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GEOPROCESSAMENTO

Apostila do curso
GEOPROCESSAMENTO UTILIZANDO O QGIS

Profº Hider Cordeiro de Morais


Eng° Civil e Ambiental
Esp. Geoprocessamento e Georreferenciamento de Imóveis Rurais
Mestre em Agroenergia
Doutorando em Engenharia Civil

Palmas – TO

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GEOPROCESSAMENTO

Sumário

1. APRESENTAÇÃO GERAL DO QGIS – VERSÃO 3.0 .................................................. 3


2. FUNCIONALIDADES BÁSICAS NO QGIS ................................................................... 3
2.1. Introdução ao QGIS ...................................................................................................... 4
2.2. Propriedades do Dado ................................................................................................... 6
2.3. Criação de Perfil ............................................................................................................ 8
2.4. Caixa de Ferramentas de Processamento Geográfico ................................................... 9
2.5. Ferramentas de Navegação.......................................................................................... 10
3. CONFIGURANDO AS PROPRIEDADES DO PROJETO .......................................... 11
3.1. Tela e legenda.............................................................................................................. 11
3.2. SRC ............................................................................................................................. 12
4. GEORREFERENCIAMENTO........................................................................................ 13
4.1. Georreferenciamento de Carta Topográfica ................................................................ 13
4.2. Georreferenciamento a partir do Google Earth ........................................................... 16
5. EDIÇÃO DE DADOS GEOGRÁFICOS ........................................................................ 21
5.1. Levantamento de dados Shapefile a partir de Base de Imagem .................................. 22
5.2. Gestão de Conteúdo da Tabela de Atributos ............................................................... 26
5.3. Realização de Cálculos na Tabela ............................................................................... 27
5.4. Gerando Dados geográficos a Partir de Planilhas ....................................................... 28
6. FERRAMENTAS DE GEOPROCESSAMENTO ......................................................... 29
6.1. Recortar ....................................................................................................................... 30
6.2. União ........................................................................................................................... 31
6.3. Dissolver ..................................................................................................................... 32
6.4. Buffer .......................................................................................................................... 32
7. ELABORAÇÃO DE LAYOUT........................................................................................ 34
8. INTERPOLAÇÃO DE DADOS ....................................................................................... 37
8.1. IDW (Inverse Distance Weighted) .............................................................................. 37
8.2. Extrair contornos ......................................................................................................... 40
9. PROCESSAMENTO DE IMAGENS .............................................................................. 41
9.1. Download de Imagens Landsat 8 (USGS) .................................................................. 42
9.2. Composição de Bandas ............................................................................................... 44
10. ARITMÉTICA DE BANDAS ...................................................................................... 45
10.1. Cálculo da Reflectância Aparente ............................................................................... 45
10.2. Índices de Vegetação Por Diferença Normalizada (NDVI) ........................................ 48

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DO QGIS – VERSÃO 3.0

O (QGIS) apresenta uma interface bastante simples e intuitiva que pode ser completamente
customizada de acordo com as suas necessidades. Nesta figura está um panorama geral do
programa.

MENU

BARRA DE
FERRAMENTAS

VIZUALIZADOR DO
MAPA

ESCALA

2. FUNCIONALIDADES BÁSICAS NO QGIS

A versão a ser utilizada na disciplina é a QGIS 3.0. As funcionalidades básicas do QGIS


permitem o usuário visualizar, navegar, manipular dados geográficos de diversas naturezas. Essas
ferramentas são fundamentais na melhora do manejo do dado geográfico, a fim de efetuar uma
adequada análise.

O primeiro passo será a introdução ao novo painel de execução de dados geográficos do


QGIS 3.0 que facilita a gestão e organização das múltiplas fontes de execução de dado. Com os
dados ativos, será explorado recursos de organização de visibilidade das camadas do projeto.

No QGIS 3.0 foi criada a concepção de perfil do usuário. O perfil consiste em separar,
por autoria, os diferentes projetos realizados no ambiente. O endereço de gravação do projeto
continua sendo na estrutura de pastas do Windows, no entanto somente o usuário, autor do projeto,
poderá praticar o projeto em questão.

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2.1. Introdução ao QGIS

1. Abra o QGIS Desktop no local de instalação do software;


2. O sistema abre a interface do programa. Para iniciar qualquer projeto, vamos aprender
abrir os dados que estão contidos na pasta da prática 01;
3. Há dois tipos de dados na prática 01, dados vetoriais e dados matriciais (raster). No
entanto, há duas formas de abrir os dois tipos de dados;
4. O QGIS 3.0 apresenta o painel de execução de dados geográficos que unifica a
execução de variados formatos de arquivo geográfico e o acesso a servidores

remotos. Para isso, clique em Adicionar Camada Vetorial e adicione o dado vetorial
Limites Municipais.shp, como mostra a Figura 01.a;

Figura 01.a: Painel de Execução de Dados Geográficos.

5. Somente clicando em Adicionar, o sistema já executa o dado no data frame, sem precisar
sair do painel. Dessa forma, não há o retrabalho de acessar o recurso de execução de
dados novamente para abrir um segundo dado. A Figura 01.b ilustra a lista de recursos
dentro do painel;

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Figura 01.b: Lista de Fontes de Acesso de dados.

6. A aba camadas ao lado funciona como uma tabela de conteúdo. Contém todos os mapas
adicionados ao projeto e permite acessar propriedades, tabelas de atributos, editar dentre
outras ações;
7. A Figura 01.c ilustra a barra de recursos de visualização de camadas;

Figura 01.c: Ferramentas de Visualização do dado.

8. Para enquadrar seu dado nos limites de visualização do data frame, clique com o botão
direito no mesmo e clique em Aproximar para a camada;

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9. Ainda no botão direito, o recurso de duplicar cria uma réplica de seu dado geográfico, no
entanto sem estar registrado em pasta. Para registrar, é preciso clicar em Salvar como
dentro das opções do clique com o botão direito na camada;
10. Para remover ou renomear a camada, não alterando o nome original do dado, clique com
o botão direito na camada e clique em Renome ou Remover;

2.2. Propriedades do Dado

Vamos analisar as opções de conhecimento, tematização e exploração da camada.


1. Partindo do passo anterior, clique com o botão direito na camada Limites
Municipais e acesse a opção Propriedades;
2. A Figura 01.d ilustra a janela;

Figura 01.d: Janela de Propriedades do dado.

3. Na janela de Propriedades há inúmeras opções de manipulação, por atributo, de


sua camada;
4. A primeira aba é referente a todas as informações de aquisição, identificação,
extensão, aceso e atributos do dado geográfico em questão. É uma novidade da
nova versão, facilitando um conhecimento mais profundo a respeito do dado
geográfico de qualquer natureza;
5. As abas Fonte, Simbologia e Rótulos são, respectivamente, correspondentes a:
referência espacial do dado e local de gravação; aplicação de técnicas para
mapeamento temático ou classificação de feições; e usar rótulos de toponímia
(nomeação de feição) no dado de interesse;

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6. As abas 3D View, Source Fields, Uniões e Metadados indicam recursos,


repectivamente voltados para: Visualização e Renderização 3D da camada; Fonte
e características da camada; a indexação, a partir de um atributo em comum, de
duas tabelas de atributos relacionados ao mesmo local; exibir a informação
inerente aos processos de concepção do dado, o chamado “dado sobre o dado”;
7. A respeito do Metadado, o QGIS 3.0 facilitou os processos de cadastro de
informações a respeito do levantamento do dado geográfico e sua posterior
gravação;
8. A Figura 01.e ilustra o painel dos metadados;

Figura 01.e: Aba referente aos Metadados.

