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O QUE LEVA OS JOVENS UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE LUSÓFONA A
CONSUMIR TABACO?
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................ 1
2. Revisão de Literatura.......................................................................................................... 2
3. Metodologia ......................................................................................................................... 4
5. Conclusão ........................................................................................................................... 11
6. Referencias bibliográficas................................................................................................. 13
ANEXO ...................................................................................................................................... 14
3
1. Introdução
1
2. Revisão de Literatura
1
Revista de Saúde Pública, Determinantes do consumo de tabaco por estudantes (on line). Disponível na
internet: <http://www.epi.uff.br/wp-content/uploads/2014/08/art_transv_2_port1.pdf> (consultado em 14-
03-2022).
2
Centro de Investigação em Psicologia – CIP. Universidade Autónoma de Lisboa, Qualidade de vida e o
uso de álcool, tabaco e outras de drogas entre estudantes universitários (on line). Disponível na internet:
<https://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/4961/1/QUALIDADE%20DE%20VIDA%20E%20O%20USO%2
0DE%20%c3%81LCOOL%2c%20TABACO%20E%20OUTRAS.pdf> (consultado em 14-03-2022).
2
Smoking Among College Students3 e também o artigo do Departamento de Saúde do
Governo Australiano com o título de What are the effects of smoking and tobacco?4 foram
cruciais para decifrar os sintomas mais populares do uso de tabaco para podermos
perguntar aos inquiridos e tentar perceber o que lhes afetava mais na sua saúde e vida
académica uma vez que estes estudos referidos são responsáveis por concluir os sintomas
que o uso de tabaco pode provocar.
Contudo sentimos também oportuno tentar perceber o porquê de os estudantes que
querem abandonar este hábito que está tão presente no ambiente académico, não
conseguirem ou os que conseguem, de forma a conseguirmos compreender os motivos no
âmbito de perceber o que este vicio transmitia individualmente para cada estudante, o
porquê de ele acabar por fazer parte do dia-a-dia dos mesmos, o que começou por ser algo
casual, acabou por fazer parte das suas vidas de forma tao essencial como a necessidade
de beber água. Sendo este parâmetro um dos também importantes de salientar para a
pertinência científica e social desta temática faz com que tenhamos de referir o estudo
realizado pela Revista Eletrónica Saúde Mental Álcool e Drogas chamado O uso do
tabaco entre os universitários de enfermagem da universidade do estado do Rio de
Janeiro (UERJ)5 que foi autor de concluir que existe efetivamente um abuso deste vicio
entre os estudantes.
Concluímos assim, que o nosso trabalho é importante para estudar esta temática
de forma e demonstrar o uso e às vezes abuso do tabaco entre os jovens estudantes da
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias criando assim uma reflexão e
discussão acerca deste hábito e em algumas vezes vício.
Esperamos também com este trabalho conseguir sensibilizar e incentivar o não
uso de tabaco de forma a prevenir futuros riscos e mudar o ambiente académico.
3
Maryville University, Smoking Among College Students (on line). Disponível na internet:
<https://online.maryville.edu/healthcare-degrees/smoking-among-college-students/> (consultado em 13-
03-2022).
4
Australian Government Department of Health, What are the effects of smoking and tobacco? (on line).
Disponível na internet: <https://www.health.gov.au/health-topics/smoking-and-tobacco/about-smoking-
and-tobacco/what-are-the-effects-of-smoking-and-tobacco> (consultado em 14-03-2022).
5
Revista Eletrónica Saúde Mental Álcool e Drogas, O uso do tabaco entre os universitários de
enfermagem da universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ) (on line). Disponível na internet:
< http://pepsic.bvsalud.org/pdf/smad/v1n2/v1n2a06.pdf> (consultado em 15-03-2022).
3
3. Metodologia
Posto isto, os nossos objetivos passam por estudar: de que forma estes produtos
estão presentes na vida dos inquiridos; de que maneira foram sujeitos a este produto; do
conhecimento face aos impactos destes produtos na vida dos inquiridos, e de todo o
impacto – seja social, pessoal ou académico – no quotidiano dos inquiridos.
A metodologia consistiu numa investigação social em que foram aplicados 94
questionários, foram aplicados a 94 estudantes de licenciaturas diversas na Universidade
Lusófonas de Humanidades e Tecnologias na qual 35 são fumantes que estavam aptos
para fazer parte deste trabalho. Os inquéritos foram aplicados através da plataforma
Google Forms na qual o link de acesso foi partilhado para a nossa amostra responder.
