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Código: 708213085
3. METODOLOGIA DE PESQUISA..........................................................................11
4. CONCLUSÃO.........................................................................................................12
5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................13
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1. INTRODUÇÃO
A saúde sexual é como bem-estar físico, emocional, mental e social relacionado à
sexualidade. Ela engloba não só aspectos específicos da saúde reprodutiva, como ter controlo
sobre a fertilidade individual por meio do acesso à contracepção e ao aborto, e livre de
Infecções Sexualmente Transmissíveis, disfunção sexual e sequelas relacionadas à violência
sexual, mas também a possibilidade de ter experiências sexuais seguras e prazerosas, sem
coerção, discriminação e violência. A violência sexual é um problema que afecta várias
sociedades, que tem gerado o HIV/SIDA no mundo inteiro. Moçambique não é uma
excepção.
Nestes moldes, o presente trabalho tem o intuito de abordar sobre a Saúde Sexual e
Saúde Reprodutiva, olhando particularmente para o contexto global e num contexto
Moçambicano. Quanto a estrutura deste trabalho, é constituída por três partes,
detalhadamente: Introdução, onde o trabalho faz abordagem superficial do tema, os objectivos
e a metodologia para a concretização do mesmo. Após isso segue-se com o referencial teórico
que elucida-se os conceitos básicos dos autores que já estudaram o assunto, após isso a
pesquisa irá apresentar as conclusões e por fim as fontes.
O termo sexo diferencia com a sexualidade, isto é, sexo se refere a definição dos
órgãos genitais, masculino ou feminino, ou também pode ser compreendido como uma
relação sexual, enquanto o conceito de sexualidade está ligado personalidade de cada um, é
uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros
aspectos da vida. Sexualidade não é sinónima de coito (relação sexual) e não se limita à
ocorrência ou não de orgasmo. Sexualidade é muito mais que isso, é a energia que motiva a
encontrar o amor, contacto e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das
pessoas, e como estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos,
sentimentos, acções e interacções e, portanto a saúde física e mental. Se saúde é um direito
humano fundamental, a saúde sexual também deveria ser considerada um direito humano
básico." (Who Technical Reports Series, 1975 citado em João, 2019). Portanto, a sexualidade
é um aspecto central do ser humano ao longo da vida e inclui o sexo, género, identidades e
papéis, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução.
O sexo faz parte da sexualidade, que é um fenómeno bem abrangente. Tendo ou não
relações sexuais, todo mundo sempre será uma pessoa “sexuada”, pois todas as pessoas,
independentemente de quais condições, são serem dotadas de sexualidade. Assim, são capazes
de sentir o bem-estar, diante de sensações prazerosas tácteis, sensações confortantes diante da
afectividade e acolhimento amoroso, vindo de relacionamentos conjugais ou mesmo fraternos
ou de amizade (Maia, s/d).
Os direitos sexuais, são direitos a uma vida sexual com prazer e livre de
discriminação, de acordo com a Política Nacional de Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos
(2011) Os direitos sexuais e reprodutivos estão consagrados na Constituição da República e
outra legislação do nosso país e incluem os seguintes aspectos:
Portanto, este problema ainda é pouco discutido. A violência sexual abrange estupro
dentro de um relacionamento; estupro por pessoas desconhecidas ou até mesmo conhecidas;
tentativas sexuais indesejadas ou assédio sexual, que podem acontecer na escola, no local de
trabalho e em outros ambientes; violação sistemática e outras formas de violência,
particularmente comuns em situações de conflito armado (como a fertilização forçada); abuso
de pessoas com incapacidades físicas ou mentais; estupro e abuso sexual de crianças e formas
“tradicionais” de violência sexual, como casamento ou coabitação forçada (Balbinotti, 2008).
A violência baseada no género (VBG) é um termo genérico que designa qualquer ato
prejudicial perpetrado contra a vontade de uma pessoa baseado em diferenças socialmente
atribuídas entre homens e mulheres em razão de seu sexo biológico ou de sua identidade de
género (Guerreiro e Mazoni, 2020).
ocorre em todos os países do mundo e manifesta-se com maior incidência contra mulheres e
meninas (Guerreiro e Mazoni, 2020).
Conforme o autor acima, a VBG é uma das violações de direitos humanos mais
predominantes no mundo e não conhece fronteiras sociais, económicas ou geográficas.
Mundialmente, estima-se que uma em cada três mulheres já sofreu abuso físico ou sexual por
parte de parceiros ou terceiros ao longo da sua vida. A violência baseada no género é um
obstáculo à concretização dos objectivos da promoção da igualdade de género e autonomia
das mulheres, impede o desenvolvimento de uma sociedade harmoniosa, dificulta e anula o
gozo dos direitos humanos e liberdades fundamentais.