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2.3. Criação de Perfil

A criação do perfil permite o usuário a criar um ambiente de customização de todos os


projetos que venha a desenvolver no ambiente QGIS. Assim, a divisão de projetos por perfil reduz
riscos de retrabalho ou duplicidade de informações por separar os projetos a partir do usuário
responsável.
1. Ainda no ambiente QGIS, no menu suspenso, em Configurações/User Profiles/New
Profile;
2. O sistema abre uma janela para nomear o Perfil, Figura 01.f;

Figura 01.f: Criação de Perfil

3. Uma vez nomeado, clique em Ok e o QGIS abre uma réplica do próprio sistema, agora
em nome do perfil;
4. Assim, na aba Configurações/Personalização de Interface o usuário pode modificar
nomes de ferramentas e outros recursos;
5. E na aba Configurações/Opções, o usuário é capaz de customizar o sistema de referência
de seu data frame, assim como as regras de simbologias para a execução de dados
geográficos, a Figura 01.g ilustra a janela Opções;

Figura 01.g: Janela de Opções de customização do sistema QGIS para o perfil em questão.

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2.4. Caixa de Ferramentas de Processamento Geográfico

A caixa de ferramentas de processamento teve uma mudança de posição e organização,


no que tange a plataforma QGIS 3.0. Vamos explorar a nova caixa de ferramentas.
1. No ambiente QGIS, vá a aba Processar/Caixa de Ferramentas;
2. Veja que o sistema modelou um novo quadro referente a listagem das principais
ferramentas de processamento matricial ou vetorial;
3. Ao invés das ferramentas estarem espalhadas nas abas do menu suspenso Vetor ou raster,
elas estão localizadas de forma estruturada, conforme mostra a Figura 01.h;

Figura 01.h: Painel de ferramentas de processamento.

4. Os plug-ins SAGA e GRASS também se encontram no mesmo painel de ferramentas,


reduzindo a distância entre as aplicações (App) e os plug-ins;

5. A caixa de ferramentas pode ser, brevemente, acessada pelo ícone

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2.5. Ferramentas de Navegação

Neste passo, vamos conhecer as ferramentas de navegação dentro do projeto. Essas


ferramentas manipulam a escala e a localização do DataFrame em relação aos dados geográficos.
1. Com os dados abertos da prática anterior, vamos abordar algumas ferramentas de
navegação. As ferramentas no menu suspenso, representadas por uma lupa, garantem a
exploração da escala dinâmica do dado. A escala dinâmica não se configura como a escala
do dado, e sim, a escala de visualização dentro do DataFrame;
2. Com o botão do scroll do mouse, é possível a aplicação do Zoom In e Zoom Out;
3. A ferramenta de identificação de feições é muito importante quando se sabe as
características espaciais da região de interesse, porém não se sabe as informações

pertinentes. O ícone representa a ferramenta;


4. Clique em qualquer bairro no dado Limites Municípios com a ferramenta e veja o
resultado na Figura 01.b abaixo:

Figura 01.b: Uso da ferramenta de identificação de feições.

5. Uma outra ferramenta importante é a de medição. Representado por uma régua, na parte

superior do menu suspenso , esta ferramenta é capaz de medir perímetros, distâncias


e áreas;
6. O usuário pode clicar e realizar medições diversas no dado. Lembre-se que para calcular
valores de áreas, o dado deve estar projetado;
7. Há as operações de seleção, edição, conexão a servidores remotos, dentre outros.
Entretanto, estas serão abordadas nas práticas posteriores.

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3. CONFIGURANDO AS PROPRIEDADES DO PROJETO

Para elaboração de um projeto, você deverá configurar suas opções. As configurações são
únicas para o computador, onde uma fez realizada, estará sempre disponível no computador.
Abaixo será apresentado como configurar um novo projeto, bem como, seu caminho de
salvamento.
Acessando a barra de menu, vá em Configurações / Opções, será aberta uma janela com
a seguinte configuração: Sendo a primeira aba Geral, verifique se o seu Quantum Gis está
configurado desta forma:

3.1. Tela e legenda

Na aba Tela e Legenda, é interessante modificar a cor de seleção. Em um projeto,


na maioria das vezes, é necessário visualizar as informações que estão abaixo da
seleção, por isso a necessidade de mudar a opacidade da seleção com os seguintes
comandos:
 1º Clicar em Cor de Seleção

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 2º. Alterar a opacidade, aconselhado deixar com 50%

3.2.SRC
Na aba SRC, você pode definir o sistema de coordenadas desejadas. Lembre-se de habilitar
Prompt para SRC, pois quando você tiver importando ou criando uma camada ou arquivo, e que
ela não tenha a informação, o QGis vai perguntar em qual Datum ele foi criado.

É nesta aba em que se define o Datum de referência. Os que mais serão utilizados são:
Coordenadas Geográficas
 EPSG: 4291 SAD69
 EPSG: 4674 SIRGAS 2000
 EPSG: 4326 WGS 84

Coordenadas UTM

 EPSG: 5533 SAD69 /UTM zone 23S


 EPSG: 29192 SAD69 /UTM zone 22S
 EPSG: 31983 SIRGAS 2000 /UTM zone 23S

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 EPSG: 31982 SIRGAS 2000 /UTM zone 22S

4. GEORREFERENCIAMENTO

4.1.Georreferenciamento de Carta Topográfica

Para utilização de cartas topográficas em meio digital, é necessário o seu georreferenciamento.


Aqui mostraremos como é executado este processo
Vá até o Menu/Raster/Georreferenciador/Georreferenciador

Caso seu QGis não possua o Georreferenciador, vá em Menu/Complementos/ Gerenciar e


Instalar Complementos

Após isto, irá abrir uma nova janela do QGIS, nesta janela vá em: Arquivo / Abrir raster

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Busque o arquivo na extensão correta, normalmente será .tiff

Agora clique em Abrir

Após o carregamento da carta nesta janela, iremos iniciar adicionando pontos (1)
marcando os pontos (2) e dando suas coordenadas X e Y (3) e depois ok.

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Na disciplina trabalharemos com no mínimo 10(dez) pontos distribuídos de forma


uniforme pela carta.
Após a marcação dos pontos, vá até o Menu/ Arquivo e vamos clicar em Iniciar
Georreferenciamento.

Agora definimos o tipo de transformação para o georreferenciamento: Neste caso:


Tipo de transformação para Polinomial 1 (1), dê um nome e um caminho para criar o
raster georreferenciado (2) , selecione Carregar no QGIS ao concluir, assim o raster

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georreferenciado já será carregado no QGIS (3) e depois dê ok (4).

Após estes passos, o georreferenciamento estará pronto.

