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POLÍTICAS E GESTÃO NA EDUCAÇÃO

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Sumário

FACULESTE ........................................................................................... 2

INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3

POLÍTICA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO


........................................................................................................................... 4

POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO: QUAIS SÃO E QUEM FAZ.


......................................................................................................................... 13

GESTÃO ESCOLAR DE QUALIDADE ................................................. 29

PROJETO POLITICO PEDAGOGICO .................................................. 33

A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL E AS


POLÍTICAS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA ....................................................... 42

CONCLUSÃO ........................................................................................ 45

REFERÊNCIA ....................................................................................... 46

1
FACULESTE

A história do Instituto FACULESTE, inicia com a realização do sonho de


um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para
cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACULESTE,
como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A FACULESTE tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas


de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

A legislação da educação é o corpo ou conjunto de leis referentes à


educação. Contribui para a organização do ensino e às questões da matéria
educacional, como, por exemplo, a profissão de professor, a democratização de
ensino etc.

A política pública é um sistema de ações sociais que compreende um


esforço da sociedade principalmente das instituições para garantir de forma
permanente, os direitos de cidadania a todos, fundamentalmente os mais
necessitados que estão na zona de pobreza e esquecido pelos políticos. Daí a
necessidade da promoção de políticas publicas adequada seja na saúde ou na
educação, aéreas estas que devem ter maior atenção.

A escola é uma instituição cujo papel na sociedade é de responsabilizar-


se pela educação formal dos cidadãos, se posicionando como um dos agentes
em condições de contribuir para a transformação destas, sendo dever do Estado
garantir a estrutura e a qualidade de ensino nas escolas. Sabemos que a
educação pública é responsabilidade do governo federal, estadual e municipal.

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POLÍTICA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO NO
CONTEXTO BRASILEIRO

O Estado, as políticas
educacionais e a escola no Brasil,
historicamente têm se constituído
como um marco regulador e
reforçador de uma educação que
divide, ou seja, marcada pela
exclusão. Entretanto, a racionalidade
que se impõe pelos distintos
governos brasileiros aponta para a
necessidade de acompanhamento e
reforma no campo da educação, seguindo agendas internacionais, num esforço
de superação das diferenças. O ser humano, mais do que nunca, precisa tomar
consciência de sua humanidade.

A escola, como a maioria há de concordar, é uma instituição dedicada,


sobretudo, à educação. Além da escola, não se pode negar a força educativa do
convívio familiar. Além destes, há outros espaços de saber, cujos conteúdos e
mensagens podem e devem ser questionados.

Por isso, torna-se necessário compreender as relações de poder


intrínsecas às relações sociais, uma vez que é clara a percepção de que a
melhoria na qualidade de vida, o desenvolvimento das comunidades e a
transformação do Brasil em uma nação desenvolvida, com uma população
saudável em todos os aspectos, somente será possível com uma educação de
qualidade.

Para alcançar essa qualidade, entretanto, mudanças precisam acontecer


no contexto macro da educação brasileira. É importante que o Brasil, como
nação, possa participar do processo de globalização econômica e técnico-
científica. Ressalte-se aqui que nenhuma ação local, por si, é suficiente para

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promover avanços consistentes e que perdure na área de ensino. Aí reside a
importância da gestão educacional, na determinação desse novo destino, uma
vez que, tendo por base a mobilização de pessoas articuladas em equipe,
permite articular ações e estabelecer a devida mobilização de sujeitos e
instituições.

Desse modo, falar de gestão educacional, é falar em âmbito macro, a


partir dos órgãos superiores dos sistemas de ensino e em âmbito micro, a partir
das escolas. Precisamos, necessariamente desses dois âmbitos de ação; não
se pode focalizar unicamente a escola.

 Gestão da educação: conceito

De origem latina, a palavra


gestão, deriva-se do verbo latino
gero, que significa levar sobre si,
carregar, chamar a si, executar,
exercer (CURY, 2001). Gestão,
então, implica um sujeito. Dessa
maneira, a gestão pode ser
exercida de forma democrática, ou
seja, as ações de gerenciamento podem ser compartilhadas com todos, ser
resultado de um trabalho coletivo; ou ainda de forma não democrática, cujas
políticas podem ser pensadas para atender a interesses de grupos específicos.

Pode-se pensar, então, a partir do exposto, o que significa gestão da


educação. Essa gestão, como em muitos outros casos, está altamente
condicionada por seu objeto (a educação), e pode estar restrita mais ou menos
ao dia-a-dia, aos problemas do cotidiano escolar, conforme o entendimento que
se tenha de educação seja mais ou menos amplo.

Gerir é tomar decisões. Outro aspecto importante da gestão da educação,


além da preocupação sobre quais as decisões são tomadas, é quem toma as
decisões. Por muito tempo, naturalizou-se, sem questionamentos, uma

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hierarquia de poder, na gestão educacional. No comando, encontram-se os
pequenos grupos que decidem sobre as importantes orientações.

Se, nas esferas hierárquica de poder, as grandes orientações da


educação são definidas por pequenos grupos restritos, há um nível de decisões
(portanto, de gestão) inferior a elas, no qual se situam os/as educadores/as que
atuam mais diretamente com os/as alunos/as. E o nível intermediário de gestão
é ocupado por professores/as e técnicos/as nas redes escolares.

Há ainda um outro nível, preenchido por aquelas pessoas que, mesmo


diretamente implicadas nas práticas educacionais, mantêm-se
predominantemente na condição de educandos/as. Nessa condição, em relação
à gestão da educação, as pessoas estão, sobretudo, excluídas das grandes
decisões. Os/as alunos/as são, na maioria das vezes, afastados/as da gestão da
educação, continuando apenas como objeto do empenho educativo dos
educadores.

Segundo Lück (2008), no contexto da educação brasileira as questões de


gestão educacional receberam bastante atenção nos meados da década de
1990, quando se configurou um conceito relativamente novo, superando a
limitação do conceito de administração. Para esta autora:

Caracterizadas as relações de poder que configuram a gestão da


educação, dela decorre um juízo sobre o aspecto da participação. Alguns dos

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principais problemas quanto à participação em educação dizem respeito à
existência de grupos de pessoas excluídos de certas práticas e espaços
educativos, como escolas, mas também por uma diversidade de outros, tais
como praças públicas, centros esportivos, centros de convivência, salas de
exibição de cinema, de teatro, de apresentações artísticas, de debate científico
ou político em geral. Além dessas pessoas que não participam dessas práticas
educativas, há uma grande quantidade daquelas que participam e, nesse caso,
o problema está em não poderem decidir de quais ou de poderem decidir sobre
as orientações que tais práticas seguem. Assim, a gestão compreende arte de
pensar, de agir e de fazer acontecer.

