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Universidade Lusófona de Humanidade e Tecnologias

Ciências Políticas e Relações Internacionais


Métodos e Técnicas de Investigação Científica

O QUE LEVA OS JOVENS UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE


LUSÓFONA A CONSUMIR TABACO?

Artur Viana | 22107647 | André Rocha | 22107519 | Diogo Tavares | 22104890 |


Gonçalo Ramos | 22107814 | Miguel Silva | 22107390

1
O QUE LEVA OS JOVENS UNIVERSITÁRIOS DA UNIVERSIDADE LUSÓFONA A
CONSUMIR TABACO?

Trabalho apresentado à Professora Doutora Susana Rogeiro Nina,


docente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa,
referente à disciplina de Métodos e Técnicas de Investigação Científica.

2
Índice

1. Introdução ............................................................................................................................ 1

2. Revisão de Literatura.......................................................................................................... 2

3. Metodologia ......................................................................................................................... 4

4. Análise dos dados ................................................................................................................ 5

5. Conclusão ........................................................................................................................... 11

6. Referencias bibliográficas................................................................................................. 13

ANEXO ...................................................................................................................................... 14

3
1. Introdução

Atualmente, o indivíduo é, acima de tudo, poderoso e soberano devido à sua


capacidade de estar informado e de escolher consoante a sua preferência face a questões
de saúde e bem-estar. Deste modo e, de forma a conseguir compreender, tentámos, através
de um questionário que foi aplicado aos jovens universitários da Universidade Lusófona
de Humanidades e Tecnologias, procurar compreender as perceções e experiências que
os estudantes de ensino superior detêm para iniciar esta prática e para mantê-la.
Jovens adultos e neste caso em específico, estudantes, estão associados a grupos
com uma grande vulnerabilidade ao consumo de tabaco e produtos relacionados, como
por exemplo, o cigarro eletrónico que simula a experiência de um cigarro comum, entre
outros, e que se tem verificado que tem vindo aumentar nestes grupos populacionais.
O consumo deste tipo de produtos está associado a inúmeros fatores, tais como
fatores relacionados com o ambiente académico, seja por influência dos amigos ou
colegas, por fatores familiares a partir do momento em que membros familiares próximos
praticam este tipo de hábitos. Importante também salientar que muitos também começam
a partir de fatores psicológicos como ansiedade, o stress e depressão.
Uma vez que existem inúmeros estudos que se dedicam aos problemas do uso de
tabaco, poucas investigações dedicam-se a perceber o que leva os estudantes
universitários a iniciar esta prática tao popular entre eles e consequentemente o que os
leva a manter o hábito no mundo académico. É necessário investigar o ambiente e as
relações dos estudantes, como analisar as variantes e a partir desse ponto de vista perceber
o que leva os jovens universitários a consumir tabaco.
De modo a realizar este estudo, foi elaborado um questionário que foi aplicado à
população. Sendo que este estudo em questão tem fins académicos, os resultados da
amostra são totalmente anónimos. Terminado o questionário, foi feita uma análise dos
dados obtidos e tiradas as devidas conclusões.
Este questionário teve como pergunta de partida: «O que leva os jovens
universitários da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias a consumir
tabaco?», para podermos explorar melhor esta temática dentro do ambiente da nossa
universidade e ambiente académico.

1
2. Revisão de Literatura

A revisão de literatura foi feita no âmbito de perceber quais as perguntas seriam


ser feitas no questionário e como fazê-las de forma a sermos os mais precisos com as
perguntas e a relevância para esta investigação. Primeiramente é de extrema importância
referir o estudo feito pela Revista de Saúde Pública intitulado de Determinantes do
consumo de tabaco por estudantes1 que foi útil na construção do nosso questionário para
perguntas como “Idade?”, “Género?” e “Os seus familiares mais próximos fumam
tabaco?” uma vez que o estudo referido conclui que o consumo de tabaco na vida regular
destes estudantes está associado a variáveis sociodemográficas e ambiente familiar.
Após esta revisão de literatura importantíssima para a construção de trabalho, o
mesmo se pode classificar o estudo feito pelo Centro de Investigação em Psicologia da
Universidade Autónoma de Lisboa com o título de Qualidade de vida e o uso de álcool,
tabaco e outras de drogas entre estudantes universitários.2 Um estudo importante para o
nosso trabalho uma vez que o principal objetivo foi verificar as possíveis associações
entre o uso de drogas e a qualidade de vida entre os estudantes universitários seja no
âmbito psicológico bem como aprovação da sociedade uma vez que a importância do
vínculo sociocultural e os anseios das metas individuais seja a nível académico ou
profissional podem provocar este tipo de comportamentos e hábitos nos nossos estudantes
e por isso as escolhas das perguntas para o nosso questionário como “Em geral, e, numa
escala de um a cinco, quão satisfeito está com a sua vida, sendo um - "nada satisfeito" e
cinco - "muito satisfeito"?”, “Os seus colegas universitários fumam tabaco?”, “Alguma
vez sofreu pressão para fumar?” e “Quais foram os motivos que o levaram a começar a
fumar?” foram importantes com base na literatura disponível para podermos de forma
cientifica aprofundar esta temática com o nosso trabalho.

