Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE BIOMEDICINA
MARIA CAROLINA LOPES VIRTUDES
Alfenas – MG
2022
MARIA CAROLINA LOPES VIRTUDES
Alfenas – MG
2022
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Tabela usada para criar o questionário utilizado nesse trabalho. Nessa tabela há
perguntas sobre quais drogas o entrevistado já usou, qual a frequência nos últimos três meses,
qual a frequência de urgência para usar nos últimos três meses e se houveram problemas de
saúde, social, legal ou financeiro.
TABELA 2 – Tabela usada para criar o questionário utilizado nesse trabalho. Nessa tabela há
perguntas sobre se o entrevistado deixou de realizar alguma atividade normalmente executada por
causa do uso de alguma substância, se há algum amigo, parentes ou outra pessoa que tenha
demonstrado preocupação, se já houveram tentativas de controle, diminuição ou parada total de
uso de alguma substância, se já usou alguma droga por meio injetável e o escore das questões.
LISTA DE ABREVIATURAS
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................................5
1.2 Justificativa...............................................................................................................................5
1.3. Objetivos...................................................................................................................................5
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................................7
3 MATERIAL E MÉTODOS......................................................................................................11
4 RECURSOS...............................................................................................................................12
5 CRONOGRAMA.......................................................................................................................13
REFERÊNCIAS............................................................................................................................14
ANEXO(S).....................................................................................................................................16
APÊNDICE(S)..............................................................................................................................18
6
1 INTRODUÇÃO
A experiência universitária é única, e por isso muitos alunos acabam aproveitando essa fase da
vida para realizar experiências, pois é o momento em que os responsáveis estão longe, ou mesmo
conhece pessoas com diferentes hábitos. Essa fase contribui para que o consumo de substância
psicoativa seja usado pelos estudantes para minimizar o estresse gerado pelo curso. Assim,
acredita-se que o álcool é a substancia licita mais usado entre os jovens universitário, seguido por
drogas ilícitas. O consumo de drogas pode gerar inúmeros prejuízos para o aluno, tanto psíquico,
quanto física e no desempenho do universitário.
Este projeto tem como base principal conhecer o uso de drogas lícitas e ilícitas em
universitários de diferentes cursos de uma universidade particular do sul de Minas Gerais. Obter
esta estatística e conhecer as variáveis que envolvem este uso bem como seus efeitos tóxicos
torna possível estabelecer políticas de prevenção ao uso destas substâncias que apresentam
muitos efeitos nocivos para a saúde humana e a sociedade.
1.3 Objetivos
mais utilizados por esses estudantes. E também conhecer as diferenças entre os sexos em relação
ao consumo de drogas.
1.4 Hipótese
Os acadêmicos fazem uso abusivo de drogas com efeitos negativos sobre sua saúde.
8
2 REFERENCIAL TEÓRICO
apenas a folha, que era mascada. Foi repudiada e proibida no começo pelos colonizadores
hispânicos, mas, ao perceber que não conseguiriam explorar os indígenas eficientemente sem o
uso da planta, logo foi defendida como hábito de saúde indígena (FERREIRA; MARTINI, 2001).
Apenas em 1902 que a cocaína refinada em pó branco cristalino foi criada sinteticamente em
laboratório. O pai da psicanálise, Freud, defendeu o uso terapêutico, sendo ele mesmo um dos
pacientes. Medicou amigos e percebeu que a droga tinha um alto poder de criar dependência
química, publicando anos depois um livro onde explicava os possíveis malefícios a saúde
causados pela droga (FERREIRA; MARTINI, 2001). Atualmente, é usada muitas vezes por
estudantes com altas cargas horárias, médicos para fazer plantões, artistas com agendas lotadas
ou qualquer pessoa que precise de um alto desempenho em situações estressantes e decide usar
um toxicante para auxiliar nessa rotina.
O ectasy, conhecido também como MDMA, é derivado da anfetamina. Surgiu em
1912 como supressor de apetite (XAVIER, 2008). Em 1950 foi utilizado em pacientes que faziam
psicanalise como um remédio para levantar o ânimo. É de altíssima popularidade entre estudantes
universitários para curtir raves e festas noturnas. Por causar uma enorme liberação de serotonina,
ela causa o aumento da empatia, energia emocional e física e interação social (XAVIER, 2008).
Em contrapartida, causa insônia, perda de apetite e pode levar a quadros psicóticos em pessoas
que apresentam pré-disposição genética, algumas vezes irreversíveis. Há casos de mortes
relacionadas ao uso do MDMA, induzidas por arritmias cárdicas, hipertensão arterial, relação
alérgica, entre outros.