A nossa amostra é e foi os estudantes de licenciaturas de Universidade Lusófona
de Humanidades e Tecnologias uma vez que o foco desta investigação é conhecer mais
sobre o que levou em específico estes jovens estudantes em iniciar este hábito e o que os
levou a manter.
O nosso inquérito teve disponível para responder durante uma semana, na qual os
inquiridos 57,8% eram indivíduos do género feminino e 42,2% era do género masculino.
Para o tratamento de dados foi utilizado o programa IBM SPSS Statistics e o
Microsoft Excel.
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4. Análise dos dados
Gráfico 1.
Gráfico 2.
5
Percebemos então que a maioria dos inquiridos começou o hábito de consumir
produtos tabagísticos na faixa etária de 13-17 anos, correspondendo a 77,1% da nossa
amostra, o que nos levou a concluir que este hábito ou vicio para alguns teve o seu início
não no ensino superior, mas sim no ensino regular, podendo ter começado no ensino
básico ou até mesmo no secundário. Já a amostra de indivíduos que começaram este
hábito na faixa etária 18-19 anos, corresponde a 22,9% e os que começaram com mais 20
anos corresponde a 0%.
Tendo chegado esta conclusão, conseguimos perceber então que para a maioria
dos inquiridos este hábito não era propriamente recente, nem teve maioritariamente o seu
começo no ambiente do ensino superior.
De acordo com a literatura, o meio familiar também se demonstrou relevante para
a absorção desta cultura e prática6, os estudos indicam que o ambiente familiar e relações
familiares na qual exista o consumo regular de tabaco faz com que a chance do consumo
e dependência de nicotina em estudantes aumente. Desde a influência dos pais, os irmãos,
não acompanhamento e imposição de limites pelos encarregados de educação, ou às vezes
o desconhecimento dos mesmos são responsáveis, pelo aumento desta prática nos nossos
jovens estudantes.
Gráfico 3.
6
Revista de Saúde Pública, op. cit.
6
Sendo assim, os resultados só comprovam que a maioria efetivamente pertence a
uma família na qual os familiares mais próximos são praticantes do hábito de fumar com
a maioria afirmar que fumam, mais especificamente uma percentagem de 54,3% enquanto
45,7% responderam negativamente
Contudo de acordo com a revisão de literatura, percebemos que o meio familiar
não é o único ambiente que proporciona para a iniciação deste hábito e a sua manutenção.
De acordo com a leitura, o meio académico e os colegas universitários também
são relevantes quando se trata de influenciar estes comportamentos, uma vez que os
nossos resultados revelaram os seguintes resultados:
Gráfico 4.
7
A literatura demonstrou que muitas vezes esta pressão pode partir dos colegas,
mas neste caso não se comprovou uma vez que obtivemos os resultados presentes no
seguinte gráfico:
Gráfico 5.
57,1 % respondeu que nunca recebeu pressão para fumar, o que entra em conflito
com a leitura, uma vez que a maioria dos inquiridos demonstraram que este hábito nunca
foi começado por pressões externas, contudo o número de indivíduos que votaram
“poucas vezes” torna-se alarmante uma vez que representa a segunda maioria da nossa
amostra com o valor de 25,7%. Podendo assim melhorar ou piorar a longo prazo.
Após esta análise, é relevante entrar numa vertente psicológica, uma vez mais que
a revisão de literatura demonstrou ser de tamanha relevância para este tipo situações.
O que leva os alunos a manter este vício, o que será?
Será a integração social? Será depressão? Será a ansiedade que hoje é tão presente
nos nossos jovens, uma vez provocados pela pandemia?
8
Um estudo realizado pela Universidade de Calgary, situada no Canadá “estimou
que um em cada quatro jovens (25,2%) apresenta sintomas de depressão elevados e um
em cada cinco (20,5%) sintomas de ansiedade altos devido à pandemia.” 7
Gráfico 6.
7
Clínica Lusíadas, Ansiedade na adolescência: o impacto da pandemia e soluções para lidar (on line).
Disponível na internet: < https://www.lusiadas.pt/blog/criancas/adolescencia/ansiedade-adolescencia-
impacto-pandemia-solucoes-para-lidar> (consultado em 12-04-2022).
9
Gráfico 7.
Gráfico 8.
97,1% demonstrou que sabe e tem conhecimento dos impactos enquanto uma
minoria de acerca 2,9% não sabe ou decidiu não responder.
