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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

APRENDIZAGEM PROFISSIONAL DE QUALIFICAÇÃO EM SERVIÇOS


ADMINISTRATIVOS

IST’S

TERESINA, 2022.
1

ANA GABRIELLY, CECÍLIA SAYONARA, DAYVID WILLIAM, DIANNA MAYLA,


ISAAC MANUEL, MARIA STEPHANY, MILENA DANTAS, PEDRO AUGUSTO E
SORAYA MATOS.

IST’S

Trabalho de Pré-Projeto sobre infecções


sexualmente transmissíveis, abordando
temas como sexualidade e entre outros
assuntos, com o objetivo de passar
informação e conscientizar.

Sob a supervisão da professora Adriana


Pessoa.

TERESINA
2022
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………...…………...03
2 ESTIMULAÇÃO E OBJETIVO DO SEXO..…………….…………………………....04
3 SEXUALIDADE…………………………………...…………...…………...……...……05
4 GÊNERO………………………………………………………………………………....06
5 IDENTIDADE DE GÊNERO…………………………………………………….….…08
6 ORIENTAÇÃO SEXUAL…………………………………………………………...….09
7 EDUCAÇÃO SEXUAL…………………………………………………………………10
8 GRAVIDEZ PRECOCE…………………………………………………………….......13
9 IST E PREVENÇÃO………………………………………………………………...….18
10 CONCLUSÕES…………………………………………………………………………20
11 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………..21
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1- INTRODUÇÃO

O presente trabalho se aprofunda em temas relacionados a IST 'S e suas amplas


questões.
Para esse projeto ser desenvolvido, pesquisas foram feitas e de lá tiradas suas
conclusões, todas as informações contidas neste plano foram baseadas em dados verídicos e
reais. A seguir, será proposto algumas ações, prevenções e explicações sobre a natureza
sexual, exibindo seus problemas e sugestões de como se prevenir.
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2 - ESTIMULAÇÃO E OBJETIVO DO SEXO

Na busca para entender o que é sexo, uma pessoa encontra o significado referente á
relação sexual. Relação sexual se diz sobre uma ampla variedade de comportamentos entre
indivíduos voltados para a obtenção de prazer erótico de pelo menos um dos membros
envolvidos independente de haver penetração, orgasmo e fins reprodutivos. Este já diz a
respeito do ato de se estimular por meio de carícias, beijos e do contato íntimo com outra
pessoa. Além disso, é possível estimular-se por meio da masturbação.
A relação sexual é feita com o objetivo de:

1- Sentir prazer sexual

2- Relaxar

3- Procriar

4- Conhecer e desenvolver a própria intimidade.


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3- SEXUALIDADE
A sexualidade está ligada à vida, assim como aos sentimentos, as emoções
relacionadas ao prazer.
Dessa forma, considerando esses fatos, a “sexualidade” possui como escopo informar
as questões inerentes a esse assunto, ocasionando um auxílio para que também não ocorra
com que diversos delitos sejam cometidos pela ignorância ou desinformação. Entretanto,
encontramos problemas sociais e de saúde pública, como intolerância e violência entre
gêneros, principalmente aqueles que são historicamente subjugados, gravidez na adolescência,
assim como doenças sexualmente transmissíveis e todas as suas consequências.
A sexualidade humana ainda é um tema que ainda é pouco explorado, o que não
devia ser visto como tabu, já que pode afetar a qualidade de vida do indivíduo. No entanto, é
uma condição humana que é construída durante toda a vida do indivíduo, iniciando ainda na
infância, sendo influenciada por diversos fatores, como biológicos, sociais, políticos,
culturais, históricos, econômicos e religiosos.
Por mais que seja difícil a conceituação de sexualidade, pode-se entender que
envolve muito mais do que as características dos sistemas genitais masculino e feminino e os
mecanismo de reprodução.
Segue abaixo a definição de sexualidade, segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS):
“Sexualidade é uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto, ternura
e intimidade; ela integra-se no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é
ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A sexualidade influencia pensamentos,
sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental”.
Por isso, a sexualidade está ligada à qualidade de vida, pois ela é fundamental para uma
vivência sexual saudável. Por esse motivo, é importante que a disseminação de crenças
errôneas, a desinformação e a discriminação devem ser evitadas quando se tratar desse
assunto.
A sexualidade inicia-se juntamente com a puberdade ou adolescência, o que ocorre
por volta dos 12 anos de idade:

De acordo com o art. 2º do Estatuto da Criança e do Adolescente, (Lei


n.8.069, de 13 de julho de 1990): “Considera-se criança, para os efeitos
desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de idade.” (BRASIL, 1990).
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O que pode se manifestar diferente em cada indivíduo, de acordo com a realidade e


as experiências vivenciadas pelo mesmo. Sendo assim, essa fase é conhecida por grandes
mudanças biológicas e físicas nos seres humanos. Sendo essa transformação uma aquisição da
nossa capacidade reprodutiva. Com isso, dúvidas e sentimentos começam a aflorar por ser
uma fase de descobertas, elevando os níveis hormonais e assim desenvolvendo características
sexuais secundárias e alterações comportamentais.
O que se difere no homem e na mulher: na menina, ocorre o crescimento dos seios,
pelos pubianos, primeira menstruação, que funcionam como indicativos de que o corpo da
menina está preparado para uma gravidez; no menino, por sua vez, ocorre mudanças na voz,
assim como o crescimentos dos pelos, aumento do volume testicular, também o aumento do
impulso sexual e da força física.
Portanto, sexualidade não se confunde com sexo, já que um não precisa
necessariamente do outro vir acompanhado do outro, pois cabe a cada um decidir qual o
momento propicio para que a sexualidade se manifeste de forma física e seja compartilhada
com outro individuo através do sexo. Sexualidade é um aspecto central do ser humano ao
longo da vida; ela engloba sexo, identidades e papéis de gênero, orientação sexual, erotismo,
prazer, intimidade e reprodução.
Hoje, a sexualidade humana passa a ser vista como uma possibilidade legítima de
cada um. Cada indivíduo vive e compreende de forma singular sua sexualidade, seja ao longo
da vida ou através de experiências particulares. Porém, ao iniciar o assunto sobre sexualidade,
muitas questões são abrangidas, sendo assim, excepcional abordar e explicar cada uma delas.
Um dos assuntos introdutórios e primordiais para a compreensão da sexualidade como
questão social é gênero, mas o que é o gênero?

4- GÊNERO

Gênero nada mais é que um agrupamento de indivíduos, objetivos e ideias que


possuem características em comum. O gênero não é determinado biologicamente como
resultado das características sexuais de mulheres e homens, mas é construído socialmente.
Questões sociais são definidas pelo gênero, sendo o mesmo um processo de socialização, é
cultural e psicológico.
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Cada civilização, cultura e local tem uma visão sobre gênero. O gênero é definido
pelas
variações sociais e razões culturais, importante visar que o gênero é construído a partir da
história e lugar que é analisado.

É um princípio organizador central das sociedades, e geralmente governa os processos


de produção, consumo e distribuição. A sociedade usa o sexo biológico para impor um gênero
para você. Quando você nasce com um pênis, a sociedade irá impor que você é um homem.
Junto disso, vem toda a bagagem sobre o que te faz ser homem.
“Roupas, gostos, trabalhos”, todo comportamento é imposto para que você siga o padrão.

Os gêneros masculinos e feminino também possuem atributos únicos. Todos nós


podemos reconhecê-los facilmente, porque somos ensinados e condicionados desde criança a
fazê-lo. Em nosso país, é esperado que as pessoas expressem comportamentos condizentes
com o gênero designados à elas. Não existe uma determinação natural dos comportamentos de
homens e de mulheres, apesar das inúmeras regras sociais calcadas numa suposta
determinação biológica diferencial dos sexos usadas nos exemplos mais corriqueiros, como
”mulher não pode levantar peso” ou ”homem não tem jeito para cuidar de criança”.

Por “gênero”, eu me refiro ao discurso sobre a


diferença dos sexos. Ele não remete apenas a ideias,
mas também a instituições, a estruturas, a práticas
cotidianas e a rituais, ou seja, a tudo aquilo que
constitui as relações sociais. O discurso é um
instrumento de organização do mundo, mesmo se ele
não é anterior à organização social da diferença
sexual. Ele não reflete a realidade biológica
primária, mas constrói o sentido desta realidade. A
diferença sexual não é a causa originária a partir da
qual a organização social poderia ter derivado; ela
é mais uma estrutura social movediça que deve ser
ela mesma analisada em seus diferentes contextos
históricos (SCOTT, 1998: 15)
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E com esse entendimento, vem a identidade de gênero, mas o que seria isso?