Uma semana de provas pode ser encarada como uma situação de “vida ou morte”
tanto para aquele aluno que se dedica inteiramente a ser um destaque, tanto para o que precisa de
poucos pontos para evitar uma dependência. Há a pressão para ser o melhor aluno, melhor
profissional, melhor filho, melhor pessoa, uma atitude estimulada pela sociedade competitiva em
que estão inseridos, que podem acabar prejudicando o desempenho (VAEZ; DE LEON;
LAFLAMME, 2006). Alguns se dedicam totalmente aos estudos, enquanto outros dividem seu
tempo entre trabalho, alguns tem filhos e companheiros que também demandam sua atenção. Em
momentos de estresse, como uma semana de provas, alguns podem usar de algum tipo de droga,
seja ela ilícita ou não, para relaxar depois de uma prova difícil indo ao bar com amigos tomar
cerveja (CHOW et al, 2021), conseguir uma boa concentração utilizando cloridrato de
metilfenidato, popularmente conhecido como Ritalina, normalmente utilizado em pacientes com
11
TDAH, mas usado por pessoas sem o transtorno para aumentar seu foco para absorver grandes
quantidades de conteúdo (CLEMOW; WALKER, 2014), assim como o uso da cocaína que, por
atuar no sistema dopaminérgico, atua no indivíduo aumentando sua autoconfiança, inibindo o
sono, comumente utilizado em festas ou para “virar” noites de sono (STOLBERG, 2011). Ou
mesmo os efeitos relaxantes advindos dos CBDs, presentes na droga mais popular do mundo
ocidental (COHEN; WEIZMAN; WEINSTEIN, 2019) a maconha, para uma semana de provas.
Muitos usam o cigarro comum, de nicotina, como um aliviador de estresse, mas também como
uma maneira de interagir socialmente de uma maneira mais fácil (TAVOLACCI et al, 2013),
afinal há a Lei Antifumo, que implica na existência de espaços exclusivos para fumantes em
ambientes fechados.
No Brasil, quase metade dos universitários (48,7%) admitem terem usado alguma
droga ilícita ao menos uma vez ao longo de suas vidas (HOUVÈSSOU et al, 2020), sendo quase
um terço (35,8%) no último ano e um quarto (25,9%) nos últimos trinta dias. As mais populares
são maconha, anfetaminas e tranquilizantes.
Ainda no ambiente universitário, homens eram mais propensos a terem um alto
consumo quando comparado as mulheres. Diferentemente dos estado-unidenses, em que o uso de
drogas ilícitas com a idade tende a diminuir, em Illicit drug use among students of a university in
Southern Brazil (HOUVÈSSOU et al, 2020) mostra que entre brasileiros ocorre o contrário:
conforme foram saindo da adolescência (17 a 23 anos), houve um aumento na quantidade de
substância consumida. Dentre os estudantes solteiros, divorciados ou viúvos, há também um
aumento de consumo, assim como os universitários que tinham melhores condições
socioeconômicas também tinham mais chances de usar um maior volume de entorpecentes
ilícitos.
Aproximadamente 22% dos universitários tem uma relação arriscada em relação ao
consumo de álcool, sendo 19,2% desses que tem uma relação abusiva e 2,6% uma relação de
dependência com a bebida (). Quando comparado a outros países da América Latina em relação
ao uso de cannabis, os brasileiros aparecem atrás (8,4%) de países como o Peru (17,3%),
Colômbia (25,5%) e Bolívia (32,6%). (ANDRADE et al, 2012).
Portanto nesse trabalho, será investigado qual é o perfil do estudante brasileiro de
uma universidade privada. Quais são essas pessoas que utilizam drogas em sua vida? É em seu
dia-a-dia? Elas notam um aumento do consumo em um período de estresse ocasionado por uma
12
semana mais de provas e trabalhos? É mais popular entre homens ou mulheres? Quais são as
mais populares? O objetivo deste trabalho é analisar os resultados e correlacionar eles para
responder essas perguntas.
13
3 MATERIAL E MÉTODOS
Antes de se iniciar a pesquisa, você deverá concordar com o TCLE conforme preconizado
na Resolução 466/12. Para concordar clique no botão "concordo em participar da pesquisa". Após
seu aceite, você receberá uma cópia do TCLE em PDF devidamente assinada pelos
pesquisadores. Nele constará e-mail ou link que direciona para a página que contém o
instrumento de avaliação (questionário). Informamos que após o término da coleta dos dados, os
mesmos serão apagados dos servidores do Google e das nuvens e serão resguardadas em uma
unidade de armazenamento externo sem contato com a internet.
