contagem de feições”.
Você já deve ter percebido que alguns quadros da planta topográfica possuem
imagens e textos com informações da GeoOne. Este fato demandará algumas
personalizações de acordo com o serviço que você necessite executar.
A edição dessas informações é bastante simples. No caso das imagens, basta clicar
em cima delas e apontar para a nova imagem que você for utilizar (Figura 7.19). Já no
caso dos textos, você tem que clicar no item e editar o conteúdo do texto no espaço da
aba Propriedades do Item (Figura 7.20).
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Figura 7.19: Edição do caminho da imagem.
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7.11. Configuração de DPI e impressão em formato digital
Antes de exportar a planta topográfica, uma configuração muito importante é
ajustar a resolução de exportação, a qual é dada em DPI (dot per inch, do inglês pontos
por polegadas). Essa configuração pode ser acessada na aba “Modelo”, como mostrado
na Figura 7.21.
A quantidade de DPI vai dizer quantos pixels a imagem exportada vai ter para um
determinado tamanho, ou seja, quanto maior a resolução, melhor será a qualidade visual.
Em contrapartida, mais pesado será o arquivo exportado.
O QGIS tem por padrão a resolução de 300 dpi, no entanto, na prática, a resolução
de 150 dpi vem se mostrado suficiente para gerar plantas no tamanho A1 e A0 com
qualidade suficiente para impressão no respectivo tamanho de papel.
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Se você deseja exportar a planta com um tamanho de arquivo mais compacto, uma
sugestão é exportar com a mesma resolução apresentada na tela do QGIS, que
corresponde a 96 dpi. Essa configuração é interessante para versões mais leves destinadas
a revisão ou teste (minuta).
Para exportar a planta como GeoPDF, você deve clicar no botão “Exportar como
Em seguida, uma janela de “Opções de exportação para PDF” será aberta. Observe
que, para que seu arquivo de saída esteja realmente no formato GeoPDF, você deve
habilitar a opção “Criar PDF Geoespacial (GeoPDF)”, conforme mostrado na Figura 7.22.
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Figura 7.22: Exportação de GeoPDF.
Após isso, basta clicar em “Save” e o arquivo da planta topográfica está pronto
para revisão final e, caso não haja a necessidade de correções, já pode ser entregue ao
cliente, finalizando-se o serviço.
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8. APLICAÇÕES (BÔNUS)
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Figura 8.1: Imagem de satélite adicionada.
Observe na figura anterior que a cor preta dos símbolos e rótulos das feições não
é adequada quando a planta tem por base uma imagem de satélite, devendo-se alterá-las
para cores mais claras, como por exemplo o amarelo ou branco (Figura 8.2).
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Se você acessar o compositor de impressão com a planta elaborada anteriormente,
vai perceber que a imagem do satélite ainda não vai aparecer. Isto ocorre porque as
camadas que devem ser visualizadas na planta principal já estão definidas para o tema
“mapa principal”.
Para atualizar o tema, de maneira que a nova camada com a imagem de satélite
seja incluída nele, é necessário realizar os seguintes passos:
(1) Coloque para “mostrar” somente as camadas que devem aparecer na planta
principal;
(2) Em seguida clique no botão “Gerenciar Temas de Mapa”: que fica no topo do
painel “Camadas”.
(3) Depois escolha a opção Substituir Tema > mapa principal, conforme mostrado na
Figura 8.3.
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Figura 8.4: Resultado após a substituição dos temas.
Com a utilização de ortomosaico de drones, devido à sua alta resolução que chega
a menos de 2 cm, é possível “ampliar” alguma área que se deseje destacar evidenciando
algum detalhe do imóvel, como mostrado na Figura 8.5.
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A área de detalhe, nada mais é que uma camada vetorial com polígono circular
criado com as ferramentas de edição de forma do próprio QGIS [9], aplicando-se a
simbologia “polígono invertido”, de tal forma que somente o que estiver dentro do
polígono apareça no mapa.
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Figura 8.6: Cópia do arquivo Geopackage para o segundo imóvel.
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Figura 8.8: Organização das classes de cada imóvel em grupos no QGIS.
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Figura 8.10: Expressão do QGIS para o cálculo de área a partir do nome da camada.
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atendam diversas finalidades, como é o caso das Perícias Cartográficas, tendo a confiança
da qualidade do produto gerado.
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a solução técnica de um imbróglio do processo judicial, além da possibilidade do perito
poder obter uma boa renda extra.
O conteúdo deste livro finda por aqui. Eu espero que tudo tenha sido bastante
proveitoso e colaborado para a excelência das atividades que venha realizar a partir deste
material. Desejo também muito sucesso e prosperidade, tendo em mente que pode contar
sempre com o apoio deste autor, cuja missão é oferecer um conteúdo de qualidade para a
sua vida acadêmica e profissional.
Se você tem o interesse de aprender mais, acessando a todo o material das práticas
que foram apresentadas neste livro com videoaulas gravadas do passo a passo, e contando
com o suporte técnico de quem desenvolveu a metodologia e as ferramentas através de
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REFERÊNCIAS
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