5- IDENTIDADE DE GÊNERO

Identidade de gênero nada mais é como a forma que nos enxergamos, se diz a respeito
a como uma pessoa se sente em relação ao próprio gênero. A identidade de gênero é baseada
nas nossas experiências de vida, sentimentos e a nossa própria percepção.

O gênero não é ligado somente aos órgãos genitais, e sim a sua própria percepção, a
forma que a pessoa se vê ao se olhar no espelho. Além de envolver a maneira como se
enxerga no mundo, engloba também o modo de expressão, como as roupas e a aparência.
Consequentemente, o seu comportamento, linguagem corporal, modo de falar e até modo de
pensar também são influenciados pela identidade que se identifica.

Um psicólogo norte-americano chamado Robert Stoller (1978), o qual estudou inúmeros


casos de indivíduos considerados à época “hermafroditas” ou com os genitais escondidos e
que, por engano, haviam sido rotulados com o gênero oposto ao de seu sexo biológico, diz
uma coisa impressionante: que é " mais fácil mudar o sexo biológico do que o gênero de uma
pessoa". Para ele, uma criança aprende a ser menino ou menina até os três anos, momento de
passagem pelo complexo de Édipo e pela aquisição da linguagem. Este é um momento
importante para a constituição do simbólico, pois a língua é um elo fundamental do indivíduo
com sua cultura.

Sexo é biológico, gênero é social. E o gênero vai além do sexo: O que importa, na
definição do que é ser homem ou mulher, não são os cromossomos ou a conformação genital,
mas a auto-percepção e a forma como a pessoa se expressa socialmente. Se adotamos ou não
determinados modelos e papéis de gênero, isso pode independer de nossos órgãos genitais,
dos cromossomos ou de alguns níveis hormonais. Todos e todas nós vivenciamos, em
diferentes situações e momentos da vida, inversões temporárias de papéis determinados para o
gênero de cada um: somos mais ou menos masculinos, nós nos fantasiamos, interpretamos,
etc.

Ao falar sobre identidade de gênero, automaticamente falamos sobre transexualidade,


que é um dos tipos de gênero. Existem algumas classificações, sendo elas:
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● CISGÊNERO: É a pessoa que se identifica que se identifica com o sexo biológico


designado no momento do seu nascimento.
● TRANSGÊNERO: É quem se identifica com um gênero diferente daquele atribuído
no nascimento.
Importante relembrar também da identidade NÃO-BINÁRIO que é alguém que não se
identifica completamente com o “gênero de nascença” nem com outro gênero. Esta
pessoa pode não se ver em nenhum dos papéis comuns associados aos homens e as
mulheres, bem como pode vivenciar uma mistura de ambos.

6- ORIENTAÇÃO SEXUAL

Não existe relação entre identidade de gênero e orientação sexual, orientação sexual é
definida como o desejo sexual que um individuo sente por outro. Significa por quem você se
sente atraído sexualmente, afetivamente ou romanticamente.

A diferença entre as duas é por quem você é e por quem você se atrai. O gênero define
quem você é, a sexualidade define por quem você se sente atraído.
Se você é um homem (cis ou trans) e se sente atraído apenas pelo gênero masculino, você é
um homem homossexual.

Os tipos mais comuns de orientações sexuais são:

● Heterossexual: atração pelo gênero oposto


● Homosexual: atração pelo mesmo gênero
● Bisexual: atração por ambos
● Assexual: atração por nenhum
● Pansexual: atração por pessoas, independente de sexo
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7- EDUCAÇÃO SEXUAL

A educação sexual busca ensinar e esclarecer questões relacionadas ao sexo, livre de


preconceito e tabus. Antigamente e ainda hoje, falar sobre sexo provoca certos
constrangimentos em algumas pessoas, mas o tema é de extrema importância, pois esclarece
dúvidas sobre preservativos, DSTs, organismo masculino e feminino, anticoncepcionais e
gravidez.