O questionário que será utilizado é o ASSIST (HENRIQUE et al, 2004), o qual já é validado
(Apêndice I) onde há perguntas sobre a idade, gênero, estado civil, se o estudante trabalha, com
quem mora e qual seu curso, para entender o background. As perguntas mais objetivas vêm
depois e são sobre qual droga já utilizou ao longo de sua vida, qual a relação (usa no dia a dia?
Semanalmente? Foi uso único?) com o uso, se teve problemas na sua vida, sejam eles de saúde,
como entrar em coma alcoólico, social, como “dar vexame” em uma festa, legal, como ser detido
após o bafômetro acusar álcool na corrente sanguínea ou financeiro, como contrair dívidas para
manter o uso de determinada droga. Há também perguntas sobre qual foi a intensidade da
urgência em querer consumir a droga, se ela atrapalhou em realizar atividades normalmente
executadas, se houve um maior descontrole durante uma semana estressante na universidade e se
já houve a tentativa de controlar ou cessar completamente o uso.
4 RECURSOS
Computador: 2890,00
Impressora: 500,00
5. CRONOGRAMA
Set. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago.
ATIVIDADES
2022 2022 2022 2022 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023 2023
Levantamento
X X
bibliográfico
Elaboração do
projeto de X
pesquisa
Aprovação do
X X X
CEP
Aplicação dos
X X X X X X X X X X X
questionários
Análise dos
X X X X X X X X X X X
Dados
Elaboração da
conclusão e X X X
resultados
Elaboração do
artigo e
X X X
submissão à
Publicação
16
REFERÊNCIAS
AJAYI, Anthony Idowu; SOMEFUN, Oluwaseyi Dolapo. Recreational drug use among Nigerian
university students: Prevalence, correlates and frequency of use. Plos one, v. 15, n. 5, p.
e0232964, 2020.
ANDRADE, Arthur Guerra de et al. Use of alcohol and other drugs among Brazilian college
students: effects of gender and age. Brazilian Journal of Psychiatry, v. 34, p. 294-305, 2012.
CHOW, Mathew SC et al. Alcohol consumption and depression among university students and
their perception of alcohol use. East Asian archives of psychiatry, v. 31, n. 4, p. 87-96, 2021.
CLEMOW, David B.; WALKER, Daniel J. The potential for misuse and abuse of medications in
ADHD: a review. Postgraduate medicine, v. 126, n. 5, p. 64-81, 2014.
COHEN, Koby; WEIZMAN, Abraham; WEINSTEIN, Aviv. Positive and negative effects of
cannabis and cannabinoids on health. Clinical Pharmacology & Therapeutics, v. 105, n. 5, p.
1139-1147, 2019.
FERREIRA, Pedro Eugênio M.; MARTINI, Rodrigo K. Cocaína: lendas, história e abuso.
Brazilian Journal of Psychiatry, v. 23, p. 96-99, 2001.
HENRIQUE, Iara Ferraz Silva et al. Validação da versão brasileira do teste de triagem do
envolvimento com álcool, cigarro e outras substâncias (ASSIST). Revista da Associação
17
HOUVÈSSOU, Gbènankpon Mathias et al. Illicit drug use among students of a university in
Southern Brazil. Revista de Saúde Pública, v. 54, p. 57, 2020.
MACHADO, Cleomara de Souza; MOURA, Talles Mendes de; ALMEIDA, Rogério José de.
Estudantes de medicina e as drogas: evidências de um grave problema. Revista brasileira de
educação médica, v. 39, p. 159-167, 2015.
NAVARRO-MARTÍNEZ, Rut et al. Sleep quality and its association with substance abuse
among university students. Clinical Neurology and Neurosurgery, v. 188, p. 105591, 2020.
STOLBERG, Victor B. The use of coca: prehistory, history, and ethnography. Journal of
ethnicity in substance abuse, v. 10, n. 2, p. 126-146, 2011.
TAVOLACCI, Marie Pierre et al. Prevalence and association of perceived stress, substance use
and behavioral addictions: a cross-sectional study among university students in France, 2009–
2011. BMC public health, v. 13, n. 1, p. 1-8, 2013.
XAVIER, Caroline Addison Carvalho et al. Êxtase (MDMA): efeitos farmacológicos e tóxicos,
mecanismo de ação e abordagem clínica. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo), v. 35, p.
96-103, 2008.
18
ANEXO(S)
19
Tabela 1 - Primeira parte da tabela utilizada como referência para a construção da utilizada nesse trabalho
(HENRIQUE et al, 2004)
Tabela 2 - Segunda parte da tabela utilizada como referência para a construção da utilizada nesse trabalho
(HENRIQUE et al, 2004)
20
APÊNDICE(S)
21
22