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A SEXUALIDADE

INTRODUÇÃO

Este trabalho de pesquisa foi elaborado por um grupo de alunos da escola


1105, que na qual falar-se-á sobre a sexualidade.
Antes de abordarmos sobre o tema acima citado, gostaríamos de definir a
sexualidade. A sexualidade é a maneira pela qual as pessoas vivenciam e expressam
os instintos e sentimentos que compõem a atração física por outros. Ela é uma parte
normal da experiência humana e é determinada por vários fatores, incluindo
composição genética, a criação na infância, a influência de pessoas ao redor e posturas
sociais. Assim, os tipos de comportamentos sexuais considerados normais variam
muito entre as diversas culturas. De fato, talvez seja impossível a definição de
sexualidade “normal”.

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A SEXUALIDADE

SEXUALIDADE

A sexualidade humana representa o conjunto de comportamentos que concernem


à satisfação da necessidade e do desejo sexual. Igualmente a outros primatas, os seres
humanos utilizam a excitação sexual para fins reprodutivos e para a manutenção de
vínculos sociais, mas agregam o gozo e o prazer próprio e do outro. O sexo também
desenvolve facetas profundas da afetividade e da consciência da personalidade. Em
relação a isto, muitas culturas dão um sentido religioso ou espiritual ao ato sexual, assim
como veem nele um método para melhorar (ou perder) a saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde define que a "sexualidade faz parte da
personalidade de cada um, sendo uma necessidade básica e um aspecto do ser humano
que não pode ser separado de outros aspectos da vida. A sexualidade influencia
pensamentos, sentimentos, ações e interações, a saúde física e mental".

Conceito de Sexo e Gênero


Vários termos são usados para falar sobre sexo e gênero. Sexo e gênero não são
a mesma coisa.
Sexo diz respeito ao estado biológico da pessoa: masculino, feminino ou
intersexo.
A identidade sexual refere-se ao sexo pelo qual uma pessoa se sente sexualmente
atraída (se houver).
Gênero diz respeito como a pessoa vive publicamente, o papel de menino ou
menina, homem ou mulher.
A identidade de gênero é o sentido subjetivo de saber o gênero ao qual a pessoa
pertence; ou seja, se a pessoa se considera homem, mulher, transgênero ou outro termo
identificador (por exemplo, gênero queer, não binário, agênero).
O papel de gênero é a expressão objetiva e pública da identidade de gênero e
inclui tudo o que a pessoa diz e faz para indicar a si própria e a outros o grau do gênero
com o qual ela se identifica.
Alguns adolescentes têm dificuldade em lidar com a questão da identidade
sexual e podem ter medo de revelar sua identidade sexual a amigos ou membros da
família. Ajudar os adolescentes a colocar a sexualidade e a identidade sexual em um
contexto saudável e muito importante. Os adolescentes e seus pais devem ser
incentivados a falar abertamente sobre suas posturas em relação ao sexo e à sexualidade.
As opiniões dos pais continuam a ser um importante fator determinante do
comportamento de adolescentes, apesar da influência exercida pela mídia social e fontes
de informação na internet.

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A disforia de gênero envolve um sentimento forte e persistente de que o sexo


anatômico da pessoa não corresponde ao seu sentimento interno ou identidade de
gênero. Essa sensação de incompatibilidade faz com que a pessoa sinta angústia
significativa ou compromete em muito sua capacidade de funcionamento.

Mudando as posturas sobre o sexo e a sexualidade


As posturas sociais sobre a sexualidade e gênero e o que é aceitável variam
muito entre as culturas e passaram por transformações radicais em algumas sociedades.
Muitas pessoas se tornaram mais confortáveis com sua própria identidade de gênero (a
maneira que elas apresentam a si próprias para o mundo) e com a prática de atividades
sexuais que podem ter sido consideradas inaceitáveis no passado. Assim, houve uma
redefinição das normas sociais, como ilustrado pelos seguintes exemplos de mudança de
postura na cultura ocidental nos últimos anos.

