Você está na página 1de 14

ESCOLA DO ENSINO PRIMÁRIO Iº E IIº CICLO CAC Nº 121

E.M.C

OS COMPORTAMENTOS E
ORIENTAÇÕES SEXUAIS
OS TIPOS DE RELAÇÕES
ANATOMIA DOS ÓRGÃOS SEXUAIS

Grupo nº 01 DOCENTE
Turma: CT
9ª Classe ________________________
Sala nº 07 Adérito F. Samuel
Período: Tarde

Luanda 2022/2023
COLÉGIO CHICOLA

OS COMPORTAMENTOS E
ORIENTAÇÕES SEXUAIS

INTEGRANTES DO GRUPO
 Alberto Sapalalo
 Dorivaldo Lopes
 João Sanjambela
 Manuela Tavares
 Maria Cachipa
 Maria Kapiro

Luanda 2022/2023
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO...............................................................................................1

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................2

2.1.A SEXUALIDADE HUMANA E A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO......2

2.1.1.A sexualidade na adolescência................................................................2

2.1.1.1.Mudanças biofisiológicas......................................................................3

2.1.1.2.Mudanças psicológicas.........................................................................3

2.1.1.3.Mudanças na capacidade de integração social....................................3

2.1.1.4.Manifestações anatómicas e fisiológicas..............................................3

2.2.ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL...........................................4

2.2.1.A sexualidade pré-pubertária (entre os 0 e os 10-12 anos)....................5

2.3.IDENTIDADE E ORIENTAÇÃO SEXUAL...................................................6

2.4.ANATOMIA DOS ORGÃOS SEXUAIS.......................................................7

2.4.1.Orgãos reprodutores femininos................................................................7

2.4.2.Sistema reprodutor masculino.................................................................9

3.CONCLUSÃO...............................................................................................10

4.REFERÊNCIAS............................................................................................11
1. INTRODUÇÃO

A sexualidade é a maneira pela qual as pessoas vivenciam e expressam os


instintos e sentimentos que compõem a atração física por outros. Ela é uma
parte normal da experiência humana e é determinada por vários fatores,
incluindo composição genética, a criação na infância, a influência de pessoas
ao redor e posturas sociais. Assim, os tipos de comportamentos sexuais
considerados normais variam muito entre as diversas culturas. De fato, talvez
seja impossível a definição de sexualidade “normal”.

Existem grandes variações no comportamento sexual das pessoas, incluindo


o interesse em sexo e a frequência ou a necessidade de praticar atividades
sexuais durante a vida. Algumas pessoas desejam a atividade sexual várias
vezes ao dia, ao passo que outras estão satisfeitas com uma atividade
esporádica (por exemplo, algumas vezes ao ano). Embora as pessoas mais
jovens relutem em acreditar que as pessoas mais velhas têm interesse
sexual, a maioria dos idosos continua interessada em sexo e relata uma vida
sexual satisfatória, mesmo em idades avançadas.

1
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. A SEXUALIDADE HUMANA E A ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO

A Análise do Comportamento entende que a sexualidade para ser entendida


carece de uma abordagem interdisciplinar envolvendo questões como papéis
sociais, orientação sexual e identidade de gênero, envolvendo vários campos
do saber, como o cultural, os biológicos e genéticos e fatores privados, não
havendo um único fator que determina, mas sim todos.

A sexualidade humana é uma das mais variadas formas de comportamento e o


comportamento é determinado por três fatores: Assim, segundo Skinner (2007),
o comportamento humano é produto de um conjunto de contingências (de
sobrevivência, responsáveis pela seleção natural das espécies – a filogenética;
contingências de reforçamento responsáveis pelos repertórios adquiridos pelos
seus membros – a ontogenética; e de contingências especiais mantidas pelo
ambiente cultural – nível cultural).

A suscetibilidade dos organismos às contingências de reforço permitiu o


surgimento do segundo nível. Apesar de que são várias as fontes de
variabilidade, como as diferenças individuais, as migrações e as pressões
ambientais, essa variabilidade pode ser topográfica (na forma), na magnitude e
na frequência. Esse nível (ontogênico) nos permite compreender os efeitos do
comportamento operante (aquele que é aprendido) e, assim, como o repertório
comportamental de uma pessoa é moldado a partir das experiências pessoais
ao longo de sua vida.

2.1.1.A sexualidade na adolescência

A puberdade é uma época de transição entre a infância e a idade adulta, um


período marcado por profundas alterações biológicas, fisiológicas e
psicológicas, durante o qual o corpo adquire os caracteres sexuais (masculinos
e femininos) associados ao sexo biológico, dando-se igualmente a maturação
do aparelho reprodutor e a aquisição da capacidade reprodutiva. 