 UMA EDUCAÇÃO PATA TODOS/AS

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As lutas das vertentes mais progressivas em educação voltam-se e, foi
sempre assim, contra a exclusão. Estudos em diferentes abordagens buscam
saber sobre os processos que fazem permanecer os mecanismos geradores
dessa exclusão.

Nos tempos atuais, a política da inclusão vem substituir a política da


integração. Autores/as diferenciam essas duas políticas. A inclusão seria uma
iniciativa ligada à modificação das estruturas e do funcionamento das escolas
regulares, de forma a garantir lugar para todas as diferenças.

A legislação brasileira ampara legalmente o caminho da inclusão através


da Constituição de 1988 a qual incorporou vários dispositivos sobre o direito das
pessoas com deficiência, nos espaços da saúde, educação, trabalho e
assistência.

A gestão da educação está direta e indiretamente ligada à dimensão


pública e legal do fazer educativo, ou seja, à Política Educacional. Assim como
ocorre em outros setores de governo, as decisões são tomadas por grupos muito
reduzidos, especificamente dois tipos de autoridades: as do poder executivo e
as acadêmicas. É bastante comum a ocorrência de combinações ou de
coincidências entre esses dois tipos de autoridades, uma vez que integrantes de
universidades compõem equipes ou assumem postos no ministério ou em
secretarias de educação.

No contexto da educação, em geral, ao se falar em participação, pensa-


se logo no espaço da escola e esquece-se do segmento de maior impacto sobre
o sistema de ensino como um todo: a gestão de sistema, realizada por
organismos centrais – as secretarias de educação e respectivos órgãos
regionais (LÜCK, 2008).

 DECLARAÇÃO MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS

Um importante marco de referência de propostas participativas é a


Declaração Mundial de Educação para Todos, firmada na conferência da
Tailândia, em 1990. Cada palavra desse documento sugere extrair conclusões

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e, sobretudo, a partir de cada uma delas, inventar novas ações. Um exemplo
disso é a determinação de que se reduzam gastos militares para ampliar
investimentos em educação ou, com a mesma finalidade, efetuar renegociações
de dívidas externas entre países credores e devedores. Esta Declaração vai
muito além quanto ao caráter inovador presente em sua visão de educação.
Dentre suas muitas proposições desafiadoras, três se sobressaem pelo estímulo
que fazem à criatividade, especialmente pelas implicações quanto à gestão da
educação. São proposições facilmente aceitas em palavras e dificilmente
traduzidas em atos. Uma delas é a de um conceito amplo de educação,
entendida como aquela que se inicia com o nascimento e dura ao longo de toda
a vida. Com uma concepção tão ampla cabe, à gestão da educação, a tarefa de
constituir sistemas educacionais que não se resumem a redes escolares, mas
que articulem estas a um alargado registro de agentes educativos.

A outra proposição a destacar é a que desloca o ensino da posição central


que convencionalmente veio ocupando, para colocar em seu lugar a
aprendizagem. Não se trata de um mero jogo de palavras, mas da admissão de
que a aprendizagem é plural e que não decorre de forma linear das atividades
de ensino. É suficiente, para perceber essa mudança de enfoque, notar que se
costuma chamar as redes escolares de sistemas de ensino – é incomum referir-
se a elas como sistemas de aprendizagem – e uma expressão utilizada
abundantemente nos meios pedagógicos é “processo de ensino-aprendizagem”
(com o hífen), o que deixa implícita a relação direta e exclusiva de causa e efeito
entre esses dois termos.

Não menos importante na Declaração é a ligação que ela estabelece


entre educação e necessidades básicas. Afirmar tal vínculo – a Declaração utiliza
a expressão “necessidades básicas de aprendizagem” – significa inclusive
destituir de fundamento a crença de que a simples oferta de escolarização deva
ser a meta das políticas educacionais. Essa crença dá por suposto que tudo o
que se ensina e que se exige aprender na escola responde a necessidades das
populações.

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Uma concepção de educação nesses moldes - ampla e provocadora - é
incompatível com os costumes mais arraigados que compõem as práticas
educativas, destacadamente os que se apoiam na ideia reduzida de gestão da
educação como gestão da educação escolar e, mais precisamente, como gestão
de unidades escolares.

As políticas educacionais adotadas por variados governos, em seus três


níveis, algumas vezes incorporaram a diretriz da democratização da gestão. Isso
ocorreu nitidamente a partir da primeira metade dos anos de 1980, com a
retomada das eleições para governadores dos estados, no declínio do regime
militar. Aquela diretriz chegou a fazer parte da Constituição, em seu artigo 206,
como um dos princípios que “regem o ensino”: “gestão democrática do ensino
em estabelecimentos públicos na forma da lei”.

Os esforços empreendidos nessa direção permaneceram em grande


medida no leito da tradição que entende a educação estritamente como
educação escolar, esta como ensino e o ensino dissociado (ou condição remota)
da satisfação de necessidades básicas. Em consequência, a participação na
gestão passou a referir-se a cada unidade escolar e não ao universo muito mais
amplo da política educacional.

Mesmo para a democratização da gestão da escola, os governos que a


ela deram alguma atenção concentraram-se na criação de meios institucionais
de participação nas decisões, envolvendo funcionários/as das escolas
(docentes, técnicos/as e funcionários/as não docentes), os/as alunos/as e os
familiares destes/as, em geral, compreendidos na categoria “pais”. Esses
mecanismos institucionais consistiram principalmente de conselhos escolares ou
da escolha de diretoras de escolas com alguma forma de eleições nas quais

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também votam alunos/as e pais. A informação disponível sobre o funcionamento
desses mecanismos não é muito abrangente nem sistemática. Mas as pesquisas
que se fizeram a respeito indicaram efeitos muito tímidos da existência desses
mecanismos ou seu caráter demasiadamente formal. Mais recentemente,
algumas iniciativas vêm sendo tomadas para tratar a gestão da educação em
seu sentido amplo.

 GESTÃO DEMOCRÁTICA

Conhecida como sociedade do


conhecimento, a exigência atual é tanto da
inclusão (a educação como direito de todos/as
e dever do Estado), quanto de um padrão de
qualidade que ponha o conhecimento no
centro das preocupações de uma nação
emancipada pela pesquisa científica séria,
crítica e compromissada com os valores democráticos.

Não precisamos somente de ideias; o debate da educação precisa ser


principalmente prático, no sentido de refletir, seja através de críticas ou
proposituras, sobre demanda e compromissos, os quais podem mobilizar
educadores/as e instituições, na decisão, planejamento e execução de políticas
de educação.