Masturbação
Antigamente considerada uma perversão e até mesmo uma causa de doença
mental, a masturbação há tempo foi reconhecida como uma atividade sexual normal
durante a vida. Aproximadamente 97% dos homens e 80% das mulheres se masturbam.
Em geral, os homens se masturbam com maior frequência do que as mulheres. Muitas
pessoas continuam a se masturbar mesmo quando envolvidas em um relacionamento
sexualmente gratificante. Ainda que a masturbação seja normal e muitas vezes
recomendada como uma opção de sexo seguro, ela pode causar culpa e sofrimento
psicológico, que se origina da postura de desaprovação que algumas pessoas ainda têm.
Esses sentimentos podem conduzir a um considerável sofrimento e até mesmo podem
afetar o desempenho sexual.

Homossexualidade
Como na masturbação, a homossexualidade, antes considerada anormal pela
classe médica, não é considerada um transtorno há mais de quatro décadas. Ela já é
amplamente reconhecida como uma orientação sexual que está presente desde a
infância. Estima-se que entre 4% e 5% dos adultos estão exclusivamente envolvidos em
relações homossexuais durante a vida, com outros 2% a 5% de pessoas que têm relações
sexuais com pessoas de qualquer um dos sexos (bissexualidade). Os adolescentes
podem ter experiências com pessoas do mesmo sexo, mas isso não indica
necessariamente um interesse continuado em atividades homossexuais ou bissexuais
quando alcançam a idade adulta (consulte Desenvolvimento da sexualidade).
Gays e lésbicas descobrem que se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo
da mesma forma que os heterossexuais descobrem que se sentem atraídos por pessoas
do sexo oposto. A atração parece ser o resultado final de influências biológicas e
ambientais e não uma mera questão de escolha deliberada. Por esse motivo, a expressão

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popular “preferência sexual” faz pouco sentido em questões relacionadas com a


orientação sexual, seja a orientação homossexual, heterossexual ou bissexual.

Atividade sexual frequente com diferentes parceiros


Para algumas pessoas heterossexuais e homossexuais, a atividade sexual
frequente com diferentes parceiros é uma prática habitual durante toda a vida. Nas
culturas ocidentais, esse tipo de comportamento tem se tornado mais aceito. Contudo,
ter muitos parceiros sexuais está associado à transmissão de determinadas doenças (por
exemplo, infecção por HIV, herpes simples, hepatite, sífilis, gonorreia e papilomavírus
humano, que causa câncer do colo do útero) e talvez também representar a dificuldade
em formar relacionamentos íntimos significativos e duradouros.

Sexo extraconjugal
Nos Estados Unidos, a maioria das pessoas mantém atividade sexual antes do
casamento ou enquanto não estão casadas. Esse comportamento é parte de uma
tendência de maior liberdade sexual nos países desenvolvidos. Contudo, a maioria das
culturas desaprova que pessoas casadas façam sexo com outra pessoa além de seu
cônjuge. Esse comportamento é bastante frequente, a despeito da desaprovação social.
Um problema objetivo que resulta disso é a possibilidade de transmissão de infecções
sexualmente transmissíveis ao cônjuge ou aos parceiros sexuais que não suspeitam que
esse comportamento existe.

Problemas sexuais
Quando os sentimentos, comportamento ou disfunção sexuais causam angústia
significativa para uma pessoa ou seu parceiro ou prejudicam outra pessoa, talvez seja
necessário que eles sejam avaliados e tratados por um profissional de saúde. Por
exemplo, pessoas que têm fantasias ou comportamentos frequentes, intensos e
sexualmente estimulantes que envolvem objetos inanimados, crianças ou adultos sem
consentimento, ou o sofrimento ou humilhação de si próprio ou do parceiro (parafilias )
talvez se sintam angustiadas pela parafilia e procurem ou recebam indicação de
tratamento.
Problemas sexuais podem ter causas físicas, causas psicológicas ou ambas.
Problemas com a função sexual podem afetar tanto homens como mulheres. O homem
pode apresentar diminuição da libido, disfunção erétil, incapacidade de ejacular ou
ejaculação precoce. A mulher pode apresentar pouco interesse sexual ou um distúrbio
de excitação sexual, dor durante a relação sexual (transtorno de dor
gênito-pélvica/penetração) ou problemas de orgasmo (transtorno de orgasmo feminino).
Os problemas sexuais tendem a ser mais comuns em pessoas idosas. Muitos desses
problemas podem ser tratados de forma eficaz.

