Você está na página 1de 13

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉNICO DE TETE

Divisão de Engenharia

Engenharia de processamento Mineral

Tema: Sistema de Informação Geográfica (SIG)

1Cedeira: Topografia

IIo ano/2022

Descentes:

Neusa António Bambo

Docente:

Adelson Assado

Tete, julho de 2022


Índice
Introdução................................................................................................................................................2

OBECTIVO.............................................................................................................................................2

Geral.........................................................................................................................................................2

Específico.................................................................................................................................................2

Metodologia.............................................................................................................................................2

Sistema de Informação Geográfica (SIG)................................................................................................2

A história do Sistema de Informação Geográfica....................................................................................3

Exemplos de SIG.....................................................................................................................................3

Tipos de dados em um SIG......................................................................................................................6

Estrutura de um Sistema de Informação Geográfica...............................................................................8

Abordagens de utilização de um SIG......................................................................................................8

Aplicações dos Sistemas de Informação Geográfica...............................................................................9

Análise espacial em saúde pública.........................................................................................................10

Conclusão...............................................................................................................................................11

Referência Bibliográfica........................................................................................................................12
Introdução
O presente trabalho tem como tema Sistema de Informação Geografica (SIG), que é uma
ferramenta que vem sendo utilizada cada vez mais pelos órgãos públicos e privados, pois
permitem a maximização de informações coletadas. O último Censo, de 2010, realizado pelo
IBGE utilizou-se do SIG para a coleta, armazenamento e tratamento dos dados colhidos.

compõem uma das Geotecnologias mais utilizadas e completas da atualidade, sendo utilizado
por diferentes profissionais ligados às áreas de meio ambiente, saúde, transportes,
demografia, engenharias e várias outros. Um SIG pode ser considerado um instrumento para
mapear e indicar respostas às várias questões sobre planejamento urbano e regional, meio
rural e levantamento de recursos renováveis. Aronoff (1991) descreve aplicações
representativas para as quais um SIG pode ser utilizado com sucesso. Os exemplos se fazem
presentes em várias disciplinas, incluindo aplicações amplamente aceitas tais como:
agricultura a planejamento do uso do solo, silvicultura e gerenciamento da vida silvestre,
monitoramento e gestão de áreas costeiras, arqueologia, geologia e aplicações municipais.

OBECTIVO

Geral

 Abordar sobre o Sistema de informação geográfica (SIG)

Específico
 Concectuar o sistema de informação geográfica

 Abordar sobre o sugimento do SIG,dar alguns exemplos;

 Conhecer os objetivos suplementares de um SIG,Tipos,estruturas e abordagens do


SIG.

Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica onde foi usado o
método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de
algo partícula para um mais amplo e geral.
Sistema de Informação Geográfica (SIG)
SIG esse termo é oriundo do inglês GIS (Geographic Information System). O Sistema de
Informação Geográfica.

De acordo com TEIXEIRA (1995) trata-se de um conjunto de programas, equipamentos,


metodologias, dados e pessoas (usuário), perfeitamente integrados. Tornando possível a
coleta, o armazenamento, o processamento e a análise de dados georreferenciados, bem como
a produção de informação derivada de sua aplicação ou um conjunto de sistemas de
softwares e hardwares capazes de produzir, armazenar, processar, analisar e representar
inúmeras informações sobre o espaço geográfico, tendo como produto final mapas temáticos,
imagens de satélites, cartas topográficas, gráficos e tabelas. Esses produtos são importantes
para a análise de evoluções espaciais e temporais de um fenômeno geográfico e as inter-
relações entre diferentes fenômenos espaciais.

Além disso, os SIGs vêm crescendo em todo o mundo, visto que sua interface possibilita um
melhor gerenciamento de informações. O que, consequentemente, melhora os processos de
tomada de decisão em áreas de grande complexidade, como planejamento municipal, estadual
e federal, redes de utilidade pública, proteção ambiental etc.

A história do Sistema de Informação Geográfica


A origem do SIG vem muito antes do advento da computação. Em Londres, no ano de 1854,
a cidade estava sofrendo com uma grave epidemia de cólera (na época ainda não se
conheciam as suas formas de contaminação). Diante desse cenário, o doutor John Snow teve
uma ideia: colocar no mapa da cidade a localização dos doentes de cólera e dos poços de
água. A espacialização dos dados permitiu que Snow percebesse que a maioria dos casos
estavam concentradas em torno do poça da Broad Street e ordenou que este fosse lacrado,
fato que contribuiu radicalmente para a redução dos casos da doença.

O estudo de Snow ficou para a história como um dos primeiros exemplos que ilustram o
poder de análise espacial dos Sistemas de Informação Geográfica.

