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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE KANGONJO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

MODELO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

AVALIAÇÃO COMPARTILHADA

Docente
Sala nº 31
________________________
3º Ano
Suzana Maria Alexandre
Período: Tarde

Janeiro – 2022/2023

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE KANGONJO


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

AVALIAÇÃO COMPARTILHADA
Relações humanas, produtivas e criativas em busca de competências
Competências para participar na gestão escolar

INTEGRANTES DO GRUPO

 Adriano M. de A. Mbuta - 201727


 Domingas Ngoma – 201589
 Gemima Kiala Bavila - 201417
 Indira Bunga - 160978
 Jeremias Eduardo – 191156
 Juliana Augusto - 200754
 Madalena Vasco Manuel – 200982
 Suzana Jerónimo – 200046
 Teresa Pequena – 201572

Janeiro – 2022/2023
ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO...................................................................................................0

2.FUNDAMENTAÇÃO TEORICA.........................................................................1

2.1.AVALIAÇÃO COMPARTILHADA...................................................................1

2.1.1.Relações Humanas Produtivas e Criativas Assentadas na Busca de

Objetivos Comuns................................................................................................1

2.2.O PLANEJAMENTO ESCOLAR E O PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO....................................................................................................1

2.3.GESTÃO ESCOLAR: NOVAS CONCEPÇÕES E NOVAS PRÁTICAS.........3

2.4.A GESTÃO EM DIFERENTES CONTEXTOS HISTÓRICOS........................3

2.5.RELAÇÃO ORGÂNICA ENTRE A DIREÇÃO E A PARTICIPAÇÃO DOS

MEMBROS DA EQUIPE ESCOLAR....................................................................4

3.CONCLUSÃO....................................................................................................7

4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................8
1. INTRODUÇÃO

Este estudo teve como propósito pensar no papel da Educação no cenário


atual e refletir sobre a atuação da gestão na articulação dos tempos e espaços
do cotidiano escolar para alcançar os desafios de nosso tempo. A educação é
um elemento fundamental no desenvolvimento social e econômico e que o
ensino no país – especialmente aquele oferecido por setores públicos – é
insatisfatório diante dos padrões internacionais, tanto na sua quantidade,
quanto na sua qualidade.

Grandes países conseguiram tal feito mediante a priorização da educação e o


investimento concentrado de esforços, recursos e talento humano no
desenvolvimento da qualidade dos seus sistemas de ensino e de suas escolas,
acompanhados de consistentes mecanismos de gestão de tais ações e
processos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

2.1. AVALIAÇÃO COMPARTILHADA


Todas as decisões e procedimentos organizativos precisam ser acompanhados
e avaliados, com base no princípio da relação orgânica entre a direção e a
participação dos membros da equipe escolar. Além disso, é preciso insistir que
o conjunto das ações de organização do trabalho na escola está voltado para
as ações pedagógico-didáticas, em razão dos objetivos básicos da escola. O
controle implica uma avaliação mútua entre direção, professores e
comunidade.

2.1.1.Relações Humanas Produtivas e Criativas Assentadas


na Busca de Objetivos Comuns

Esse princípio indica a importância do sistema de relações interpessoais em


função da qualidade do trabalho de cada educador, da valorização da
experiência individual, do clima amistoso de trabalho. A equipe da escola
precisa investir sistematicamente na mudança das relações autoritárias para
relações baseadas diálogo e no consenso.

Nas relações mútuas entre direção e professores, entre professores e alunos,


entre direção e funcionários técnicos e administrativos, há que combinar
exigência e respeito, severidade e tato humano.

2.2. O PLANEJAMENTO ESCOLAR E O PROJETO


POLÍTICO PEDAGÓGICO
O planejamento escolar consiste numa atividade de revisão da ação a ser
realizada, ou seja, é uma forma de enfrentar problemas para construir a
viabilidade. O processo e o exercício de planejar referem-se a uma antecipação
da prática, de modo a prever e programar as ações e os resultados desejados,
constituindo-se numa atividade necessária à tomada de decisões. As
instituições e organizações sociais precisam formular objetivos, ter um plano de
ação, meios de sua execução e critérios de avaliação da qualidade do trabalho
que realizam. Sem planejamento, a gestão corre ao sabor das circunstâncias,
as ações são improvisadas, os resultados não são avaliados.
No planejamento escolar, o que se planeja são as atividades de ensino e de
aprendizagem, fortemente determinadas por uma intencionalidade educativa
envolvendo objetivos, valores, atitudes, conteúdos, modos de agir dos
educadores que atuam na escola. Em razão disso, o planejamento nunca é
individual, é uma prática de elaboração conjunta dos planos e sua discussão
pública.

