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CENTRO DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS E SOCIAIS APLICADAS

SERVIÇO SOCIAL

ANA CAROLINA MASCARENHAS PEREIRA


DORIVAL DOS SANTOS
LEDA MARIA DE BRITO MOTTA SILVA
LORRAYNE ALMEIDA DE OLIVEIRA

O ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA DO CRACK NO


CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA

Cuiabá
2015
ANA CAROLINA MASCARENHAS PEREIRA
DORIVAL DOS SANTOS
LEDA MARIA BRITO MOTTA SILVA
LORRAYNE ALMEIDA OLIVEIRA

O ENFRENTAMENTO DO PROBLEMA DO CRACK NO


CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA

Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para
a obtenção de média semestral nas disciplinas de
Metodologia Cientifica, Formação social, Política e
Econômica do Brasil, Acumulação capitalista e
desigualdade social.

Orientadores: Professores. Clarice da Luz Kernkamp,


Gleiton Luiz de Lima, Rosane Ap. Belieiro Malvezzi.

Cuiabá
2015
SUMÁRIO

1 resumo...................................................................................................................3
2 INTRODUÇÃO.......................................................................................................4
3 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................5
3.1 O CRACK NA SOCIEDADE MODERNA...........................................................6
3.2 CRESCIMENTO URBANO E O CRACK...........................................................7
4 CONCLUSÃO........................................................................................................9
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1 RESUMO

Nota-se nos dias atuais, que os investimentos no combate e


enfrentamento ao uso de drogas são muito recentes e a sensação que nós da
sociedade civil temos é de que as drogas estão vencendo, dado os alarmantes
números das pesquisas mostrando o crescimento de usuários, alem do poder
corruptivo que a droga exerce criando e ampliando a violência e criminalidade.
Por serem de maioria jovem o preconceito se torna ainda maior e
os desafios a serem enfrentados acabam desarticulando muitos programas de
atendimento aos dependentes químicos, trazendo a esses desanimo em
continuar e consequentemente o retorno ou a sua permanência no vicio.
Percebe-se que o problema maior enfrentado é o de tratar o
assunto como sendo um problema de saúde publica e não como um caso de
policia colocando os usuários como criminosos e os narcotraficantes que
realmente cometem o crime em muitos casos impunes.
Grande é o poder destrutivo das drogas em nossa sociedade, o
problema tem-se ampliado trazendo diversos tipos de violência e criminalidade,
ocasionados pelo uso, comercio e dependência, e muitas pessoas acham que a
melhor solução seria que os usuários estivessem presos para acabar com as
drogas.
Para que haja o efetivo enfrentamento, será necessária ação
conjunta entre estado e sociedade civil, muitos estados lançaram campanhas de
enfrentamento às drogas e muitos comitês foram criados, porem se não houver a
mobilização de toda sociedade quer seja em casa com o conhecimento sobre o
assunto, quer seja nas escolas com programas de conscientização ou nas
organizações não governamentais, nenhuma ação por parte dos programas
governamentais terá o efeito esperado.
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2 INTRODUÇÃO

Este estudo tem como objetivo verificar o que tem sido feito para
se combater o Crack e o que os órgãos competentes e responsáveis pelas
políticas setoriais relacionadas ao tema e produtores de conhecimento sobre
esses malefícios tem feito para disseminar da sociedade essa droga que
avassala a vida de grande parte da população, direita ou indiretamente.
Notamos que nas grandes cidades o usuário da droga está
concentrado na população jovem, e que a participação da família tem sido um
grande fator de ajuda na recuperação juntamente com os profissionais de serviço
social que atuam junto aos usuários de crack.
O uso de substâncias lícitas e ilícitas, que hoje se encontram nas
mais diversas cidades do país sendo comercializadas legal ou ilegalmente,
discriminam problemas de ordem social e acabam acarretando transtornos nas
diferentes áreas e seguimentos públicos.
Algumas das iniciativas do governo para prestar apoio aos
dependentes químicos são identificadas e abordadas pelo Sistema Único de
Saúde – SUS, que é responsável pela promoção da saúde pública em nosso
país, com programas onde ocorre o primeiro contato do usuário com a rede de
saúde que então depois é encaminhado ao CAPS AD, entre outros.
Ate o momento, muitos projetos foram desenvolvidos pelo governo
e por entidades não governamentais o que possibilitou com que os profissionais
e pesquisadores dessas instituições tivessem acesso também aos familiares dos
usuários e pudessem realizar a ampliação da assistência e com isso exercido um
papel importante no combate e recuperação desta classe usuária.
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3 DESENVOLVIMENTO