A década de 80 representou o momento em que a tecnologia de sistemas de informação


geográfica iniciou um período de acelerado crescimento, que perdura até os dias atuais. Até
então limitados pelo alto custo do hardware e pela pouca quantidade de pesquisa específica
sobre o tema, os SIGs se beneficiaram grandemente da massificação causada pelos avanços
da microinformática e do estabelecimento de centros de estudos sobre o assunto.
Exemplos de SIG
 Geoprocessamento;
 Sensoriamento Remoto e o
 GPS.

Cada uma dessas três ferramentas tem uma função específica.

1. O Sensoriamento Remoto é um conjunto de técnicas utilizado para a captação de


imagens por meio de sensores de satélites, acoplados de equipamentos fotográficos
e scanners. É uma técnica que permite obter informações de um determinado objeto
sem entrar em contato físico com ele.

2. O GPS é o Sistema de Posicionamento Global (sigla derivada do inglês Global


Positioning System), um instrumento que permite a localização de uma pessoa ou um
objeto espacial a partir de suas coordenadas geográficas, latitude e longitude.
Atualmente, vem sendo utilizado em diversos setores econômicos, como na
agricultura e no rastreamento de carga de veículos. Com os problemas de trânsito
enfrentados nas grandes cidades, vem se tornando um item indispensável para
navegação e orientação aos motoristas de carro.

3. O Geoprocessamento é a técnica de coleta e processamento de dados espaciais. Esse


processo envolve informações coletadas tanto pelo Sensoriamento Remoto quanto
pelo GPS.

Uma das principais aplicações do SIG é no planejamento e ordenamento territorial, como o


planejamento urbano de uma cidade, o planejamento ambiental, citando como exemplo o
controle e o monitoramento do desmatamento na Amazônia

Um SIG não é apenas um software, mas um sistema composto


por dados, hardware, pessoas, metodologias, e, obviamente, o software. Todos esses
componentes se integram nos permitindo armazenar, manipular e analisar uma riqueza de
dados e informações espaciais.

1. Dados

Os dados são registros de fenômenos com referência espacial. A localização é um atributo


particular que os diferencia dos demais tipos de dados. São divididos em dados espaciais e
dados de atributo.

2. Hardware

O componente hardware consiste em elementos físicos que dão suporte ao funcionamento do


sistema, como processador, memória, dispositivos de armazenamento, scanners, impressoras,
estação total, equipamentos GPS, dentre outros.

3. Pessoas

As pessoas são compostas de desenvolvedores, operadores e administradores do sistema,


aplicam as diversas funções do SIG na resolução de problemas do mundo real, desenvolvem
novas ferramentas e o conhecimento científico a ser utilizado no SIG.

4. Metodologia

A metodologia consiste no conjunto de procedimentos que cada usuário constrói em um SIG,


visando atingir um objetivo. A análise espacial com mapas de Kernel é um exemplo de
procedimento que pode ser realizado em um SIG, muito útil quando se quer evidenciar a
concentração ou dispersão de eventos pontuais no espaço.

5. Software
O software é o elemento mais conhecido de um SIG. A partir dele é possível manipular as
ferramentas e funções para geração da informação geográfica. Existem diversos softwares de
SIG..

Um Sistema de Informação Geográfica é, portanto:

um sistema constituído por um conjunto de programas computacionais, o qual integra dados,


equipamentos e pessoas com objetivo de coletar, armazenar, recuperar, manipular, visualizar
e analisar dados espacialmente referenciados a um sistema de coordenadas conhecido.

Segundo Silva (1999) os objetivos suplementares de um SIG são:

1. Produzir mapas com rapidez


2. Diminuir o preço da produção de mapas
3. Facilitar a utilização dos mesmos
4. Produzi-los com mais pormenor
5. Possibilitar automaticamente a atualização e revisão
6. Possibilitar a análise quantitativa de dados espaciais.

Tipos de dados em um SIG


Todo software SIG abrange um sistema de gerenciamento de banco de dados capaz de
manipular e integrar dois tipos de dados: os dados espaciais e dados de atributos,
permitindo criar informações e facilitar a análise. Essa é uma vantagem desse sistema em
relação a outros tipos de sistemas informatizados.

 Os dados espaciais podem ser representados de forma vetorial ou matricial, e


 Os dados de atributo são compostos por códigos alfanuméricos, armazenados em
tabelas.

Exemplo de dado espacial, de representação vetorial (shapefile) e de dado alfanumérico,


integrados no software de SIG QGIS:
Representação vetorial e de dado alfanumérico

Esse é um outro exemplo de dado espacial, de representação matricial (imagem de satélite),


visualizado no software de SIG QGIS:

Representação de dado matricial


Estrutura de um Sistema de Informação Geográfica
Um SIG, enquanto ambiente computacional, é composto pela seguinte estrutura hierárquica:

 interface com usuário;


 entrada; e integração de dados;
 funções de consulta e análise espacial;
 visualização e plotagem; e
 a gerência de dados espaciais (armazenamento e recuperação de dados).