4.2. Georreferenciamento a partir do Google Earth

A principal interface da informação geográfica com qualquer leigo consumidor de mapas


é o Google Earth. Esse software é gratuito (baixo custo), intuitivo (interface amigável) e apresenta
um acervo de imagens de todas as regiões do planeta.
Todas essas imagens do google Earth são utilizados em diversos projetos, a fim de extrair
o conhecimento imagético de determinado dado vetorial (shapefile). Para conseguirmos trabalhar
as imagens concomitantemente com os dados vetoriais, precisamos georreferencia-las. Isso
acontece, pois a imagem (o quadro de interesse), adquirida em Jpeg, se apresenta sem referência
elipsoidal e projetiva, sendo somente uma figura.
Uma vez georreferenciada ela terá em seus metadados as coordenadas geográficas do
local que ela representa na imagem. Isso possibilita a compatibilização com dados vetoriais no
sistema SIG. Neste passo, foi utilizado a versão Google Earth Pro, assim há a opção de salvar a
imagem com a mais alta resolução.

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1. Em um projeto novo, adicione o dado matricial Ulbra_Max ao projeto, clicando em

Adicionar Dado Matricial ;


2. Adicione a imagem, proveniente do Google Earth, ao projeto para aplicarmos o
georreferenciamento;
3. A Figura 04.e mostra a imagem com coordenadas em centímetros, ou seja, não se
encontra no plano espacial de representação;

Figura 04.e: Imagem não referenciada espacialmente.

4. Abra o dado vetorial Area_Estudo_Geo para o referenciamento ao terreno imageado


pela fotografia do Google Earth. Dessa forma, sabemos, na base cartográfica, onde
exatamente foi o imageamento da imagem do Google Earth;
5. Agora abra a base cartográfica, com o apoio do plug-in XYZ Tiles, que será
referência à imagem do Google Earth. Será a base que apresentará os valores de
coordenadas elipsoidais (latitude e longitude).
6. Clique com o botão direito em XYZ Tiles e vá em New Connection;
7. Coloque o nome como Google Imagem que se refere a uma base com toponímia e
vetores diversos. Em URL coloque:
http://mt0.google.com/vt/lyrs=y&hl=en&x={x}&y={y}&z={z}&s=Ga
8. Vamos modificar a exibição do sistema de referência do Data Frame (plano de
fundo), indo em Projeto/Propriedades do Projeto;
a. Aba SRC: Escolha a referência WGS 84;
b. Clique em Ok;

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Nota 01: Caso ocorra erros de script python na execução da base cartográfica, só é
possível contorna-lo fechando ou abrindo o software novamente. Isso acontece por uma
incompatibilidade do sistema de referência da imagem (em centímetros) e a referência
espacial da base.
9. Na aba Raster acesse a ferramenta do georreferenciamento. Para isso, vá em á em
Raster/Georreferenciador/Georreferenciar;
10. Uma nova janela se abre, como mostra a Figura 04.f;

Figura 04.f: Janela do Georreferenciador.

11. Na opção Abrir Imagem , aponte para a imagem do Google Earth, e faça as
seguintes associações de pontos da imagem em relação aos mesmos pontos na base
cartográfica;

12. Para inserir o primeiro ponto, clique em , escolha um ponto bem nítido, como
esquinas, vértices de terreno ou cruzamentos de ruas. Ao clicar, clique na opção A
partir do mapa na tela e marque seu ponto homólogo na base cartográfica, como
mostra as Figuras 04.g;

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Figuras 04.g: Associação de pontos da imagem com pontos na base cartográfica.

13. Faça a seleção de no mínimo 6 pontos e no máximo 10, como foi feito no ítem
anterior. Os pontos devem ser bem distribuídos ao longo de toda a imagem a ser
georreferenciada. A Figura 04.h mostra todos os pontos coletados na imagem;

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Figura 04.h: Pontos de controle coletados para o georreferenciamento.

14. Clique em Iniciar Georreferenciador para realizar as configurações do


georreferenciamento:
a. Tipo de Transformação: Escolha a transformação polinomial, pois uma
função polinomial cujos parâmetros são determinados a partir das
coordenadas de pontos homólogos, os quais correspondem a conjuntos de
feições da base de dados (x, y), que também podem ser identificados no
sistema de referência (u, v). [1];
b. Método de Reamostragem: Escolha o método Vizinho Mais Próximo. Este
método apenas atribui o valor do nível de cinza de determinado pixel da
imagem reamostrada ao pixel da imagem original que estiver mais próximo.
Trata-se então, apenas de um arredondamento [1];
c. SRC alvo: Selecione a opção WGS 84, a mesma referência de coleta dos pontos
na base cartográfica;
d. Raster de Saída: Salve na pasta da prática com o nome
Imagem_ULBRA_Modificado;

15. Uma vez configurado, clique em Iniciar Georreferenciador novamente para


executar a ferramenta;
16. A Figura 04.i mostra o resultado da imagem georreferenciada;

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Figura 04.i: Imagem com coordenadas espaciais definidas pelo georreferenciamento.

17. Perceba que no Display, na parte inferior da imagem, as coordenadas da imagem


estão em graus decimais;
Nota 02: Um dos motivos para a imagem apresentar o aspecto de um paralelogramo é
devido ao movimento de rotação da Terra. Na medida em que o satélite desloca-se para
o sul, a Terra gira de oeste para leste, fazendo com que seja necessário compensar o
posicionamento das varreduras, que devem ser deslocadas para leste.

5. EDIÇÃO DE DADOS GEOGRÁFICOS

Criar, alterar, modificar e levantar dados geográficos são ações a serem desempenhadas
no ambiente SIG, com muitas ferramentas a disposição do usuário. A edição de dados vetoriais
abrange tanto a criação de feições ou dados como a modificação da estrutura física da feição.
O trabalho de edição se mostra denso, repetitivo e até mesmo cansativo, pois depende da
extensão geográfica do dado objeto de edição. Dessa forma, deve-se tomar cuidado em manter a
consistência geográfica do dado, a fim de garantir qualidade do resultado.
Serão vistas as aplicações de vetorização (criação de dados vetoriais a partir de imagens),
de modificação do dado (edição) e gestão de conteúdo do Shapefile (gestão das informações da
tabela). Siga os passos abaixo.

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5.1. Levantamento de dados Shapefile a partir de Base de Imagem

A questão de levantamento de dados shapefile dentro do ambiente SIG, com o


apoio de imagens orbitais ou dados matriciais, é muito importante para o usuário da
geoinformação e coloca o SIG como uma ferramenta de levantamento de dados. Neste passo,
vamos criar dados que vão representar feições de terreno (poligonais), de via (linha) e de pontos
cotados (ponto). Siga os passos a seguir:
1. Em um projeto novo, abra o dado da prática 3 Limites_Bairros.shp. Com o dado aberto,
abra as suas propriedades e modifique sua simbologia (Estilo), indo em Estilo de
Preenchimento e selecionando a opção Sem pincel;
2. Na versão QGIS 3.0 não há o plug-in Open Layers Plugin para termos acesso a base de
imagens orbitais do mundo. Para isso, acesse o painel de execução de dados, clicando em
adicionar dado vetorial ou adicionar dado matricial e acesse a opção Navegador,
conforme mostra a Figura 05.a;

Figura 05.a: Primeira opção Navegador.

3. Clique com o botão direito em XYZ Tiles e vá em New Connection;


4. Coloque o nome como Google Hybrid que se refere a uma base com toponímia e vetores
diversos. Em URL coloque:

http://mt0.google.com/vt/lyrs=y&hl=en&x={x}&y={y}&z={z}&s=Ga

5. Clique em Ok o sistema executará a base de imagens da google;


6. Posicione a camada da base abaixo da camada de Limites_Quadras para possibilitar a
visualização simultânea dos dois dados. Como mostra a Figura 05.b;

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Figura 05.b: Dado vetorial em conjunto com o basemap.