Sabe-se, entretanto que aspectos políticos são predominantes quando a


discussão é educação, uma vez que querer algum projeto de vida ou algum
projeto que envolva a sociedade necessita tanto do saber-fazer quanto do poder-
fazer. Afinal, “os saberes, quanto mais universais se proclamam, mais legitimam
e forçam as concentrações de poderes em políticas autoritárias” (CUNHA, 2006).

O conceito de gestão democrática pressupõe a ação participativa em que


as pessoas identificam o problema e procuram resolver esse problema de forma

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conjunta. Assim, todos constroem as soluções para os problemas identificados
de forma coletiva a partir da experiência e da partilha de conhecimento.

Assim, a gestão da escola deve estar orientada e comprometida com o


processo democrático, ético da educação e com uma sociedade mais justa e
igualitária. A preocupação maior deve ser uma escola de qualidade para todos,
ou seja, uma escola inclusiva. Isto porque segundo Skliar (2003, p. 29) “sem o
outro não seríamos nada [...] porque a mesmidade não seria mais do que um
egoísmo apenas travestido [...], só ficaria a vacuidade e a opacidade de nós
mesmos [...].”.

Muito a sociedade lutou para garantir a gestão democrática como princípio


constitucional, mas implantá-la é um longo processo que requer diálogo e
participação coletiva de todos/as os/as envolvidos/as: pais, mães alunos/as,
docentes, direção colegiada, enfim, a sociedade como um todo, já que os rumos
da educação transcendem a um governo, são decisões de Estado, em todas as
suas instâncias – escola, conselhos de educação, secretarias municipais e
estaduais, Ministério da Educação.

Dessa forma, buscar a Gestão Democrática, requer conquistar a própria


autonomia escolar, visto que, sua trajetória traz a descentralização, o
crescimento profissional e a valorização da escola, da comunidade e,
consequentemente, do Gestor e da equipe que está envolvida no processo, que

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precisa fundamentalmente, de parcerias sólidas e comprometidas com uma
educação inovadora, no sentido de proporcionar maiores opções de elevar o
conhecimento de seus alunos, com objetivos pautados em valores humanos que
engrandeçam ideais e ações humanizadores.

POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO: QUAIS


SÃO E QUEM FAZ.

As políticas públicas de educação são programas ou ações que são


criadas pelos governos para colocar em prática medidas que garantam o acesso
à educação para todos os cidadãos.

Além de garantir a educação para todos também é função das políticas


públicas avaliar e ajudar a melhorar a qualidade do ensino do país.

As políticas públicas educacionais são ligadas a todas as medidas e


decisões que são tomadas pelo governo em relação ao ensino e à educação no
país.

 Quem faz as políticas públicas de educação?

As políticas educacionais são propostas, estudadas e criadas a partir de


leis que são votadas pelos membros Poder Legislativo (deputados federais e
estaduais, senadores e vereadores) em cada uma das esferas de governo:
federal, estadual e municipal.

Os membros do Poder Executivo (presidente da República, governadores


e prefeitos) também podem propor medidas que possam fazer melhorias na área
da educação.

A população também pode participar da formação das políticas públicas


de educação?

Sim. Os cidadãos podem e devem participar da formação das políticas


públicas. Em muitos casos a origem das políticas públicas de educação vem de

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pedidos ou de necessidades que são sugeridas pela população através de
processos de participação popular.

Uma das maneiras de participar da criação das políticas públicas é pela


participação nos conselhos de políticas públicas. Os conselhos são formados por
representantes do governo e por cidadãos. São espaços de discussão em que
as pessoas podem dar sua opinião, falar sobre suas necessidades e sugerir
mudanças que possam trazer mais benefícios para a educação.

Se na sua cidade não existe um conselho de políticas públicas é possível


pedir a formação de um, já que a existência dos conselhos é um direito previsto
na Constituição Federal.

Política pública são ações sociais coletivas que têm por objetivo à garantia
de direitos perante a sociedade, envolvendo compromissos e tomadas de
decisões para determinadas finalidades. É importante saber como são definidas
algumas atividades que requerem uma avaliação nas etapas de planejamento
das políticas e instruções governamentais, que geram informações que
possibilitam novas escolhas na análise para possíveis necessidades de
reorientações de ações para se alcançar os objetivos traçados.

Por isso é preciso compreender que:

“Programa – é um conjunto de atividades constituídas para serem


realizadas dentro de um cronograma e orçamento específicos disponíveis para
a criação de condições que permitam o alcance de metas políticas desejáveis”
(SILVA, 2002, p. 18).

“Projeto – é um instrumento de programação para alcançar os objetivos


de um programa, envolvendo um conjunto de operações, das quais resulta um
produto final que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do
governo” (GARCIA, 1997, p. 6).

 Políticas públicas de educação no Brasil

Conheça alguns exemplos de políticas públicas de educação que existem


no país.

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 Programa Brasil Alfabetizado

Desde o ano de 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) vem


servindo como porta de acesso à cidadania para jovens, adultos e idosos;
visando combater o analfabetismo no país.

O programa, que funciona em todo o território nacional tem como seu


objetivo reverter os índices de analfabetismo, desde jovens de 15 anos a idosos,
contribuindo com a universalização do Ensino Fundamental no Brasil.

Se você ainda não conhece a fundo o programa, continue lendo este


artigo, e saiba como é o funcionamento do Programa Brasil Alfabetizado.

A principal finalidade do PBA é a promoção do combate ao analfabetismo


entre adolescentes a partir de 15 anos, adultos e idosos. A intuição do programa
reconhece a educação como direito humano e o donativo público da
alfabetização como ingressão à escolarização de indivíduos ao longo da vida.

O Brasil Alfabetizado, por meio de ações também oferece ações, por meio
de apoios financeiros e técnicos de projetos de alfabetização a este público,
apresentados pelas cidades, Estados e Distrito Federal.

As secretarias de Educação dos Estados brasileiros, Distrito Federal e de


municípios aderem ao programa através do Sistema Brasil Alfabetizado.

Onde o Brasil Alfabetizado atua

O PBA está presente em todo o território nacional, com foco em atender


aos municípios prioritários caracterizados pela alta taxa de analfabetismo. Boa

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parte das cidades ficam situadas na região Nordeste, abrangendo 90% dos
locais atendidos.

Deste modo, os municípios recebem apoio técnico para implantar as


ações do programa, sempre com a ideia de dar continuidade aos estudos de
jovens e idosos na categoria de analfabetos.

A adesão ao programa tem resoluções especificas, apresentadas pelo


Diário Oficial da União em estados, municípios e no Distrito Federal.

Números obtidos pelo PBA

Desde sua criação, em 2003, o programa vem apresentando bons


números e alfabetizando milhares de brasileiros, com idade entre 15 até à cima
dos 60 anos. Isso é positivo, pois auxilia na busca de emprego, por exemplo,
visto que o jovem com o ensino médio completo tem mais chances dentro do
mercado.