Uma importante característica do planejamento é seu caráter processual. O ato


de planejar não se reduz ao momento da elaboração dos planos de trabalho. É
uma atividade permanente de reflexão e ação. O planejamento é um processo
contínuo de conhecimento e análise da realidade escolar em suas condições
concretas, de busca de alternativas para a solução de problemas e de tomada
de decisões, possibilitando a revisão dos planos e projetos, a correção no rumo
das ações. O caráter de processo indica, também, que um plano prévio é um
roteiro para a prática, ele antecipa mentalmente a prática, prevê os passos a
seguir, mas não pode determinar rigidamente os resultados, pois estes vão se
delineando no desenvolvimento do trabalho, implicando permanente ação,
reflexão e deliberação dos educadores sobre a prática em curso.

O planejamento escolar estratégico tem quatro momentos que devem ser


desenvolvidos na gestão estratégica:

 Diagnóstico – explicar a realidade sobre a qual se quer atuar e mudar;


 Formulação – expressar a situação futura, o plano a ser construído;
 Estratégia – viabilidade do projeto e forma de executá-lo;
 Operação – agir, monitorar e avaliar.

O processo de planejamento inclui, também, a avaliação dos processos e


resultados previstos no projeto, tendo em vista a análise crítica e profunda do
trabalho realizado e a reordenação de rumos.
2.3. GESTÃO ESCOLAR: NOVAS CONCEPÇÕES E NOVAS
PRÁTICAS
É relevante compreender como se deu historicamente o processo de
reestruturação da gestão escolar. Dessa forma, esse capítulo apresenta a
gestão em diferentes contextos históricos, a partir da Constituição Federal de
1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996; o processo de
mudança dos modelos tradicionais de administração e a importância da gestão
participativa para a construção de uma escola mais justa e de melhor
qualidade, além das características e princípios de uma gestão democrática.

2.4. A GESTÃO EM DIFERENTES CONTEXTOS


HISTÓRICOS
Gestão é uma expressão que ganhou corpo no contexto educacional
acompanhando uma mudança de paradigma no direcionamento das questões
deste campo de estudo. Em linhas gerais, caracteriza-se pelo reconhecimento
da relevância da participação consciente e esclarecida das pessoas nas
tomadas de decisões sobre a orientação e planejamento de seu trabalho. O
conceito de gestão está associado ao fortalecimento da democratização do
processo pedagógico, à participação responsável de todos nas decisões
necessárias e na sua efetivação mediante um compromisso coletivo com
resultados educacionais cada vez mais efetivos e significativos.

A dinâmica intensa da realidade e seus movimentos fazem com que os fatos e


fenômenos mudem de significado ao longo do tempo; as palavras usadas para
representá-los deixam de expressar toda a riqueza da nova significação. Daí
porque a mudança de denominação de Administração para Gestão
Educacional.

Os termos “administração da educação” ou “gestão da educação” têm sido


utilizados na área educacional ora como sinônimos, ora como termos distintos.
“Analisar a gestão da educação, seja ela desenvolvida na escola ou nos
sistemas de ensino, implica em refletir sobre as políticas de educação. Isto
porque há uma ligação muito forte entre elas, pois a gestão transforma metas e
objetivos educacionais em ações, dando concretude às direções traçadas pelas
políticas” (BORDIGNON; GRACINDO, 2004, p.147). A gestão, se entendida
como processo político-administrativo contextualizado, coloca-nos diante do
desafio de compreender tal processo na área educacional a partir dos
conceitos de sistemas e gestão escolar.

2.5. RELAÇÃO ORGÂNICA ENTRE A DIREÇÃO E A


PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS DA EQUIPE ESCOLAR
Esse princípio conjuga o exercício responsável e compartilhado da direção, a
forma participativa da gestão e a responsabilidade individual de cada membro
da equipe escolar. Sob supervisão e responsabilidade do diretor, a equipe
escolar formula o plano ou projeto pedagógico-curricular, toma decisões por
meio de discussão com a comunidade escolar mais ampla, aprova um
documento orientador. A partir daí, entram em ação as funções do processo
organizacional em que o diretor coordena, mobiliza, motiva, lidera, delega as
responsabilidades decorrentes das decisões aos membros da equipe escolar
conforme suas atribuições específicas, presta contas e submete à avaliação da
equipe o desenvolvimento das decisões tomadas coletivamente.

