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Camaçari
2019
BIANCA MOURA COSTA DE MATOS SILVA
CARLOS BRASILEIRO BARROS NETO
CAROLINE DOS SANTOS LEAL
CLEUMA FEITOZA XAVIER
JACKSON DE JESUS SOUSA LEITE
JANDERSON CORREIA SANTOS
TAINÁ DOS SANTOS BARRETO
WALLACE NASCIMENTO BISPO
Camaçari
2019
1) TEMA E PROBLEMA
Ao fazer uma análise da sociedade brasileira, é possível perceber que nos últimos anos o
número de pessoas que passaram a fazer o uso de substâncias psicoativas tem aumentado
significativamente. E esse comportamento vem sendo adotado, sobretudo, por adolescentes e
crianças. Paralelamente a isso, têm-se o crescimento da criminalidade como fruto desse
processo, levando em consideração que estes indivíduos muitas das vezes abandonam os
ambientes escolares, familiares e acabam indo morar nas ruas.
A maneira pela qual a sociedade recepciona e lida com essa mudança comportamental é
carregada de estigmatização e estereótipos. As pessoas que fazem uso de álcool e outras
drogas são vistas como sujeitos “indignos” de viver como qualquer outro cidadão, tendo
diariamente seus direitos violados. E um dos maiores desafios colocados em questão na
atualidade gira em torno de quais mecanismos devem ser adotados para reinserir esses
indivíduos no meio social a fim de que eles possam exercer suas atividades de maneira digna.
Nesse contexto, tem-se a presença do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras
Drogas (CAPS AD) localizado na cidade de Camaçari – Ba, o qual atende pessoas que
necessitam de intervenção e acompanhamento relacionado ao uso de substâncias psicoativas,
acontecendo de forma particularizada e alicerçado na política de redução de danos. Visando
com essas ações, promover a reabilitação psicossocial dos indivíduos e prevenindo que estes
voltem a fazer uso de determinadas substâncias.
Camaçari, assim como as demais cidades industrias, também possui um perfil
intensamente dinâmico e diverso. Os camaçarienses são tomados por esse dinamismo e
acabam tendo uma rotina extremamente cansativa e corrida, contribuindo não só para o
aumento do desgaste físico, mas também para o aumento do desgaste psicológico e
emocional.
A sociedade tem cobrado cada vem mais dos indivíduos. Desde o nascimento já é pré-
estabelecido uma série de metas e objetivos a serem perseguidos. É lançado sobre o outro um
turbilhão de expectativas, e quando estas não se cumprem o indivíduo passa a ser considerado
alguém fraco e incapaz. Fazendo com que esta pessoa busque no álcool e em outras drogas
melhorias que aparentam solucionar seus conflitos internos.
É notório que as relações humanas estão passando por um processo de descaracterização,
as imposições e cobranças tem tornado estas relações cada vez mais frias e desumanas. O
sujeito que faz uso de determinadas substâncias é excluído do convívio social. E essa
realidade afeta diretamente o funcionamento mental destes indivíduos. Porém, ainda que a
sociedade estabeleça todas essas imposições, é necessário buscar meios para reverter essa
realidade, sendo o cuidado uma das alternativas. É preciso enxergar o outro com suas
singulares e peculiaridades, e acima de tudo, enxerga-lo como humano. Iniciando pelos
cuidados com as diferenças de cada sujeito.
No entanto, o uso de substâncias psicoativas de maneira geral ainda é visto como um
tabu. E se tratando do processo terapêutico que os usuários dessas substâncias precisam ser
submetidos, a resistência social é ainda maior. Até então, a sociedade não conseguiu avançar
ao ponto de vislumbrar que os usuários de álcool e outras drogas gozam dos mesmos direitos
e garantias que todo e qualquer indivíduo, as quais são intrínsecas ao desenvolvimento
humano, pois o uso de determinadas substâncias não descaracteriza a condição humana do
outro. Ao invés de acolher as pessoas que por algum motivo estão fazendo o uso exagerado de
uma ou mais substâncias que são prejudiciais à saúde, é lançado um olhar depreciativo,
baseados em pré-julgamentos e estes indivíduos são lançados à margem da sociedade.
Assim, torna-se indispensável a realização de políticas públicas informativas afim de
esclarecer a sociedade da necessidade de cuidar do outro que possui suas diferenças, e em
especial, os viciados em substâncias psicoativas, que em muitos casos não pretendiam chegar
nesses estágios, mas ao contrário, só queriam livrar-se de seus problemas. Visto isso, este
trabalho terá como incumbência responder a seguinte indagação: qual o papel desempenhado
pelo CAPS AD - Camaçari no processo de promoção de inclusão e proteção para pessoas
viciadas em substâncias psicoativas? Como este ocorre?
2) PERGUNTAS AUXILIARES
11) Como se dá o acolhimento das pessoas que são viciadas em substâncias psicoativas?
14) Qual a visão dos profissionais a respeito das atividades que são realizadas no centro? E
como os assistidos enxergam os trabalhos realizados por esses profissionais?
