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Curso de Especialização em Saúde da Família

UNA-SUS/UNIFESP

Projeto de Intervenção

Projeto de Intervenção com Adolescentes


sobre o uso indevido de drogas

Nome: Juan Manuel Cruz Rodríguez


Orientadora: Karen Roberta Steagall Bigatto

São Paulo
Janeiro, 2015
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................... Erro! Indicador não definido.
2. OBJETIVOS ........................................................................... Erro! Indicador não definido.
2.1. Objetivo geral ................................................................ Erro! Indicador não definido.
2.2. Objetivos específicos ................................................... Erro! Indicador não definido.
3. MÉTODO................................................................................ Erro! Indicador não definido.
3.1. Cenário do Estudo: ....................................................... Erro! Indicador não definido.
3.2. Sujeitos do Estudo: ...................................................... Erro! Indicador não definido.
3.3. Descrição das ações: ................................................... Erro! Indicador não definido.
3.4. Avaliação e Monitoramento......................................... Erro! Indicador não definido.
4. CRONOGRAMA........................................................................ Erro! Indicador não definido.
5. RESULTADOS ESPERADOS ............................................ Erro! Indicador não definido.
BIBLIOGRAFIA .............................................................................. Erro! Indicador não definido.
ANEXO I ......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
ANEXO II ........................................................................................ Erro! Indicador não definido.
1. INTRODUÇÃO

A problemática do consumo de drogas entre adolescentes é abordada com


frequência tanto em estudos científicos como nos meios de comunicação em
massa (Ribeiro et al, 1998).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a fase da adolescência


como o período entre 10 e 19 anos, é geralmente, quando descobrem o
mundo que os rodeia e encontra seu lugar, e podem aparecem as primeiras
experiências com as bebidas, drogas e etc.

O álcool se mantém dentro do limite normal usado em determinada


celebração, até chegaram à fabricação, industrialização e comercialização.
Atualmente, aceita-se a ideia de que a sociedade não pode conceber-se sem
o álcool, fazendo parte das vidas das pessoas. O álcool, geralmente, é
consumido durante todo ano pelas pessoas, estejam sós ou acompanhadas,
sem diferencia de sexo. Já a droga sempre existiu, desde a pré-história.
Várias substâncias psicoativas vêm sendo usadas para diferentes finalidades,
efeitos sedativos, em cerimônias religiosas, como parte de atividade cultural,
até com fins curativos. Na década 1960, após da epidemia da AIDS
(Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida) e de outras doenças
transmissíveis, é que começou a haver um novo olhar sobre contexto
biopsicossocial dos usuários de drogas. (Laranjeira, 2003; Andrade et al,
2010).

O uso inadequado de álcool e drogas é um problema de saúde pública que


afeta milhares de pessoas de todas as faixas etárias. O adolescente hoje
está comprometido de várias formas com o álcool e as drogas, legais e
ilegais. Laranjeira (2003, 2007) refere que os adolescentes usam álcool e
drogas por várias razões, como para diminuir o estresse, por curiosidade,
para sentir-se adulto, para pertencer a algum grupo. Segundo o autor, é mais
comum o uso em ambientes com históricos familiares de abuso de
substancias ou por sentir pouco amor próprio e autoestima. Pode se observar
o uso de droga como uma saída mágica para os conflitos familiares e
pessoais inerentes a adolescência.

Este é um problema de ordem social, a partir do momento em que suas


consequências são assustadoras em todo o mundo. Ações preventivas ao
uso indevido de álcool e drogas, também com adolescentes, são defendidas
no Brasil, já que a expansão do consumo de álcool e substâncias como a
cocaína e crack, principalmente entre crianças e adolescentes, é uma
realidade em praticamente todos os estados e municípios brasileiros. (
BRASIL. Ministerio de justicia. Secretaria nacional antidrogas.Prevenção do
uso de drogas, capacitacao para conselherios e lideranças comunitárias 5
Edição, brasilia 2013.

Os adolescentes têm dificuldades para perceber quais os perigos


proporcionados pelo uso de drogas que põem suas vidas em risco. No
momento em que sentem que têm de romper com a família para descobrir
sua própria identidade, passam a buscar nas drogas a sensação de alegria, a
fuga de problemas familiares e a energia de sentirem-se independentes. A
escola e as instituições de saúde são os dispositivos que podem promover a
prevenção de danos e agravos à saúde em adolescentes que consomem
drogas (Diegues, 2000).

A Politica Nacional de Atenção Básica do Brasil, de 2012, através da


abordagem da redução de danos como uma das ações de saúde desta
politica, propõe lidar com os diversos agravos e condições de saúde das
pessoas que fazem uso indevido de álcool. Diversas são as ações de
redução de danos possíveis de realizar com estas pessoas na Atenção
Básica em Saúde e nos demais serviços da rede de atenção psicossocial. A
construção de uma proposta de redução de danos deve partir dos problemas
percebidos pela própria pessoa, ajudando a ampliar a avaliação de sua
situação. (Brasil, 2013).

