Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Unidade II
Vanderlei da Silva
1
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR-AUTOR
INTRODUÇÃO......................................................................................................... 04
3 A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NO BRASIL....................................... 07
3.1 Conhecendo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei
N. 9.394/1996............................................................................................................ 10
3.2 Política Social, Educação e Cidadania............................................................ 17
4 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO ENSINO BRASILEIRO: ASPECTOS
LEGAIS E ORGANIZACIONAIS............................................................................... 20
4.1 Organização administrativa, pedagógica e curricular do sistema de
ensino....................................................................................................................... 22
4.2 Níveis e modalidades de educação e de ensino............................................ 27
4.3 Programas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)
....................................................................................................................................43
RESUMO................................................................................................................... 48
INTRODUÇÃO
Apresentação
Neste livro-texto, temos como objetivos criar condições para que os alunos
compreendam as condições históricas que envolvem a formulação das políticas setoriais
brasileiras, conheçam as peculiaridades das políticas sociais na conjuntura brasileira e
entendam a natureza das políticas sociais de educação no Brasil. Além disso, buscamos
formar profissionais capazes de responder às demandas sociais na perspectiva de
assegurar direitos e democratizar o acesso do cidadão às políticas sociais, por meio da
instauração de práticas profissionais competentes, com potencial de produzir
conhecimentos e propor alternativas para a transformação da realidade social.
Procuramos também desenvolver no aluno conhecimentos e habilidades que possibilitem
o bom exercício profissional e a devida informação ao cidadão usuário dos serviços
sociais.
Porém, essas questões precisam ser enfrentadas por todas as políticas públicas
implementadas pelo Estado, pois trata-se de uma questão que transpassa todas elas.
Assim, o que vamos apresentar neste livro-texto são possíveis formas de superação
desse cenário negativo a partir da educação e o que veremos a seguir é que o Brasil
ainda não encontrou o modelo ideal de educação que consiga superar um sistema
pensado para atender determinados setores da sociedade e que agora tem sido cobrado
para estender uma educação de qualidade para todos os segmentos da população.
Também veremos que é necessário superar um modelo educacional que tem por
finalidade principal a inclusão do indivíduo no mercado de trabalho, sendo que o
emprego está diminuindo cada vez mais e que os que restam exigem um tipo de
educação qualificada e abrangente.
Assim, torna-se primordial pensar numa educação que forme cidadãos políticos,
preparados para uma nova sociedade que emerge do processo de globalização, em que
novas habilidades e exigências são apresentadas ao público escolar, ou seja, pessoas
que passaram por um processo de emancipação.
4
Nesse sentido, vamos refletir sobre vários aspectos da educação, que ainda é um
processo em construção no qual vamos encontrar as marcas profundas da exclusão
social, econômica e cultural de uma classe menos favorecida. Trata-se de uma educação
sem investimentos e oportunidades a essa parcela da população e sob o domínio de
organismos nacionais e internacionais, os quais direcionam os rumos da educação
brasileira para uma ação mercantilista.
E para que isso seja, de fato, alcançado é necessário pensar em estratégias que
permitam a articulação da Educação com outras disciplinas, visando proporcionar uma
educação de qualidade e inclusiva como forma de transformação social.
5
A atual situação da educação no Brasil deixa evidente que o trabalho das escolas
precisa ser apoiado por ações de outras políticas setoriais, tais como assistência social,
saúde, cultura, esportes, trabalho e renda, segurança etc., pois somente com esse apoio
é que a educação conseguirá ter mais chances de sucesso. Tal proposta não é nenhuma
novidade, pois o princípio da articulação intersetorial já foi reconhecido em vários marcos
legais e planos governamentais e vem sendo reafirmado em documentos recentes.
Outro desafio que se torna cada mais evidente para a melhoria da educação brasileira
é a redução da tendência à evasão escolar entre a população de 15 a 17 anos, que é
significativamente maior que a registrada em outras faixas etárias, fato que tem sido
constatado pelas pesquisas divulgadas pelo IBGE. Trata-se de um problema grave e cujo
enfrentamento depende da existência de uma adequada articulação entre políticas
setoriais.
A partir dos nossos estudos vamos compreender que é necessário articular esforços
que efetivamente promovam avanços no âmbito educacional. Os objetivos somente
serão alcançados se houver o aprimoramento dos mecanismos de gestão das políticas
setoriais, que deverão ser repensadas e reorganizadas para atuar de forma colaborativa.
