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Curso de Jornalismo
DA PRENSA À WEB:
COMO A PIRATARIA AFETA O MUNDO LITERÁRIO
Uma grande reportagem multimídia (GRM)
Rio de Janeiro
2023
Mayara da Cruz Tavares
DA PRENSA À WEB:
COMO A PIRATARIA AFETA O MUNDO LITERÁRIO
Uma grande reportagem multimídia (GRM)
Rio de Janeiro
2023
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AGRADECIMENTOS
Por último, mas não menos importante, gostaria de agradecer a mim mesma,
por não ter desistido em nenhum momento e por chegar até aqui, mesmo com os altos
e baixos. O meu futuro está em minhas mãos e espero conseguir orgulhar a todos.
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RESUMO
Este trabalho tem como objetivo principal estudar a história, principais características
e desenvolvimento de uma Grande Reportagem Multimídia (GRM), tendo em vista as
evoluções tecnológicas e adaptações que o formato teve que passar. Para
demonstração, foi escolhido como tema a análise da pirataria literária e as
consequências para autores e editoras. A reportagem aprofunda-se no mercado
literário, os obstáculos ultrapassados durante a pandemia, o encarecimento dos livros
e a importância dos direitos autorais para os produtores intelectuais. Este Trabalho de
Conclusão de Curso estuda os conceitos e aplicações de uma GRM para esclarecer
e expor a problemática da pirataria literária para a sociedade.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 8
1 PIRATARIA LITERÁRIA.........................................................................................................10
1.1 ORIGEM DA PIRATARIA .................................................................................................10
1.2 PIRATARIA LITERÁRIA NO MUNDO DIGITAL .............................................................12
1.3 DIREITOS AUTORAIS .....................................................................................................15
2 GRANDE REPORTAGEM MULTIMÍDIA ..............................................................................18
2.1 JORNALISMO ONLINE ...................................................................................................18
2.2 A GRANDE REPORTAGEM MULTIMÍDIA .....................................................................20
2.3 ELEMENTOS MULTIMÍDIA .............................................................................................22
3 DA PRENSA À WEB: COMO A PIRATARIA AFETA O MUNDO LITERÁRIO .................24
3.1 PAUTA ...............................................................................................................................24
3.2 APURAÇÃO ......................................................................................................................25
3.3 RECURSOS UTILIZADOS ..............................................................................................28
3.4 ESCRITA E EDIÇÃO........................................................................................................32
3.5 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO PARA CIRCULAÇÃO .....................................32
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................34
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................36
8
INTRODUÇÃO
1 PIRATARIA LITERÁRIA
21), podendo levar até anos para que todas as informações fossem repassadas para
o papel.
Naquela época, o conhecimento era controlado pelo monopólio da Igreja
Católica, para que os pensamentos que fossem divergentes aos dela não se
propagassem. Então, quando a invenção de Gutemberg foi feita e a primeira cópia
criada, a Igreja repudiou a impressão e, segundo Cesar (2013), julgou-a como uma
heresia, buscando sua censura o mais rápido possível.
Com a prensa móvel, uma nova ocupação surgiu: os livreiros. Eles eram
artesãos que viviam da reprodução e venda de livros, porém, para fugir das
autoridades, tiveram que buscar formas de se esconder, usando como recursos, “além
de um mercado ilegal de livros piratas, não fixar as máquinas em um prédio e mantê-
las circulando, para que não fossem pegos pelo governo” (CESAR, 2013, p. 22). Ainda
assim, aqueles que detinham o poder na época procuravam formas de controlar esses
textos, de acordo com Balázs (2011). “Enquanto os impressores e editores buscavam
proteção contra a concorrência, as autoridades estaduais e eclesiásticas queriam
controlar a circulação de textos” (BALÁZS, 2011, p. 399, tradução nossa).
De acordo com Cesar (2013), a partir do século XVII, a procura por livros
cresceu, principalmente por conta da disseminação da ideologia iluminista, e os
livreiros tornaram-se cada vez mais ricos, tornando impossível os governos e a Igreja
de terem controle sobre a distribuição ilegal deles. “Os editores piratas
desempenharam dois papéis fundamentais nesse contexto: eles imprimiram textos
censurados e introduziram reimpressões baratas, que alcançaram novos públicos de
leitura” (BALÁZS, 2011, p. 399, tradução nossa). Com um papel tão importante para
a sociedade da época, leis foram criadas para o benefício desses artesãos, a “nova
classe economicamente dominante” (CESAR, 2013, p. 23).