O que demonstra que não é por falta de informação sobre os riscos que este hábito
apresenta, neste caso, e numa era em que a informação está à distância de um clique a
falta da mesma seria injustificada de usar.
Concluindo assim que mesmo sabendo o risco o hábito continua e permanece.
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5. Conclusão
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No nosso questionário conseguimos identificar que o motivo principal é a
ansiedade com 61,1%, de seguida a depressão com 22,2%, a integração social com 13,9%,
já os problemas familiares que na literatura demonstravam ser um dos motivos maior,
neste contexto apenas representou 2,8% da amostra.
Depois de concluir o que os leva a começar, a partir da revisão de literatura foi
importante salientar os sintomas mais populares dentro da comunidade praticante do uso
de tabaco para perceber se os estudantes já tinham começado a ser vítimas dos mesmos.
Tosse acabou por ser o sintoma mais votado dentro da comunidade dos estudantes da
Lusófona com uma percentagem de 45,7%.
Os sintomas já começaram, mas será que os estudantes sabem a razão deles
começarem? Conhecem os impactos a longo prazo que são provocados pela prática de
fumar?
Felizmente 97,1% demonstrou que tem conhecimentos dos mesmos, concluindo
assim que a falta de informação não é um dos fatores para a manutenção deste vicio,
sendo assim o que é?
Respondendo à pergunta de partida «O que leva os jovens universitários da
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias a consumir tabaco?» podemos
concluir que este hábito efetivamente não teve o seu começo maioritariamente no ensino
superior, mas sim no ensino regular e depois transportado para o ambiente académico em
questão. A revisão de literatura apresentava inúmeras razões para o começo deste hábito
nos jovens estudantes, contudo para os estudantes da Lusófona o fator de integração social
representa uma variante importante desde o meio familiar até ao meio universitário.
A vertente psicológica acaba por ser uma das maiores causas, visto que após esta
investigação podemos concluir que o uso de tabaco é usado muitas vezes usado para
combater a ansiedade e a depressão mesmo que depois afete o departamento da saúde e
bem-estar físico uma vez que os estudantes já apresentam sintomas e tem conhecimento
sobre o fato de estar associado ao tabaco e mesmo o que pode provocar a longo prazo.
Os inquiridos deste questionário salientaram o uso de tabaco de forma regular na
vida dos estudantes e sua associação a variáveis sociodemográficas, familiares,
académicas e de saúde mental e física. Todos estes aspetos deviam ser abrangidos pelas
práticas da promoção da saúde e bem-estar e elaboração de projetos focados no controle
do tabaco em âmbito escolar. É de extrema importância afastarmos ao máximo os nossos
estudantes de produtos relacionados com tabaco e da indústria tabagística, promovendo
uma comunidade académica melhor e mais saudável para todos.
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6. Referencias bibliográficas
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ANEXO
Outputs:
Referentes ao Gráfico 1.
Gráfico 2.
Gráfico 3.
Gráfico 4.
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Gráfico 5.
Gráfico 6.
Gráfico 7.
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Questionário:
Perguntas:
1. É fumador?
Sim
Não (se não, o questionário termina aqui)
2. Idade?
18-20
21-25
+25
3. Género?
Feminino
Masculino
4. Em geral, e, numa escala de um a cinco, quão satisfeito está com a sua vida,
sendo um - "nada satisfeito" e cinco - "muito satisfeito"?
1
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3
4
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7. Com que regularidade tem o hábito de fumar?
Raramente
Poucas vezes
Algumas vezes
Muitas vezes
8. Tens conhecimento dos impactos a longo prazo que são provocados pela prática
de fumar?
Sim
Não
NS/NR
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10. Algum familiar seu já sofreu com problemas associados aos efeitos do tabaco?
Sim
Não
NS/NR
11. Em média, quanto dinheiro tem por hábito gastar em tabaco ou produtos
relacionados, por mês?
0-20€
21-40€
41-50€
+50
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15. Consideras-te dependente deste vício?
Sim
Não
NS/NR
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18. Quais foram as motivações para ter tentado deixar de fumar?
Saúde
Razões monetárias
Vontade
Sem dependência
Pressão familiar
19. Quais foram os motivos que o fizeram não conseguir deixar de fumar?
Ansiedade provocada pela pressão académica
Falta de motivação
Dependência
Problemas psicológicos
Gosto
Todas
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Relatório de produção de trabalho:
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