Em relação a estes exemplos e os demais já apresentados neste capítulo o artigo


pela universidade de Maryville nos Estados Unidos da América também foi importante
para a formulação deste questionário uma vez que o artigo em específico intitulado de

1
Revista de Saúde Pública, Determinantes do consumo de tabaco por estudantes (on line). Disponível na
internet: <http://www.epi.uff.br/wp-content/uploads/2014/08/art_transv_2_port1.pdf> (consultado em 14-
03-2022).
2
Centro de Investigação em Psicologia – CIP. Universidade Autónoma de Lisboa, Qualidade de vida e o
uso de álcool, tabaco e outras de drogas entre estudantes universitários (on line). Disponível na internet:
<https://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/4961/1/QUALIDADE%20DE%20VIDA%20E%20O%20USO%2
0DE%20%c3%81LCOOL%2c%20TABACO%20E%20OUTRAS.pdf> (consultado em 14-03-2022).

2
Smoking Among College Students3 e também o artigo do Departamento de Saúde do
Governo Australiano com o título de What are the effects of smoking and tobacco?4 foram
cruciais para decifrar os sintomas mais populares do uso de tabaco para podermos
perguntar aos inquiridos e tentar perceber o que lhes afetava mais na sua saúde e vida
académica uma vez que estes estudos referidos são responsáveis por concluir os sintomas
que o uso de tabaco pode provocar.
Contudo sentimos também oportuno tentar perceber o porquê de os estudantes que
querem abandonar este hábito que está tão presente no ambiente académico, não
conseguirem ou os que conseguem, de forma a conseguirmos compreender os motivos no
âmbito de perceber o que este vicio transmitia individualmente para cada estudante, o
porquê de ele acabar por fazer parte do dia-a-dia dos mesmos, o que começou por ser algo
casual, acabou por fazer parte das suas vidas de forma tao essencial como a necessidade
de beber água. Sendo este parâmetro um dos também importantes de salientar para a
pertinência científica e social desta temática faz com que tenhamos de referir o estudo
realizado pela Revista Eletrónica Saúde Mental Álcool e Drogas chamado O uso do
tabaco entre os universitários de enfermagem da universidade do estado do Rio de
Janeiro (UERJ)5 que foi autor de concluir que existe efetivamente um abuso deste vicio
entre os estudantes.
Concluímos assim, que o nosso trabalho é importante para estudar esta temática
de forma e demonstrar o uso e às vezes abuso do tabaco entre os jovens estudantes da
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias criando assim uma reflexão e
discussão acerca deste hábito e em algumas vezes vício.
Esperamos também com este trabalho conseguir sensibilizar e incentivar o não
uso de tabaco de forma a prevenir futuros riscos e mudar o ambiente académico.

3
Maryville University, Smoking Among College Students (on line). Disponível na internet:
<https://online.maryville.edu/healthcare-degrees/smoking-among-college-students/> (consultado em 13-
03-2022).
4
Australian Government Department of Health, What are the effects of smoking and tobacco? (on line).
Disponível na internet: <https://www.health.gov.au/health-topics/smoking-and-tobacco/about-smoking-
and-tobacco/what-are-the-effects-of-smoking-and-tobacco> (consultado em 14-03-2022).
5
Revista Eletrónica Saúde Mental Álcool e Drogas, O uso do tabaco entre os universitários de
enfermagem da universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ) (on line). Disponível na internet:
< http://pepsic.bvsalud.org/pdf/smad/v1n2/v1n2a06.pdf> (consultado em 15-03-2022).

3
3. Metodologia

Posto isto, os nossos objetivos passam por estudar: de que forma estes produtos
estão presentes na vida dos inquiridos; de que maneira foram sujeitos a este produto; do
conhecimento face aos impactos destes produtos na vida dos inquiridos, e de todo o
impacto – seja social, pessoal ou académico – no quotidiano dos inquiridos.
A metodologia consistiu numa investigação social em que foram aplicados 94
questionários, foram aplicados a 94 estudantes de licenciaturas diversas na Universidade
Lusófonas de Humanidades e Tecnologias na qual 35 são fumantes que estavam aptos
para fazer parte deste trabalho. Os inquéritos foram aplicados através da plataforma
Google Forms na qual o link de acesso foi partilhado para a nossa amostra responder.
A nossa amostra é e foi os estudantes de licenciaturas de Universidade Lusófona
de Humanidades e Tecnologias uma vez que o foco desta investigação é conhecer mais
sobre o que levou em específico estes jovens estudantes em iniciar este hábito e o que os
levou a manter.
O nosso inquérito teve disponível para responder durante uma semana, na qual os
inquiridos 57,8% eram indivíduos do género feminino e 42,2% era do género masculino.
Para o tratamento de dados foi utilizado o programa IBM SPSS Statistics e o
Microsoft Excel.

4
4. Análise dos dados

Os resultados obtidos neste estudo permitem numa primeira observação tentar


compreender especificamente que tipo de faixas etárias é que estão evolvidas nesta
investigação sendo elas:

Gráfico 1.