“A pirataria também desempenha um papel político claro como um contrapeso
ao controle centralizado da informação - independentemente dos interesses privados
dos Estados” (BALÁZS, 2011, p. 400, tradução nossa). Desde o seu início, a produção
literária era elitizada, então a pirataria acessibilizou para a população no geral, não
agradando às elites. Dessa forma, em 1850, nos Estados Unidos da América, foi
aprovada uma lei que permitia a construção de bibliotecas públicas, disponibilizando
gratuitamente obras que antes eram privadas. Isso não agradou à classe dominante,
que usou como argumento que “com a aprovação da lei, as pessoas perderiam o
12
interesse em escrever novos livros, pois não haveria mais mercado e assim não
haveria como lucrar com a editoração” (CESAR, 2013, p. 23).
Ainda nos anos 1960, já havia tecnologias que auxiliavam pessoas comuns a
realizar cópias caseiras de produtos físicos, como fitas cassetes e o objeto de estudo
desta pesquisa, os livros. Para isso, era utilizada a máquina de fotocópia, uma
tecnologia criada pelo físico Chester Carlson e, posteriormente, comprada pela
empresa Xerox, segundo Kleina (2017). A indústria não era favorável ao fácil acesso
da população, mas “a inovação teve de ser abraçada e as leis adaptadas às novas
possibilidades tecnológicas” (CESAR, 2013, p. 25). As leis adaptadas referem-se às
leis de direitos autorais, que serão discutidas mais à frente.
Em 1957, a ARPA (Advanced Research Project Agency) foi criada, tendo como
objetivo principal o “desenvolvimento de programas respeitantes aos satélites e ao
espaço” (ALMEIDA, 2005, p.1). Em meio às disputas entre Estados Unidos e à União
Soviética, durante a Guerra Fria, cientistas americanos da Universidade da Califórnia
(UCLA) herdaram da Força Aérea Americana um enorme computador, que daria
permissão à ARPA para acessar uma área até então desconhecida: a informática.
Com esse acesso, surgiu a necessidade de “criar uma rede nacional de
computadores, para ser um sistema de comunicação e defesa, a fim de informar sobre
possíveis ataques terroristas. O sistema foi denominado Arpanet” (ROCHA; FILHO,
2016, p. 1 e 2).
A Arpanet tinha como objetivo permitir o compartilhamento, via computadores,
de informações adquiridas dentro da ARPA. Em 1975, a Arpanet tornou-se parte da
Agência de Comunicação e Defesa - já que, desde o início, seu propósito era auxiliar
os Estados Unidos, em casos de guerras e conflitos. Porém, alguns anos após essa
integração, a rede de computadores dividiu-se entre uma voltada para fins militares e
outra, para o que hoje conhecemos como internet, segundo Rocha e Filho (2016).
A partir da década de 1980, a internet começou a ter espaço na vida da
população. Com a criação da World Wide Web (WWW), por Tim Berners Lee, a rede
cresceu com rapidez e ainda cresce nos dias atuais.
Um exemplo de pirataria pode ser verificado por meio das plataformas digitais
colaborativas que fazem o armazenamento e disponibilização de materiais
científicos como o Sci-Hub e o ResearchGate, por exemplo. Silva (2020), nos
diz que as plataformas digitais colaborativas são espaços na internet em que
os usuários inserem e compartilham materiais entre si (SILVA, 2023, p. 2).
A divulgação desses materiais é feita por sites, como LeLivro e Docero, e pelas
redes sociais, principalmente Telegram. No último, é onde encontram-se mais obras
pirateadas, onde usuários podem solicitar diferentes livros e os terem disponíveis em
formatos diferentes (PDF1, ePub2, Mobi3). Os que mais sofrem com esses vazamentos
1
PDF: Portable Document Format, formato de arquivo independente de aplicativo ou sistema.
2
ePub: Eletronic Publication, formato de arquivo digital, livre e aberto, específico para livros digitais.
3
Mobi: Mobipocket, formato pertencente à Amazon.
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ilegais são os autores independentes - aqueles que publicam seus livros por conta
própria, normalmente em plataformas como a Amazon.
demorou para acontecer, principalmente no Brasil. Até alguns anos atrás, existia o
pensamento de que a internet não poderia ser regulada, que era um meio livre e não
deveria ser controlada.
Ainda que esse pensamento esteja presente na sociedade e na rede, é notável
que as leis - e, nesse caso, a de direitos autorais - são implementadas em casos
virtuais, ainda que sejam necessárias atualizações para melhor aplicação. “As
características do ambiente digital podem acarretar a implosão do regime de proteção
autoral com uma nova revolução do processo criativo e da forma de utilização da obra
intelectual” (SANTOS, 2021, p. 68). Portanto, a divulgação ilegal de materiais
pirateados terá mais fiscalização.