6
3. A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NO BRASIL
Em seu texto “Da nova LDB ao novo Plano Nacional de Educação: por uma outra
política educacional”, Demerval Saviani (2004) define política educacional como uma
modalidade de política social, entendida como “uma certa maneira de conceber,
organizar e operar a administração da coisa pública”. Para o autor, é necessário pensar a
possibilidade de superar uma dimensão compensatória das políticas sociais, por meio do
“empenho prático dos próprios homens”. De acordo com esse autor, são linhas
mestras na produção de “outra política social”: rever o Ensino Médio, propiciando
uma sólida formação geral de base científica e implementar, para os docentes, a
jornada de trabalho de 40 horas em uma única escola e salário compatível com a
função do ensino e atuar conforme o princípio da indissociabilidade entre ensino e
pesquisa no Ensino Superior, com ampliação de vagas nas universidades públicas e
organização de um Fórum Nacional da Educação.
A noção de escola pública nos remete ao conceito de serviço público que precisa ser
oferecido pelo Estado aos cidadãos, devendo possuir um caráter universal, ou seja, para
todas as crianças em idade escolar. Além disso, oferecer a oportunidade para que todas
as crianças tenham acesso à escola pública representa a igualdade de oportunidades.
Nesse sentido, a inclusão deve estar apoiada no princípio de que a escola inclusiva
deve assegurar a igualdade entre os alunos diferentes, e esse posicionamento lhes
garante o direito à diferença na igualdade de direito à educação, sendo que esse
posicionamento do sistema escolar deve estar em consonância com o princípio da
isonomia, previsto no Artigo 5º da Constituição Federal.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade (BRASIL, 1988).
7
A educação, junto com saúde e segurança pública, é um dos deveres mais
importantes de todas as esferas governamentais e, por isso, possui uma ampla
legislação que visa garantir não somente que os governos cumpram suas obrigações,
mas também que a educação cumpra sua função social. Nesse sentido, foi criado o
Conselho Nacional de Educação (CNE), que tem por missão a busca democrática de
alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de
competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento,
aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade.
Nesse sentido, é importante destacar que a gestão é o ato de gerir a dinâmica cultural
da escola, em articulação com as diretrizes e políticas educacionais públicas para a
implementação de seu projeto político-pedagógico. Dessa forma, a gestão escolar deve
ser compromissada com os princípios da democracia, da participação e do
compartilhamento das decisões, pois a gestão atualmente é um processo de tomada de
decisões conjunta e de efetivação de resultados, com acompanhamento e avaliação dos
encaminhamentos dados. Assim, a gestão escolar deve estabelecer o direcionamento e
a mobilização capazes de sustentar e dinamizar a cultura das escolas, para realizar
ações conjuntas, associadas e articuladas, de modo a atingir os objetivos da escola.
8
cidadania deliberativa une os cidadãos em torno de um autoentendimento ético e numa
rede de debates e de negociações, a qual deve possibilitar a solução racional de
questões pragmáticas, éticas e morais, sendo que o marco que possibilita essas formas
de comunicação é a justiça, entendida como a garantia processual da participação em
igualdade de condições.
No ambiente escolar, o Conselho Esc deve ser o órgão máximo para a tomada de
decisões realizadas no interior de uma escola. Ele é formado pela representação de
todos os segmentos que compõem a comunidade escolar. Assim, ele se torna
responsável por zelar pela manutenção e por participar da gestão administrativa,
pedagógica e financeira da escola e deve contribuir com as ações dos dirigentes
escolares para assegurar a qualidade de ensino e a gestão democrática na escola.
Nesse sentido, cabe aos conselheiros, por exemplo, definir e fiscalizar a aplicação dos
recursos destinados
9
Articular e integrar, num diálogo permanente, as câmaras de educação básica
e de educação superior, correspondendo às exigências de um Sistema
Nacional de Educação que ultrapasse barreiras burocráticas, mediante prática
orgânica e unitária.
Ainda objetivando que a política de educação consiga cumprir a sua função social, a
Constituição Federal determina que os municípios apliquem ao menos 25% de sua
receita resultante de impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento da
educação. A lei é a mesma para os Estados e, no caso da União, o percentual mínimo
era de 18% até 2017. Porém, a Emenda Constitucional nº 95, conhecida como Lei do
Teto, estipulou que a partir de 2018 a União investirá o mesmo valor de 2017 mais o
acréscimo da inflação do ano anterior medida pelo IPCA. Isso significa que o
investimento em educação não vai acompanhar o crescimento do PIB.
