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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

MARIA DE FÁTIMA MESQUITA MILAGRES


MARIA LÚCIA BESSA
MARIA PEREIRA PARDIM
NILZA MATILDE COSTA XAVIER
VALDETE PINTO GONÇALVES
VANUSA FONSECA GUIMARÂES
VIVIANE CARDOSO

DROGAS: POLITICAS PÚBLICAS E SEUS ENTRAVES

CONTAGEM
2012
MARIA DE FÁTIMA MESQUITA MILAGRES
MARIA LÚCIA BESSA
MARIA PEREIRA PARDIM
NILZA MATILDE COSTA XAVIER
VALDETE PINTO GONÇALVES
VANUSA FONSECA GUIMARÂES
VIVIANE CARDOSO

DROGAS: POLITICAS PÚBLICAS E SEUS ENTRAVES

Trabalho Interdisciplinar apresentado ao Curso


(Assistente Social) da UNOPAR - Universidade
Norte do Paraná, para as disciplinas de
[Antropologia,Psicologia Geral,Formação Social
Política e Econômica do Brasil, Fundamentos
Historicos, Teóricos e Metodológicos do Serviço
Social I].

Profs. Giane Albiazzetti, Lisneia Aparecida


Rampazzo, Gleiton Lima, Rosane Malvezzi

Contagem
2012
SUMARIO

Introdução ........................................................... 01
Resumo............................................................................02
Drogas: Políticas públicas e suas entraves......................03
INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende desenvolver como tema de estudo o Crack e as


iniciativas Publicas Preventivas,tendo como objetivo discutir o modo que tal
tema é problematizado no campo das politicas publicas .
RESUMO

Este trabalho mostra a evolução das drogas na sociedade e quais as


consequências que têm trazido aos usuários e de como o S.U.S (Sistema
Único de Saúde) vem trabalhando para um atendimento eficaz e combater
essa epidemia. Esse trabalho teve o objetivo de mostrar o perfil dos usuários e
quais tratamentos eles e suas famílias vêm recebendo.
Drogas: Políticas públicas e seus entraves

Atualmente o Brasil é referência no mundo por causa das mortes violentas que
atingem crianças e adolescentes decorrentes de uso de drogas. O uso de
drogas cresceu espantosamente na última década, em especial o consumo do
crack que tem um efeito devastador. Sua composição é feita a partir das sobras
da cocaína e seu consumo avança pelos pais,se tornando não somente
problema de segurança pública, mas também de saúde publica.Atualmente, a
droga virou uma preocupação mundial independentemente da classe social,a
população vive com medo pois a violência tem aumentado gradativamente.

As drogas são fatores de risco para sociedade contemporânea


principalmente, considerando-se os impactos negativos deste uso na
população jovem e nas famílias, o aumento da violência, além da inegável
ameaça a estabilidade social gerada pela criminalidade inerente ao trafico de
drogas. Apesar do crescimento rápido e devastador das consequências
deletérias do uso e abuso de drogas ,ainda existem poucos serviços
especializados na pesquisa,na prevenção e no tratamento deste problema.

O uso desencadeia graves sintomas de agressividade e de psicose. Outras


formas do uso da cocaína (oral,inalada,injetável) também podem causar danos
importantes a saúde física e mental do individuo. (Guinlalini,Vallada Breen &
Laranjeira, 2.006)

È necessário romper os tabus sociais e encarar o problema como questão de


saúde publica e resgatar a população dependente química,bem como realizar
trabalhos preventivos para amenizar a criminalidade e a violência. Em todo
País, o serviço de atendimento à dependentes químicos, relata que muitas
pessoas, independentemente da classe social, vem nos últimos anos
procurando ajuda para se livrarem do vicio do crack.

O uso de droga já é a segunda maior causa por atendimento nos centros do


S.U.S especializados em abuso de álcool e drogas, o CAPS-AD (Centro de
Apoio de Atenção Psicossocial para Usuários de álcool e outras Drogas)
nestes locais só perde para o álcool. (Jornal o Globo,p.6,2012).
Sabemos que nossa região existe as unidades do CAPS –AD e CAPS-I, mas o
desamparo da atenção básica dos serviços de urgências no acolhimento desta
demanda proporciona baixa adesão dos usuários resultando na desistência do
tratamento.

A partir do texto “constitucional a saúde” se efetivou como direito de todo


cidadão e dever do estado como afirma o artigo 196 da constituição de 1988,
visto que, a saúde é direito de todos e dever do estado garantindo mediante
políticas sociais e econômicas, que visem a redução do risco de doenças e de
ouros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação. (CONSELHO REGIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL 6ª REGIAO,2005,p.61).

A unidade de Saúde oferece cuidado intensivo para os que necessitam de


atenção em “permanência dia”, cuidado semi intensivo para os que demandam
atenção frequente,mas não necessariamente todos os dias,além do cuidado
não intensivo para aqueles que apresentam certa autonomia.Também
responde pela implementação de ações de prevenção ao uso de álcool e outra
drogas, de promoção da saúde e da qualidade de vida dos usuários e
familiares.