O crack surgiu no Brasil em decorrência da COCAINA ser uma


droga cara, era a droga dos ricos, por esse motivo nasceu à necessidade de criar
uma droga mais acessível, mais barata e os traficantes e usuários passaram a
experimentar novas misturas. Foi assim que surgiu o crack no Brasil no inicio dos
anos 90 e se espalhou inicialmente no estado de são Paulo. Por ser uma droga
barata ela alastra rapidamente em todo o território brasileiro atingindo todas as
classes sócias.
Muitas são as discussões em torno das políticas publicas para se
enfrentar o grave problema do consumo e do comercio de crack no Brasil e ouve
já grandes avanços e muita controvérsia principalmente pelas estratégias
adotadas para conter o problema. Algumas delas versam sobre a internação e o
tratamento compulsório dos dependentes. 
Tendo como objetivo a perspectiva dos temas relacionados ao
Serviço Social, para oferecer uma reabilitação aos dependentes químicos, seria
necessário reconhecer o consumidor, suas características e necessidades, assim
como as vias de administração de drogas, a busca de novas estratégias de
contato e de vínculo com ele e seus familiares, para que se possa desenhar e
implantar múltiplos programas de prevenção, educação, tratamento e promoção
adaptados as diferentes necessidades compreendendo a problemática do
assunto e a configuração atual do problema.
Temos hoje uma epidemia do uso de crack, aproximadamente
98% das cidades brasileiras está enfrentando problemas como circulação e
consumo de crack e outras drogas. O problema do crack passou a ser
considerada uma questão social, um problema de saúde pública, envolvendo
hoje todo o país nas três esferas (municipal estadual e federal).
Tendo esse assunto extremo interesse aos estudiosos do Serviço
Social, pode se considerar que o enfrentamento deste problema constitui uma
demanda mundial, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de
10% das populações dos grandes e pequenos centros urbanos de todo o mundo,
consomem abusivamente substâncias psicoativas, independentemente de idade,
sexo, nível de instrução e poder aquisitivo.
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 O aumento do consumo do crack e dos problemas dele derivados


configuram nos dias de hoje um desafio hercúleo para a implementação de uma
política de atenção aos problemas com drogas no Brasil. Esse desafio demanda
respostas efetivas e eficazes por parte dos governantes bem como uma
participação ativa e intencional da sociedade, na perspectiva da integração
conjunta de esforços que incorporem não apenas a repressão policial, mas
principalmente incluam ações referentes à promoção e atenção da saúde,
conscientização massiva, com estratégias específicas para a juventude,
informações claras e coerentes sobre os riscos e consequências do consumo do
crack e a disponibilização de serviços de atendimento, estudos clínicos sobre os
casos, dentre outros, onde certamente a participação do Assistente Social como
um protagonista nesse processo será essencial. 

3.1 O CRACK NA SOCIEDADE MODERNA

Notadamente tem sido constante o crescimento do uso de drogas,


a cocaína era rara em nosso meio, o crack tem sido usado nas cidades por
jovens e crianças e já esta disseminado por todo o país, tendo como maior polo
de crescimento os grandes centros urbanos. Em todo momento surgem novas
drogas e sempre com efeitos mais devastadores que as antecessoras, a exemplo
do ecstasy, oxy e no momento o crack.
Na maioria dos pequenos municípios não existe estratégias de
enfrentamento do problema, a urbanização aconteceu de forma irregular
permitindo que grande parte da sociedade brasileira fosse excluída de programas
sociais dessa natureza e que grande parte da população fosse marginalizada e
sem acesso aos meios de produção e subsistência dignos.
Cidades antes pacatas tiveram suas rotinas invadidas por
milhares de usuários e em consequência disso o índice de criminalidade como
assaltos, homicídios, estupros e outros subiram assustadoramente impedindo o
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direito de ir e vir dos cidadãos. A sociedade e algumas instituições como os


conselhos estaduais de entorpecentes têm debatido a respeito do prejuízo
material e de cunho socioeconômico em torno do assunto, famílias desistem e
não sabem o que fazer ou como prevenir.