A LDB foi criada para garantir o direito de toda população a ter acesso a educação
gratuita e de qualidade, para valorizar os profissionais da educação e estabelecer o
dever da União, dos Estados e dos Municípios com a educação pública.
10
legislativa privativa da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional
e na competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal para legislar
sobre educação, cultura, ensino e desporto, prevista no Artigo 24, IX.
A primeira LDB foi criada em 1961, tendo sido reformulada em 1971 e 1996. Apesar
da versão de 1996 ainda estar em vigor (Lei nº. 9.394), ela já sofreu diversas alterações
ao longo dos anos, a última delas em 2017.
Antes de continuamos a tratar dos aspectos gerais da LDB, vamos nos aprofundar um
pouco nas alterações promovidas na Lei a partir de 2017, por se tratarem das mais
recentes.
Saiba mais
11
Também é importante destacar a lei nº 13.632, de 6 de março de 2018, que alterou a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996), incluindo o direito à
educação e aprendizagem ao longo da vida como um dos princípios norteadores do
ensino brasileiro e estabeleceu que a educação de jovens e adultos (EJA) constituirá
instrumento para a educação ao longo da vida.
Essa lei também determina que o dever do Estado é o de garantir que a educação
especial se estenda ao longo da vida para as pessoas com deficiência, conforme o que já
estava assegurado no Art. 24 da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com
Deficiência.
Saiba mais
Em 2019 também foi sancionada a Lei nº 13.796 que assegura aos alunos o
direito de faltar a aulas e a provas por motivos religiosos e de consciência. A norma
12
altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para garantir a
alunos direitos que estejam alinhados a sua religião. Segundo líderes religiosos,
cerca de dois milhões de brasileiros guardam o sábado e, por razões de fé, não
podem estudar ou trabalhar até o pôr do sol. Por esse motivo, de acordo com a nova
lei, as atividades que caiam em dias que, segundo os preceitos religiosos, seja
vedado o exercício de tais atividades, devem ser compensadas pela reposição de
aulas. A norma prevê ainda que a frequência seja atestada, bem como as provas
sejam realizadas em segunda chamada.
Saiba mais
temas transversais;
13
construção de projeto de vida e formação nos aspectos físicos, cognitivos e
socioemocionais;
itinerários formativos;
Entre os temas elencados, cabe um estudo um pouco mais detalhado sobre os temas
transversais, que caracterizam-se por um conjunto de assuntos que aparecem
transversalizados em áreas determinadas do currículo e se constituem na necessidade
de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas sociais na escola.
14
Assim, diante dessas evidências, alguns critérios utilizados para a constituição da
educação no país se relacionam à urgência social, à abrangência nacional e à
possibilidade de ensino e aprendizagem na Educação Básica e no favorecimento à
compreensão do ensino/aprendizagem, assim como da realidade e da participação
social.
E, visando ampliar a gama de conhecimentos que podem ser oferecidos aos alunos,
os temas transversais são constituídos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e
compreendem seis áreas:
Podem ser trabalhados também temas locais, como trabalho, orientação para o
trânsito etc.
15
social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e
sociais;
V. perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo
ativamente para a melhoria do meio ambiente;
VI. desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de
inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na
busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
VII. conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis
como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
VIII. utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e
corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias,
interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e
privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;
IX. saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos;
X. questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a
capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua
adequação.
Como vimos, assim como a Constituição, a LDB também define os princípios, fins,
direitos e deveres referentes à educação nacional. Além disso, ela estabelece e
aprofunda outros pontos relacionados ao sistema educacional, como:
16
de ensino. E na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com
funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei.
Talvez um dos problemas seja que boa parte dos professores e dos alunos não tem
conhecimento e/ou não exige o cumprimento da lei. Assim, muitos governantes não
fazem a menor questão de proporcionar às crianças e adolescentes do Brasil uma
educação básica de qualidade.
17
dominantes, ora como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do
cidadão. Pois são os direitos sociais que obrigam o Estado a criar as políticas sociais.
Lembrete
Por esse motivo, antes de abordar a questão da política social, educação e cidadania
é importante tratar do próprio significado de políticas sociais. A partir da leitura de vários
autores, podemos definir que as políticas sociais se referem a ações que determinam o
padrão de proteção social implementado pelo Estado, voltadas, em princípio, para a
redistribuição dos benefícios sociais visando à diminuição das desigualdades estruturais
produzidas pelo modelo de desenvolvimento socioeconômico implementado no país.
