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Trabalho de
Educação Moral e
Cívica
Tema: “Sexualidade e Sexo”
Integrantes do Grupo
Francisco do Nascimento
Joel Bala
Vivalda Samucolo
Juliana Henriques
Dádiva Jorge
Domingos Jorge
Atenção Gabriel
Noémia de Almeida
Meury Alberto
Paula Afonso
Educação Moral e Cívica “A Sexualidade e Sexo”
Índice
1. Introdução........................................................................................................................ 3
2. Sexualidade...................................................................................................................... 4
2.1. A sexualidade pré-pubertária......................................................................................................5
2.2. A sexualidade na adolescência....................................................................................................5
2.3. Manifestações anatómicas e fisiológicas.....................................................................................6
2.4. A sexualidade na vida adulta.......................................................................................................8
2.5. A sexualidade no envelhecimento...............................................................................................9
2.6. Mudando as posturas sobre o sexo e a sexualidade..................................................................11
2.7. Problemas sexuais.....................................................................................................................12
3. Conclusão....................................................................................................................... 14
4. Referências Bibliográficas...............................................................................................15
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Educação Moral e Cívica “A Sexualidade e Sexo”
1. Introdução
As ciências sociais tem feito nos últimos anos uma distinção entre os conceitos de sexo e
gênero. Pode-se dizer que sexo está relacionado às distinções anatômicas e biológicas entre
homens e mulheres. O sexo é referente a alguns elementos do corpo como genitálias,
aparelhos reprodutivos, seios, etc. Assim, temos algumas pessoas do sexo feminino (com
vagina/vulva), algumas pessoas do sexo masculino (com pênis) e pessoas intersexuais (casos
raros em que existem genitais ambíguos ou ausentes).
Gênero é o termo utilizado para designar a construção social do sexo biológico. Este conceito
faz uma distinção entre a dimensão biológica e associada à natureza (sexo) da dimensão social
e associada à cultura (gênero). Apesar das sociedades ocidentais definirem as pessoas como
homens ou mulheres desde seu nascimento, com base em suas características físicas do corpo
(genitálias), as ciências sociais argumentam que gênero se refere à organização social da
relação entre os sexos e expressa que homens e mulheres são produtos do contexto social e
histórico e não resultado da anatomia de seus corpos.
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2. Sexualidade
Na realidade, a sexualidade “nasce” com o bebé e vai evoluindo na sua forma e expressão ao
longo de toda a vida. Isto é, o desenvolvimento psicossexual é um processo complexo e subtil,
sujeito a diversos acasos à medida que o ser humano passa pela infância, adolescência, idade
adulta e velhice (Félix, 1995).
Embora o ser humano seja um ser sexuado, a sexualidade é diferente consoante a idade. As
crianças, os adolescentes, os adultos e as pessoas idosas têm interesses sexuais, manifestando
a sua sexualidade através de determinados comportamentos. Contudo, a sexualidade muda
com a idade, verificando-se características próprias que estão associadas a cada fase da vida.
Também em cada etapa da vida, as pessoas vivem a sua sexualidade de formas diferentes,
estando esta sujeita à influência de diversos fatores socioculturais e às particularidades
individuais do desenvolvimento biofisiológico e psico-afetivo de cada pessoa.
Neste contexto, é difícil definir a sexualidade de uma forma sintética, pois cada período tem
as suas especificidades. Apesar disso, as maiores diferenças no desenvolvimento verificam-se
entre a fase da pré-puberdade e a fase da pós-puberdade. Nesta seção, pode encontrar
informação sobre as principais características que definem cada período da nossa evolução.
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Até aos dois/três anos, as crianças adquirem consciência da sua identidade sexual, ou seja,
reconhecem-se e identificam-se como rapaz ou rapariga. Simultaneamente, iniciam um
processo de aprendizagem e interiorização das funções que a sociedade considera próprias do
rapaz ou da rapariga, e que estão associadas ao papel de género.
