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Código: 708213085
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3. Conclusão...................................................................................................................9
4. Referencias Bibliográficas.......................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO
Informações referentes à repartição geográfica de recursos naturais, de características
específicas de solos e de vegetação são do típico interesse a tomadores de decisões em áreas
como a agricultura, cartografia, cadastro urbano, redes de concessionárias e floresta.
É nesse sentido que os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) adoptam um papel cada vez
mais relevante na sociedade moderna, determinada pela valorização de informações
concebidas a partir do processamento e análise de dados geográficos.
Assim, partindo-se desses pressuposto, esta pesquisa pretende fazer uma análise intrínseca no
que tange a importância do uso dos SIG, para a gestão e monitoramento ambiental - caso de
florestas. Para tal, a pesquisa optou em escolher o método bibliográfico, onde fez-se um
levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e
electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites no que tange ao tema
esposo.
Quanto a estrutura deste trabalho, é constituída por três partes, detalhadamente: Introdução,
onde o trabalho faz abordagem superficial do tema, os objectivos e a metodologia para a
concretização do mesmo. Após isso segue-se com o referencial teórico que elucida-se os
conceitos básicos dos autores que já estudaram o assunto, após isso a pesquisa irá apresentar
as conclusões e por fim as fontes.
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Com base nos utensílios SIG é possível não só manter actualizada a cartografia das áreas
afectadas por acidentes naturais, como criar modelos prospectivos com base no cruzamento e
tratamento quantitativo dos factores intervenientes (por exemplo: relevo, geologia, uso do
solo, elementos climáticos, dados demográficos, desflorestamentos) (Conselho, 2001, citado
em Ribeiro, 2012).
As várias definições dos SIG reflectem a multiplicidade de usos, visões e aplicações destas
tecnologias, no entanto o seu maior potencial está na conjugação das várias metodologias com
uma perspectiva interdisciplinar da sua utilização. De uma forma geral, são sistemas
concebidos para recolher, armazenar, analisar objectos e fenómenos em relação aos quais a
localização geográfica é uma característica importante Aronoff, (1989 citado em Souto,
2012). Em quanto para o Szlafsztein e Sterr, (2007, citado em Chimangue, 2018) considera
que SIG integram cinco componentes principais: hardware, software, dados, pessoas e
métodos.
O Software – é formado por um conjunto de programas, que tem por objectivo colectar,
armazenar, processar e analisar dados geográficos. Software é apropriado para o
processamento da informação espacial, engloba duas componentes fundamentais: gestão da
base geográfica e da base alfanumérica (Cunha 2009, citado em Chimangue, 2018);
Dados – conforme o autor acima, os dados espaciais são a base sobre o qual funcionam os
SIG e estes variam no espaço e no tempo. Existem várias formas de adquirir e integrar os
dados espaciais que varia consoante a sua tipologia. O poder da informação é, sem dúvida,
indiscutível. Porém, o que tem revolucionado os processos tradicionais de utilização da
informação é a maneira como ela pode ser rapidamente processada e utilizada para diferentes
objectivos pelo modo de sua apresentação, ou seja, georreferenciada e mapeada (Freire,
2009).
Os cinco itens apresentados por Lazzaroto (2003, citado em Chimangue, 2018) possuem
características distintas, mas que se relacionam entre si, ou seja, o utilizador de SIG, com sua
experiência de usuário, aplica as metodologias estudadas para poder cada vez mais trabalhar
com os dados obtidos, utilizando software e hardware disponíveis para a realização de todas
as análises e geração de resultados satisfatórios que atendam às suas necessidades.
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Moçambique, com cerca tem a maior floresta de mangais na África Oriental. Ao sul do rio
Save mangais ocorrem extensivamente no estuário Morrumbene, baia de Inhambane, Baía de
Maputo e Inhaca. A Baía de Maputo é uma das mais extensas áreas de manguezais na região
sul. As maiores florestas ocorrem no centro do país, principalmente devido as descargas de
água doce considerável de cerca de 18 rios incluindo os deltas do zambeze, pungue, Save e
Buzi. (Micoa, 2009).