2
A descoberta da sexualidade atinge o seu auge. O desejo sexual torna-se algo
mais específico e vários estímulos adquirem valor sexual. Com uma maior
atividade hormonal, os jovens passam por várias alterações ao nível do corpo,
designadamente aumento dos órgãos sexuais, ejaculação noturna no caso dos
rapazes e a primeira menstruação no caso das raparigas. Habitualmente é
neste período que ocorrem os primeiros contatos sexuais e as primeiras
experiências.
Vejamos de forma breve quais as mudanças que se produzem e que definem a
adolescência (López e Fuertes, 1999):

2.1.1.1. Mudanças biofisiológicas

Com a chegada da puberdade, produz-se um conjunto de mudanças


fisiológicas (ex: estatura, peso) e também uma sequência de mudanças
especificamente sexuais que culminarão na maturação dos órgãos sexuais,
assim como na capacidade de resposta à estimulação sexual.

2.1.1.2. Mudanças psicológicas

O adolescente adquire uma nova forma de pensamento que lhe permite


formular hipóteses, raciocinar sobre elas e extrair as suas próprias conclusões.
Estas novas possibilidades intelectuais também lhe permitem refletir sobre os
seus próprios pensamentos, bem como orientar o seu afeto para determinadas
ideias e valores.

2.1.1.3. Mudanças na capacidade de integração social

Nesta fase, os jovens desenvolvem a capacidade de integração com o grupo


de iguais e a capacidade de integração no mundo dos adultos. Surgem
também novas necessidades afetivas e sexuais que podem conduzir à
dissolução do grupo, em favor da formação de casais.

2.1.1.4. Manifestações anatómicas e fisiológicas

Nos rapazes:
Nos rapazes, as transformações começam por volta dos 9 aos 14 anos e são
muito mais demoradas do que nas raparigas.
As principais características das mudanças são:

3
 Surgimento de pêlos nos púbis, nas axilas e no peito;
 Aumento dos testículos e do pénis;
 Crescimento da barba;
 Voz grossa;
 Ombros mais largos;
 Aumento da massa muscular;
 Início da produção de espermatozoides;
 Aumento do peso e da estatura

Nas raparigas
Nas raparigas inicia-se, em geral, entre os 8 e os 13 anos, variando este
período de pessoa para pessoa. Em geral, a puberdade tem início com a
primeira menstruação (menarca), que coincide com o surgimento de uma série
de transformações do corpo, que já se vinham manifestando na fase conhecida
como pré-puberdade.

As principais características são:


 Alargamento dos ossos da bacia (ancas);
 Início do ciclo menstrual (menarca);
 Surgimento de pêlos no púbis e nas axilas;
 Depósito de gordura nas nádegas, nos quadris e nas coxas;
 Desenvolvimento das mamas. 

2.2. ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL

Na realidade, a sexualidade “nasce” com o bebé e vai evoluindo na sua forma e


expressão ao longo de toda a vida. Isto é, o desenvolvimento psicossexual é
um processo complexo e subtil, sujeito a diversos acasos à medida que o ser
humano passa pela infância, adolescência, idade adulta e velhice (Félix, 1995).
Embora o ser humano seja um ser sexuado, a sexualidade é diferente
consoante a idade. As crianças, os adolescentes, os adultos e as pessoas
idosas têm interesses sexuais, manifestando a sua sexualidade através de
determinados comportamentos. Contudo, a sexualidade muda com a idade,
verificando-se características próprias que estão associadas a cada fase da
vida.

4
Também em cada etapa da vida, as pessoas vivem a sua sexualidade de
formas diferentes, estando esta sujeita à influência de diversos fatores
socioculturais e às particularidades individuais do desenvolvimento
biofisiológico e psicoafetivo de cada pessoa.

Neste contexto, é difícil definir a sexualidade de uma forma sintética, pois cada
período tem as suas especificidades. Apesar disso, as maiores diferenças no
desenvolvimento verificam-se entre a fase da pré-puberdade e a fase da pós-
puberdade. Nesta seção, pode encontrar informação sobre as principais
características que definem cada período da nossa evolução.
 

2.2.1.A sexualidade pré-pubertária (entre os 0 e os 10-12


anos)

Na infância, a sexualidade é encarada como uma descoberta, nomeadamente


do próprio corpo, considerando-se como o primeiro ato sexual da criança
mamar no peito da mãe. Nesta fase, a sexualidade é vivida e desenvolve-se
nas relações com as sensações corporais e em interação com as figuras de
apego.
As principais características da sexualidade nas crianças são:

 Os órgãos genitais estão pouco desenvolvidos.