Dentro da discussão envolta dos direitos autorais, existe um tópico importante
a ser abordado: o domínio público. Ele garante o livre acesso, sem ferimento de leis,
à propriedade intelectual de autores desconhecidos ou falecidos, após 70 anos da
morte. Segundo Martins (2019, p. 19), “o domínio público alude a ideia de uso comum,
por qualquer pessoa”, ou seja, caso o usuário compartilhe obras que estão neste
domínio, não haverá punição.
No mundo, os direitos autorais podem ser entendidos por duas ideias: o
copyright e o Droit d’Auteur. O primeiro garante os direitos a quem tem controle da
obra, podendo não ser o produtor; o segundo, a produção intelectual é a respaldada
pelas leis. No Brasil, segue-se o Droit d’Auteur, tendo como objetivo garantir que o
autor sempre será reconhecido pela obra, também dando o controle econômico sobre
seus livros.
Esta proteção é vista como um incentivo para produtores culturais, dando total
controle sobre a obra, além de uma parte em lucros. Dessa forma, a segurança da
propriedade intelectual é garantida e, ainda que haja necessidade de uma atualização
devido aos rápidos avanços da tecnologia, é importante que o autor saiba seus direitos
e busque proteção legislativa.
18
Segundo Daniel Will Harris (apud MARTINS, 2013, p. 8), existem dez critérios que
devem ser utilizados na produção de conteúdos jornalísticos, entre eles estão:
tais como: não ser preciso baixar plug-ins (aplicativos necessários então para
rodar arquivos de vídeo, sons, etc); consome menos recursos de máquina,
menos energia, e tem a vantagem de rodar em vários navegadores e em
vários dispositivos diferentes. (OLIVEIRA, 2014 apud LONGUI, 2014, p.9)
A primeira reportagem especial no meio online foi Snow Fall – The avalanche
at Tunnel Creek (2012), do jornal The New York Times, que “descreve de forma
inovadora uma avalanche de neve em Washington no ano de 2012” (WINQUES, 2016,
p. 67). A GRM contou com seis capítulos, elementos multimídias interativos e milhões
de visualizações; contou também com uma narrativa vertical, feita através da rolagem
de tela – scroll (LONGHI; WINQUES, 2015, p. 121 apud WINQUES, 2016, p. 69). O
pioneirismo do Snow Fall foi responsável pela popularização do gênero, que também
possui notoriedade no Brasil com matérias realizadas pelos jornais UOL Tab, Intercept
Brasil e Folha de S. Paulo.
22
situação semelhante à de 2012, porém em 1910, a reportagem conta com fotos dos
sobreviventes e familiares das vítimas, do local antes do desastre. A apresentação é
feita por meio de slide shows ou galerias e sempre com legendas, necessárias para a
contextualização das imagens postas.
Ainda que Snow Fall não apresente gráficos com dados, ela conta com a
presença de diversas animações. Em sua maioria, são imagens animadas sobre a
localização do acontecimento, mostrando os principais pontos das montanhas, a
meteorologia do momento, a espessura da neve no local, entre outros. As animações
são elementos interessantes para apresentar informações, pois exibem de forma
lúdica e atraente para o público.
Os elementos multimídias presentes em uma GRM podem ser variados, porém
são necessários para que a reportagem seja considerada multimídia. Com os avanços
da tecnologia, a produção de uma GRM se torna mais dinâmica e interessante para
os jornalistas, pela diversidade de conteúdos que podem ser produzidos por meio dos
componentes.
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3.1 PAUTA
O tema “Pirataria Literária” foi elaborado a parir de relatos feitos por autores
independentes em suas redes sociais, expondo as situações que estavam passando
devido às suas obras estarem disponíveis em sites piratas. Ao elaborar o trabalho final
para a disciplina de Reportagem Investigativa, foi definido o tema, para um maior
aprofundamento em causas e consequências da prática. Para o trabalho de conclusão
de curso, foi decidido prosseguir com a pesquisa, com um olhar mais acadêmico e
amadurecido.
O objetivo da pauta é apresentar como a pirataria afeta autores e editoras e os
motivos para que ela esteja tão presente na comunidade online. Para a montagem, foi
escolhida a grande reportagem multimídia, um formato utilizado para estudar mais a
fundo temas importantes, utilizando elementos multimídias – como vídeo, áudio,
imagens –, com o intuito de introduzir mais informações em formatos diferentes.
A finalidade da pesquisa é mostrar que a pirataria está presente na sociedade
desce o século XV, mas sua finalidade sempre foi a democratização da informação.
Quando, ainda na época da invenção da prensa móvel, os livreiros copiavam as obras
para vender para a população, tirando controle do conhecimento da Igreja Católica,
uma parte dos usuários que estão por trás de sites e grupos em redes sociais
atualmente têm o mesmo pensamento. Existem aqueles que pirateiam porque é mais
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fácil e existem os que pirateiam porque é a única forma que tem de ter acesso àquele
conteúdo.