Assim, o conjunto dum meio difícil de acesso com a necessidade de actualizar regularmente
os dados sobre ele num contexto de mudança leva a obrigação de usar uma ferramenta que
permite economizar tempo, recursos humanos e materiais, que ficam muito importantes no
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trabalho de campo nas florestas. A detecção remota parece uma solução eficiente a esse
problema (Gaspar, 2021).
Vaiphasa (2006, citado em Luis 2017) argumenta que as florestas constituem um dos mais
importantes ecossistemas costeiros e que estão ameaçados pela expansão dos assentamentos
humanos, a explosão da aquacultura comercial bem como o impacto das marés e tempestades,
e por isso há cada vez mais um aumento da procura de mapas detalhados dos mangais com
finalidade de medir sua extensão e avaliar o seu declínio.
Produzir mapas detalhados das florestas na comunidade ou o tipo de espécies existentes não é
uma tarefa fácil, principalmente porque as florestas de mangal são muito difíceis de aceder
por isso os SIG é uma séria alternativa aos métodos modernos baseados em campo para o
mapeamento dos mangais, uma vez que permite recolher informações mesmo em lugares
inacessíveis. (Kulima, 2014)
O uso das técnicas de SIG desempenham um papel importante para a obtenção de grande
número de informações sobre dinâmica e as alterações antrópicas dos mangais, as quais são
imprescindíveis para a elaboração de planos de gestão e conservação da zona costeira, com
vistas à conservação da paisagem e dos recursos naturais.
Segundo Luis (2017), em Moçambique poucos estudos foram feitos visando avaliação da
dinâmica dos mangais usando os sistemas de informação geográfica. O projecto AIFM
estudou as mudanças de cobertura na província de Manica na escala de 1:250 000 para o
período de 1990 e 2004. Nesse estudo foi usado um método multi-temporal para comparar
simultaneamente imagens colhidas em duas épocas diferentes. De acordo com Marzoli (2007,
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citado em Luis 2017) a área total dos mangais no país reduziu de 408,000 ha em 1972 para
357,000 ha em 2004, com uma perda total de 51,000 ha num período de 22 anos.
Adicionalmente, o decréscimo da área aumentou de 67 há por ano (-0.2% por ano) entre 1972
e 1990, para 217 há por ano (-0.7% por ano) entre 1990 e 2004.
Segundo o autor acima, os SIG permitem, ainda, fazer análise, modelação e simulações. O
planeamento e delineamento das unidades de gestão e respectivos talhões beneficiam do
suporte dos SIG permitindo também integração dos normativos legais em vigor disponíveis na
web (restrições legais e ambientais) facilitando, deste modo, a adopção de boas práticas de
gestão de plantações florestais (Gaspar, 2021).
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3. Conclusão
Esta pesquisa, enquadra-se na disciplina de gestão ambiental, e teve como objectivo de avaliar
importância do uso dos SIG, para a gestão e monitoramento ambiental - caso de florestas.
Esta tecnologia encontra-se presente nos diferentes períodos da gestão e monitoria florestal,
desde o planeamento, passando pela operacionalização e avaliação dos resultados. De fato,
podemos verificar a sua presença em trabalhos de análise e diagnóstico, inventário florestal,
cadastro da propriedade, silvicultura preventiva, projectos de recuperação e na exploração
florestal.
4. Referencias Bibliográficas
Chimangue, Daniel. (2018). Aplicação de Sistemas de Informação Geográfica para o
Mapeamento da Vulnerabilidade Costeira da Baia de Maputo. Maputo: UEM
Gaspar, Júlio. (2021). Gestão florestal apoiada por Sistemas de Informação Geográfica.
RAIZ - Instituto de Investigação da Floresta e Papel. Disponível em: www.e-globulus.pt.
Acesso no dia 10/10/2022.
Luís, António. (2017). Aplicação dos sistemas de informação geográfica e detecção remota
no monitoramento do mangal. Beira: UCM.
Rocha, Bernado., e Fernandez, Leonor. (2013). Avaliação dos critérios morfodinâmicos para
a fase de diagnóstico do projecto orla: Um estudo de caso em praias arenosas com
desembocaduras fluviais. Sociedade & Natureza.
Souto, Gonçalves. (2012). Aplicação SIG: Gestão de Pontos de Interesse de Entidades. Santa
Maria.