A partir dessa definição, vamos entender que uma política social deve buscar reduzir
as desigualdades entre os indivíduos produzidas pelo próprio sistema capitalista. Nesse
sentido, é importante trazer a opinião de Pedro Demo (1994, p.14) quando ele escreve
que “política social pode ser contextualizada, ... do ponto de vista do Estado, como
proposta planejada de enfrentamento das desigualdades sociais”. Assim, para o autor, as
políticas sociais não são meramente casuais, elas são organizadas e projetadas, podem
interferir no processo histórico e não permitir que o mesmo ocorra ao acaso. Existe,
assim, a possibilidade de construir uma sociedade que seja menos desigual.
O pesquisador faz questão de ressaltar que a política social deve ser preventiva, no
sentido de tocar a origem do problema como forma de evitar que ele se processe. Deve
redistribuir e desconcentrar renda e poder, precisa ser equalizadora de oportunidades e,
por fim, necessita ser, dentro das possibilidades, emancipatória, agregando autonomia
econômica, orientada para a autossustentação, e autonomia política, enraizada na
cidadania.
Outra questão fundamental é também pensar nos espaços que são destinados para
que a população possa influenciar no modelo de educação que o país quer implementar.
Pois, é visível que os movimentos sociais indagam a sociedade como um todo e,
enquanto sujeitos políticos, colocam em xeque a escola uniformizadora que tanto
imperou em nosso sistema de ensino. Além disso, tais movimentos questionam os
18
currículos, buscam imprimir mudanças nos projetos pedagógicos. Da mesma forma,
querem interferir na política educacional e na elaboração de leis educacionais e diretrizes
curriculares. Diante desses posicionamentos dos movimentos sociais é visível a sua
atuação como sujeitos políticos que podem ser vistos como produtores de saber. Porém,
este nem sempre tem sido considerado enquanto tal pelo próprio campo educacional.
Nessa mesma linha, também podemos considerar que a educação é um dos mais
importantes direitos sociais, pois é a partir dele que o cidadão terá condições de ampliar
o seu acesso aos demais direitos, conhecendo e exigindo o que lhe é devido pelo
Estado. Nesse sentido, Demo (1994) aponta que as políticas educacionais também
contribuem para o enfrentamento da pobreza política das pessoas.
Saiba mais
Disponível em:
https://docs.google.com/document/d/1cNpuxnJTdiEUOG9eQQ5iqZj3ve3ikIeHsM05uHVJ
o5k/pub. Acesso em: 14/07/2020.
Em alguns momentos da história a educação resumia a própria política social, pois era
identificada como a possibilidade de ascensão social. Dessa forma, era o investimento
social mais importante, indicador privilegiado de desenvolvimento de uma nação. Porém,
essa concepção mudou significativamente, pois hoje se percebeu que as políticas sociais
devem ser inter-relacionadas para produzir os efeitos delas esperado.
Visto de outra forma, a educação pode ser um importante meio pelo qual se promove
a participação política. Com isso, temos uma valorização ainda maior da educação, pois
ela passa a ser considerada como elemento fundamental na criação das participações
nos espaços democráticos do país, onde existe a condição ideal para se discutir um
projeto de redução das desigualdades. Assim, a educação deve ser capaz de transmitir
a consciência dos direitos e dos deveres da cidadania política, contribuindo para que o
cidadão possa, a partir de articulação, de associação e de cooperação, sentir-se como
agente importante para a construção de uma sociedade com mais igualdade e mais
justiça social.
19
4. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO ENSINO BRASILEIRO: ASPECTOS
LEGAIS E ORGANIZACIONAIS
20
De acordo com o artigo 8° da LBD/96, que regulamenta o Artigo 211 da Constituição
Federal, fica estabelecido que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios
devem organizar, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. A
redação do artigo 211 apresenta as seguintes regras:
Nesse sentido o Parágrafo 2º do mesmo Artigo estabelece que “os sistemas de ensino
terão liberdade de organização nos termos desta lei”. Porém, nenhuma liberdade é
absoluta ou sem restrições. Há sempre limites a serem observados. A liberdade existe,
desde que observados os preceitos constitucionais e o que está contido nos princípios
gerais da própria LDB.
E o Art. 10 trata das incumbências dos Estados em matéria educacional. Neste caso,
cabe destacar duas incumbências, entre outras, a saber: “V – baixar normas
21
complementares para o seu sistema de ensino; VI – assegurar o ensino fundamental e
oferecer, com prioridade, o ensino médio”.
Saiba mais
22
a União abriga o sistema federal de ensino, com as instituições de Ensino
Médio técnico e de nível superior (públicas e privadas);
Lembrete
23
estadual e pelo Distrito Federal;
Inciso II as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público
municipal;
Inciso III as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela
iniciativa privada;
Inciso IV os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal,
respectivamente.