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Os problemas sexuais da pessoa podem ser influenciados pelos pais, que podem
prejudicar a capacidade dos filhos de desenvolver intimidade sexual e emocional
quando, por exemplo:

 São emocionalmente distantes


 Punem a criança de modo extremamente rigoroso
 São abertamente sedutores e exploram a sexualidade da criança
 São verbal e fisicamente hostis
 Rejeitam os filhos
 São cruéis A sexualidade na adolescência

A puberdade é uma época de transição entre a infância e a idade adulta, um


período marcado por profundas alterações biológicas, fisiológicas e psicológicas,
durante o qual o corpo adquire os caracteres sexuais (masculinos e femininos)
associados ao sexo biológico, dando-se igualmente a maturação do aparelho reprodutor
e a aquisição da capacidade reprodutiva.
A descoberta da sexualidade atinge o seu auge. O desejo sexual torna-se algo
mais específico e vários estímulos adquirem valor sexual. Com uma maior atividade
hormonal, os jovens passam por várias alterações ao nível do corpo, designadamente
aumento dos órgãos sexuais, ejaculação noturna no caso dos rapazes e a primeira
menstruação no caso das raparigas. Habitualmente é neste período que ocorrem os
primeiros contatos sexuais e as primeiras experiências.

Mudanças biofisiológicas
Com a chegada da puberdade, produz-se um conjunto de mudanças fisiológicas
(ex: estatura, peso) e também uma sequência de mudanças especificamente sexuais que
culminarão na maturação dos órgãos sexuais, assim como na capacidade de resposta à
estimulação sexual.

Mudanças psicológicas
O adolescente adquire uma nova forma de pensamento que lhe permite formular
hipóteses, raciocinar sobre elas e extrair as suas próprias conclusões. Estas novas
possibilidades intelectuais também lhe permitem refletir sobre os seus próprios
pensamentos, bem como orientar o seu afeto para determinadas ideias e valores.
O processo de formação da identidade pessoal e sexual é a tarefa mais
importante do adolescente no que se refere à sua personalidade.

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Mudanças na capacidade de integração social


Nesta fase, os jovens desenvolvem a capacidade de integração com o grupo de
iguais e a capacidade de integração no mundo dos adultos. Surgem também novas
necessidades afetivas e sexuais que podem conduzir à dissolução do grupo, em favor da
formação de casais.
Nesta fase, vai também surgir outra alteração importante: a especificação da
orientação sexual.

Manifestações anatómicas e fisiológicas


Nos rapazes:
Nos rapazes, as transformações começam por volta dos 9 aos 14 anos e são
muito mais demoradas do que nas raparigas.

As principais características das mudanças são:


 Surgimento de pêlos nos púbis, nas axilas e no peito;
 Aumento dos testículos e do pénis;
 Crescimento da barba;
 Voz grossa;
 Ombros mais largos;
 Aumento da massa muscular;
 Início da produção de espermatozoides;
 Aumento do peso e da estatura

Nesta fase os rapazes têm as primeiras ejaculações, que geralmente ocorrem


durante o sono (os chamados “sonhos molhados”).

Nas raparigas:
Nas raparigas inicia-se, em geral, entre os 8 e os 13 anos, variando este período
de pessoa para pessoa. Em geral, a puberdade tem início com a primeira menstruação
(menarca), que coincide com o surgimento de uma série de transformações do corpo,
que já se vinham manifestando na fase conhecida como pré-puberdade.

As principais carcterísticas são:


 Alargamento dos ossos da bacia (ancas);
 Início do ciclo menstrual (menarca);
 Surgimento de pêlos no púbis e nas axilas;
 Depósito de gordura nas nádegas, nos quadris e nas coxas;

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 Desenvolvimento das mamas.

Surge a primeira menstruação (menarca), que pode aparecer inesperadamente ou


chegar precedida de vários dias de dores abdominais e de cabeça.