 Os caracteres sexuais apenas iniciam o seu desenvolvimento.
 A quantidade de hormonas sexuais na circulação sanguínea é também
muito pequena.
 As sensações de prazer não adquiriram ainda um significado específico,
devido a fatores hormonais e sociais.
 Os estímulos táteis sobre o próprio corpo são os que têm maior poder
propiciador de respostas fisiológicas sexuais.
 A sexualidade está mediatizada pelos afetos.
 Interiorização da moral sexual.

5
Até aos dois/três anos, as crianças adquirem consciência da sua identidade
sexual, ou seja, reconhecem-se e identificam-se como rapaz ou rapariga.
Simultaneamente, iniciam um processo de aprendizagem e interiorização das
funções que a sociedade considera próprias do rapaz ou da rapariga, e que
estão associadas ao papel de género.

2.3. IDENTIDADE E ORIENTAÇÃO SEXUAL

Sexo biológico: Assume-se frequentemente que é o sexo cromossomático ou


o sexo genital, que pressupõe capacidades reprodutivas. Existem vários fatores
que contribuem para o sexo biológico: cromossomas (XY, XX, ou outras
combinações), genitais (estruturas reprodutivas externas), gónadas (presença
de testículos ou ovários), hormonas (testosterona, estrogénios), etc. Uma
pessoa intersexo tem órgãos genitais/reprodutores (internos e/ou externos)
masculinos e femininos, em simultâneo, ou cromossomas que não são nem XX
nem XY.
 
Identidade de género: É o sentimento de ser do género feminino (mulher) ou
do género masculino (homem) independentemente da anatomia. Uma pessoa
transgénero é alguém que não corresponde às convenções sociais e
categorias tradicionais de género associadas ao seu sexo biológico. Uma
pessoa transexual é alguém que sente que a sua identidade de género é
diferente do seu sexo biológico. Algumas pessoas transexuais desejam mudar
o seu corpo através de tratamentos e/ou cirurgias, mas nem todas.
 
Expressão de género: Diz respeito aos comportamentos, forma de vestir,
forma de apresentação, aspeto físico, gostos e atitudes. Uma pessoa
andrógina exprime-se de uma forma ambivalente, ou seja, apresenta uma
combinação de traços físicos quer masculinos, quer femininos ou uma
aparência que não permite identificar claramente o seu género.
 
Orientação sexual: Refere-se ao que cada pessoa pensa e sente sobre si
própria e sobre a sua afetividade e sexualidade e por quem se sente atraído
afetiva e sexualmente. Uma pessoa é considerada:

6
 Heterossexual se se sente sobretudo atraída por pessoas de género
diferente
 Homossexual se se sente sobretudo atraída por pessoas do mesmo
género
 Bissexual se se sente atraída por pessoas de ambos os géneros.
 
Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo

LGBTI é um acrónimo que se internacionalizou e que corresponde às palavras:


 Lésbica - designação atribuída a mulheres homossexuais;
 Gay - designação dada a homens homossexuais;
 Bissexual
 Trans - designação dada às pessoas transgénero e transexuais;
 Intersexo - designação dada a uma pessoa que tem órgãos
genitais/reprodutores (internos e/ou externos) masculinos e femininos,
em simultâneo, ou cromossomas que não são nem XX nem XY.

2.4. ANATOMIA DOS ORGÃOS SEXUAIS


2.4.1. Orgãos reprodutores femininos

O sistema reprodutor e genital engloba os órgãos que produzem, transportam e


armazenam as células germinativas, que são as responsáveis por dar origem
aos gametas. E são os gametas que, ao se unirem, formam um novo indivíduo,
que será abrigado em um órgão durante seu desenvolvimento. Esse órgão,
chamado útero, faz com que o sistema reprodutor feminino seja considerado
mais complexo que o masculino em razão da função de abrigar e propiciar o
desenvolvimento de um novo indivíduo.

7
Estruturas do sistema reprodutor feminino

Ovários, tubas uterinas, útero, vagina, hímen, grandes lábios, pequenos lábios e
clitóris são as estruturas encontradas no sistema de reprodução feminino. Além
disso, as mamas também são de grande importância na manutenção da vida. Os
órgãos externos desse sistema permitem a entrada do esperma no organismo,
além de protegerem os órgãos genitais internos contra micro-organismos
infecciosos.

Os órgãos sexuais femininos consistem tanto na genitália interna quanto na


externa. Juntas elas compõem o sistema reprodutor feminino, desempenhando
atividades sexuais e reprodutivas. Os órgãos genitais externos, conhecidos em
conjunto como vulva, são sustentados pelo períneo feminino. Estes são o monte
pubiano, os grandes e os pequenos lábios, o clitoris, o vestíbulo, bulbo vestibular
e as glândulas vestibulares. A vagina, o útero, os ovários e as tubas
uterinas compõem os órgãos genitais internos.