Redução de danos se refere à políticas, programas e práticas, que lidam com


as consequências sociais, para a saúde e para economia, do uso das drogas
lícitas e ilícitas. Redução de danos beneficia pessoas que usam droga, as
famílias e comunidade. Pensar na redução de danos é pensar na prática em
saúde, é pensar em qualidade de vida. Nos últimos 10 anos houve grandes
transformações no sentido de reduzir danos inscritos no cotidiano do SUS, a
partir das necessidades da população, como por exemplo, o enfrentamento
das formas de transmissão do HIV e hepatites, por uso de drogas injetáveis.
(Little, 2010).

O uso de drogas por adolescentes também é uma realidade no território da


Unidade de Saúde da Família, USAFA Tupiry, no município de Praia Grande,
estado de São Paulo, e será abordado no presente estudo. O objetivo é
conhecer a percepção dos adolescentes sobre as drogas, para facilitar
melhor planejamento de estratégias de trabalho com os mesmos.
2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Desenvolver atividades educativas e de redução de danos com os


adolescentes em uso de drogas.

2.2. Objetivos específicos

1- Identificar o perfil dos jovens em uso de drogas


2- Averiguar os conhecimentos dos adolescentes que fazem uso de
drogas sobre as mesmas, sobre os fatores de risco para seu uso e
sobre as consequências de seu uso inadequado.
3- Fazer um levantamento das necessidades e vulnerabilidades
apresentadas pelos participantes do estudo
4- Oferecer acolhimento e atendimento humanizado aos adolescentes em
uso de drogas
5- Elaborar estratégias de educação em saúde para os adolescentes em
geral, a partir do perfil dos usuários de drogas e das necessidades
levantadas.

3. MÉTODO

3.1. Cenário do Estudo:

O cenário de estudo é a USAFA Tupiry, do município de Praia Grande, e seu


território de abrangência, incluindo as ruas, escolas e domicílios, entre outros
locais do território que os adolescentes possam frequentar.

3.2. Sujeitos do Estudo:

Os sujeitos beneficiados pelas ações deste projeto de intervenção serão os


adolescentes, entre 10 e 19 anos, residentes na área de abrangência da
Unidade.

3.3. Descrição das ações:

Inicialmente, acontecerá uma reunião com a equipe de saúde para explicar


os objetivos do estudo. A equipe será treinada para receber, acolher e lidar
com os adolescentes. O projeto também será divulgado à comunidade, em
reunião na Associação de Moradores, na igreja, no Centro Paula Souza
(Faculdade Tecnologia Praia Grande - FATEC) de ensino médio. Serão
contatados os principais representantes da comunidade e de cada local
escolhido para divulgação do projeto. O projeto será apresentado pelo
médico responsável.

Após a equipe estar preparada, serão selecionados os participantes para a


análise do perfil do adolescente usuário de droga da região. Para esta etapa,
serão convidados 30 adolescentes usuários de drogas. Estes adolescentes
serão selecionados pela equipe, com ajuda principalmente dos ACS, pela
identificação daqueles que usam drogas e poderiam participar desta fase do
estudo. Os convites serão feitos pessoalmente pelo ACS ou por telefonema
do ACS ou médico.

Com os participantes selecionados, será distribuído o instrumento da coleta


de dados para preenchimento e posterior a análise dos participantes (anexo
I). Juntamente com o instrumento, também serão entregues os Termos de
Consentimento Livre e Esclarecido (anexo II) para serem assinados pelos
pais ou responsáveis dos adolescentes. Para todos os participantes é
garantido total sigilo e anonimato das informações colhidas.

O questionário utilizado para a coleta de dados foi construído a partir de


perguntas fechadas, contendo as informações sócio demográficas, perfil
epidemiológico, conhecimentos sobre as drogas e as consequências do seu
consumo. Os dados coletados serão processados em dados estatísticos
utilizando medidas percentuais. O questionário será distribuído
individualmente, em consulta ou visita domiciliar para este fim, e deverá ser
respondido no mesmo momento.

O segundo momento do estudo será a etapa de intervenção, que incluirá


discussões grupais, palestras, entre outras atividades, relacionadas com o
tema das drogas. Estas atividades levarão em consideração o perfil dos
usuários de drogas, obtido através dos questionários, e também o nível de
conhecimento prévio dos participantes. Porém, as atividades de educação
em saúde serão abertas também aos adolescentes não usuários de drogas.
Os adolescentes serão convidados para esta etapa do projeto através de
divulgação das datas e horários das atividades na escola e em outros locais
frequentados pelo público.