Parágrafo Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação infantil,
Único criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de
ensino.
Artigo 18 Os sistemas municipais de ensino compreendem:
Inciso I as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil
mantidas pelo Poder Público municipal;
Inciso II as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa
privada;
Inciso III os órgãos municipais de educação.
Antes de continuarmos a tratar desse tema, é importante fazer uma definição do que
vem a ser o sistema de educação, pois, segundo Godinho (2014), as expressões
“sistema de educação”, “sistema de ensino” e “sistema escolar” têm sido, muitas vezes,
empregadas indistintamente. Porém, a autora considera que devemos distinguir essas
três expressões da seguinte forma:
24
em que formam um conjunto de elementos interdependentes, como um
todo organizado (GODINHO, 2014, p. 13, grifos nossos).
25
Figura – Estrutura organizacional do Ministério da Educação:
26
os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente. De
acordo com a LDB, no Distrito Federal, as instituições de educação infantil,
criadas e mantidas pela iniciativa privada, também integram seu sistema de
ensino.
27
Modalidades de Ensino
Educação a Distância
Educação Especial
Educação Profissional e Tecnológica
Educação de Jovens e Adultos
Saiba mais
http://portal.mec.gov.br/index.php.
Educação infantil
28
pele, traços de rosto e cabelo), etnia, nacionalidade, sexo, deficiência física ou mental,
nível socioeconômico ou classe social. Também não está atrelada à situação trabalhista
dos pais nem ao nível de instrução, religião, opinião política ou orientação sexual.
Educação Fundamental
Ensino Médio
O Ensino Médio deve ter uma base unitária sobre a qual podem se assentar
possibilidades diversas, como preparação geral para o trabalho ou, facultativamente,
29
para profissões técnicas; na ciência e na tecnologia, como iniciação científica e
tecnológica; e na cultura, como ampliação da formação cultural.
Saiba mais
Formato e disciplinas:
― Divisão: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) fará parte de 60% das
matérias estudadas em sala de aula. O restante ficará reservado para uma
das áreas específicas.
30
― BNCC: será formada pelos conteúdos das disciplinas obrigatórias e das
disciplinas tradicionais do Ensino Médio, como História, Geografia, Biologia,
Física, Química e Literatura.
Carga horária:
― Carga horária BNCC: o conteúdo da BNCC não poderá exceder 1.800 horas
do total da carga horária do Ensino Médio.
Sistema de créditos:
31
itinerários formativos, relacionados às áreas do conhecimento (Matemática, Linguagens,
Ciências Humanas e Ciências da Natureza) e com a formação técnica e profissional.
Finalmente, é destacado que o novo Ensino Médio contará com mais horas de estudo,
pois os professores e estudantes passarão mais tempo desenvolvendo as aprendizagens
necessárias. Isso será possível pelo fato de que no Novo Ensino Médio, a carga horária
de todas as escolas será ampliada de 2.400 para 3.000 horas. Além disso, o Governo
Federal investirá até R$ 1,5 bilhão para atender cerca de 500 mil novas matrículas em
escolas de tempo integral, nas quais os estudantes passam pelo menos 7 horas por dia.
Ensino Superior
A educação superior no Brasil não pode ser estudada sem que se tenha presente o
cenário e o contexto em que ela surge, ou seja, deve-se ter presente o tempo e o espaço
em que ela está inserida, analisando desde o momento de seu surgimento até a
realidade atual da educação, tanto no panorama local e regional como no mundial.
32
O período de 1931 a 1945 caracterizou-se por intensa disputa entre lideranças laicas
e católicas pelo controle da educação. Já o período de 1945 a 1968 assistiu à luta do
movimento estudantil e de jovens professores na defesa do ensino público, do modelo de
universidade em oposição às escolas isoladas e na reinvidicação da eliminação do setor
privado por absorção pública. Estava em pauta a discussão sobre a reforma de todo o
sistema de ensino, mas em especial a da universidade. Esse debate permeou a
discussão da LDB, aprovada pelo Congresso em 1961, que de maneira diversa da
reforma de 1931 não insistia que o ensino superior deveria organizar-se
preferencialmente em Universidades.
Quanto ao setor privado, onde também estão as instituições de caráter particular, elas
se definem basicamente como instituições com fins lucrativos. Muitas delas são fundadas
por proprietários ou mantenedores que não são oriundos do meio educacional, mas, ao
contrário, têm suas origens e formação no campo empresarial ou político.