Os órgãos reprodutores femininos passam por importantes mudanças estruturais


e funcionais a cada mês. Essas mudanças não ocorrem somente para tornar a
vida das mulheres difícil, elas também têm uma função crucial no início da
gravidez.

Se a gravidez não ocorrer, o revestimento endometrial proliferado se descama e


se desprende, passando pela vagina como sangue menstrual. Essas atividades
ocorrem sob a influência de hormônios secretados pelos órgãos sexuais
femininos (ovários), conforme determinado pelo sistema endócrino.
Os hormônios sexuais femininos também têm um papel importante na
maturação sexual.

2.4.2.Sistema reprodutor masculino

8
Os órgãos sexuais masculinos compreendem um arranjo complexo de órgãos
genitais internos e externos. Sua função está relacionada com a reprodução e o
prazer sexual. Os órgãos genitais internos são as gônadas masculinas
(testículos), o epidídimo, uma série de ductos e as glândulas acessórias.
O pênis e o escroto compõem os órgãos sexuais externos.

A fascinação pelos órgãos sexuais masculinos é tão antiga quanto a própria


humanidade, o que tornou este tema bastante presente em todos os aspetos
culturais de nossa sociedade, desde piadas bobas até a arte fálica.

3. CONCLUSÃO

Depois da elaboração do presnete trabalho, podemos concluir que tanto a


psicologia em geral, como a análise do comportamento, em especial, têm como
objetivo promover a emancipação do indivíduo de modo que preconceito,
discriminação e outras formas explicativas mentalistas, deve entender a
intersexualidade como uma forma de comportamento como qualquer outra.

9
Nesse sentido, a visão estreita e maniqueísta de que o comportamento sexual
de um organismo possa ser determinado por apenas por fatores biológicos e
genéticos, por se tratar de um comportamento que supostamente seja
determinado pela reprodução e com isso, transmitido geneticamente, não é
aceitável.

A análise do comportamento de forma ampla entende a sexualidade e a


orientação sexual, assim como diversos tipos de comportamentos, envolve os
três tipos de seleção proposto por Skinner (2007): o filogenético, o
ontogenético e o cultural.

Nesse sentido, a Análise do Comportamento contribui para o seu entendimento


refletindo e não simplesmente querer enquadra-la em algum tipo de gênero que
foi construído socialmente.

4. REFERÊNCIAS

Araújo, S. L., Zazula, R. ( 2015 ). Sexualidade na terceira idade e terapia


comportamental: Revisão integrativa. Revista Brasileira de Ciência do
Envelhecimento Humano, 12(2), 172-182.
Besnier, K. ( 1994 ). Polynesian gender liminality through time and space. In G.
Herdt (Ed.), Third sex, third gender: Beyond sexual dimorphism in culture and
history (pp. 285-328). New York, NY: Zone.

10
Catania, A. C. ( 1999 ). Aprendizagem: Comportamento, linguagem e cognição.
Porto Alegre, RS: Artmed.
Fazzano, L. H., Gallo, A. E. ( 2015 ). Uma análise da homofobia sob a
perspectiva da análise do comportamento. Temas em Psicologia, 23(3), 535-
545. https://doi.org/10.9788/TP2015.3-02
» https://doi.org/10.9788/TP2015.3-02
Gaudenzi, P. ( 2018 ). Intersexualidade: entre saberes e intervenções.
Cadernos de Saúde Pública, 34(1), e00000217.
https://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00000217
» https://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00000217
Machado, T. A. B. N. ( 2015 ). Análise do comportamento aplicada em um caso
de disfunção sexual feminina (Dissertação mestrado). Pontifícia Universidade
Católica de Goiás, Goiânia, GO, Brasil.
Malott, R. W. ( 1996 ). A behavior-analytic view of sexuality, transsexuality,
homosexuality, and heterosexuality. Behavior and Social Issues, 6(2), 127-140.
https://doi.org/10.5210/bsi.v6i2.288
» https://doi.org/10.5210/bsi.v6i2.288
Mizael, T. M. ( 2018 ). Perspectivas analítico-comportamental sobre a
homossexualidade: Análise da produção cientifica. Perspectivas em Análise do
Comportamento, 9(1), 15-28. https://doi.org/10.18761/PAC.2017.011
Money, J., Ehrardt, A. A. ( 1972 ). Man & woman boy & girl: Differentiation and
dimorphism of gender identity from conception to maturity. Baltimore, MD: The
Johns Hopkins University

11

Você também pode gostar