7. Para criar o dado shapefile, vá ao menu suspenso Camadas/Criar Camadas/shapefile ou


clique no ícone ;
8. Na janela que se abre, faça as configurações:
a. Tipo: A priori, vamos criar um polígono. Marque a opção Polígono;
b. Sistema de Referência: Escolha o mesmo sistema de referência da base
imagética. WGS 84 UTM 22S;
c. Novo Campo: Além do campo identificador (id) criado pelo sistema, o usuário
pode criar quantos campos achar necessário. Crie os campos:
i. Nome; Tipo: Dados de Texto; Comprimento: 80;
ii. Area; Tipo: Numero decimal (real); Comprimento: 20; Precisão: 3
iii. Perimetro; Tipo: Numero decimal (real); Comprimento: 20; Precisão: 3
9. Clique em Ok e salve a nova camada na prática da prática como
Estacionamento_Ulbra;

10. Clique com o botão direito na nova camada e vá em Alternar edição ;


11. Vamos criar feições de terreno no estacionamento dos alunos do Ceulp/Ulbra. Para isso,
faça a seleção por atributos para selecionar e dar zoom a feição referente ao
estacionamento citado. Vamos poligonizar as áreas referentes ao complexo laboratorial,
estacionamento dos alunos e bloco IV. A Figura 05.b ilustra os três polígonos;

12. Clique na opção Adicionar Nova Feição e realize o traçado sobre a imagem orbital
de base. Para garantir consistência de escala, vamos fixar uma escala de vetorização em
1:25.000. Essa escala será a base para as vetorizações de todas as geometrias (ponto, linha
e polígono);

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Figura 05.b: Terrenos em polígonos.

13. Realize o mesmo procedimento anterior para a criação da camada do tipo Linha com o
nome Percurso_Aluno. Crie os campos:
i. Nome; Tipo: Dados de Texto; Comprimento: 80;
ii. Extensão; Tipo: Numero decimal (real); Comprimento: 20; Precisão: 3
14. Faça o traçado do estacionamento até o complexo laboratorial, como ilustra a Figura 05.c:

Figura 05.c: Traçado das linhas, evidentes em amarelo.

15. Realize o mesmo procedimento anterior para a criação da camada do tipo Ponto. No
entanto, escolha a referência WGS 84, sem projeção. Crie os campos:
i. Nome; Tipo: Dados de Texto; Comprimento: 80;
ii. X_Long; Tipo: Numero decimal (real); Comprimento: 20; Precisão: 5;
iii. Y_Lat; Tipo: Numero decimal (real); Comprimento: 20; Precisão: 5;

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16. Represente como um ponto: Entrada do estacionamento dos alunos e reitoria, como ilustra
a Figura 05.d:

Figura 05.d: Pontos referenciais.

17. Caso o usuário tenha se equivocado no posicionamento de algum ponto, a ferramenta

Mover Feições é própria para modificar vértices de polígonos ou mover pontos.


Esta opção só é disponível em modo de edição.

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5.2. Gestão de Conteúdo da Tabela de Atributos

Neste passo, vamos editar a tabela de atributos dos dados recém-criados. Serão
explorados as opções de criação e exclusão de campos e o preenchimento de registros.
1. Abra a tabela de atributos do dado Locais criado no passo anterior;
2. Com a tabela aberta alterne o modo de edição pela própria tabela. Ou alterne pelo modo
tradicional, ensinado no passo anterior;
3. A tabela de atributos também apresenta as funções de salvar e desfazer a seleção efetuada,
não precisando acessar o menu suspenso da janela principal;

4. Em modo de edição, para a criação de campos novos, usa-se a opção Novo Campo
, onde abre-se uma janela com todas as configurações a serem feitas;
5. Para a exclusão de campo, é usada a opção Excluir Campo, no menu suspenso, ao lado
do ícone de criação de campo;
6. Para preencher o registro referente ao nome, clique duas vezes no campo vazio da coluna
Nome e escreva Reitoria_1. Como mostra a Figura 05.e:

Figura 05.e: Preenchimento de registros.

7. A feição é marcada quando a mesma é editada na sua tabela. Isso facilita o usuário a
não cometer erros de conteúdo do dado;

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5.3. Realização de Cálculos na Tabela

Nesta parte, iremos explorar a ferramenta de calculadora de campo. Será feita o cálculo
de área, perímetro, extensão, assim como a geração de valores de coordenadas dos pontos criados.
Outros tipos de cálculos são permitidos na ferramenta como: Geração de valores percentuais,
soma, média, dentre outros.
1. Para a geração dos valores de área, precisamos que os dados estejam projetados. Assim,
clique com o botão direito no dado Polígonos_Ulbra e vá em Propriedades;
2. Na aba Geral, veja que o sistema de referência do dado está em WGS 84 UTM 23S;
3. Partindo do passo anterior, abra a tabela de atributos do dado Polígonos_Ulbra e entre
em modo de edição;

4. Acesse a Calculadora de Campo, clicando no ícone , localizado no menu suspenso


da janela da tabela;
5. Marque a opção Atualizar o campo e selecione o campo Area. Na lista de funções, no
conjunto Geometria, marque a opção $Area, como mostra a Figura 05.f abaixo:

Figura 05.f: Configurações de cálculo de área na calculadora de campo.

6. Os cálculos de extensão, perímetro e coordenadas são realizados pelas funções dentro da


caixa de ferramentas Geometria;
7. Atualize o campo Perímetro, como foi feito anteriormente, selecione a função $perimeter
e clique em ok;
8. Os valores de área do dado poligonal foram determinados. Para o dado Percurso_Aluno,
atualize o campo Extensão e selecione a função $Length e clique em Ok;

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9. Para a determinação de coordenadas longitude e latitude, vamos abrir a tabela de atributos


da camada Locais. Em Calculadora de Campo, atualize o campo X_Long e no conjunto
de ferramentas Geometria, selecione a função $X. O sistema retorna o valor em
coordenadas geodésicas. Faça o mesmo para o campo de latitude, selecionando a função
$Y;

Figura 05.g: Coordenadas geodésicas geradas de cada ponto.

10. Para a exportação somente da tabela, clique com o botão direito no dado Locais e vá em
Salvar como...;
11. Na janela da ferramenta, modifique o formato de exportação para Planilha separada por
vírgulas (CSV), formato compatível com o MS Excel. Salve com o nome que achar
melhor;
12. Para garantir a consistência da exportação, abra a planilha no ambiente Excel.