Até 2012, o Brasil Alfabetizado conseguiu atender mais de 14 milhões de


jovens e adultos, quantidade essa atendida desde que o programa foi iniciado
pelo Governo Federal. Somente nesse ano, aproximadamente 1,2 milhões
alfabetizando com idades variadas foram atendidos pelo PBA, concluindo as
fases de ensino sabendo ler e escrever.

Os alfabetizadores

O Governo Federal dá preferência em contratar professores da rede


pública de ensino, que recebem uma bolsa auxílio por parte do Ministério da
Educação. No entanto, qualquer cidadão interessado pode participar do PBA
como alfabetizador, desde que tenha concluído o ensino médio.

Para isso, professores e interessados devem efetuar um cadastro junto a


prefeitura de seus municípios ou com a secretaria de Estado. Eles recebem
formação adequada para poder trabalhar pelo programa.

Em 2007 o sistema de bolsas foi reformulado, passando a ser pego pelo


Governo Federal diretamente na conta corrente do bolsista, tanto para os
alfabetizadores como também para aqueles que atuam como coordenadores do
programa.

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As bolsas de remuneração são classificadas de I a V, com valores que
variam de R$ 400,00 a R$ 750,00. O cargo mais alto dentro do programa é
alfabetizador voltado as turmas em estabelecimentos penais, como a Fundação
Casa, que se enquadra na bolsa classe V.

O MEC ainda repassa recursos financeiros aos estados e municípios que


participam do programa, para financiamento das ações desenvolvidas por que
englobam a formação dos alfabetizadores, aquisição de material escolar para
apoio do aluno e professor, itens para alimentação, entre outros.

Além disso há algumas outras ações complementares voltadas a


alfabetização e educação para jovens e adultos, como o Programa Educação
nas Prisões, por exemplo.

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 Educação para Jovens e Adultos (EJA)

A Educação de
Jovens e Adultos (EJA) é
uma modalidade de
ensino, que perpassa
todos os níveis da
Educação Básica do
país. Essa modalidade é
destinada a jovens e
adultos que não deram
continuidade em seus
estudos e para aqueles que não tiveram o acesso ao Ensino
Fundamental e/ou Médio na idade apropriada.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), em seu artigo


37º § 1º diz:

Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos


adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

Os antigos Cursos Supletivos particulares, que até alguns anos eram a


única opção para que jovens e adultos cursassem principalmente o Ensino Médio
(2º grau na época), perderam espaço, embora algumas Instituições continuem
sendo referência.

Porém, algumas dessas Instituições (que se dizem reconhecidas pelo


MEC) passaram a oferecer cursos relâmpagos (com o mesmo currículo do EJA),
não presencias, ou seja, a distância, com custos elevados. Ao final do prazo
“prometido” pela Instituição, o educando presta os “exames”. Não são poucas as
denúncias de fraudes e venda de diplomas falsos.

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Segundo a LDB, em seu artigo 38º, “os sistemas de ensino manterão
cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do
currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular”.

No mesmo artigo, é definida a idade mínima para a realização dos


exames:

- Maiores de 15 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino


Fundamental.
- Maiores de 18 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino Médio.

Adolescentes com idades inferiores as estabelecidas acima devem


freqüentar as escolas regulares.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos


no Ensino Fundamental foram publicadas em três segmentos e estão disponíveis
no site do MEC. Já o currículo para o EJA no Ensino Médio utiliza como
referência a Base Nacional Comum, que deve ser complementada por uma parte
que atenderá a diversidade dos estudantes.

Muitas vezes as pessoas que se formam nessa modalidade de educação


são vítimas de diversas espécies de preconceitos. É importante lembrar que a
maioria das pessoas que frequentam a Educação de Jovens e Adultos são
comprometidas com a aprendizagem, entendem a importância da educação,
portanto estão lá por que desejam e/ou precisam.

Geralmente, as pessoas que se formam nessa modalidade de educação,


assim como as formadas pelo ensino regular, podem apresentar desempenho
satisfatório no mercado de trabalho, assim como na continuidade dos estudos,
inclusive no Ensino Superior.

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 Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(PRONATEC)

Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec) tem como
objetivo expandir, interiorizar e
democratizar a oferta de cursos
técnicos e profissionais de nível
médio, e de cursos de formação
inicial e continuada para
trabalhadores. A medida intensifica
o programa de expansão de
escolas técnicas em todo o país. Além das 81 unidades que estão em execução
e devem ser inauguradas neste e no próximo ano, o Governo Federal deve
anunciar nos próximos dias outras 120. Com as 140 existentes até 2002, mais
as 214 inauguradas no governo anterior, a rede federal deverá contar com cerca
de 600 unidades escolares administradas pelos 38 institutos federais de
educação, ciência e tecnologia e um atendimento direto de mais de 600 mil
estudantes, em todo o país.

Além disso, o Pronatec visa a ampliação de vagas e expansão das redes


estaduais de educação profissional. Ou seja, a oferta, pelos estados, de ensino
médio concomitante com a educação profissional. Esta ação será abarcada pelo
programa Brasil Profissionalizado, parte do Plano de Desenvolvimento da
Educação (PDE), que teve a adesão das 27 unidades da federação. Os recursos
serão repassados para construção, reforma, ampliação de infraestrutura escolar
e de recursos pedagógicos, além da formação de professores.

 Programa Universidade Para Todos (PROUNI)

O PROUNI – Programa Universidade Para Todos promove o acesso às


universidades particulares brasileiras para estudantes de baixa renda que

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tenham estudado o ensino médio exclusivamente em escola pública, ou como
bolsista integral em escola particular.

Criado em 2004 e oficializado em 13 de janeiro de 2005 pelo Governo


Federal, com a Lei 11.096, o PROUNI realiza importante trabalho de inclusão
social pela concessão de bolsas de estudos de 50% e de 100% em instituições
de ensino superior privadas, em cursos de graduação e sequenciais de formação
específica. Para requerer uma bolsa do PROUNI o candidato é obrigado a
prestar o ENEM – Exame Nacional de Ensino Médio (que avalia as habilidades
e competências dos estudantes que concluíram o ensino médio) e obter média
mínima de 450 pontos e nota maior que zero na redação.

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 MEDIOTEC

É um programa que oferece cursos


de ensino técnico dedicado aos
estudantes que estão cursando ensino
médio nas escolas públicas estaduais.

O MEDIOTEC é uma ação do


Pronatec/Bolsa Formação que visa a
oferta de cursos técnicos concomitantes
ao ensino médio para alunos
regularmente matriculados nas redes
públicas de educação. A oferta será
realizada no contra turno em que o aluno
cursa o ensino médio regular.