A puberdade é uma época de transição entre a infância e a idade adulta, um período marcado
por profundas alterações biológicas, fisiológicas e psicológicas, durante o qual o corpo
adquire os caracteres sexuais (masculinos e femininos) associados ao sexo biológico, dando-
se igualmente a maturação do aparelho reprodutor e a aquisição da capacidade reprodutiva.
A descoberta da sexualidade atinge o seu auge. O desejo sexual torna-se algo mais específico
e vários estímulos adquirem valor sexual. Com uma maior atividade hormonal, os jovens
passam por várias alterações ao nível do corpo, designadamente aumento dos órgãos sexuais,
ejaculação noturna no caso dos rapazes e a primeira menstruação no caso das raparigas.
Habitualmente é neste período que ocorrem os primeiros contatos sexuais e as primeiras
experiências.
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Mudanças biofisiológicas
Mudanças psicológicas
O adolescente adquire uma nova forma de pensamento que lhe permite formular hipóteses,
raciocinar sobre elas e extrair as suas próprias conclusões. Estas novas possibilidades
intelectuais também lhe permitem refletir sobre os seus próprios pensamentos, bem como
orientar o seu afeto para determinadas ideias e valores.
Nesta fase, vai também surgir outra alteração importante: a especificação da orientação
sexual.
Nos rapazes
Nos rapazes, as transformações começam por volta dos 9 aos 14 anos e são muito mais
demoradas do que nas raparigas.
Fonte: Harris, Robie H. (1997). Vamos falar de Sexo - Crescimento, Corpos em Mudança, Sexo e Saúde Mental.
Terramar, Lisboa.
Nas raparigas
Nas raparigas inicia-se, em geral, entre os 8 e os 13 anos, variando este período de pessoa
para pessoa. Em geral, a puberdade tem início com a primeira menstruação (menarca), que
coincide com o surgimento de uma série de transformações do corpo, que já se vinham
manifestando na fase conhecida como pré-puberdade.
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Fonte: Harris, Robie H. (1997). Vamos falar de Sexo - Crescimento, Corpos em Mudança, Sexo e Saúde Mental.
Terramar, Lisboa.
Na idade adulta, a maioria das pessoas encaram a sexualidade com normalidade. Isto advém
de uma maior maturidade resultante de uma vida familiar tendencialmente mais estável ou por
possuírem um/a companheiro/a fixo/a.
Refere que durante a primeira etapa da vida adulta dão-se mudanças significativas que
correspondem a um período definido:
Nascimento de filhos.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a entrada numa idade adulta mais avançada
não significa colocar a vida sexual de parte.
Parece ser consensual e lógico que o sexo e a sexualidade fazem parte da vida da pessoa
idosa, mesmo que haja uma redução da frequência e da intensidade. Se por um lado há
diminuição de energia, força e vitalidade, por outro há tendencialmente um aumento do tempo
disponível e diminuição de preocupações profissionais.
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Diminuição da produção de esperma, que se inicia por volta dos 40 anos, mas sem
total desaparecimento;
A ereção é mais lenta e necessita de uma maior estimulação, sendo também menos
firme;
No caso das mulheres, as alterações referidas estão associadas a uma diminuição da produção
de estrogéneo após a menopausa.
É possível ainda referir outros fatores psicossociais que condicionam a atividade sexual das
pessoas idosas:
Condições físicas inadequadas, como sejam obesidade, falta de higiene, fadiga física
ou mental, diminuem o desejo, as próprias capacidades e as possibilidades de se
tornarem atrativos para os outros;
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O medo de não ser capaz de ter relações sexuais coitais ou de proporcionar prazer ao
parceiro limita a capacidade sexual, devido à ansiedade e insegurança que provoca;
A atitude dos filhos e da sociedade em geral, habitualmente muito crítica face à ideia
de que os seus pais possam interessar-se por sexo, leva a que muitas pessoas idosas se
culpabilizem e fiquem assim limitadas na sua atividade sexual.
Existem outros fatores que podem contribuir de forma positiva, permitindo às pessoas mais
velhas desfrutar de experiências gratificantes do ponto de vista das relações sexuais, e
também do ponto de vista dos afetos.
