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SEXUALIDADE E DIREITOS SEXUAIS E

REPRODUTIVOS
Importante!!
Direitos humanos e saúde sexual:
marcos legais

O direito à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à


educação, ao afeto, os direitos sexuais e os direitos
reprodutivos são considerados Direitos Humanos
fundamentais.

Respeitá-los é promover a vida em sociedade, sem


discriminação de classe social, de cultura, de religião, de
raça, de etnia, de orientação sexual. Para que exista a
igualdade de direitos, é preciso respeito às diferenças.
Direitos humanos e saúde sexual:
marcos legais

A concretização, por meio das políticas públicas, dos


princípios de igualdade, respeito às diferenças, promoção
do pleno exercício da cidadania é um desafio para os
governos dos países que se pautam pelos novos marcos
teóricos, políticos e jurídicos no campo dos direitos sexuais
e dos direitos reprodutivos.

Adolescentes e jovens têm direito a ter atendimento sem


discriminação de qualquer tipo, com garantia de privacidade e
segredo.
Direitos humanos e saúde sexual:
marcos legais
Direitos reprodutivos

Direito das pessoas de decidirem, de forma livre e


responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos
desejam ter e em que momento de suas vidas.

Direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou


não ter filhos.

Direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de


discriminação, imposição e violência.
Direitos sexuais

O direito de viver a sexualidade, independentemente de


estado civil, idade ou condição física;

O direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual;

O direito de expressar livremente sua orientação sexual:


heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade.
Direitos sexuais

• O direito de ter relação sexual, independentemente da reprodução;

• O direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez e de doenças


sexualmente transmissíveis (DST) e Aids;

• O direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e um


atendimento de qualidade, sem discriminação;
Sexualidade: conceito

 A sexualidade de um indivíduo define-se como sendo as


suas preferências, predisposições ou experiências sexuais,
na experimentação e descoberta da sua identidade e
atividade sexual, num determinado período da sua
existência.
Sexualidade

A curiosidade sobre a
sexualidade e os sentimentos que
ela desperta sempre esteve
presente ao longo da história da
humanidade. Várias obras de arte
da antiguidade, ou mesmo
desenhos pré-históricos retratam
o corpo humano com ênfase nos
órgão genitais (masculinos
principalmente).
Sexualidade

 O pênis já foi idolatrado como


um símbolo de fertilidade,
poder e de liderança pelas mais
diversas culturas do globo e
ainda tem vital importância na
atualidade.
Sexualidade na infância

 A criança começa a existir antes mesmo de sua


concepção, no imaginário dos pais, de forma consciente e
inconsciente, os pais ou os familiares constroem uma
imagem do futuro filho, a partir de seus desejos e
expectativas, incluindo-se aqueles relacionados à
sexualidade.
Sexualidade na infância

 Ao desenvolver a psicanálise, Freud teorizou sobre a


sexualidade e suas manifestações presentes desde a infância.

Conjunto irá refletir na


formação da sexualidade
do adulto
Fase oral

 Ocorre durante o 1º ano de vida.


 É identificada como a fase em que o bebê leva tudo à boca,
descobrindo o mundo por meio dela.
 Nessa fase, a boca é a região do corpo onde a criança sente
maior prazer.
Fase anal

Acontece por volta de 1/1/2 a 2 anos e é a fase em que se


inicia o controle dos esfíncteres.
Urinar e evacuar geram grande prazer às crianças, uma
vez que representam suas primeiras produções no mundo.
Durante essa fase, há o desenvolvimento de uma maior
autonomia, pois é o período onde geralmente se iniciam
ações como andar e falar.
Fase fálica

 Inicia-se por volta dos 3 anos e se estende até os 6 anos,


aproximadamente.
 Dá-se a descoberta dos genitais como área de prazer; as
crianças fazem muitas perguntas a respeito do mundo e
manifestam sua curiosidade sexual.
Fase de latência

Ocorre por volta dos 6 aos 9 anos.


Esse é o período em que as energias das crianças estão mais
voltadas ao aprendizado e à aquisição de habilidades, como o
domínio da leitura e da escrita, além de valores e papéis
culturalmente aceitos.
No entanto, manifestações da sexualidade permanecem em
suas brincadeiras, além de curiosidade sobre o tema, como a
exploração do próprio corpo e do sexo oposto.
Masturbação

 É uma atividade associada ao prazer e à exploração do corpo.


 É um componente da sexualidade e consiste no toque em áreas
que dão prazer ao indivíduo, que incluem os genitais e/ou
outras partes do corpo, com a finalidade de obter prazer.
Abordando a saúde sexual na
atenção básica

Um estado físico, emocional, mental e social de bem-estar em


relação à sexualidade; não é meramente ausência de doenças,
disfunções ou debilidades.

A saúde sexual requer abordagem positiva e respeitosa da


sexualidade, das relações sexuais, tanto quanto a possibilidade de ter
experiências prazerosas e sexo seguro, livre de coerção,
discriminação e violência.
Ciclo de respostas aos estímulos
sexuais

 A partir da associação dos modelos propostos por Masters


e Johnson e por Kaplan, a Associação Psiquiátrica
Americana (2002), definiu a resposta sexual saudável
como um conjunto de quatro etapas sucessivas:
Ciclo de respostas aos estímulos
sexuais

 Homens x mulheres
Fase do desejo sexual

 O desejo sexual é vivido pela pessoa como sensações


específicas que a fazem procurar ou ser receptiva à
experiência sexual.
Fase do desejo sexual

 Curva do apetite sexual x idade


Fase de excitação

Fase de preparação para o ato sexual, desencadeada pelo


desejo.