Os alunos matriculados no Ensino Médio das escolas públicas de 22


municípios mineiros já podem se inscrever para um dos 10 cursos técnicos que
serão ofertados a distância pela Universidade Federal de Viçosa – Campus
Florestal. Os cursos são gratuitos e serão realizados em concomitância com a
Rede Estadual de Educação.

A parceria faz parte do Programa MEDIOTEC lançado pelo Governo


Federal. O Ministério da Educação foi o responsável pela definição dos
municípios e cursos que compõe a oferta de cada instituição.

A Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais foi a responsável


pela seleção dos alunos.

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 Programa Escola Acessível

O programa foi criado aumentar a acessibilidade no ambiente escolar da


rede pública de ensino. Oferece informação e recursos de ensino para melhorar
o aprendizado de estudantes com necessidades especiais.

Objetivo: Promover condições de acessibilidade ao ambiente físico, aos


recursos didáticos e pedagógicos e à comunicação e informação nas escolas
públicas de ensino regular.

Ações:O Programa disponibiliza recursos, por meio do Programa


Dinheiro Direto na Escola - PDDE, às escolas contempladas pelo Programa
Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. No âmbito deste programa
são financiáveis as seguintes ações:

Adequação arquitetônica: rampas, sanitários, vias de acesso, instalação


de corrimão e de sinalização visual, tátil e sonora;

Aquisição de cadeiras de rodas, recursos de tecnologia assistiva,


bebedouros e mobiliários acessíveis;

Como acessar: As escolas contempladas, conforme relação anual publicada


em Resolução FNDE/PDDE – Escola Acessível, efetivam cadastro no Sistema
Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação -

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SIMEC, onde inserem o plano de atendimento contendo o planejamento de
utilização dos recursos.

 Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais


Indígenas (PROLIND)

O Programa de Apoio à Formação


Superior e Licenciaturas Interculturais
Indígenas (PROLIND) é
um programa realizado pelo Ministério da
Educação (MEC), numa iniciativa conjunta de
duas de suas secretarias, a Secretaria de
Educação a Distância, Alfabetização e Diversidade (Secad) e a Secretaria de
Ensino Superior (SESU). O principal objetivo do programa é apoiar
financeiramente cursos de licenciatura especificamente destinados à formação
de professores de escolas indígenas, as chamadas licenciaturas indígenas ou
licenciaturas interculturais.

O processo de criação do programa envolveu a ação de diversos atores


durante o início da década de 2000. A Comissão Nacional de Educação Escolar
Indígena (CNEEI), na época denominada Comissão Nacional dos Professores
Indígenas (CNPI) passou a reivindicar junto ao MEC a criação de políticas de
apoio à formação universitária de professores de escolas indígenas. Tais
reivindicações consistiam principalmente na demanda por introduzir
no Programa Diversidade na Universidade (primeira iniciativa do MEC no
sentido de criar uma política pública ligada ao acesso diferenciado de minorias
étnico-raciais, iniciado no ano de 2003 a partir da participação do governo
brasileiro na Conferência de Durban no ano anterior) mecanismos de apoio à
formação superior indígena, para além do financiamento de cursos pré-
vestibulares a alunos indígenas realizado até então.

24
O movimento pela criação dessa política ganhou corpo no ano de 2004, a
partir da contratação pela SESU de Renata Bondim, assessora da Organização
das Nações Unidas, para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) responsável por promover o debate com universidades, movimentos
sociais e governo em torno do tema do ensino superior indígena e da criação,
pelo MEC, da Comissão Especial para Formação Superior Indígena (CESI),
composta por organizações governamentais e não governamentais. Tal
comissão foi responsável por elaborar no ano de 2005 as diretrizes político
pedagógicas do PROLIND, que passou a vigorar a partir da publicação do edital
n.º 5/2005/ SESU/Secad-MEC.

O PROLIND não constitui uma política de apoio permanente, sendo a


liberação de fluxos financeiros condicionada pela criação de editais que
selecionam os projetos das universidades públicas interessadas. Foram
lançados até hoje três instrumentos jurídicos desse tipo (o já mencionado edital
de 2005, o edital de 2008 e o edital de 2009), que por sua vez já contemplaram
20 institutos de ensino superior. O MEC estima que 1564 professores indígenas
estavam em formação no ano de 2010 em cursos financiados pelo PROLIND. A
seleção dos projetos é feita por um Comitê Técnico Multidisciplinar, formado por
representantes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), da Associação
Brasileira de Antropologia (ABA), da Associação Brasileira de Lingüística
(ABRALIN), do Fórum Brasileiro de Pró-Reitores de Graduação e, no edital
de 2005, pelo ex-conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Jamil
Cury.

Inicialmente, o edital de 2005 previa também o apoio a projetos que


visassem a permanência de estudante indígenas em cursos regulares, mas nos
editais seguintes tal eixo de financiamento deixou de existir. Os recursos
financeiros desse primeiro edital vieram, em parte do Programa Diversidade na
Universidade, apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e
em parte com recursos da SESU.

No ano de 2006, o MEC realizou, juntamente com o Programa Trilhas de


Conhecimentos, a FUNAI, a Universidade de Brasília (UnB), e outros
parceiros, o Seminário Nacional de Avaliação do PROLIND, onde foram

25
discutidas as primeiras experiências de cursos de licenciatura indígena e
elaboradas demandas para políticas públicas na área.

 Programa Caminho da Escola

O Programa criado para melhorar e aumentar a frota de veículos que faz


o transporte escolar nas redes de ensino estaduais e municipais.

O programa Caminho da Escola objetiva renovar, padronizar e ampliar a


frota de veículos escolares das redes municipal, do DF e estadual de educação
básica pública. Voltado a estudantes residentes, prioritariamente, em áreas
rurais e ribeirinhas, o programa oferece ônibus, lanchas e bicicletas fabricados
especialmente para o tráfego nestas regiões, sempre visando à segurança e à
qualidade do transporte.

A quem se destina?

Estudantes da rede pública de educação básica. Gestores educacionais


são os responsáveis pela aquisição dos veículos.

Como acessar?

Existem três formas para entes federativos adquirirem veículos do


Caminho da Escola: assistência financeira do FNDE no âmbito do Plano de

26
Ações Articuladas (PAR), conforme disponibilidade orçamentária consignada na
Lei Orçamentária Anual; recursos próprios; e linha de crédito do BNDES (exceto
para bicicletas).

De qualquer forma, devem aderir à ata respectiva no Sistema de


gerenciamento de Adesão a Registro de Preços – Sigarp
(www.fnde.gov.br/sigarpweb).