5.4. Gerando Dados geográficos a Partir de Planilhas

É muito comum, dispormos de um dado de planilhas (este com informações


geográficas) para iniciar um projeto. Embora não apresentando feições geográficas, a
planilha pode ser facilmente especializada no QGIS. Siga os passos para saber como:
1. Em um projeto novo, clique na opção Criar uma Camada a partir de Um Texto

Delimitado, representado pelo ícone ;


2. Com a janela aberta, na opção Nome do Arquivo, aponte para a planilha presenta
na pasta da prática

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3. Marque a opção CSV (Delimitado por vírgulas), caso a tabela abaixo não tenha se
modificado, marque a opção Delimitadores Personalizados e marque a opção
Ponto e vírgula. Isso varia de acordo com as planilhas;
4. Em definição de Geometria, aponte para os respectivos campos X Field e Y Field,
as colunas X_Long e Y_Lat;
5. Em Geomtetry CRS escolha a opção WGS 84, pois os pontos foram levantados
neste sistema de referência planimétrica;
6. Realize a mesma configuração exemplificada na Figura 05.h;

Figura 05.h: Janela de configuração da ferramenta.

7. Clique em Adicionar e aguarde o resultado. Exporte o dado gerado para a pasta da prática
como Locais.shp;
8. Abra o dado vetorial Limite_Bairros e visualize em conjunto com os dados recém
gerados.

6. FERRAMENTAS DE GEOPROCESSAMENTO

Esta parte irá iniciar o aluno no uso das ferramentas de processamento de dados vetoriais.
Essas ferramentas permitem otimizar a análise geográfica, pois garante o foco somente na feição
de interesse de determinado dado.
As seguintes operações serão abordadas:
a. União: Operação que combina múltiplos Inputs, de um mesmo tipo vetorial, em uma
única camada de saída. Só une feições.

29
GEOPROCESSAMENTO

b. Dissolver: Operação de generalização geográfica, onde duas feições, de mesmo registro


em tabela, são unidos na formação de uma única feição (resumida).
c. Recortar: Feições são cortadas no molde de um dado vetorial escolhido.
d. Interseção: Gera a interseção entre feições de duas ou mais camadas vetoriais.
e. Buffer: Ferramenta de determinação de áreas circundante a qualquer tipo de feição de
dado vetorial. Também são chamados de áreas de influência.

6.1. Recortar

Como estava na definição acima, vamos utilizar a ferramenta Recortar para extrair uma feição
nos moldes de uma outra. Ferramenta utilizada somente em dados vetoriais poligonais.
1. Abra os dados vetoriais de Hidrografia.shp e LimitePalmas.shp, dados obtidos no site da SEPLAN
Tocantins.
Obs: O Mapa de Palmas foi separado a feição a partir do shape LimiteMunicipal.shp

2.
Figura 06 a: Dado de hidrografia do Tocantins e o município de Palmas.

3. Acesse a ferramenta recortar através do caminho Vetor/Geoprocessar/recortar e


configure abaixo:
a. Camada de Entrada : Hidrografia.shp;
b. Cortar camada: Selecione a camada molde do meu recorte LimitePalmas.shp
c. Local de saída para o arquivo shape: Salve na pasta de Resultados dentro de
uma pasta conhecida como Hidrografia_Palmas;
d. Marque a opção Adicionar dados à tela

4. Clique em Ok e observe o resultado;


5. O objetivo da prática é cortar o dado de hidrografia, que é referente a todo o estado do
Tocantins, nos moldes do dado referente ao município de Palmas (capital);
6. Aplique uma simbologia de cor azul e espessura de linha 2;
7. Dessa forma, só teremos a hidrografia referente ao município, a Figura 07.a mostra o
resultado;

30
GEOPROCESSAMENTO

Figura 06 b: Dado de hidrografia cortado nos moldes do dado de município.

6.2. União

A ferramenta União une diversas feições de dados geográficos vetoriais distintos em um


único dado vetorial de saída. Neste passo, vamos utilizar a ferramenta para juntar a feição
referente aos municípios de Palmas, Porto e Lajeado.
1. Em um projeto novo, adicione os dados Limite_Palmas.shp, Limite_Porto.shp e
Limite_Lajeado para serem unidos;
2. Execute a ferramenta Unir indo em Vetor/Geoprocessar/Unir:

a. Entrar com camada vetorial: Aponte para a camada Limite_Palmas


b. Unir à camada: Selecione o layer Limite_Porto
c. Local de saída para o arquivo shape: Municipios_PalmasPorto_uniao.shp na
pasta Aula 01 – G2;
d. Com o arquivo gerado Municipios_PalmasPorto_uniao.shp, unir com
Limite_Lajeado
e. Marque a opção Adicionar dados à tela;

3. Na ferramenta de união, só há a possibilidade de se juntar duas camadas somente. A


ferramenta Merge, pertencente ao plugin MMQGIS permite a junção de duas ou mais
camadas;
4. Clique em Ok e aguarde o resultado. A Figura 07.c ilustra o output;
5. Abra a tabela de atributos do dado gerado e veja que a ferramenta juntou os campos dos
dois dados;

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GEOPROCESSAMENTO

Figura 06.c: Municípios Unidos.

6.3. Dissolver

A ferramenta Dissolver une feições, de um dado geográfico, que contêm valores iguais
registrados em determinado campo da tabela de atributos. Ferramenta utilizada para gerarmos
dados geográficos com classificação mais genérica do que o dado original. Também é utilizado
para resumir os registros da tabela a partir de único campo.
1. Em um projeto novo, abra o dado gerado pela união de
Municipios_PalmasPorto_uniao.shp e Limite_Lajeado;
2. Acesse a ferramenta de Dissolver, em Vetor/Geoprocessar/Dissolver e faça:

3. Entrar com camada vetorial: Selecione a camada gerado pela união de


Municipios_PalmasPorto_uniao.shp e Limite_Lajeado;
a. Dissolver
b. Marque a opção Adicionar dados à tela;

4. Clique em Ok e execute a ferramenta;

6.4. Buffer

A ferramenta Buffer consiste na geração de áreas de influência ou de proximidade. A


partir de uma distância radial, a ferramenta gera um campo referente a essa área. Esta ferramenta
é bastante utilizada para sobrepor outros planos de informação no interior desta área de influência.
No exemplo do passo, vamos aplicar uma área de influência do aeroporto de Palmas.
Aplicando uma área de influência de 4.000 metro, vamos identificar quais áreas não estão inclusas
na área de influência do aeroporto.

32
GEOPROCESSAMENTO

1. Em um projeto novo, adicione abra a imagem do google, logo em seguida crie a camada
de contorno do aeroporto;

Figura 06.d: Aeroporto de palmas.

2. Acesse a ferramenta de buffer, vá até a barra de ferramentas em Geometria do


vetor/Geoprocessamento/Buffer conforme mostra abaixo:

Figura 06.e: Menu Buffer

3. Preencha os campos abaixo:


a. Entrar com camada vetorial: Selecione a camada de pontos Aeroporto de
Palmas;
b. Distancia: Escreva 4000, referente a 4 km de área de influência;
c. Marque a opção de dissolver resultado;
d. Local de saída para o Buffer: Salve como
Area_Influencia_Aeroporto_Palmas.shp em uma pasta conhecida;
e. Marque a opção de Adicionar dados à tela;