Figura da estrutura geral de um SIG

No nível mais próximo ao usuário, a interface homem-máquina define como o sistema é


operado e controlado. No nível intermediário, um SIG deve ter mecanismos de
processamento de dados espaciais (entrada, edição, análise, visualização e saída). No nível
mais interno do sistema, um sistema de gerência de bancos de dados geográficos oferece
armazenamento e recuperação dos dados espaciais e seus atributos”.

Abordagens de utilização de um SIG


Existem três (3) abordagens de utilização de um SIG:

Abordagem de aplicação
Considera um Sistema de Informação Geográfica principalmente como uma ferramenta,
usado para responder a perguntas, apoiar a tomada de decisões, manter um inventário de
dados geográficos e informações e, claro, elaborar mapas.

Abordagem do desenvolvedor

Está preocupada com o desenvolvimento do SIG como plataforma de software ou tecnologia.


Está preocupada com a melhoria, refinação e extensão da ferramenta e tecnologia em si. O
SIG QGIS, por exemplo, possui uma grande comunidade de desenvolvedores de diferentes
países, como Brasil, Suíça, Alemanha, Dinamarca, Suécia e Portugal.

Abordagem científica

Frequentemente referida como Ciência da Informação Geográfica (em inglês, GIScience),


procura integrar diferentes disciplinas estudando métodos e técnicas de tratamento de
informações espaciais. A abordagem científica também está interessada nas consequências e
implicações sociais do uso e difusão da tecnologia SIG.

Aplicações dos Sistemas de Informação Geográfica


Um SIG pode ser utilizado como ferramenta para produção de mapas, como suporte para
análise espacial de fenômenos e como um banco de dados geográficos, com funções de
armazenamento e recuperação de informação espacial.

O SIG é a aplicação do Geoprocessamento, entendido como um conjunto de técnicas


matemáticas e computacionais para transformar o dado espacial em informação espacial.

Portanto, sempre que o onde aparece dentre as questões e problemas que precisam ser
resolvidos por um sistema informatizado, haverá uma oportunidade para considerar a adoção
de um SIG.

São muito vastos, podendo-se utilizar na maioria das atividades com um componente
espacial, da cartografia a estudos de impacto ambiental ou vigilância epidemiológica de
doenças, de prospeção de recursos ao marketing, constituindo o que poderá designar de
Sistemas Espaciais de Apoio à Decisão. A profunda revolução que provocaram as novas
tecnologias afetou decisivamente a evolução da análise espacial
Mudanças no uso e cobertura terra – Fonte: Barros (2014)

Análise espacial em saúde pública


Como dito anteriormente, os mapas de Kernel ou mapas de calor são bastante úteis para
espacializar a intensidade de eventos pontuais. Na saúde pública eles possuem um grande
potencial, pois permitem, por exemplo, analisar as áreas de maior concentração de
determinada doença a partir de dados espaciais inseridos em um SIG.
Conclusão
Conclui-se no presente trabalho que os os SIGs se beneficiaram grandemente da massificação
causada pelos avanços da microinformática e do estabelecimento de centros de estudos sobre
o assunto e são capazes de produzir, armazenar, processar, analisar e representar inúmeras
informações sobre o espaço geográfico, tendo como produto final mapas temáticos, imagens
de satélites, cartas topográficas, gráficos e tabelas e deve se levar em consideração os mapas
de Kernel ou mapas de calor pois, são bastante úteis para espacializar a intensidade de
eventos pontuais. Na saúde pública eles possuem um grande potencial, pois permitem, por
exemplo, analisar as áreas de maior concentração de determinada doença a partir de dados
espaciais inseridos em um SIG.
Referência Bibliográfica
BARROS, J. B. “Mudanças na paisagem e agricultura tecnificada no município de
Ipanguaçu/RN”. Monografia (Bacharel em Geografia) – UFRN. Natal, 2014.

CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. (Org.). “Introdução à Ciência da


Geoinformação”. INPE.

CARVALHO, R. M.; NASCIMENTO, Luiz F. C. “Spatial distribution of dengue in the city


of Cruzeiro, São Paulo state, Brazil: use of geoprocessing tools”. Rev. Inst. Med. Trop. Sao
Paulo, 2012.

COMUNIDADE QGISBrasil. “Comunidade QGISBrasil agora é Patrocinadora Bronze do


Projeto QGIS Internacional”.

FITZ, P. R. “Geoprocessamento sem complicação”. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

GEOFUSION. “O que é Geomarketing? Saiba tudo neste infográfico”.

HUISMAN, O.; BY, R. A. de. “Principles of Geographic Information Systems”. ITC. 2009.

SHIN, M; CAMPBELL, J. “Essentials to Geographic Information Systems”.

Você também pode gostar