3) OBJETIVOS
4) JUSTIFICATIVA
A escolha do tema se deu a partir do momento que foi possível observar o crescente
índice de pessoas que estão fazendo o uso de substâncias psicoativas. E mais do que isso, a
marginalização sofrida por esses indivíduos, os quais são submetidos a pré-julgamentos em
que são construídas ideias negativas sobre os mesmos. Os usuários de álcool e outras drogas
são diminuídos a um grau de inferioridade em relação aos demais e chegam até serem
estigmatizados como pessoas criminosas. A estereotipização sofrida por esses indivíduos
ainda é uma barreira que precisa ser derrubada para que se possa alcançar uma sociedade
democrática não só em termos teóricos, mas além de tudo, práticos.
E a cidade de Camaçari não foge desse contexto. O que demonstra a importância da
realização desse estudo, o qual fará um mapeamento do funcionamento do CAPS AD –
Camaçari a partir da percepção dos assistidos pela instituição e dos profissionais que compõe
o centro. De maneira que possa ser construído um panorama que demonstre como ocorre o
trabalho que é desenvolvido pelo CAPS AD e se este atende os parâmetros necessários para a
realização de atendimentos com qualidade e segurança.
5) METODOLOGIA
Intentando dar concretude a este trabalho será feito um levantamento bibliográfico em
artigos, legislações, livros e estudos elaborados por instituições de saúde. Para mais,
analisara-se escritos de pensadores como Antonio Nery Alves Filho, o qual é psiquiatra e
grande estudioso do funcionamento da mente humana e suas dimensões, atrelado ao uso de
substâncias psicoativas. Visando construir um panorama de elementos que norteiam o mundo
da psicologia, psiquiatria, e suas implicações jurídicas. Além disso, esta pesquisa será baseada
na aplicação de questionários e entrevista, possibilitando fazer uma leitura do funcionamento
do CAPS AD - Camaçari.
1) Idade: ( ) 08 a 15 ( ) 16 a 20 ( ) 21 a 25 ( ) 26 a 30 ( ) 31 a 35
( ) 36 a 40 ( ) 41 a 45 ( ) 46 a 50 ( ) mais de 50
2) Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Outros: __________________
3) Cor/Raça: ( ) Preta ( ) Branca ( ) Parda ( ) Indígena ( ) Outras: ________________
4) Qual sua ocupação?
( ) Estuda ( ) Trabalha ( ) Estuda e trabalha ( ) Outros: ____________________
5) Procurou o centro por iniciativa própria?
( ) Sim ( ) Não
Se não, quem indicou?
( ) Amigos
( ) Familiares
( ) Unidades médicas
6) Como você avalia o atendimento realizado pelo CAPS AD - Camaçari?
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo
7) As políticas voltadas para a inclusão e proteção de pessoas viciadas em substâncias
psicoativas são suficientes?
( ) Sim ( ) Não
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3) Quais os desafios encontrados pelo CAPS AD - Camaçari para à realização de suas
atividades?
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Observação: Pretende-se aplicar esta entrevista a equipe multiprofissional do CAPS AD -
Camaçari, com o objetivo de verificar o papel que é desenvolvido por esta instituição, bem
como a averiguação de seus profissionais, além de apontar as principais dificuldades
encontradas para a efetivação de seus trabalhos.
6 PLANO DE SUMÁRIO DE ARTIGO
REFERÊNCIAS
NERY FILHO, Antonio; MACRAE, Edward; TAVARES, Luiz Alberto; NUNES, Maria
Eugênia (orgs.). As drogas na contemporaneidade: perspectivas clínicas e culturais.
EDUFBA, 2012.
PRATTA, Elisângela Maria Machado; SANTOS, Manoel Antônio dos. Adolescência e uso de
substâncias psicoativas: o impacto do nível socioeconômico. Revista Latino – Americana de
Enfermagem, 2007. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rlae/v15nspe/pt_14.pdf. Acesso em:
19 nov. 2019.
MARINHO, Angélica Mota. Centro de atenção psicossocial álcool e outras drogas: re-
construção de uma prática. Repositório da UFC. Disponível em:
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/1893. Acesso em: 20 nov. 2019.
SILVEIRA, Dartiu Xavier da; SILVEIRA, Evelyn Borges Doering. Substâncias psicoativas e
seus efeitos. Aberta. Disponível em: aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-
094213-001.pdf. Acesso em: 20 nov. 2019.
PEREIRA, Elaine Lúcio. Processo de reinserção social dos ex-usuários de substâncias ilícitas.
MDFT. Disponível em:
www.mpdft.mp.br/saude/images/saude_mental/artigos/Processo_reinsercao_social.pdf.
Acesso em: 20 nov. 2019.
OLSCHOWSKY, et al. Agnes Estigma e preconceito: vivência dos usuários de crack. Revista
Latino – Americana de Enfermagem. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v24/pt_0104-1169-rlae-0852-2680.pdf. Acesso em: 19 nov.
2019.