4. Execute a ferramenta e aguarde o resultado;


5. A Figura 06.f mostra como ficou o resultado da ferramenta Buffer;

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GEOPROCESSAMENTO

Figura 06.f: resultado da ferramenta Buffer

7. ELABORAÇÃO DE LAYOUT

Em qualquer projeto, precisamos de uma apresentação dos dados geográficos utilizados com
todos os elementos relativos ao mapa, como: norte geográfico, grade de coordenadas, informações
do projeto, barra de escala, dentre outros.
1. Em um projeto novo, abra o shape Hidrografia_Palmas do passo 6.1;
2. Essa etapa é de extrema importância, pois é o produto final do geoprocessamento.
Geralmente, as decisões são tomadas sobre esse produto. Logo, há uma exigência grande
na geração de um layout simples e direto;
3. Para iniciar no projeto de construção do layout, no menu suspenso, clique em
Projeto/Layout Manager;
4. No painel de gerenciamento de layouts, selecione Empty Layout;
5. Coloque como título o seguinte texto: Layout referente ao Mapa da Hidrografia de
Palmas - TO
6. Há uma conexão entre as camadas ativas e as camadas que aparecem na interface de
layout, tenha cuidado ao modificar as ordens das camadas ou desativá-las no QGIS. Seu
layout ficará diferente com essas modificações;
7. Na janela que se abre (Figura 07.a), vamos configurar o tamanho da folha na qual vamos
elaborar o produto. Vá em Esboço/Page Setup e escolha o tamanho A1, esse tamanho
é adequado para a publicação de mapas temáticos em ambiente SIG;

34
GEOPROCESSAMENTO

Figura 07.a: Interface de layout do QGIS.

8. Depois de modificada as simbologias, na interface de layout, vamos adicionar as

camadas, clicando na opção (ao lado esquerdo da janela) . Faça um


quadrado proporcional ao tamanho da folha. Aconselha-se posicionar o mapa
ligeiramente a esquerda da folha, pois do lado direito se situarão as informações
temáticas a respeito. A escala do nosso mapa no layout será de 1: 100000;
9. Se o mapa não estiver corretamente posicionado no interior do retângulo

envolvente (criado pelo usuário), a opção Mover item do conteúdo nos


permite o acesso direto ao mapa;
10. Marque a opção Moldura, na aba Propriedades do item;
11. Mais abaixo, vamos inserir a grade que é referente às coordenadas do nosso
dado, configure:
a. Tipo de grade: Sólido (caso quiséssemos apenas visualizar os encontros
de coordenadas ao invés de toda a rede, selecione opção Cruz);
b. Intervalo (X): 10000;
c. Intervalo (Y): 10000 (com base no sistema de coordenadas, os intervalos
de linha serão de 10000 em 10000 metros);
d. Afatamento: Deixe o padrão
e. Espessura de Cruzamento: configure para 4 mm;
12. Por enquanto, não vamos inserir os valores numéricos das coordenadas, somente
no final do processo;
13. Vamos inserir a legenda que corresponde a informação sobre mapa. Clique na

opção Adicionar nova legenda ao lado esquerdo da janela ;


14. Configure a legenda, centralizando o título e aplicando o tamanho de letra 22
para o título, grupo e subgrupo para ser bem visualizado. Marque a opção

35
GEOPROCESSAMENTO

Moldura, localizada mais abaixo. Posicione a legenda na região à direita do


mapa;
15. Aplique configurações de fonte de tamanho 20 para todos os elementos do
layout;
16. Vamos inserir a barra de escala, clicando no ícone Adicionar nova barra de

escala , em Propriedades do item, vamos configurar a barra:


a. Estilo: Configure a seu gosto, o exemplo está em caixa simples;
b. Unidades: Metros
c. Rótulo: km
d. Unidades do mapa por unidades da barra: Coloque 1000, esse valor é de
acordo com a escala estabelecida no item 18;
e. Segmentos: Selecione 4 para a esquerda e 6 para direita;
f. Marque a opção de inserir moldura;
17. Posicione a barra de escala na região inferior da folha. Vamos adicionar um
rótulo indicado a escala do mapa do nosso layout. Tenha atenção que a escala
é do layout e não do mapa. Para isso, clique na opção Adicionar novo rótulo

. Aplique o tamanho de letra 22 e em alinhamento marque centro. Escreva


1:100.000 e posicione ao lado da barra de escala;
18. Vamos utilizar um triangulo para representar a direção norte do nosso dado.

Clique na opção Adicionar elipse e adicione um triângulo, com o tamanho


proporcional ao mapa. Posicione o norte dentro do retângulo do mapa. Escreva
um N abaixo do triângulo indicativo do norte, em negrito, clicando na opção de
adicionar um rótulo;
19. É muito importante inserir o logo referente às instituições indiretamente
presentes no nosso produto final. Vamos inserir o logo da Ulbra (fonte de
dados). A imagem estão no formato .png na pasta da prática. Clique em

Adicionar imagem e posicione ao lado da escala, na região inferior ao


mapa. Desenhe o retângulo de localização da imagem e no campo Caminho
indique a imagem na pasta;
20. Vamos adicionar um texto que expõe as principais características do dado objeto
do layout. Clique em Adicionar novo rótulo e escreva o seguinte texto:

Mapa Referente a Hidrografia de Palmas


Datum: SIRGAS2000
Projeção: UTM Zona 22S
Escala de Levantamento dos Dados:
Fonte: SEPLAN
Mapa criado por aluno <nome do aluno>
Curso: Geoprocessamento
Data de criação: 12/10/2018

36
GEOPROCESSAMENTO

21. Coloque o tamanho de letra 22 e posicione abaixo da legenda, mais para a


extremidade da folha;
22. Vamos adicionar os valores de coordenadas. Dê um clique, somente, no mapa e
em Propriedades do item marque a opção Desenhar Coordenadas. Selecione o
formato decimal, pois a principal informação a ser mostrada são os valores de
área. Deixe todas as outras configurações no modo padrão. Mais abaixo, marque
a opção de inserir moldura;
23. Por último, vamos colocar o título. Centralize em relação à folha. Adicione um
rótulo na parte superior da folha. Use todas as letras maiúsculas de tamanho 36,
em negrito. Faça o alinhamento horizontal ao centro e vertical no meio, logo
abaixo em Propriedades do Item e escreva:

MAPA REFERENTE A HIDROGRAFIA DE PALMAS

24. Salve em PDF, clicando no ícone , na parte superior da janela. Salve com o
nome do Mapa na pasta da prática e visualize o resultado.

8. INTERPOLAÇÃO DE DADOS

Uma vez definida o grau de dependência espacial, os métodos de interpolação surgem como
ferramenta de geração de superfícies com valores de um determinado atributo escolhido
levantados como objeto da interpolação. A interpolação utiliza de valores conhecidos (amostras)
para estimar valores desconhecidos nos locais não-amostrados.
A superfície estatística é nomeada por ser o resultado do processo de interpolação. No método
IDW (Inverse Distance Weighted) as amostras são consideradas de acordo com a influência de
um ponto em relação à amostra mais próxima, declinando a influência com as amostras
distantes. No entanto, esse método pressupões que os pontos estejam próximos entre si, com
espaçamento curto e regular ao longo da área-base de interpolação. Dessa forma, a ferramenta
pode gerar os Bull-eyes, que são superfícies geradas em torno de pontos isolados na área. O
levantamento amostral deve apresentar regularidade de espaçamento entre as amostras, para que
a técnica seja eficiente.

8.1.IDW (Inverse Distance Weighted)

A ferramenta de IDW parte do pressuposto de que as coisas mais próximas entre si são
mais parecidas do que as mais distantes. Para estimar um valor para algum local não
medido, o IDW usará os valores amostrados à sua volta, que terão um maior peso do que os
valores mais distantes, ou seja, cada ponto possui uma influência no novo ponto, que
diminui na medida em que a distância aumenta.