Adicionalmente, 80% dos dezasseis milhões de mulheres acima dos 15 anos que
vivem com HIV, encontram-se também na África Subsaariana. Nesta região, o principal
factor impulsionador da epidemia são as transmissões heterossexuais, característico de um
cenário epidemiológico generalizado. As relações múltiplas concorrentes (Pettifor et al., 2005,
citado em Okamura, 2016), violência baseada no género e sexo transaccional e intergeracional
são alguns dos factores relacionados ao aumento da vulnerabilidade e do risco de infecção
pelo HIV entre raparigas adolescentes e mulheres jovens.
De acordo com o sobre HIV/SIDA (2022) mostra que os esforços para assegurar que
todas as pessoas vivendo com HIV estejam a aceder ao tratamento anti-retroviral que salva
vidas estão a fracassar. O número de pessoas em tratamento do HIV desacelerou em 2021 do
que em mais de uma década. E enquanto três quartos de todas as pessoas vivendo com HIV
têm acesso ao tratamento anti-retroviral, aproximadamente 10 milhões de pessoas não têm e
apenas metade (52%) das crianças vivendo com HIV têm acesso a medicamentos que salvam
vidas. A diferença na cobertura do tratamento do HIV entre crianças e adultos está a aumentar
em vez de diminuir.
Conforme o relatório, a pandemia de SIDA ceifou uma vida, em média, a cada minuto,
em 2021, com 650 000 mortes por SIDA, apesar do tratamento eficaz do HIV e dos
instrumentos para prevenir, detectar e tratar infecções oportunistas.
Esta Comissão passa a ser mais operacional e efectiva a partir da sua reorganização em
1988. Adicionalmente, com a criação do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da
SIDA (PNPCS) no âmbito do MISAU, é delineado o primeiro Programa de Médio Prazo para
cobrir o período de1988 a 1990, com o apoio técnico da Organização Mundial de Saúde
(OMS). Subsequentemente, as fases II entre 1990 e 1991 e III entre 1992 e 1993 são
implementadas (Matsinhe, 2006).
Nos anos subsequentes à assinatura dos Acordos de Paz em 1992 e consequente fim da
guerra civil, o Programa Nacional de Prevenção e Controlo do SIDA é expandido para todo o
país. Por volta de 1996, a OMS sai de cena e entra o Programa Conjunto das Nações Unidas
sobre o HIV/SIDA (ONUSIDA), com um mandato para dinamizar a resposta global ao
HIV/SIDA, envolvendo outras estruturas além da saúde numa bordagem multissetorial
(Matsinhe, 2006).
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3. METODOLOGIA DE PESQUISA
Para realização deste trabalho utilizou-se da revisão bibliográfica, em que permitiu a
elaboração do quadro teórico conceptual, através de manuais, artigos científicos, dissertações,
monografias, aulas e revistas científicas referentes a conceitos de saúde e sexualidade.
4. CONCLUSÃO
Ao longo do desenvolvimento desta pesquisa, olhou-se nos conceitos do sexo e da
sexualidade, com estes dois termos foi possível perceber que o sexo esta ligado a definição
dos órgão genitais, ou também pode ser uma relação sexual, enquanto o conceito de
sexualidade está ligado a tudo aquilo que somos capazes de sentir e expressar.
Ficou evidente que a saúde sexual requer uma abordagem positiva face à sexualidade e
à possibilidade de ter experiências sexuais seguras e prazerosas, livres de coerção,
discriminação e violência.
Por outro lado, a violência sexual pode facilitar a transmissão de HIV. Conforme a Lei
29/2009 sobre a violência doméstica também prevê (art.18) penas no caso de cópula que
resulte numa infecção de transmissão sexual, incluindo o HIV. Portanto em Moçambique a
pandemia de SIDA ceifou uma vida, em média, a cada minuto, em 2021, com 650 000 mortes
por SIDA, apesar do tratamento eficaz do HIV e dos instrumentos para prevenir, detectar e
tratar infecções oportunistas.
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5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Balbinotti, C. (2008). A violência sexual infantil intrafamiliar: a revitimização da criança e
do adolescente vítimas de abuso. Rio Grande do Sul.
Guerreiro, S., e Mazoni, N. (2020). Manual de formação sobre violência baseada no género
na Guiné-Bissau. GUINÉ-BISSAU: Grupo Banco Mundial.
INS, INE & GTM (2011). Vigilância Epidemiológica do HIV e seu Impacto Demográfico em
Moçambique: Actualização, Ronda 2009. Maputo: GTM.
O.M.S. (2006). Relatório Mundial da Saúde - Saúde Mental: Nova concepção, nova
esperança. Lisboa: Direcção-Geral da Saúde.
O.M.S. (2022). Relatório sobre HIV/SIDA no Mundo Alerta sobre o Aumento de Infecções e
Redução de Recursos para o Combate da Epidemia. Disponível em:
https://mozambique.un.org/pt. Acesso no dia 05/10/2022.