A sexualidade na vida adulta


Em comparação com a adolescência, na idade adulta a sexualidade é vivida mais
tranquilamente. Porém, a sexualidade continua a ser muito distinta de pessoa para
pessoa, como consequência do grau de diversidade que implicam as suas formas de
vida.
Na idade adulta, a maioria das pessoas encaram a sexualidade com normalidade.
Isto advém de uma maior maturidade resultante de uma vida familiar tendencialmente
mais estável ou por possuírem um/a companheiro/a fixo/a.
Levinson (1977, citado por López e Fuertes, 1999) refere que durante a primeira
etapa da vida adulta dão-se mudanças significativas que correspondem a um período
definido:
 Fim do período de crescimento fisiológico, alcançando uma certa estabilidade na
figura corporal;
 Aquisição da maioridade legal;
 Fim do período de escolarização obrigatória;
 Entrada no mercado de trabalho com remuneração;
 Formação de pares sexuais ou acesso ao casamento;
 Nascimento de filhos.

A sexualidade no envelhecimento
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a entrada numa idade adulta
mais avançada não significa colocar a vida sexual de parte.
O envelhecimento é um processo indutivo de várias mudanças no indivíduo,
nomeadamente ao nível físico, mental e social. Estas mudanças tendem a afetar a
expressão da sexualidade, na medida em que se torna necessário para a pessoa “idosa”
redefinir objetivos, isto é, reconhecer que está numa nova fase do ciclo vital e que, tal
como as anteriores, está associada a determinados “acontecimentos padrão”, assim
como de crises de desenvolvimento próprias da fase em questão.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) adotou o critério do intervalo de
idades entre os 60 e os 65 anos para definir as pessoas idosas, o que, na maioria dos
países desenvolvidos, corresponde ao início da idade da reforma, sendo que o fator
cronológico assume aqui uma importância significativa. De facto, a componente
biológica é fundamental no processo de envelhecimento, e tem uma dinâmica própria,
sobre a qual o ser humano não tem qualquer influência ou poder de decisão.

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Parece ser consensual e lógico que o sexo e a sexualidade fazem parte da vida da
pessoa idosa, mesmo que haja uma redução da frequência e da intensidade. Se por um
lado há diminuição de energia, força e vitalidade, por outro há tendencialmente um
aumento do tempo disponível e diminuição de preocupações profissionais.
A sexualidade das pessoas idosas continua a ser um tema que dá origem a
diversos mitos, que dominam as crenças da atualidade, pautadas pela ideia de que o
homem e a mulher mais velhos são sexualmente pouco atraentes, e incapazes de se
interessarem por sexo (Murphree e Neighbors, 2009).

História do estudo da sexualidade


Desde o aparecimento do ser humano no mundo, a sexualidade já era um
fenômeno existente, mas a história do estudo da sexualidade só vem sendo pensada nos
últimos séculos. Um exemplo desta é o estudo da Sexualidade na Roma Antiga, e o
estudo sobre a sexualidade no mundo ocidental na trilogia "História da Sexualidade"
escrita por Michel Foucault. O primeiro, A vontade de saber, foi publicado pela
primeira vez em 1976, seguido do O uso dos prazeres e O cuidado de si, ambos
publicados em 1984.

Crimes sexuais
Considera-se agressão sexual atos ou tentativas de atos sexuais sem
consentimento, como o estupro. São crimes relacionados à sexualidade que violam leis e
costumes de um determinado país, ou mesmo internacionais. Dentre estes estão
definidos o Assédio sexual, a Pornografia infantil, o Abuso sexual de menores,
pedofilia, Violação de mulheres (estupro).

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CONCLUSÃO
A OMS define que a "sexualidade faz parte da personalidade de cada um, sendo
uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de
outros aspectos da vida. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e
interações e, portanto a saúde física e mental".
Atualmente, ocorre por parte de alguns estudiosos, a tentativa de afastamento do
conceito de sexualidade da noção de reprodução animal associada ao sexo. Enquanto
que esta noção se prende com o nível físico do homem enquanto animal, a sexualidade
tende a se referir ao plano psicológico do indivíduo. Além dos fatores biológicos
(anatômicos, fisiológicos, etc.), a sexualidade de um indivíduo pode ser fortemente
afetada pelo ambiente sócio-cultural e religioso em que este se insere. Um exemplo
disto é que em algumas sociedades, na sua maioria orientais, promove-se a poligamia ou
bigamia, ou seja, a possibilidade ou dever de ter múltiplos parceiros.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Busca: Google.com
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sexualidade_humana
http://www.apf.pt/sexualidade
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/assuntos-especiais/sexualidade/considerações-
gerais-sobre-a-sexualidade

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