37
GEOPROCESSAMENTO

A ferramenta de IDW parte do pressuposto de que as coisas mais próximas entre si são mais
parecidas do que as mais distantes. Para estimar um valor para algum local não medido, o IDW
usará os valores amostrados à sua volta, que terão um maior peso do que os valores mais
distantes, ou seja, cada ponto possui uma influência no novo ponto, que diminui na medida em
que a distância aumenta.
1. Em um projeto novo no QGis, abra os dados vetoriais limite_palmas.shp e
pts_cot_Palmas.shp e, em seguida, acesse sua tabela de atributos;

Figura 08.a: limite_palmas.shp e pts_cot_Palmas.shp

2. Este dado se refere aos pontos cotados de Palmas;


3. Vamos interpolar cotas a partir do campo COTA referente a altitude conhecida na cidade de
Palmas. Dessa forma, vamos analisar as cotas nos locais não-amostrados com o interpolador
IDW.
4. O interpolador IDW se mostra adequado devida a proporcionalidade de distâncias entre as
amostras.

5. Acesse a Caixa de ferramentas do processamento , em seguida digite na barra de


pesquisa interpolação IDW e clique nele. Na caixa de diálogo, configure da seguinte forma:
a. Camada vetorial: Aponte para o dado Pts_Cot_Palmas.shp;
b. Atributos de interpolação: Como a altitude de Palmas está no campo COTA,
selecione-a;

c. Selecione a camada de entrada clicando no ícone :


d. Os campos ‘Distância para coeficiente P’, ‘Número de Linhas’ e ‘Número de
Colunas’ mantenham de acordo com o programa. Importante destacar que quando o
resultado da interpolação, parte da imagem interpolada fique cortada, reconsiderar o
número de linhas.

38
GEOPROCESSAMENTO

Figura 08.b: Configuração interpolação


e. No campo extensão, marque o shape que será o limite de sua interpolação, nesse caso
caso será o limite_palmas.shp.
6. O resultado é expresso na Figura 08.c;

Figura 08.c: Raster interpolado

39
GEOPROCESSAMENTO

8.2. Extrair contornos

Após a realização da interpolação, onde os locais não conhecidos, são ajustados de que as
coisas mais próximas entre si são mais parecidas do que as mais distantes. Com esse ajuste é
possível extrair os contornos equidistantes entre si.
Para extrair os contornos, siga os seguintes passos:
1. Na barra de menu, click em Raster-Extrair-Contorno

Figura 08.d: Caminho para extração de contorno

2. Após seguir os passos do item anterior, abrirá a seguinte caixa de diálogo:

Figura 08.e: Caixa de configuração para extração de contorno

40
GEOPROCESSAMENTO

3. A camada de entrada: Deverá ser selecionado o raster onde se deseja extrair o contorno
4. Equidistância: Valor da distância entre os contornos.
5. Nome do atributo: Nome do campo que será criado na tabela de atributos.
6. Depois mandar rodar o arquivo.

Figura 08.f: Resultado da extração de contorno.

9. PROCESSAMENTO DE IMAGENS

Para iniciar as operações de Processamento Digital de Imagens (PDI), é preciso coletar


insumos para efetivar análises. Os insumos do PDI são imagens orbitais ou dados matriciais, como
Modelos Digitais de Terreno ou de Elevação. Há alguns portais que disponibilizam dados
gratuitamente.
O acervo de imagens disponibilizados pelo serviço geológico dos Estados Unidos, USGS
(United States Geological Survey), está armazenado no portal Earth Explorer, no site
https://earthexplorer.usgs.gov/. Há dados de diversos sensores imagéticos, como Landsat e
Sentinel e sensores não-imagéticos, como dados de Radar e Modelos Digitais de Elevação (MDE),
conforme mostra a imagem abaixo.

41
GEOPROCESSAMENTO

Figura 09.a: Resultado da extração de contorno.

9.1.Download de Imagens Landsat 8 (USGS)

O acervo de imagens disponibilizados pelo serviço geológico dos Estados Unidos, USGS
(United States Geological Survey), está armazenado no portal Earth Explorer, no site
https://earthexplorer.usgs.gov/. Antes de tudo, é preciso realizar o cadastro para ter acesso aos
downloads dos dados disponíveis, para isso clique em register no menu suspenso e se cadastre no
portal.
1. A interface de pesquisa se mostra bem intuitiva, podendo colocar somente o nome da
região de interesse ou subir um dado vetorial de recorte diretamente na base de imagens
apresentada. Assim, digite Palmas e clique no retorno, abaixo, que o sistema gerar;

Figura 09.b: Endereço apontado pelo sistema.

42
GEOPROCESSAMENTO

2. Clique em Coordinates e, em seguida, em Use Map. Essa opção aplica um recorte envolvente
a região especificada acima. É possível o ajuste dos pontos ao clicar sobre os mesmos;
3. Na aba Data Range, escolha um período de imagens a ser coletado. Dessa forma, selecione
01/08/2018 a 30/08/2018;
4. Em seguida, clique em Data Sets;
5. Nesta aba, há um amplo conjunto de base de dados matriciais disponíveis. Primeiramente,
para visualizar a abrangência de imageamento dos satélites, clique em Toogle Coverage Image

Faça isso com todos os satélites, a fim de determinar quais recobrem o território brasileiro;
7. Vamos baixar as imagens do satélite Landsat 8. Para isso no conjunto Landsat/Landsat
Collection 1 Level-1/Landsat 8 OLI/TIRS C1 Level-1. Os sensores OLI e TIRS correspondem
ao Operational Land Imager e Thermal Infrarred Sensor. Para mais informações, basta clicar
no ícone i para obter informações;
8. Uma vez marcado a opção do landsat, clique em Results;
9. O resultado é uma gama de imagens referentes ao período de agosto. Sua variação temporal,
também chamado de resolução temporal, é de 16 dias.
10. A barra de exploração de cada imagem é expressa na Figura 01.h e descrita da esquerda para
a direita;

a. Footprint: Mostra, de forma poligonal, a abrangência da imagem no território;


b. Show Browse Overlay: Mostra uma prévia visão da imagem em cores naturais sobre a base
cartográfica;
c. Compare Browse: Compara imagens provenientes de outras datas ou fontes;
d. Show Metadata and Browse: Exibe o descritivo técnico de levantamento (data, hora,
coordenadas do vértice do polígono de imageamento, sensor etc) de cada uma das imagens
disponibilizadas no acervo correspondente ao dia de coleta;
e. Download Options: Fazer o download dos produtos disponíveis;
i. A primeira marcação se refere ao download da imagem com cores naturais;
ii. A segunda marcação permite o download dos dados de todas as bandas do
sensor escolhido, no formato geotiff;

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GEOPROCESSAMENTO

f. Add To Bulk Download: Baixa os dados no formato Bulk;


g. Order Scenes: Ordena as cenas em ordem em um ambiente separado para download dos
mesmos;
h. Exclude Scene From Results: Somente exclui as cenas da lista de resultados;
11. Para a disciplina, baixe o pacote de produtos (todas as bandas) da cena referente ao mês de
agosto (mês 8), especificamente 03/08
12. O download demorará alguns minutos;

9.2. Composição de Bandas

O processo de composição de imagens surge na concatenação de diferentes bandas nos três


canais (RGB) do espectro do visível, a fim de enaltecer ou discriminar as feições geográficas de
maior interesse, como vegetação, água ou mancha urbana. A operação de composição é
largamente utilizada no âmbito do Processamento Digital de Imagens (PDI).
A partir do produto gerado pela composição, é possível confeccionar mapas referentes a
qualquer tema, como uso do solo, tipo de solo ou qualidade da vegetação.
1. Partindo do passo anterior, para iniciar a composição de imagens, vá na aba
Raster/Miscelânea/Mesclar;
2. Com a ferramenta aberta, faça as configurações: a. Camdas de entrada: Marque os
arquivos que farão parte da composição. Coloque na sequência da composição. O primeiro
exemplo será a composição de cores naturais, 4R – 3G – 2B, conforme mostra a Figura 09.c;

44
GEOPROCESSAMENTO

As combinações mais utilizadas podem ser observadas na figura abaixo.