3.2 APURAÇÃO
• Qual a sua opinião sobre a pirataria? Sabemos que essas ações são
prejudiciais tanto pros autores quanto paras editoras, mas também é uma
forma de acesso a leitura.
Para a produção de gráficos, foram feitas pesquisas sobre o preço dos livros,
gastos com transporte (2021 e 2022), valor de cesta básica (2021 e 2022), valor de
aluguel (2021 e 2022) e o salário mínimo (2021 e 2022). Esses infográficos foram
planejados para comparar o preços dos livros com os gastos básicos de uma pessoa
que ganha um salário mínimo. Segue o resultado:
4
JOHN BRANCH. THE NEW YORK TIMES. [S.l.]. THE NEW YORK TIMES, 2012. Disponível
em: https://www.nytimes.com/projects/2012/snow-fall/index.html#/?part=tunnel-creek. Acesso
33
jornal The New York Times e Crack: A invasão da droga nos rincões do sossego5, do
jornal Estadão. A análise de mais GRMs não foi possível pela não assinatura de sites
de notícias.
Após a análise de diferentes temas e escolher o que mais ornava com a ideia
inicial da autora, a pré-criação foi excluída e foram selecionados padrões para a
montagem do site. Para o título do site, a fonte escolhida foi Poly, para a barra de
navegação a fonte Karla, para o corpo do texto a fonte Arial e para os subtítulos a
fonte Vollkorn. A formatação foi justificada à esquerda, o tamanho da fonte do texto
tinha tamanho 12.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABRAMUS. Afinal, o que é direito autoral?. ABRAMUS, [S. l.]. Disponível em:
https://www.abramus.org.br/noticias/8482/afinal-o-que-e-direito-autoral/. Acesso em:
7 maio 2023.
AKAMAI. Piratas à vista. Akamai, [S. l.], p. 1-13, jan. 2022. Disponível em:
https://www.akamai.com/pt/resources/state-of-the-internet/soti-security-pirates-in-the-
outfield. Acesso em: 7 maio 2023.
ALVES, Paula. Amazon pune autores do Kindle Unlimited por seus livros
aparecerem em sites piratas: Escritores com livros na plataforma da Amazon têm
um acordo de exclusividade com a empresa; obras foram removidas do serviço.
Tecnoblog, [S. l.], p. 1, 27 fev. 2023. Disponível em:
https://tecnoblog.net/noticias/2023/02/27/amazon-pune-autores-do-kindle-unlimited-
por-seus-livros-aparecerem-em-sites-piratas/. Acesso em: 7 maio 2023.
BALÁZS, Bodó. Coda: A Short History of Book Piracy. Estados Unidos da América:
[s. n.], 2011. 424 p. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=AHo3AgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA399&dq=book+piracy+&ots=vH6LbEEy
Qm&sig=LEQQK8qOKa8Xu1DfIfHkGx3YqTc#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 21
abr. 2023.
BRANCH, John. Snow Fall: The avalanche at Tunnel Creek. The New York Times,
dezembro 2012. Disponível em: https://www.nytimes.com/projects/2012/snow-
fall/index.html#/?part=tunnel-creek. Acesso em: 17 jun. 2023.
FACCHINI, Talita. Varejo de livros termina 2022 com resultado positivo para o
setor. PublishNews, [S. l.], p. 1, 23 jan. 2023. Disponível em:
https://www.publishnews.com.br/materias/2023/01/23/varejo-de-livros-termina-2022-
com-resultado-positivo-para-o-
setor#:~:text=Em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20ao%20pre%C3%A7o%20m%C3%
A9dio,%24%2043%2C42%20em%202022. Acesso em: 7 maio 2023.
LONGHI, Raquel Ritter. Grande reportagem multimídia ontem e hoje. 12º Encontro
Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, [s. l.], novembro 2014. Disponível em:
38
http://jortec.ufpr.br/portal/docs/grande-reportagem-multimidia-ontem-e-hoje/. Acesso
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WINQUES, Kérley. "Tem que ler até o fim?" O consumo da grande reportagem
multimídia pelas gerações X, Y e Z nas multitelas. 2016. Dissertação (Mestrado em
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https://www.academia.edu/30920193/_Tem_que_ler_at%C3%A9_o_fim_O_consumo
_da_grande_reportagem_multim%C3%ADdia_pelas_gera%C3%A7%C3%B5es_X_
Y_e_Z_nas_multitelas_disserta%C3%A7%C3%A3o_de_mestrado_. Acesso em: 9
jun. 2023.