As posturas sociais sobre a sexualidade e gênero e o que é aceitável variam muito entre as
culturas e passaram por transformações radicais em algumas sociedades. Muitas pessoas se
tornaram mais confortáveis com sua própria identidade de gênero (a maneira que elas
apresentam a si próprias para o mundo) e com a prática de atividades sexuais que podem ter
sido consideradas inaceitáveis no passado. Assim, houve uma redefinição das normas sociais,
como ilustrado pelos seguintes exemplos de mudança de postura na cultura ocidental nos
últimos anos.
Masturbação
Antigamente considerada uma perversão e até mesmo uma causa de doença mental, a
masturbação há tempo foi reconhecida como uma atividade sexual normal durante a vida.
Aproximadamente 97% dos homens e 80% das mulheres se masturbam. Em geral, os homens
se masturbam com maior frequência do que as mulheres. Muitas pessoas continuam a se
masturbar mesmo quando envolvidas em um relacionamento sexualmente gratificante. Ainda
que a masturbação seja normal e muitas vezes recomendada como uma opção de sexo seguro,
ela pode causar culpa e sofrimento psicológico, que se origina da postura de desaprovação que
algumas pessoas ainda têm. Esses sentimentos podem conduzir a um considerável sofrimento
e até mesmo podem afetar o desempenho sexual.
Homossexualidade
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Gays e lésbicas descobrem que se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo da mesma
forma que os heterossexuais descobrem que se sentem atraídos por pessoas do sexo oposto. A
atração parece ser o resultado final de influências biológicas e ambientais e não uma mera
questão de escolha deliberada. Por esse motivo, a expressão popular “preferência sexual” faz
pouco sentido em questões relacionadas com a orientação sexual, seja a orientação
homossexual, heterossexual ou bissexual.
Sexo extraconjugal
Esse comportamento é parte de uma tendência de maior liberdade sexual nos países
desenvolvidos. Contudo, a maioria das culturas desaprova que pessoas casadas façam sexo
com outra pessoa além de seu cônjuge. Esse comportamento é bastante frequente, a despeito
da desaprovação social. Um problema objetivo que resulta disso é a possibilidade de
transmissão de infecções sexualmente transmissíveis ao cônjuge ou aos parceiros sexuais que
não suspeitam que esse comportamento existe.
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Problemas sexuais podem ter causas físicas, causas psicológicas ou ambas. Problemas com a
função sexual podem afetar tanto homens como mulheres. O homem pode apresentar
diminuição da libido, disfunção erétil, incapacidade de ejacular ou ejaculação precoce. A
mulher pode apresentar pouco interesse sexual ou um distúrbio de excitação sexual, dor
durante a relação sexual (transtorno de dor gênito-pélvica/penetração) ou problemas de
orgasmo (transtorno de orgasmo feminino). Os problemas sexuais tendem a ser mais comuns
em pessoas idosas. Muitos desses problemas podem ser tratados de forma eficaz.
Os problemas sexuais da pessoa podem ser influenciados pelos pais, que podem prejudicar a
capacidade dos filhos de desenvolver intimidade sexual e emocional quando, por exemplo:
Rejeitam os filhos
São cruéis
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3. Conclusão
Atualmente a educação Infantil vem sendo um desafio cada vez maior para os docentes, pois
os pequenos estão chegando às instituições de educação, com muita curiosidade sobre a
sexualidade, sobre o desenvolvimento de seu corpo, a diferença dos gêneros e o porquê
menino e menina são tão diferentes. E é por isso que o trabalho de educação sexual com as
crianças se torna fundamental. Para tanto, faz-se necessário entender que o desenvolvimento
sexual é um processo natural e biológico, que independente da pessoa irá ocorrer, pois faz
parte do ser humano.
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4. Referências Bibliográficas
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade.
Porto Alegre, vol. 20, nº 2, jul./dez. 1995, pp. 71-99.
http://www.apf.pt/sexualidade/etapas-do-desenvolvimento-sexual
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/assuntos-especiais/cirurgia/cirurgia
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