33
No que se refere às modalidades de ensino, apresentaremos a seguir uma síntese
dos seus principais aspectos.
Educação a distância
Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na
educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível
médio) e na educação superior.
34
O tema da educação a distância no ensino superior surge na pauta educacional
brasileira apenas na década de 1970. Até então, as pesquisas acerca do tema
registravam as iniciativas e a discussão sobre os modelos de ensino por correspondência
que desde 1904 ofereciam educação aberta de caráter profissionalizante ou de caráter
supletivo à escolarização formal dos primeiros ciclos.
No ano de 2005 foi criada a UAB (Universidade Aberta do Brasil), numa parceria entre
o MEC, estados, municípios e universidades públicas de ensino superior. Com a criação
da UAB foi possível a integração de cursos, pesquisas e programas de educação
superior a distância. Sua criação teve como foco principal ampliar as vagas da educação
superior para a sociedade, bem como promover a formação inicial e continuada para os
profissionais de magistério e para os profissionais da administração pública.
35
• Teleconferência com aulas ao vivo
• Blended ou semipresencial
• Diferentes combinações de recursos
midiáticos
Matrícula dos educandos • A qualquer tempo, não depende de
formação de turma
• Depende da formação de turmas
Oferta ao público interessado • Uma turma por semestre
• Mais de uma turma por semestre
Elaboração • Apenas por especialista em
conteúdo (da própria empresa)
• Por equipe EaD da própria empresa
sem participação de especialista em
conteúdo
• Por equipe EaD da própria empresa
com a colaboração de um especialista
no conteúdo
• Por profissionais terceirizados
Validação • Cursos testados por meio de
aplicação de curso piloto
• Cursos não testados, aplicados
diretamente ao público interessado
Duração • A mesma de cursos presenciais
• Definição considera apenas as horas
necessárias para o estudo dos
conteúdos previstos, contando com
fins de semana
• Definição considera as horas
necessárias para realização do
estudo, acrescidas da previsão de
possíveis dificuldades no
cumprimento das atividades
• Definição considera apenas as horas
36
necessárias para o estudo dos
conteúdos previstos, sem contar com
fins de semanas
Interface de navegação • Padronizada para todos os cursos,
por meio do uso de templates
• Parte padronizada e parte variando
conforme o conteúdo do curso
• Variada, obedecendo a restrições
técnicas do LMS (Sistemas de Gestão
de Aprendizagem)
• Variada, sendo que cada curso
recebe nova configuração
Pressupostos de aprendizagem A aprendizagem é resultado:
• da aquisição de informações
transmitidas, por meio de exercícios
práticos e memorização
• de processo de investigação,
seleção, processamento, organização
e memorização da informação
apresentada
• de reorganização do conteúdo pela
atividade mental do educando, de
suas capacidades cognitivas básicas,
conhecimentos prévios, diferentes
estilos e estratégias, motivações,
metas e interesses
Arquitetura pedagógica • Com metáfora que simula uma dada
Realidade
• Com foco na teoria e prática
presencial
• Com exercícios e atividades
presentes durante todo o curso
• Sem exercícios e com apenas
37
avaliação final de aprendizagem
Estrutura do conteúdo • Hierárquica
• Hipertextual
• Mista
Natureza do conteúdo • Exatamente o mesmo de cursos
presenciais
• Apenas parte do conteúdo tem o
formato abordado nos cursos
presenciais
• Conteúdos totalmente reformulados
para oferta a distância
• Conteúdos originalmente formatados
para oferta a distância
Organização do conteúdo • Ementas
• Competências
• Conteúdos
Decisão sobre o conteúdo Dependendo de:
• necessidades detectadas junto ao
público a que se destina
• pesquisa de demanda
• profissionais disponíveis para sua
elaboração
• atendimento a políticas específicas
da instituição
Mediação educacional Papel no processo:
• Responder questões e apoiar o
educando em todas as suas
necessidades
• Atender educandos e preparar
outros recursos necessários
• Atender educandos e estimulá-los a
não desistirem dos cursos
Papel do docente e do • Comentar atividades dos educandos
38
tutor/mediador em chats e fóruns • Sintetizar as contribuições dadas
pelos educandos
• Resolver dúvidas apresentadas
• Nos chats, simular uma aula teórica
e/ou prática
• Acompanhar o desempenho do
medidador pedagógico (tutor, monitor
etc.)