O objetivo principal da educação sexual é preparar os adolescentes para a vida sexual


de
forma segura, chamando-os à responsabilidade de cuidar de seu próprio corpo para que não
ocorram situações futuras indesejadas, como a contração de uma doença ou uma gravidez
precoce e indesejada. Infelizmente o ser humano tende a acreditar que o perigo sempre está ao
lado de outras pessoas e que nada irá acontecer com ele mesmo, o que o coloca vulnerável a
tais situações.
Os defensores da aplicação de programas de educação sexual nas escolas entendem
que
educadores e instituições de ensino não só devem falar sobre o assunto como também estão
inevitavelmente ligados ao tema.

Eles argumentam que a escola deve tratar do assunto por que:

● A criação de hábitos saudáveis e noções de cuidado com a saúde devem ser


incentivadas desde a infância. Por isso a importância da educação sexual nas escolas,
pois ela está relacionada a questões que afetam a saúde reprodutiva, sexual ou mental
de jovens (gravidez, aborto, HIV/AIDS, casamento infantil, violência sexual).

● A conversa sobre educação sexual nem sempre acontece em casa. Muitos jovens não
recebem instruções importantes para prevenção de DSTs e gravidez. Por isso a escola
deveria oferecer as informações necessárias.

● Sexualidade é parte da vida humana. A defesa da abordagem da educação sexual nas


escolas também parte do entendimento de que a sexualidade é parte natural da vida
humana e de nossa vivência social. Logo, não haveria razão para a exclusão do tema
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dos ambientes de ensino. Além disso, a educação para a sexualidade ajuda jovens a
compreender e lidar melhor com experiências naturais como puberdade, menstruação
e virgindade.

● Há uma necessidade de direcionar o assunto. Desde gestos de conotação sexual e


brincadeiras entre si até o início de relacionamentos afetivos, são situações
frequentemente observadas no ambiente escolar. É por isso que especialistas da saúde
e da educação entendem que a escola deve direcionar o assunto, com uma abordagem
educativa.

Por outro lado, há quem defenda que educação sexual não é um assunto apropriado
para o ambiente escolar. Essas pessoas acreditam que:

● Sexualidade é assunto da família. A escola não deve tratar de temas relacionados à


sexualidade por não haver um consenso com relação ao assunto. A forma como a
sexualidade é enxergada e tratada diverge entre pessoas de diferentes culturas,
vivências e crenças. Por isso, cabe à família, e não à escola, educar a criança sobre o
assunto da forma que julgar mais adequada. O próprio Presidente da República, Jair
Bolsonaro, é adepto dessa linha de

● A escola exerce influência sobre a sexualidade do jovem. Os educadores podem


transmitir para os alunos seus próprios valores, crenças ou preferência sexual. Isso
pode, inclusive, afetar a orientação sexual de crianças e jovens ou incentivá-los a ter
relações sexuais.

● Erotização infantil. De acordo com Damares Alves, Ministra da Mulher, Família e


Direitos Humanos, essa é a maior preocupação do governo. A Ministra, bem como o
atual presidente, acreditam que crianças não devem ser expostas a imagens de
genitálias e outras consideradas eróticas.
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Ainda confundido com “ensinar a fazer sexo”, é o processo que visa educar o
jovem/adolescente a respeito da responsabilidade sexual, principalmente no início da vida
ativa, com pouca experiência. Infelizmente, o tema envolve tabus e constrangimentos para
pais e professores, o que dificulta a abordagem do mesmo.

Algumas consequências de não falar no assunto são: desinformação, gravidez precoce,


doenças/infecções sexualmente transmissíveis, aumento da violência (seja ela machista,
homofóbica, transfóbica ou sexual)

Algumas formas de abordar são: acolhimento escolar e familiar em conversas abertas e


livres de tabus, debates, informação compartilhada que envolva boas fontes, instituições e
profissionais capacitados, expor os perigos ao qual estamos sujeitos.
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8- GRAVIDEZ PRECOCE

A organização Mundial de saúde considera gravidez precoce como sempre que a


menina engravida antes dos 19 anos. A gravidez precoce geralmente se deve à cultura,
ao baixo nível econômico, dificuldade do acesso à métodos contraceptivos e alguns
outros fatores como:

• Primeira menstruação muito cedo


• Desinformação sobre gravidez e métodos contraceptivos
• Baixo nível financeiro e social
• Famílias com outros casos se gravidez precoce
• Conflitos e mau ambiente familiar
• Dificuldade e vergonha de solicitar o uso do preservativo pelo parceiro • Ingenuidade
e submissão
• Violência
• Abandono
• Desejo de estabelecer uma relação estável com o parceiro • Forte desejo
pela maternidade
• Meninas com o início da vida sexual cada vez mais precoce