3.4. Avaliação e Monitoramento

O terceiro momento do estudo será a avaliação dos resultados. Será


aplicado, novamente, o mesmo questionário inicial sobre os conhecimentos
com relação às drogas e ao seu uso, para o mesmo grupo que respondeu no
primeiro momento. A aplicação do questionário será feita de forma individual,
durante consulta ou visita domiciliar, para não expor o participante. O
questionário deverá ser preenchido naquele momento, na presença do
profissional. Os resultados serão comparados.
Após os participantes conhecerem mais sobre o tema e responderem o
questionário, será possível avaliar o trabalho de intervenção que foi feito.

O monitoramento das ações ocorrerá trimestralmente, para ter mudanças em


os conhecimentos que tem os adolescentes respeito as drogas.
4. RESULTADOS ESPERADOS

Os resultados deste estudo nos possibilitarão um maior conhecimento sobre


a repercussão que tem as drogas entre os adolescentes, e da importância do
trabalho no nível primário de atenção à saúde, para com nosso papel de
educador em saúde, junto ao indivíduo, a família e a comunidade. A
expectativa é de gerar mudanças no estilo de vida, e de que as pessoas
adquiram maiores conhecimentos, para que as consequências negativas pelo
consumo inadequado de drogas diminuam, já que temos em conta que as
drogas são um dos principais problemas que afetam aos adolescentes no
Brasil.
5. CRONOGRAMA

Atividades Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago Set. Out.
Elaboração do projeto X X X X X
Aprovação X
Apresentação do
X
trabalho
Coleta de dados X X X
Atividades educativas X X X X
Avaliação dos
X X
resultados
Discussão e análise
X
dos resultados
BIBLIOGRAFIA

1. Ribeiro TW et al. Drogas e adolescência: uma analise da ideologia presente na


media escrita destinada ao grande público. Revista psicologia reflexão e critica v.
11, n.3, 1998.

2. Caderno de atenção básica, No 34, saúde mental, Brasilia-DF, 2013.

3. Laranjeira R, Pinsk I, Zalenski M, Caetano R. Levantamento nacional sobre os


padrões de consumo de álcool na população brasileira, Brasilia, Secretaria
Nacional Antidrogas, 2007.

4. Wagner GA, Andrade AG. Uso de álcool, tabaco e outras drogas entre estudantes
universitários brasileiros, Rev, Psiq, Clín 35, Supl 1:48-54, 2010.

5. Dieguez C. Receita para fugir do abismo. Veja. N.2, Janeiro 2000.

6. BRASIL. Ministério de Justiça. Secretaria Nacional Antidrogas. Prevenção do uso


de drogas: capacitação para conselheiros e lideranças comunitárias. 5ª Edição,
Brasília 2013.
7. Artículo académico para LITTLE, PE 2010, Research has highingted the
importance of drug information in adolescentes.

8. Vieira DL, Ribeiro M, Laranjeira R. Evidencias de associação entre uso precoce de


álcool e risco de problemas futuros. Revista Brasileira de Psiquiatria, vol 29, N,3,
2007.
ANEXO I

QUESTIONÁRIO

Sexo: _________ Idade: ________ Escolaridade: _______________

1. Com que frequência você faz uso de drogas legais ou ilegais? (marque somente uma
opção)

____ Diário ____ Semanal


____ Mensal ____ Ocasionalmente

2. Tipo de sustância que você usa? (pode escolher várias opções)

____ Tabaco ____ Maconha ____ Álcool


____ Crack ____ Cocaína ____ Psicofármacos

3. Quanto tempo você tem consumindo essas sustâncias? (só uma opção)

____ Semanas ____ Meses ____ Anos

4. Você considera que tem conhecimento real do dano que ocasionam as drogas sobre
o corpo e sobre a sociedade? (só uma opção)

____ Sim ____ Não ____ Mais ou menos

5. Você acha que seus professores têm vontade e tempo para educar a vocês nesses
aspetos? (só uma opção)

____ Sim ____ Não ____ Mais ou menos

6. Você acha que pode parar de consumir drogas? (só uma opção)

____ Sim ____ Não

7. Seus pais sabem que você consume drogas? (só uma opção)

____ Sim ____ Não

8. Seus pais fazem uso de drogas?

____ Sim ____ Não

9. Você tem irmãos ou parentes próximos (que moram na sua casa ou no mesmo
quintal) que fazem uso de drogas?

____ Sim ____ Não


10. Considera você que as drogas são curável ou tratável? (só uma opção)

____ Sim ____ Não

11. Você gostaria ter ajuda profissional para parar de consumir drogas?

____ Sim ____ Não

12. Alguma vez sob o efeito das drogas você cometeu algum delito ou crime?

____ Sim ____ Não

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

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