10. ARITMÉTICA DE BANDAS

Operações aritméticas são operações "pixel" a "pixel" entre imagens de bandas diferentes,
através de uma regra matemática definida, tendo como resultado uma banda representando a
combinação das bandas originais. As operações mais comuns são a soma, subtração, divisão (ou
razão entre bandas) e a multiplicação de uma banda por uma constante (realce linear).
Para realizarmos as operações aritméticas, precisamos calibrar as imagens a partir da
radiância e reflectância espectrais, a fim de normalizar dentro de uma escala radiométrica comum.
Isso permitirá a geração de produtos confiáveis e expressivos no ponto de vista analítico da região
de interesse.
NDVI é a abreviação da expressão em inglês para Normalized Difference Vegetation Index,
o que equivale em português a Índice de Vegetação da Diferença Normalizada. Serve para analisar
a condição da vegetação natural ou agrícola nas imagens geradas por sensores remotos. É
frequentemente usado para medir a intensidade de atividade da vegetação, enaltecendo altos
valores de pixel.

10.1. Cálculo da Reflectância Aparente

45
GEOPROCESSAMENTO

A reflectância aparente é a calibração que minimiza os efeitos do efeito cosseno do ângulo


solar zenital devido a diferença de tempo entre a aquisição dos dados. A reflectância compensa
os diferentes valores de irradiância estratosférica em cada banda espectral e corrige as variações
da distância Terra-Sol entre diferentes datas de aquisição de imagens. Essas variações podem ser
significativas geográfica e temporalmente.
A reflectância estratosférica no topo da atmosférica – TOA, pode ser calculada como segue:
ρλ' = MρQcal + Aρ
Reflexão planetária TOA, sem correção para o ângulo solar. Note que ρλ ‘ não contém uma
ρ λ‘ = correção para o ângulo do sol.

Fator de redimensionamento multiplicativo específico da banda dos metadados


Mρ = (REFLECTANCE_MULT_BAND_x, onde x é o número da banda)

Fator de redimensionamento aditivo específico da faixa dos metadados


Aρ = (REFLECTANCE_ADD_BAND_x, em que x é o número da banda)

Q cal = Valores de pixel do produto padrão (DN) quantizados e calibrados

A reflectância de TOA com uma correção para o ângulo do sol é então:

Onde:
ρ λ = Reflexão planetária TOA
Ângulo de elevação do sol local. O ângulo de elevação do sol do centro da cena em graus é
θ SE =
fornecido nos metadados (SUN_ELEVATION).
Θ SZ = Ângulo do zênite solar local; θ SZ = 90 ° - θ SE

1. Vamos seguir do passo anterior e calcular a reflectância aparente com uso


da ferramenta Calculadora Raster para obter os valores;
2. Para a imagem do Landsat 8 de 03 de agosto de 2018, de Palmas - TO, tem-
se os seguintes dados.
M ρ = 0.00002
A ρ = - 0.1
θ SE = 49.47905243

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GEOPROCESSAMENTO

Figura 10.a: valor extraído do Mp do arquivo MTL

Figura 10.b: valor extraído do Ap do arquivo MTL

Figura 10.c: valor de SUN_ELEVATION obtido do arquivo MTL

3. Adicionem ao programa as bandas do vermelho e infravermelho próximo, que são as


bandas 4 e 5 respectivamente.
4. Para cada banda, será ajustada para reflectancia utilizando as formulas anteriores.
(0.00002 * banda4+(-0.1))/(sen(49.47905243))
5. No arquivo de saída, salve como ref_band4.tif

47
GEOPROCESSAMENTO

6. Faça o mesmo procedimento para a banda 5;


(0.00002 * banda5+(-0.1))/(sen(49.47905243))
7. No arquivo de saída, salve como ref_band5.tif
8. Os valores de reflectância normaliza o posicionamento angular zenital do sensor, ou
seja, os valores trigonométricos da angulação zenital.

Nota 01: O valor do seno do sun_elevation, deve ser calculado na calculadora em graus. Após
o cálculo na calculadora, inserir o valor com todas as casas decimais na formula.

10.2. Índices de Vegetação Por Diferença Normalizada (NDVI)

O índice de vegetação por diferença normalizada é uma técnica aritmética de bandas que
tem como objetivo a identificação de perdas de vegetação na área de interesse. Para a realização
do cálculo do NDVI, é preciso calibrar as bandas espectrais envolvidas, ou seja, transformar os
níveis digitais de cinza (DN) para reflectância espectral apresentada pelo sensor, realizado no
passo anterior.
O índice de vegetação da diferença normalizada - NDVI utiliza a diferença da reflectância
entre a faixa do infravermelho próximo e a reflectância da faixa de visível. O NDVI é
constantemente utilizado para detecção de seca. Os valores do índice variam de -1 a 1, sendo
que quanto mais próximo de 1, mais densa é a vegetação e que o valor zero se refere aos pixels
não vegetados. O NDVI é o índice mais usado até hoje e reduz o efeito topográfico.
Neste passo, é realizada a subtração e a divisão como operadores aritméticos na extração de
informação espectral
1. A fórmula do NDVI a ser realizado neste passo é:
NDVI = (Banda Infra Vermelho – Banda Vermelho) / (Banda Infra Vermelho + Banda
Vermelho)
2. Considerando que estamos utilizando o sensor TM, do satélite Landsat 8, vamos
aplicar a fórmula do NDVI para o ano de 2018, com o resultado do ajuste de
reflectancia. No satélite Landsat 8, as bandas são:
NDVI = (Ref_Banda5 – Ref_Banda4)/(Ref_Banda5 + Ref_Banda4)
3. Para aplicar a fórmula, acesse a Calculadora Raster e insira a fórmula abaixo:
( "Ref_Band5@1" - "Ref_band4@1" ) / ( " Ref_Band5@1" + "Ref_band4@1" )

3. Salve o resultado na pasta NDVI, com o nome NDVI.tif;


4. O resultado gera uma escala variando entre -1 e 1. Quanto mais próximo de 1,
maior é a atividade vegetativa no local representado pelo pixel. Valores negativos
ou próximos de 0 indicam áreas de água, edificações, solo nú, onde há pouca ou
nenhuma atividade clorofiliana.
5. Abaixo, o resultado do NDVI com falsa cor em intervalos iguais na Figura 10.d;

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GEOPROCESSAMENTO

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