A gravidez numa fase precoce da vida , como a adolescência, pode resultar em


diversas consequências tanto para a gestante como para o bebê.
Algumas das principais consequências da gravidez precoce são:

• Consequências Físicas

Devido ao fato da mulher não estar totalmente pronta fisicamente para uma
gestação, há maior chance de parto prematuro, rompimento precoce da bolsa e
aborto espontâneo, por exemplo. Além disso, é possível que ocorra diminuição do
peso, anemia e alterações no processo de formação dos vasos sanguíneos da
placenta, podendo resultar em aumento da pressão arterial, cuja situação recebe o
nome de pré-eclâmpsia.

• Consequências Psicológicas
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A maior parte das meninas que se encontram em uma gestação precoce não estão
preparadas emocionalmente para serem mães, por isso é comum o desenvolvimento de
depressão, tanto durante a gravidez, como no pós parto. Pode ainda acontecer diminuição
da autoestima e problemas afetivos entre a mãe o bebê.

• Consequências Socioeconômicas:
É muito comum que durante e após a gravidez a mulher precise abandonar os
estudos ou o trabalho, pois pode ser difícil conciliar as duas coisas, além de
sofrerem imensa pressão da sociedade, muitas vezes, da própria família em
relação ao casamento e ao fato de estar grávida ainda na adolescência. Além
disso, estar grávida é muitas vezes considerado um motivo para empresas não
contratarem, pois tende a representar um maior gasto para a empresa, uma vez
que dentro de alguns meses entrará em licença maternidade.

• Consequências para o bebê:

O fato da mulher não estar preparada fisicamente e emocionalmente pode aumentar


as chances de parto prematuro, do nascimento com baixo peso e, até mesmo, do risco
de alterações no desenvolvimento da criança. Devido a todas as implicações que a
gravidez precoce pode provocar, este tipo de gestação é considerado uma gravidez de
alto risco e deve ser acompanhada por profissionais de saúde qualificados para evitar
ou diminuir o impacto das consequências.

O que fazer em caso de gravidez na adolescência?

Em caso de gravidez precoce, o que a jovem pode fazer é marcar uma consulta
médica para iniciar o pré-natal e contar a sua família para obter o apoio necessário.
Médicos psicólogos e obstetras, assim como enfermeiro e assistente social devem ser
informados para que haja uma correta vigilância pré-natal para reduzir as complicações
na mãe e no bebê. Este tipo de acompanhamento também ajuda a evitar uma nova
gravidez na adolescência e a incentivar a jovem mãe a voltar à escola.

Como evitar a gravidez precoce?

Existem diferentes métodos contraceptivos, como :


- Diafragma
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O diafragma é um método contraceptivo de barreira que tem como objetivo


impedir que o espermatozóide entre em contato com o óvulo, evitando a fecundação e,
consequentemente, a gravidez. Esse método contraceptivo consiste em um anel flexível,
envolto por uma camada fina de silicone ou borracha, que deve ter o diâmetro adequado
ao tamanho do colo do útero e, por isso, é importante que a mulher consulte o
ginecologista para que seja feito o exame do toque e, assim, possa ser indicado o
diafragma mais adequado. O diafragma pode ser utilizado por até 2 anos, sendo
recomendado trocar após esse período. Além disso, é indicado que seja colocado antes da
relação sexual, junto com um pouco de gel espermicida, e retirado após cerca de 6 a 8
horas da relação sexual, para que haja segurança de que os espermatozóides não
sobrevivam.
- Espermicidas
Os espermicidas são substâncias que destroem os espermatozóides e devem ser
colocadas bem no fundo da vagina, perto do colo do útero antes de uma relação
sexual. Também podem ser utilizados nos preservativos e no diafragma. Os
espermicidas são vendidos em forma de geléia, cremes, espumas, comprimidos e
filmes, que são colocados na vagina com objetivo de evitar uma gravidez.

-Capuz Cervical
O capuz cervical, um copo de silicone em formato de chapéu, é colocado na vagina e
posicionado sobre o colo do útero. Um capuz cervical impede as entradas dos
espermatozóides no colo do útero. O capuz cervical se parece com o diafragma, mas é menor
e mais rígido.