3.2 CRESCIMENTO URBANO E O CRACK

Desde muito tempo o crescimento urbano tem sido motivo de


inúmeras ocorrências de divulgação e da propagação do uso de drogas. Desde a
chegada da família imperial, onde o príncipe expulsa as famílias locais de suas
casas para abrigar uma multidão vinda de Portugal, trazendo além do
descontentamento aos antigos moradores, a falta de perspectiva de vida ou de
esperança de uma melhor condição de vida, impressão essa que permanece até
os dias de hoje, nas camadas mais pobres da população, sem moradias, lazer ou
infraestrutura básica.
Esse movimento se intensificou com a libertação dos negros no
século XIX que mesmo livres, não teriam as condições de viver de forma digna,
pois eram desprovidos de posses. Passando pela migração dos trabalhadores do
campo no inicio dos anos 40, buscando a vantagem nas grandes cidades, tais
atos culminaram com a proliferação de favelas e cortiços, aglomerados e de
crescentes ambientes de desestruturação familiar e do descontentamento social.
Usando o exemplo do Rio de Janeiro, essa desigualdade social, é evidenciada
por uma sociedade estruturada e rica ou da elite que moram nos calçadões da
orla marítima e em uma população sem nenhuma condição e pobre, também
chamada população dos morros.
São Paulo teve seu ápice migratório nos anos de 1970 a 1980,
período o qual se iniciou a busca de oportunidades, seja pelo trabalho na
construção civil dos migrantes vindos do interior do estado e cansados dos
trabalhos da lavoura fazendas de café ou pelos migrantes do Nordeste,
procurando as funções que os paulistas e paulistanos não se dispunham a
exercer.
A sociedade sempre possuiu diversos tipos de drogas, entretanto,
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nenhuma foi mais disseminada que o crack. Devido ao preço baixo, metade do
valor, em comparação a cocaína, e ao seu alto poder alucinógeno, agora
comparando á maconha, o crack passou de droga de alguns a droga de muitos,
criando verdadeiras comunidades de usuários, as chamadas “Cracolândias”,
locais com ativa movimentação de traficantes, baixa ação das forças policiais e
do livre comercio do produto de furtos e roubos.
Em tais aglomerados, os órgãos de auxilio encontram enorme
dificuldade de promover socialização aos indivíduos, sendo agredidos ao menor
pressentimento da presença de pessoas não comuns a esse ambiente.
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4 CONCLUSÃO

Uso de drogas ilícitas constitui uma das grandes preocupações


das sociedades modernas. Em vários países esse consumo tem diminuído, em
outros, caso do Brasil, ele é crescente. O progressivo aumento da criminalidade
tem sido imputado aos usuários de drogas, e o crack é um dos principais fatores
relacionados a crimes nas grandes cidades e, cada vez mais, nas menores.
Isso ocorre tanto por questões inerentes ao tráfico, quanto pelo
comportamento que a droga gera nos dependentes. A classe consumidora das
drogas está mistificada tanto por pessoas pobres como com poder aquisitivo
grande, o preocupante em tese é que, essas pessoas após estarem viciadas
destroem tudo para sustentação do vicio, é comum vermos viciados desfazerem
de objetos pessoais e de valor para comprar droga, como também vermos
pessoas entrarem no mundo da criminalidade para também sustentarem seus
vícios.
São diversas as drogas que estão sendo comercializadas, umas
mais caras outras mais baratas, umas com fácil acesso outras de difícil acesso,
umas classificas só para os ricos outras para pobres, enfim são substancias cujo
poder vicioso e cada vez mais poderoso e que traz em seu bojo um alto índice de
criminalidade, falamos com especificação do CRACK, por ser uma droga de
surgimento recente, com poder de dependência instantâneo, que após três vezes
de uso as pessoas já se tornam dependentes dela alem do fácil acesso é uma
droga barata e de efeito muito mais forte que a cocaína, por ser sintética o crack
é derivada da mistura de vários compostos químicos. E de acordo com a maior
parte dos traficantes é mais lucrativo negociar o crack.
O termo “barato” fica meio em contradição, pois barato para
quem tem um poder aquisitivo melhor e caro para aqueles que não têm dinheiro
nem para suas necessidades mais básicas, mais esses são os principais
consumidores dessa droga. Encontra-se aqui a problemática do estudo
abordado, pois, os meios utilizados por essa classe pobre, para obtenção do
Crack e consequentemente para suprimento do vicio é que são os propulsores
no aumento da criminalidade.
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Conclui-se, portanto a indiscutível e notória importância da


compreensão profunda e livre de preconceitos que o problema exige, a fim de
que o Assistente Social torne-se cada vez mais importante no enfrentamento da
epidemia, bem como no suporte familiar e afetivo do usuário.

REFERÊNCIAS
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ESTADO DE MATO GROSSO, PLANO ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO ÀS


DROGAS. Mato grosso: 2011 Disponíveis em:
http://www.seguranca.mt.gov.br/UserFiles/File/Plano%20Drogas.pdf.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. SVS/CN-DST/AIDS.


A Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e
outras Drogas. Ministério da Saúde. 2. ed. rev. ampl.– Brasília: Ministério da Saúde,
2004. Disponível em:
http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/publicacoes/artigos/politica-do-
ministerioda-saude-para-a-atencao-integral-a-usuarios-de-alcool-e-outras-drogas/
view.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.


Relatório brasileiro sobre drogas / Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas;
IME USP; organizadores Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte, Vladimir de
Andrade Stempliuk e Lúcia Pereira Barroso. – Brasília: SENAD, 2009. 364 p.
Disponível em:
http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/Relatorios/
328379.p df.

VERGARA, Rodrigo. Drogas o que devo saber a respeito: revista super


interessante, edição janeiro 2002, disponível em
http://super.abril.com.br/saude/drogas-fazer-respeito-442615.shtml.

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