 Educação em Prisões

É um programa
educativo de apoio financeiro
e técnico para dar ensino a
jovens e adultos que
cumprem pena no sistema
prisional. Assegurar à
pessoa em situação de
privação de liberdade no
sistema prisional paulista o
direito à educação básica é o objetivo da Secretaria da Educação por meio do
programa de Educação nas Prisões. O ensino é oferecido em unidades prisionais
do Estado em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

A modalidade de ensino é a Educação de Jovens e Adultos (EJA), em


consonância com a legislação nacional. São utilizados os materiais da EJA da
rede estadual, “EJA Mundo do Trabalho”, em articulação com o Currículo do
Estado de São Paulo.

As classes de EJA, de Ensino Fundamental e Ensino Médio, que


funcionam nas unidades prisionais são vinculadas a uma escola estadual mais
próxima à unidade prisional, como prevê a Resolução Conjunta SE-SAP 2/2016.

27
 Programa Brasil Profissionalizado

O Programa Brasil Profissionalizado tem por objetivo conceder apoio


financeiro às redes públicas de ensino dos estados e do Distrito Federal, com
vistas a contribuir para o fortalecimento e expansão da educação profissional e
tecnológica.

Por meio do Programa é viabilizada a construção, a reforma e a


modernização de unidades escolares, incluindo a aquisição de equipamentos,
mobiliários e laboratórios.

Além disso, propicia o financiamento de recursos pedagógicos e de


formação e qualificação dos profissionais da educação.

Todo o suporte do Programa tem por propósito criar as condições para a


articulação entre formação geral e educação profissional no contexto dos
arranjos produtivos e das vocações locais e regionais.

Público

Criado em 2007, por meio do Decreto nº 6.302 de 12 de dezembro, seu público-

28
alvo são os jovens e adultos que acessam escolas públicas estaduais e distritais
ofertantes de ensino médio integrado com a educação profissional e tecnológica.

Como funciona

O Programa presta assistência financeira às ações de expansão e fortalecimento


das redes estaduais ofertantes do ensino médio integrado à educação
profissional e tecnológica, mediante seleção e aprovação de propostas,
formalizadas por meio de acordo, na forma da legislação aplicável, viabilizando:

 a construção e ampliação de unidades escolares;

 a reforma e modernização de unidades escolares;

 a aquisição de equipamentos, mobiliários e laboratórios e;

o financiamento de recursos pedagógicos e de formação e qualificação


dos profissionais da educação.

No âmbito de sua execução, cabe à Secretaria de Educação Profissional


e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), a coordenação, o
monitoramento e a avaliação das ações do Programa.

Ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) compete a


responsabilidade pelo acompanhamento da execução físico-financeira dos
convênios.

GESTÃO ESCOLAR DE QUALIDADE

Sabemos que, na hora de administrar uma instituição de ensino, cabe ao


gestor escolar tomar as decisões corretas para que os resultados positivos
apareçam. Portanto, as mudanças necessárias em uma escola que beneficiem
os alunos e professores que passam sempre pelas mãos de quem faz uma
gestão escolar de qualidade.

29
De fato, a manutenção dos dados, informações, relatórios, e demais
questões que envolvem a gestão de uma instituição de ensino faz parte da rotina
do gestor escolar, que precisa adotar em seus processos algumas
características que levem seu trabalho rumo à eficiência.

A Gestão escolar é um sistema de organização da escola que envolve


todos os setores que se relacionam com as práticas escolares.

Seu foco principal está no desenvolvimento socioeducacional eficaz da


instituição, com orientação voltada para atingir resultados, motivar equipes e
lideranças, e alcançar os objetivos com ênfase na qualidade do currículo.

A seguir, vamos falar dos seis principais pilares que constituem a gestão
das escolas e cursos, cujas atuações visam autonomia administrativa, financeira,
pedagógica e otimização de tempo e processos nas instituições de ensino.

 Gestão pedagógica

Nada mais é que a


organização, planejamento e
administração da área educativa.
Uma vez que se relaciona
diretamente à atividade fim do setor
educacional, é o pilar mais
importante da gestão de escolas e
cursos. Sejam eles
profissionalizantes, cursos livres,
cursos de idiomas ou de ensino superior.

30
 Gestão administrativa

Cuida da instituição como


estrutura física, como o prédio, os
equipamentos, materiais necessários
para o funcionamento das aulas e dos
projetos propostos pela gestão
pedagógica. Esta parte tem também a
missão de zelar pelos bens e garantir
que sejam bem utilizados em prol do
ensino.

 Gestão financeira

Ela organiza o orçamento da


instituição e se responsabiliza em
distribuir de forma ordenada a verba
para os diferentes setores da escola.
Cuida da parte financeira da instituição,
como o cálculo de custos, o fluxo de
caixa e a inadimplência sob controle.
Ela deve andar de mãos dadas com a
gestão administrativa para que todos os
gastos sejam dimensionados de
maneira correta.

31
 Gestão de recursos humanos

É responsável pela
organização e distribuição de
tarefas de pessoal, e por manter o
bom relacionamento entre todas
as partes. A principal missão da
gestão de recursos humanos é
motivar as equipes e garantir que
todos estejam satisfeitos.
Consequentemente, terão um
bom rendimento de suas
atividades.

 Gestão da comunicação

Está diretamente relacionada


com a gestão escolar de recursos
humanos, mas ela não se basta
apenas em garantir que os
colaboradores estejam satisfeitos e
motivados. Ela se projeta para além
dos muros das instituições e envolve
toda a comunidade escolar, como os
responsáveis dos alunos. É também
competência desta área mantê-los informados sobre as atividades da instituição.

32
 Gestão de tempo e eficiência dos processos

Todos os setores da escola


funcionam como uma engrenagem
de um relógio. Se algo não funciona
ou funciona mal, gera atrasos ou até
a parada dos ponteiros. Manter os
olhos e ouvidos bem atentos, prestar
atenção e planejar todas as etapas
dos processos é importante para os
gestores conseguirem identificar quais engrenagens atrasam ou prejudicam
cada setor. A gestão de tempo e eficiência dos processos está diretamente
relacionada com a produtividade dos setores.

PROJETO POLITICO PEDAGOGICO

Em termos gerais, trata-se de um documento que norteia as bases de


ações da instituição. Ele assumirá as diretrizes da instituição como compromisso
de gestão escolar participativa. Esse documento tem uma longa história.
Simultaneamente, tem comprovada importância para o bom desenvolvimento
das diretrizes de educação.

A partir da década de 1980 o Fórum Nacional em Defesa da Escola


Pública iniciou um processo que pudesse instituir uma gestão democrática no
ensino. Isto proporcionou uma autonomia escolar. Além de ter gerado diversas
consequências positivas, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), em 1996.