Nesse princípio estão presentes a exigência da participação dos professores,


pais, alunos, funcionários e outros representantes da comunidade, bem como a
forma de viabilização dessa participação: a interação comunicativa, a busca do
consenso em pautas básicas, o diálogo intersubjetivo. Por outro lado, a
participação implica os processos de gestão, os modos de fazer, a
coordenação e a cobrança dos trabalhos e, decididamente, o cumprimento de
responsabilidades compartilhadas conforme uma mínima divisão de tarefas e
alto grau de profissionalismo de todos. Como temos ressaltado, a organização
escolar democrática implica não só a participação na gestão, mas a gestão da
participação.

2.6. A EVOLUÇÃO DA GESTÃO EDUCACIONAL: DA


ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL PARA A GESTÃO
EDUCACIONAL                                                                  
De modo equivocado, o termo gestão tem sido muitas vezes utilizado como se
correspondesse a simples substituição ao termo administração. É possível que
essa prática seja realizada devido à falta de entendimento da questão, ou o seu
entendimento superficial, ou ainda por entenderem a gestão como um termo de
moda, representando algo passageiro. Comparando o que se propunha sob a
denominação de administração e o que se propõe sob a denominação de
gestão e ainda, a alteração geral de orientações e posturas que vêm ocorrendo
em todos os âmbitos e que contextualizam as alterações no âmbito da
educação e da sua gestão, conclui-se que a mudança é radical. Por
conseguinte, não se deve entender o que está ocorrendo como uma mera
substituição de terminologia das antigas noções a respeito de como conduzir
uma organização de ensino. Revigorar a visão da administração da década de
1970, orientada pela óptica da administração cientifica (Perel, 1977; Treckel,
1967) seria ineficaz e corresponderia a fazer mera maquiagem modernizadora.

A gestão aparece, pois, como superação das limitações do conceito de


administração, como resultado de uma mudança de paradigma, isto é, de visão
de mundo e óptica com que se percebe e reage em relação à realidade (KUHN,
1982).

A gestão educacional abrange, portanto, a articulação dinâmica do conjunto de


atuações como prática social que ocorre em uma unidade ou conjunto de
unidades de trabalho, que passa a ser o enfoque orientador da ação
organizadora e orientadora do ensino, tanto em âmbito macro (sistema) como
micro (escola) e na interação de ambos.

Destaca-se, novamente, que a utilização do termo gestão não corresponde a


simples substituição terminológica, baseada em considerações semânticas.
Trata-se, sim, da proposição de um novo entendimento de organização
educacional e de seus processos e, para, além disso, das relações da
educação com a sociedade e das pessoas dentro do sistema de ensino e da
escola.

A óptica da gestão educacional não prescinde, nem elimina a óptica da


administração, apenas a supera, dando a esta uma nova acepção, mais
significativa e de caráter potencialmente transformador, colocando-a a serviço
e como substrato do trabalho de gestão.

Pode-se afirmar que ambas (administração e gestão) estão certas e são úteis,
na perspectiva apropriada (FERGUSON, 1993). Reconhece-se que dessa
dinâmica, e de sua resolução equilibrada, depende a qualidade do ensino.

No quadro 01, certos pressupostos e entendimentos sobre processos sociais


fundamentam e orientam posturas dos que são responsáveis pelos destinos de
uma unidade do trabalho educacional.

Quadro 01: Mudança de paradigma de administração para gestão –


Pressupostos e processos sociais
ADMINISTRAÇÃO GESTÃO
 A realidade é considerada como dinâmica
e em movimento e, portanto, imprevisível.