Estímulos psicológicos e/ou físicos podem levar à excitação.

Junto com sensações de prazer, surgem alterações corporais


que são representadas basicamente, no homem, pela ereção, e
na mulher, pela vasocongestão da vagina e da vulva e pela
lubrificação vaginal.
Fase de orgasmo

É o clímax de prazer sexual, que ocorre após uma fase de


crescente excitação.

No homem, junto com o prazer, ocorre a sensação de não


conseguir mais segurar a ejaculação e, então, ela ocorre.

Na mulher, ocorrem contrações musculares rítmicas em volta da


entrada da vagina.
Fase de resolução

 É um período em que o organismo retorna às condições físicas


e emocionais usuais, considerando que, nas fases anteriores, a
respiração, a circulação periférica, os batimentos cardíacos, a
pressão arterial, a sudorese, entre outras manifestações do
organismo, tenderiam a se pronunciar.
Disfunções sexuais

 São problemas que ocorrem em uma ou mais das fases do


ciclo de resposta sexual, por falta, excesso, desconforto e/ou
dor na expressão e no desenvolvimento dessas fases,
manifestando-se de forma persistente ou recorrente.
Causas das disfunções

43% da mulheres
e 31% dos
homens
Critérios diagnósticos

1º) Debilitação psicofisiológica (sintoma);

2º) Sofrimento ou prejuízos interpessoais;

3º) Não ocorre devido a um outro transtorno


mental (exceção para outra disfunção sexual) ou
aos efeitos de uma substância.
Fatores de risco

 Fatores biológicos diretos de risco;


 Doenças vasculares;
 Diabetes;
 Epilepsia;
 Esclerose múltipla;
 Doença renal;
 Níveis hormonais;
 Álcool;
 Medicamentos: anti-hipertensivos, anti-depressivos e
ansiolíticos.
Classificacao das disfunções
sexuais
 A Associação Psiquiátrica Americana (2002) classifica seguinte forma:
Classificacao das disfunções
sexuais

A Associação Psiquiátrica Americana


(2002) classifica seguinte forma:
Classificacao das disfunções
sexuais
 A Associação Psiquiátrica Americana (2002) classifica seguinte forma:
Classificacao das disfunções
sexuais

A Associação Psiquiátrica Americana


(2002) classifica seguinte forma:
Classificacao das disfunções
sexuais
PARAFILIAS

As parafilias são caracterizadas por impulsos, fantasias ou


práticas sexuais incomuns ou particulares, frequentemente
compulsivas e em certas condições muito lesivas à própria
pessoa ou a outrem. A pessoa é incapaz de controlar o
impulso, apresentando comportamento desviante que pode ser
aumentado com situações que geram ansiedade, estresse ou
depressão.
PARAFILIAS
Classificacao das parafilias
Classificacao das parafilias
SAUDE SEXUAL?

 De que forma o profissional de saúde da


Atenção Básica pode contribuir para a oferta
de uma atenção de qualidade no campo da
saúde sexual?
SAUDE SEXUAL?

 Primeiramente OUVIR...
 Serem proativas, no que se refere a abordar nos
atendimentos os temas sexualidade e qualidade da
atividade sexual: satisfação, prática do sexo seguro,
existência e tipos de dificuldades.
SAUDE SEXUAL

Considerar, na abordagem, o contexto de vida da pessoa ou


do casal, influências religiosas, culturais, educação sexual,
qualidade da relação e da comunicação com o(a) parceiro(a),
uso de álcool e outras drogas, desejo ou não desejo em relação
a ter filhos, entre outras questões que possam ser relacionadas
à saúde sexual

Prestar suporte emocional e psicológico (acolhimento, escuta


qualificada).
SAUDE SEXUAL

 Instituir cuidados gerais da saúde e promover o autocuidado,


que podem contribuir para uma melhor saúde sexual.

 Identificar e substituir, quando possível, medicamentos que


possam interferir na saúde sexual e na saúde reprodutiva.

 Orientar e ajudar a desfazer mitos e tabus, com uma


abordagem positiva do prazer sexual.
SAUDE SEXUAL

Instituirtratamentos para as doenças ou condições que


estejam interferindo na saúde sexual: doenças
ginecológicas, urológicas, doenças crônico-degenerativas,
tais como hipertensão arterial, diabetes, entre outras.

 Garantir o acesso a informações, métodos e meios para a


regulação da fecundidade e para a proteção contra as
IST/HIV/Aids.
SAUDE SEXUAL

Realizar ações de educação em saúde sexual e saúde


reprodutiva, individual e em grupos.
Em qualquer grupo esse assunto pode ser abordado, por
exemplo, em um grupo de pessoas com hipertensão,
considerando que um grupo não pode tratar apenas de
questões de doença, deve-se promover saúde, entre elas a
sexual e a reprodutiva.
Referências

 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Direitos
Sexuais e Direitos Reprodutivos: uma prioridade do governo/Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas
Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
 Galli B, Vidaurre M. Violência sexual e direitos humanos: fortalecendo a rede e
promovendo os direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes [Internet]. Rio de
Janeiro: Advocaci/Ipas Brasil; 2004 [cited 2010 set 30]. Available from:
http://www.ipas.org/Publications/asset_upload_file131_3618.pdf

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