Acesso do educando ao • Completo a todo o conteúdo do
conteúdo primeiro ao último dia do curso
• Apenas às unidades/disciplinas que
estão estudando, prosseguindo em
sequência quando aprovado
• Dependente da agenda do curso
(abertura em datas pré-fixadas)
• Dependente de liberação docente
• Dependente de pagamento referente
à unidade/disciplina
Participação do educando • Somente leitura de textos e
respostas a questões a eles
referentes
• Estudo de casos e resolução de
situações problema de aplicação do
conteúdo
• Elaboração de projetos sob
orientação docente
• Estudo por meios de recursos
variados e avaliação de processo
Atividades do educando • Individuais
• Individuais e em grupo
• Em grupo
Interação do educando com Recursos utilizados: fórum, chat,
educadores e dos educandos entre SkypeTM, telefone, e-mail, blog,
39
si microblog, carta, fax etc.
Papel da avaliação da • Comparar desempenho do
aprendizagem educando com critérios
preestabelecidos visando à melhoria
da aprendizagem
• Identificar os educandos que serão
aprovados e reprovados no curso
Avaliação da aprendizagem Características:
• Somente ao final do
curso/unidade/disciplina ou ao longo
de sua realização
• Presencial ou a distância
• Para aprovação/reprovação ou para
encaminhamento de recuperação
• Prevê autoavaliação, avaliação por
colegas ou avaliação apenas por
docentes
Tipos de avaliação de Características:
aprendizagem • On-line com questões objetivas
corrigidas pelo sistema
• On-line com questões dissertativas
corrigidas pelo docente
• Presencialmente por meio de
questões objetivas e/ou dissertativas
• A distância com entrega de trabalho
de pesquisa, de relatório de atividade
prática ou de portfólio
Certificação do educando Elementos considerados para
emissão de certificados:
• Número de acessos ao curso e de
participação nas atividades propostas
• Obtenção de determinada
percentagem de acertos em avaliação
40
final e ou em todas as
unidades/disciplinas
• Conceito ou nota obtida em trabalho
final ou em portfólio etc.
Avaliação do curso Finalidade:
• Reformular ou aperfeiçoar
curso/unidade/disciplina
• Orientar elaboração de novos cursos
• Verificar satisfação do cliente
• Acompanhar o trabalho dos
profissionais envolvidos para efeitos
de apoio ou controle
• Definir horários de plantão
Educação Especial
Seu conceito está disposto no Artigo 58 da LDB, sendo uma modalidade de educação
escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino. Sua caracterização é
encontrada nos Artigos 59 e 60 da LDB, bem como nas inúmeras legislações que foram
necessárias para que o processo de inclusão pudesse acontecer.
41
Como modalidade da Educação Básica, a Educação Profissional e Tecnológica ocorre
na oferta de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional e nos de
Educação Profissional Técnica de nível médio.
Diante desse mundo globalizado, a educação deve ser uma via que conduz a
um desenvolvimento mais harmonioso e mais autêntico de modo a fazer recuperar a
pobreza, a exclusão social, as incompreensões, as opressões e as guerras.
Além disso, ela deve comprometer-se, por um lado, com o novo significado do
trabalho no contexto da tecnologia e do outro, com o sujeito ativo, a pessoa humana,
que se apropriará desses conhecimentos para apropriar-se como pessoa no mundo
do trabalho e na prática social.
Essa é uma das modalidades mais conhecidas na educação brasileira. Sua origem
advém da necessidade de escolarização de pessoas excluídas do processo.
A EJA está disciplinada na LDB, em especial nos Artigos 37 e 38, e possui diretrizes
própria para sua oferta.
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e
médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a
aprendizagem ao longo da vida. (Redação dada pela Lei n. 13.632, de
2018)
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características
do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante
cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência
do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares
entre si.
§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se,
preferencialmente, com a educação profissional, na forma do
regulamento. (Incluído pela Lei n. 11.741, de 2008)
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos,
que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento de estudos em caráter regular.
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
42
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de
quinze anos;
II - no nível de conclusão do Ensino Médio, para os maiores de dezoito
anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por
meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames
(BRASIL, 1996).
Caminho da Escola
43
Trata-se de um programa que oferece alimentação escolar e ações de educação
alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública. O
Governo Federal repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros
de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro)
para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede
de ensino. O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo
Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento.
São atendidos pelo programa os alunos de toda a educação básica (Educação Infantil,
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos) matriculados em
escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias (conveniadas com o Poder
Público).
É importante observar que o cardápio escolar deve ser elaborado por nutricionista,
respeitando os hábitos alimentares locais e culturais, atendendo às necessidades
nutricionais específicas, conforme percentuais mínimos estabelecidos no artigo 14 da
Resolução n. 26 (BRASIL, 2013).