De acordo com os artigos 12 a 14 da LDB, a escola tem autonomia para


determinar qual será o seu PPP e a estrutura que será seguida. O documento é
encaminhado posteriormente para a secretaria de ensino e deverá ser revisado
pela instituição de ano em ano.

33
O nome se refere aos planos de ações futuros que a escola pretende
executar quanto às situações apresentadas, seja em curto, médio ou longo
prazo. Outro ponto são as diretrizes políticas, partindo do princípio que o
ambiente forma cidadãos conscientes de suas responsabilidades. E por fim com
a parte acadêmica, mostrando quais serão os recursos necessários para suprir
essa demanda.

O PPP vai contemplar todo o trabalho desenvolvido na instituição ao longo


do ano letivo. Ele é o norte, a direção a seguir, e, por isso, deve ser elaborado
de acordo com a realidade da escola. Posteriormente é necessário ver a
realidade da comunidade na qual ela está inserida. O objetivo é garantir que ele
seja útil e possa servir a seu propósito.

É fundamental que o PPP seja anualmente atualizado para que possa ser
mantido vivo dentro da instituição, pois é a partir dos indicadores trazidos por ele
que a escola terá a consciência empresarial da verdadeira necessidade de
determinar e executar um plano de ação que lhe traga reais vantagens.
Entretanto, infelizmente, é comum vê-lo engavetado e tornando-se um
instrumento meramente burocrático.

Uma situação comum que merece atenção é que os indicadores precisam


servir para identificar os problemas e trabalhar em soluções. Quer dizer, a escola
precisa saber o que fazer com os dados que consegue obter para chegar em
melhores resultados.

Uma escola que pretende proporcionar uma educação eficiente e de


qualidade deve ter a consciência da importância que o PPP tem. É um caminho
flexível e que se adapta às necessidades que os alunos e a própria instituição
apresentam e pode ajudar bastante na tomada de decisões estratégicas.

Em princípio, o PPP deve conter as informações gerais que identificam a


escola. É essencial, também, que descreva a missão, caracterização da
clientela, informações sobre a aprendizagem, recursos, composição do corpo
administrativo e docente, composição do conselho de pais e mestres, e planos
de ação estratégicos.

34
Deve reunir, ainda, outras informações igualmente importantes, como a
forma de avaliação dos alunos, os projetos que serão desenvolvidos ao longo do
ano, temas geradores de debates e as aulas ou redes temáticas para serem
desenvolvidas nas aulas ministradas pelos professores.

Como complemento, deve conter o método de ensino, os nomes dos


autores em que se baseia o processo de aprendizagem, qual o modelo
pedagógico da escola e como esse trabalho será desenvolvido por ela. Ou seja,
o PPP vai desenvolver tanto uma avaliação geral da educação, como as etapas
a serem seguidas durante o ano.

Importante lembrar que o Projeto Político-Pedagógico da escola é um guia


para a execução das atividades e deve manter a flexibilidade necessária para
lidar com imprevistos. Além disso, é relevante conter os métodos da escola para
gerenciamento de crises e especificações para lidar com eventuais problemas
que são possíveis de serem previstos.

 Basicamente, o Projeto Político Pedagógico vai reunir sete


itens, que podem ser divididos em capítulos da seguinte
forma:

35
Identificação da escola

Nessa parte inicial, devem constar os dados gerais sobre a escola, tais
como CNPJ, endereço, entidade mantenedora, nome do diretor e do
coordenador pedagógico, membros da equipe de elaboração do PPP, além da
caracterização: se a escola atende ao ensino fundamental, médio e/ou técnico,
horários de atendimento, turnos etc.

A identificação da escola é essencial, visto que o Projeto Político-


Pedagógico é um documento oficial que deverá ser registrado na Secretaria de
Educação da unidade federativa da escola. Logo, é parte integrante dos
requisitos mínimos para a validade do documento.

36
Missão

A missão se refere aos valores e princípios sobre os quais a escola se


baseia. Essa parte do documento pode iniciar com um histórico da instituição,
desde a sua fundação, por quais mudanças passou, entre outras informações
relevantes que reforcem as suas diretrizes.

A missão em si costuma se resumir a uma frase que designa o objetivo


primário da instituição, considerando o modelo pedagógico utilizado e o que se
deseja alcançar em relação aos alunos, comunidade e própria equipe.

Como os valores e princípios tendem, ao longo do tempo, a se consolidar,


essa é uma parte do PPP que não precisa ser reajustada anualmente — a não
ser que a escola passe por mudanças significativas em sua missão naquela
comunidade. No entanto, não se deve engessar a instituição com base no seu
histórico, pois toda escola precisa estar aberta a evolução e melhorias.

Contexto

O contexto no qual a escola está inserida influencia diretamente no seu


PPP. Conhecer a realidade no seu entorno é fundamental para definir metas e
objetivos do projeto. É preciso ter um panorama da comunidade, e isso envolve
a análise de dados e pesquisa de campo demográfica, assim como colher
informações relevantes entre os próprios alunos.

A equipe de elaboração do PPP pode, por exemplo, fazer um


levantamento de informações básicas, utilizando as fichas de matrícula dos
alunos e, a partir daí, elaborar uma pesquisa para obter informações mais
específicas, como a situação socioeconômica das famílias e da comunidade ao
redor.

É o momento, também, de firmar compromisso com as famílias, deixando


claro o que a escola tem a oferecer e o que espera da comunidade escolar. Isso

37
também fornece importantes informações para eventuais ações de marketing
educacional e subsídios para lidar melhor com questões externas.

Indicativos sobre aprendizado

Essa parte do documento interessa diretamente aos pais, que procuram


indicativos para saber de que qualidade é o ensino na instituição. Portanto,
entram nesse tópico o número atualizado de alunos na escola (total e por
segmento), as taxas de reprovação, a média de notas, o desempenho nas
avaliações governamentais, os prêmios recebidos (quando houver) entre outros.

Os indicativos sobre aprendizado são igualmente importantes para


delimitar planos de ação da gestão escolar e pedagógica da instituição de
ensino. Com base neles, é possível verificar o que é passível de melhora, as
áreas de risco e os campos de incentivo, por exemplo.

Recursos

Os recursos, nesse caso, não se referem apenas às questões e métricas


financeiras. Esses podem estar citados, mas o importante são os recursos
humanos, ou seja, quantos e quem são os professores e demais funcionários,
qual a infraestrutura da escola e os recursos tecnológicos para atender à
necessidade de aprendizado dos alunos.

Isso ajuda no mapeamento de alocação de recursos e nas formas de


otimizar os gastos. É possível, por meio desse tópico, tornar os gastos e
despesas mais eficientes, planejar melhor as compras, ser mais eficaz na
construção dos horários de aulas etc.