O acesso ao serviço pode ser por meio do encaminhamento feito pelas


Unidades Básicas de Saúde, Unidade de Pronto Atendimento ou por demanda
direta do usuário e seus familiares, uma vez que o impacto das drogas não
atinge somente os usuários mas todo o núcleo sociofamiliar.

O atendimento é feito por equipe multidisciplinar composta por psicólogos,


psiquiatras, médico clínico, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e assistentes
sociais. O usuário maior de dezoito anos em crise de abstinência, fica internado
por até uma semana nas Unidades do Sistema Único de Saúde. Após a
liberação médica estes usuários são encaminhados para o CAPS-AD.
Realizamos uma entrevista na Unidade de Contagem – MG e obtimos as
seguintes informações: a faixa etária do público atendido varia entre dezoito e
setenta anos e os pacientes apresentam uma média de consumo de drogas
que varia entre quatro a vinte anos.
O sexo predominante do público atendido é o masculino, embora venha
aumentado assustadoramente o sexo feminino. A relação familiar dos usuários
atendidos pelo CAPS-AD são em sua maioria de famílias desestruturadas, que
muitas das vezes não colaboram por falta de conhecimento. A adesão ao
tratamento dos usuários atendidos é de duas a três vezes por semana nos
casos graves.

A maior dificuldade que o Sistema de Saúde enfrenta é a contribuição de redes


terceirizadas. Não é somente um problema de saúde pública, é necessário a
construção de uma política mais fundamentada a assistência aos usuários. Em
nossa região só existem dois CAPS-AD(Centro de Atenção Psicossocial para
Usuários de Álcool e outras drogas) e CAPS- ID (Centro de Atenção
Psicossocial para Usuários de Álcool e outras Drogas Adulto e Infantil)

A segunda entrevista teve como objetivo conhecer as ações desenvolvidas


dentro do Centro de Saúde em relação ao uso de drogas, de acordo com a
profissional do PSF ( Programa Saúde da Família) a procura de atendimento é
por diversas situações .Quando os familiares forçam um tratamento percebe-
se um prognóstico não muito positivo quanto aos usuários de drogas. Foi
apresentado pelos mesmos profissionais que muitos usuários assumem ser
dependentes, mas na hora do atendimento negam qualquer envolvimento com
as drogas.

A profissional informou que existem possibilidades e motivações para o


desenvolvimento de conhecimentos e intervenções junto aos usuários de
drogas, mas ainda tem sido insignificante e insuficiente para gerarem
mudanças efetivas na assistência realizada no PSF.

No seu trabalho cotidiano os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que


fazem parte das equipes de Saúde da Família, têm percebido que a faixa etária
destes usuários varia de 12 a 38 anos, sendo que o uso abusivo do álcool,
maconha, cocaína e crack faz parte do cotidiano de muitos deles.

As drogas não são somente um problema relacionado a classe econômica,


uma vez que atinge a todos que a utilizam. Pelos relatos ditos a esses
profissionais, os usuários encontram nas drogas prazer e alivio em suas
frustrações, visto que há insatisfações causados por uma realidade repressiva
numa sociedade que perdeu seus valores e que se tornou relativista e
fragmentada.

O uso do crack tende a fragilizar todas as pessoas que fazem parte da vida do
dependente, e sentimentos como desespero, angústia e medo acabam por
permear as relações familiares. Diante da droga, muitas famílias acabam se
“escondendo” e se culpando, pois têm de enfrentar mais problemas do que
aqueles que já estão habituados a encarar. È um movimento que gera mais
fragilidade e impotência, reforçando assim, ainda mais o “espaço” da droga na
vida das pessoas.

Segundo a terceira entrevista realizada no PSF São Luis Contagem, com a


profissional da enfermagem, a maioria dos usuários são jovens entre 12 e 25
anos que chegam aos postos de saúde à procura de ajuda. São de famílias de
baixa renda com pouca escolaridade. A cada 10 usuários que iniciam o
tratamento apenas 1 dá continuidade. Em média levam 05 anos após inicio do
uso para procurarem o tratamento.

Conclusão

O uso nocivo de substâncias foi por muito tempo tratado por meio de
ações punitivas ao invés de preventivas e terapêuticas, sendo a dependência
química considerada como “falha moral” ou “falta de força de vontade”.
Entretanto, nas últimas décadas, com o progressivo desenvolvimento dos
estudos científicos, a dependência química passou a ser compreendida como
um sério problema de saúde, que afeta o cérebro e, consequentemente, o
comportamento.
É importante um melhor planejamento de programas preventivos,
buscando uma metodologia mais eficaz para dependentes de drogas. Salienta-
se a importância da verificação do diagnóstico diferenciado para a população
de dependentes químicos, com uma atenção maior para os sintomas que
possam vir a permanecer após o período de abstinência.
Referências Bibliográficas

Brasil.Ministério da Saúde.Secretária de Atenção á Saúde.SVS/CN-DST/AIDS.


A política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de
Álcool e outras Drogas. Ministério da Saúde.2°ed.rev.ampl-Brasilia:Ministerio
da Saúde,2004.Disponívelem:http://WWW.brasil.gov.br/enfretandoocrack/
publicações/artigos/política-do-ministério-da-daude-para-a-atencao-integral-a-
usuarios-de-alcool-e-outras-drogas/view Acesso: 30 maio 2012.

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