44
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)
avaliar a aprendizagem;
O valor que cada escola recebe está baseado no número de alunos matriculados no
Ensino Fundamental ou na educação especial apontados pelo Censo Escolar no ano
anterior.
Concede apoio financeiro aos municípios para a aquisição e distribuição de óculos aos
alunos matriculados na 1ª série do Ensino Fundamental das escolas públicas municipais
e estaduais que estão com problemas de visão.
45
Resumo
Nesta unidade entendemos que o surgimento da escola no Brasil e no mundo foi para
buscar solução para uma questão social e que o modelo da política educacional
brasileira precisa de uma nova estratégia de inclusão e mudança
Existe outra função básica da escola que deve ser garantida no espaço escolar: o de
propiciar a aprendizagem de conhecimento, habilidades e valores necessários à
46
socialização do indivíduo. Para que isso ocorra, é necessário que a escola proporcione o
domínio dos conteúdos culturais básicos da leitura, da escrita, da ciência das artes e das
letras, pois sem essas aprendizagens dificilmente o aluno poderá exercer seus direitos
de cidadania. Mas, infelizmente, muitas vezes constatamos que nem mesmo esse direito
básico de alfabetização tem sido assegurado ao público escolar. Assim, cabe à escola
desenvolver novas habilidades para se tornar capaz de formar alunos com senso crítico,
reflexivos, autônomos e conscientes de seus direitos e deveres,com compreensão da
realidade econômica, social e política do país e, principalmente, que saibam ler, escrever
e tenham conhecimentos de matemática.
Num sentido mais amplo da função escolar, o que também se espera é que tenhamos
escolas aptas a construir uma sociedade mais justa e tolerante a diferenças como
orientação sexual, pessoas com necessidades especiais, etnias culturais e religiosas etc.
47
REFERÊNCIAS
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Audiovisuais
A DAMA de ferro. Dir. Phyllida Lloyd. Reino Unido: Pathé, 2011. 104 minutos.
ANTUNES, A.; FROMER, M.; BRITTO, S. Comida. Intérprete: Titãs. In: Jesus não tem
dentes no país dos banguelas. Rio de Janeiro: WEA, 1987. LP. Faixa 2.
Textuais
BRASIL – PNAS 2004 -Política Nacional de Assistência Social PNAS/ 2004. Norma
Operacional Básica NOB/SUA. 2004a. Disponível em:
48
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS200
4.pdf. Acesso em: 11/05/2019.
49
CARVALHO, Maria do Carmo Brant de. Gestão social e trabalho social : desafios e
percursos metodológicos / Maria do Carmo Brant de Carvalho. – São Paulo : Cortez,
2014.
DEMO, Pedro. Política social, educação e cidadania. Campinas, São Paulo, 1994.
Papirus: 3 edição.
Disponível em http://www.cfess.org.br/arquivos/BROCHURACFESS_SUBSIDIOS-AS-
EDUCACAO.pdf
FREIRE. P. Educação como Prática da Liberdade. 14ª ed. Rio de Janeiro, Paz e
Terra, 1983.
FREITAG. B. Escola, estado e sociedade. 6.ed. rev. São Paulo: Moraes, 1986.
Liberalismos e educação em debate / José Claudinei Lombardi & José Luís Sanfelice
(orgs). Campinas, SP : Autores Associados, Histedbr, 2007. – (Coleção educação
comtemporêna)
50
LÜCK, H. Dimensões de gestão escolar e suas competências. Curitiba: Positivo,
2009.
PNAD Contínua 2018: educação avança no país, mas desigualdades raciais e por
região persistem. Agência IBGE, 19 jun. 2019. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-
noticias/releases/24857-pnad-continua-2018-educacao-avanca-no-pais-mas-
desigualdades-raciais-e-por-regiao-persistem. Acesso em: 20 jun. 2019.
SAVIANI, D. Da nova LDB ao novo plano nacional de educação: por uma outra
política. São Paulo : Autores Associados, 2004.
UNICEF. Declaração Mundial sobre Educação para Todos. Jomtien, 1990. Disponível
em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos-
conferencia-de-jomtien-1990. Acesso em: 20 jul. 2019.
51
________. Estado e miséria social no Brasil: de Getúlio a Geisel 1951-1978. 4.ed.
São Paulo: Cortez, 1995. 240 p.
Sites
http://www.observatoriodopne.org.br/
https://www.todospelaeducacao.org.br/
52