Diretrizes pedagógicas

Aqui são detalhadas as diretrizes da escola, tais como o modelo


pedagógico: tradicional, democrático, construtivista etc. Deve-se explicar o que
está previsto no currículo para cada nível ou etapa escolar, o que permite uma
construção mais sólida da estrutura pedagógica da instituição.

Cabe lembrar que a base curricular é nacional, porém, devido às


características regionais, cada instituição também tem liberdade para construir

38
sua grade de disciplinas e focar mais ou menos em determinados temas. Nessa
hora, a participação dos professores de cada área na elaboração do documento
é fundamental, com coordenações atuantes.

Plano de ação

Por último, mas não menos importante, entra o plano de ação. O PPP
deve conter as propostas de ações que serão executadas para que a instituição
alcance seus objetivos e metas. Qual o caminho que será percorrido para que,
no final do ano, haja 100% de aprovação, por exemplo. Ou que índices de
qualidade precisam superados, são exemplos dessa reflexão.

O conjunto desses dados é que vai determinar quais são os caminhos que
a instituição pretende seguir e os prazos que serão estipulados para isso. O
documento deve ficar disponível para as pessoas que participaram e na
incumbência dos diretores de compilar os dados e concluir essa documentação.

 Como elaborar o PPP?

Para que o Projeto Político-Pedagógico tenha a eficiência desejada para


o desenvolvimento da escola, é preciso saber de que forma deve ser elaborado.
Ou seja, quais as melhores práticas que devem ser adotadas. Veja abaixo!

39
Conhecimento regional

Toda escola nasce com o propósito de instruir e formar cidadãos dentro


da comunidade que está sendo inserida. Sendo assim, é imprescindível que seja
feita uma análise dos motivos da existência de uma instituição de ensino naquele
ambiente.

A equipe escolar deve verificar se a comunidade é carente ou não. Isto é,


qual o poder aquisitivo das famílias, assim como os costumes, moradias, enfim!
Tudo que indique o contexto socioeconômico do entorno da escola.

Estando isso claro, passa a ser observado qual o contexto social que
aquela instituição pode proporcionar à comunidade que se encontra. Os
objetivos estratégicos devem ter total clareza para que a instituição consiga
alcançá-los, considerando ainda prazos de implantação.

Participação colaborativa

Na teoria, esse documento deveria ser elaborado por todos que


contribuem para o crescimento e desenvolvimento da instituição. Ou seja: pais,

40
mestres, coordenação, diretoria etc. Isso acontece naturalmente em uma gestão
participativa.

Infelizmente, é comum muitos gestores optarem pela elaboração por meio


de consultores externos ou cópias compradas de outros estabelecimentos
estudantis. O ideal seria que sua execução fosse algo colaborativo. Por mais que
a escola tenha a autonomia de fazer o que acha necessário dentro da construção
desse documento. Isto é, de responsabilidade de várias pessoas e de diferentes
competências e atribuições.

Plano de ação a partir da matrícula

Vários indicadores podem ser formulados a partir do momento em que


a matrícula é efetivada. Esses dados, por conseguinte, serão muito úteis na
confecção do Projeto Político-Pedagógico da escola.

Por meio da matrícula, a escola consegue mapear a localização dos


alunos para prever, por exemplo, se pode ou não ocorrer evasão escolar e quais
as ferramentas necessárias para controlar isso.

Além disso, o plano de ação pode lidar com a potencial inadimplência


escolar, ao já estabelecer meios e táticas para melhor cobrança. Aqui entram as
diversas estratégias usadas para aumentar a adimplência.

A escola deve fazer um diagnóstico interno. Portanto, é necessário


identificar em qual contexto aquela instituição está inserida perante a sociedade
e o papel dela como ambiente de ensino. Além de quais serão as ações a serem
tomadas para galgar resultados melhores.

Lembre-se de que o PPP deve ser flexível. Ele apenas indica qual direção
seguir, mas deve ser aberto à críticas e contribuições.

41
A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
NACIONAL E AS POLÍTICAS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA

As políticas de educação são garantidas pela Constituição Federal e por


outras leis, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº
9.394/96).

O direito dos cidadãos de ter acesso à educação é garantido pela


Constituição Federal no artigo 205:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.

A (LDB 9394/96) é a legislação que regulamenta o sistema educacional


(público ou privado) do Brasil (da educação básica ao ensino superior).

Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a educação conta com


uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta todos os seus
níveis. A primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61).

42
A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição
Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em
relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime
de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a
educação básica e o ensino superior.

Educação básica:

 Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas


(de 4 e 5 anos) – É gratuita, mas não obrigatória. É de competência dos
municípios.

 Ensino Fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos


finais (do 6º ao 9º ano) – É obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que,
gradativamente, os municípios serão os responsáveis por todo o ensino
fundamental. Na prática os municípios estão atendendo aos anos iniciais
e os Estados os anos finais.

 Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de


responsabilidade dos Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou
não.

Ensino Superior:

 É de competência da União, podendo ser oferecido por


Estados e Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos
quais é responsável em sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar
as instituições privadas de ensino superior.

A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de


educação, que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas:

 Educação Especial – Atende aos educandos com


necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino.

43
 Educação a distância – Atende aos estudantes em tempos
e espaços diversos, com a utilização de meios e tecnologias de
informação e comunicação.

 Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os


estudantes a exercerem atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar
conhecimentos tecnológicos e científicos.

 Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não


tiveram acesso à educação na idade apropriada.

 Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de


forma a respeitar a cultura e língua materna de cada tribo.

Além dessas determinações, a LDB 9394/96 aborda temas como os


recursos financeiros e a formação dos profissionais da educação.

44
CONCLUSÃO

A educação brasileira está longe de chegar ao seu objetivo de se igualar


ao patamar mundial, mas devemos fazer a nossa parte em ajudar e a lutar para
que as leis sejam postas em pratica. Muitos programas para escola e professor
estão disponíveis pelo governo, para que possamos fazer nossa parte e melhorar
o rumo da educação. Ao governo cabe investir cada vez mais na educação, pois
o investimento feito até agora não foi o suficiente para melhorar a qualidade de
educação brasileira.

Se não foi possível afirmar que os problemas da educação no país podem


ser resolvidos com as mudanças adotadas, entretanto não se pode afirmar que
também nada tem foi e tem sido feito para alterar a situação. Com as reformas
educacionais destacamos que as crianças têm a oportunidade de estar na escola
por um período maior de tempo, se socializam melhor com as outras crianças,
criando maiores oportunidades de brincar e inserir-se num contexto cultural
novo. O ensino médio tem como principal objetivo ser um complemento do
ensino fundamental e preparar o jovem para o mercado de trabalho e ensino
superior, entretanto muito ainda deve ser feito para que haja menos evasão
escolar nesse período.

45
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