 Crise, ambiguidade e incerteza são


 A realidade é considerada como regular, consideradas como elementos naturais
estável e permanente e, portanto, dos processos sociais e como condições
previsível. de aprendizagem, construção de
 Crise, ambiguidade, contradições e conhecimento e desenvolvimento.
incerteza são consideradas disfunções e,
portanto, forças negativas a serem  Experiências positivas em outras
evitadas, por impedirem ou cercearem o organizações servem como referência à
seu desenvolvimento. reflexão e busca de soluções próprias e
 A importação de modelos que deram certo mudanças.
em outras organizações é considerada
como a base para a realização de  As mudanças ocorrem mediante processo
mudanças. de transformação, caracterizada pela
 As mudanças ocorrem mediante processo produção de ideias, processos e
de inovação, caracterizado pela estratégias, promovidos pela mobilização
importação de ideias, processos e do talento e energia internos, e acordos
estratégias impostos de fora para dentro e consensuais.
de cima para baixo.
 A objetividade e a capacidade de manter  A sinergia coletiva e a intersubjetividade
um olhar objetivo sobre a realidade não determinam o alcance de bons resultados.
influenciado por aspectos particulares
determinam a garantia de bons resultados.  Os processos sociais, marcados pelas
 As estruturas das organizações, recursos, contínuas interações de seus elementos
estratégias, modelos de ação e insumos plurais e diversificados, constitui-se na
são elementos básicos da promoção de energia mobilizadora para a realização de
bons resultados. objetivos da organização.
 A disponibilidade de recursos a servirem
como insumos constitui-se em condição  Recursos não valem por eles mesmos,
básica para a realização de ações de mas pelo uso que deles se faz, a partir dos
melhoria. Uma vez garantidos os recursos, significados a eles atribuídos pelas
decorreria o sucesso das ações. pessoas, e a forma como são utilizados,
 Os problemas são considerados como podendo portanto, ser maximizados, pela
sendo localizados, em vista do que podem adoção de óptica proativa.
ser erradicados.
 O poder é considerado como limitado e  Os problemas são sistêmicos, envolvendo
localizado; se repartido é diminuído. uma série de componentes interligados.

 O poder é considerado como ilimitado e


passível de crescimento, na medida em
que é compartilhado.

 Fonte:  Heloísa Lück – vinhetas de aulas.


3. CONCLUSÃO

A investigação se apoiou em alguns pressupostos teórico que envolveram o


tratamento de alguns conceitos: gestão democrática, gestão participativa,
planejamento escolar, Projeto Político Pedagógico, perfil de um líder, diretor,
coordenador e orientador, participação e descentralização.

A escola é uma das instituições sociais responsáveis pela formação integral do


indivíduo. Em sua estrutura atuam diversos sujeitos sociais: alunos,
professores, coordenadores, gestores e demais assistentes. Para que toda a
estrutura funcione efetivamente bem, é imprescindível que cada um exerça sua
função com competência, responsabilidade, comprometimento e que haja uma
parceria entre todos.

Discutindo sobre gestão escolar, entende-se que haverá uma escola com maior
qualidade quando a equipe gestora e a comunidade participarem ativamente
das decisões escolares, formulando e colocando em prática o Projeto Político
Pedagógico, criando situações em que as famílias participem ativamente do
cotidiano escolar e não apenas quando são convocadas.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DELORS, Jacques (Org). Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo:


Cortez. Brasília: UNESCO, 1998.
VALÉRIEN, J. Gestão da escola fundamental: subsídios para análise e
sugestão de aperfeiçoamento. São Paulo: Cortez/ UNESCO/ MEC, 1993.
BRASIL, Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, nº
248, 1996.
_________. Constituição da República Federativa do Brasil.1988. São Paulo.
(BORDIGNON, G.; GRACINDO, R. V. Gestão da educação: o município e a
escola. In: FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. A. da S. Gestão da Educação:
impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2004, p.147).
LÜCK, Heloísa. A Gestão Participativa na Escola. Ed. 5. Petrópolis, RJ: Vozes,
2009
___________ A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2005.
____________Perspectivas da gestão escolar e implicações quanto à
formação de seus gestores. In: EM ABERTO.Vol. 17, n 72, fev/jun, 2000.
____________. Gestão educacional: estratégia para a ação global e coletiva no
ensino. Rev. Gestão em Rede, n.3, Curitiba, nov. 1997.
____________. A Gestão Participativa na Escola. Ed. 5. Petrópolis/RJ: Vozes,
2009.
PEREL, Vicente. Administração: passado, presente e futuro – Da formação da
oficina à teoria dos sistemas. Petrópolis: Vozes, 1977.
TRECKEL, Harleight B. Novas perspectivas de administração. Rio de Janeiro:
Agir, 1967.
KUNH, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva,
1982.

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