- Esponja contraceptiva:
A esponja contraceptiva é feita de poliuretano (material normalmente utilizado para
fabricação de esponjas) em formato de um disco pequeno, contendo uma cavidade ao meio
e uma alça (para facilitar a remoção). Ao ser inserida, a esponja vai bloquear a entrada do
colo uterino ao mesmo tempo em que libera o espermicida presente nela, o Nonoxynol 9.
As duas medidas visam impedir, juntas, a entrada dos espermatozoides no útero e,
consequentemente, a fertilização do óvulo. A esponja deverá liberar o espermicida o tempo
todo, mantendo a mulher protegida contra uma possível gravidez por até 24 horas.
- Pílula contraceptiva oral
O anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) ou pílula anticoncepcional é
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um comprimido que contém uma combinação de hormônios, geralmente estrogênio e


progesterona sintéticos, que inibe a ovulação. O anticoncepcional oral também
modifica o muco cervical, tornando-o hostil ao espermatozoide.
- Camisinha Feminina
A camisinha feminina é uma “bolsa” feita de um plástico macio, o poliuretano, que
é um material mais fino que o látex do preservativo masculino. Essa bolsa recebe o
líquido que o homem libera na relação sexual, impedindo o contato direto dos
espermatozóides com o canal vaginal e com o colo do útero da mulher, evitando
assim a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis, a transmissão do HIV,
e prevenindo a gravidez não planejada.
- Camisinha Masculina
O preservativo masculino ou camisinha é uma capa de borracha (látex) que, ao ser
colocada sobre o pênis, evita a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis
(IST) e do vírus causador da aids, o HIV. A camisinha pode também evitar a
gravidez, agindo assim como um eficiente método contraceptivo.

- DIU
O dispositivo intrauterino (DIU) é um pequeno objeto de plástico com o formato em
T inserido no útero para atuar como contraceptivo. Um DIU de progestina libera
uma pequena quantidade de hormônios no útero para impedir que os
espermatozoides fertilizem os óvulos. Ele é inserido por um profissional da área da
saúde.
- Injeção anticoncepcional
A injeção consiste em uma dose do hormônio progestina, que atua como
contraceptivo por três meses. Ela não pode ser administrada em casa, apenas por um
profissional da saúde.A injeção contém o hormônio progestina, que impede que os
ovários liberem óvulos. Essa é uma boa opção para as mulheres que não podem ser
tratadas com estrogênio.
- Adesivo anticoncepcional
O adesivo é um objeto de plástico fino da cor bege, semelhante a um curativo
quadrado. É fácil de usar e funciona como a pílula, mas só precisa ser trocado uma
vez por semana. Aplicado à pele, o adesivo solta hormônios que impedem que os
ovários liberem óvulos.
- Anel vaginal
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O anel é um pequeno objeto de plástico flexível inserido na vagina para atuar como
contraceptivo. Ele funciona como a pílula, mas só precisa ser inserido uma vez por mês. O
anel solta hormônios que impedem que os ovários liberem óvulos. Ele deve ser usado por
três semanas e retirado na quarta semana para, então, o processo recomeçar.

- Implante
Conhecido também como implanon, o implante contraceptivo é uma das formas de
prevenção à gravidez indesejada disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Assim
como o Dispositivo Intrauterino (DIU), ele é um método contraceptivo de longa duração,
podendo permanecer no corpo da mulher por até três anos.
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9- IST E PREVENÇÃO
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), são aquelas causadas por vírus,
bactérias, fungos, parasitas e protozoários que têm como principal forma de transmissão o
contato sexual sem preservativo entre pessoas saudáveis e pessoas infectadas. Também são
conhecidas como ISTs, sigla que significa Infecções Sexualmente Transmissíveis, o motivo da
mudança da nomenclatura foi para destacar a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma
infecção, mesmo não apresentando sinais e sintomas.
Algumas dessas doenças não chegam a apresentar sintomas em homens ou mulheres.
Isso faz com que, caso pessoas manifestem a vontade de manter relações sexuais estáveis com
seus parceiros, sem o uso do preservativo, é fundamental procurar um serviço de saúde para
realizar uma bateria de exames. Dessa forma, as chances de contágio são muito menores. A
seguir, serão citadas algumas dessas infecções, sendo elas:

AIDS/HIV
Propaga-se por contato sexual, o tratamento pode ajudar, mas essa doença não tem
cura. Pode durar anos ou a vida inteira.Então ocorre primeiramente a infecção
do HIV, os sintomas iniciais podem ser semelhantes aos da gripe, como febre, dor de
garganta e fadiga, mas costuma ser assintomática até evoluir para a AIDS, Os sintomas
da AIDS incluem perda de peso, febre ou sudorese noturna, fadiga e infecções
recorrentes. É uma doença que não tem cura. Porém uma adesão estrita aos regimes
antirretrovirais (ARVs) pode retardar significativamente o progresso da doença, bem
como prevenir infecções secundárias e complicações. Também o antiviral meio que
segura o vírus para aumentar o processo de infecção e reduz o risco de infecção para
outras pessoas.

Hepatite b
Propaga-se por contato sexual, por produtos sanguíneos (agulhas sujas ou sangue não
testado), por sexo vaginal, anal ou oral sem proteção, de mãe para bebê durante a gravidez,
parto ou amamentação. Os sintomas são indecisivos, variam de amarelamento dos olhos, dor
abdominal e urina escura. Algumas pessoas, especialmente crianças, não apresentam
sintomas. Nos casos crônicos, pode ocorrer insuficiência hepática, câncer ou o surgimento de
feridas. O tratamento pode variar dependendo do estado em que se encontra a infecção, por
exemplo: Em casos mais leves, a doença desaparece sozinha. Casos crônicos necessitam de
medicação e, possivelmente, de um transplante de fígado.
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Cervicite
É uma infecção sexualmente transmissível que causa inflamação e irritação do colo do
útero. Acontece a maioria das vezes em casos de mulher sexualmente ativas antes dos 25 anos
que tem múltiplas parcerias sexuais e uso irregular do preservativo.Na maioria dos casos é
assintomática, mas em alguns casos pode ocorrer:
● Corrimento amarelado ou claro
● Sangramento fora do período menstrual
● Dor ou sangramento durante a relação sexual
● Dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga).-Necessidade de urinar com mais
frequência que o normal.
Geralmente é tratado com antibiótico adequado e por acompanhamento do serviço de
saúde. Também existem pomadas antibióticas para aplicar dentro da vagina, como por
exemplo: Novaderm, Donnagel e também remédios antivirais.

HPV
É uma infecção sexualmente transmissível que causa inflamação e irritação do colo do
útero. Acontece a maioria das vezes em casos de mulheres sexualmente ativas antes
dos 25 anos que tem múltiplas parcerias sexuais e uso irregular do preservativo. Na
maioria dos casos é assintomática, mas em alguns casos pode ocorrer:
● -Corrimento amarelado ou claro
● -Sangramento fora do período menstrual
● -Dor ou sangramento durante a relação sexual
● -Dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga).
● -Necessidade de urinar com mais frequência que o normal.

Geralmente é tratado com antibiótico adequado e por acompanhamento do serviço de


saúde. Também existem pomadas antibióticas para aplicar dentro da vagina, como por
exemplo: Novaderm, Donnagel e também remédios antivirais.
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10- CONCLUSÕES

Tendo em vista que a sociedade atual se encontra ainda em situação extrínseca aos
perigos das IST’s e relações sexual de forma irresponsável, mesmo tendo a
disposição vários métodos e informações sobre como evitar e tratar desses
acometidos, a realidade ainda resguarda de muitos tabus e paradigmas advindos de
nossos ancestrais onde esse tema era vedado. Falar de sexualidade exige muito
discernimento e tato, se o objetivo é conscientizar e prevenir. Abordamos fatos que
embora sejam atuais, reais e indispensáveis, ainda causam repulsa. Nossa missão é
abrir a mente das pessoas para a realidade que vivemos, dos perigos das dist´s, da
urgência das prevenções e da necessidade de termos conhecimentos a respeito,
temos que perder o medo e a vergonha e fazer prevenções regularmente e falar com
especialistas para assim, se necessário for, fazer o tratamento adequado, pois a dst
pode ter cura.
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11- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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pessoas transexuais, travestis e demais transgêneros, para formadores de opinião, v. 2, p. 42, 2012.

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PEREIRA, Gerson Fernando Mendes et al. HIV/aids, hepatites virais e outras IST no Brasil: tendências
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