A partir do gráfico apresentado conseguimos perceber que no âmbito


sociodemográfico a maioria dos inquiridos está entre a faixa etária 18-20, mais
especificamente 77,1% dos inquiridos.
No entanto, a partir das respostas fornecidas pelos ilustres estudantes quando
perguntámos “Com que idade começou a fumar?” descobrimos resultados surpreendentes
sendo eles os presentes no seguinte gráfico:

Gráfico 2.

5
Percebemos então que a maioria dos inquiridos começou o hábito de consumir
produtos tabagísticos na faixa etária de 13-17 anos, correspondendo a 77,1% da nossa
amostra, o que nos levou a concluir que este hábito ou vicio para alguns teve o seu início
não no ensino superior, mas sim no ensino regular, podendo ter começado no ensino
básico ou até mesmo no secundário. Já a amostra de indivíduos que começaram este
hábito na faixa etária 18-19 anos, corresponde a 22,9% e os que começaram com mais 20
anos corresponde a 0%.
Tendo chegado esta conclusão, conseguimos perceber então que para a maioria
dos inquiridos este hábito não era propriamente recente, nem teve maioritariamente o seu
começo no ambiente do ensino superior.
De acordo com a literatura, o meio familiar também se demonstrou relevante para
a absorção desta cultura e prática6, os estudos indicam que o ambiente familiar e relações
familiares na qual exista o consumo regular de tabaco faz com que a chance do consumo
e dependência de nicotina em estudantes aumente. Desde a influência dos pais, os irmãos,
não acompanhamento e imposição de limites pelos encarregados de educação, ou às vezes
o desconhecimento dos mesmos são responsáveis, pelo aumento desta prática nos nossos
jovens estudantes.

Gráfico 3.

6
Revista de Saúde Pública, op. cit.

6
Sendo assim, os resultados só comprovam que a maioria efetivamente pertence a
uma família na qual os familiares mais próximos são praticantes do hábito de fumar com
a maioria afirmar que fumam, mais especificamente uma percentagem de 54,3% enquanto
45,7% responderam negativamente
Contudo de acordo com a revisão de literatura, percebemos que o meio familiar
não é o único ambiente que proporciona para a iniciação deste hábito e a sua manutenção.
De acordo com a leitura, o meio académico e os colegas universitários também
são relevantes quando se trata de influenciar estes comportamentos, uma vez que os
nossos resultados revelaram os seguintes resultados:

Gráfico 4.

Da nossa amostra, 48,6% possuem colegas universitários que fumam tabaco


enquanto de 37,1% não.

7
A literatura demonstrou que muitas vezes esta pressão pode partir dos colegas,
mas neste caso não se comprovou uma vez que obtivemos os resultados presentes no
seguinte gráfico:
Gráfico 5.

57,1 % respondeu que nunca recebeu pressão para fumar, o que entra em conflito
com a leitura, uma vez que a maioria dos inquiridos demonstraram que este hábito nunca
foi começado por pressões externas, contudo o número de indivíduos que votaram
“poucas vezes” torna-se alarmante uma vez que representa a segunda maioria da nossa
amostra com o valor de 25,7%. Podendo assim melhorar ou piorar a longo prazo.
Após esta análise, é relevante entrar numa vertente psicológica, uma vez mais que
a revisão de literatura demonstrou ser de tamanha relevância para este tipo situações.
O que leva os alunos a manter este vício, o que será?
Será a integração social? Será depressão? Será a ansiedade que hoje é tão presente
nos nossos jovens, uma vez provocados pela pandemia?

8
Um estudo realizado pela Universidade de Calgary, situada no Canadá “estimou
que um em cada quatro jovens (25,2%) apresenta sintomas de depressão elevados e um
em cada cinco (20,5%) sintomas de ansiedade altos devido à pandemia.” 7

Gráfico 6.

No nosso inquérito chegamos à conclusão que na primeira barra de cor roxa, a


integração social preenche apena 13,9% da nossa amostra, enquanto a segunda barra de
cor vermelha na qual corresponde à ansiedade destaca-se pelos seus 61,1% da amostra
sendo assim o motivo dominante que levou os estudantes a começar a fumar.
Já a depressão preenche 22,2 % da amostra e os problemas familiares que na
revisão literatura demonstraram ter um enorme impacto, aqui não se poderia dizer o
mesmo, uma vez que tomaram apenas 2,8% da amostra.
Após isto foi importante a partir da literatura identificar os sintomas que são mais
populares dentro da comunidade que fuma tabaco e perceber qual deles afeta mais os
estudantes da universidade.

7
Clínica Lusíadas, Ansiedade na adolescência: o impacto da pandemia e soluções para lidar (on line).
Disponível na internet: < https://www.lusiadas.pt/blog/criancas/adolescencia/ansiedade-adolescencia-
impacto-pandemia-solucoes-para-lidar> (consultado em 12-04-2022).

9
Gráfico 7.

Tosse é o sintoma mais popular na nossa amostra com uma percentagem de


45,7%. Mas será que então os nossos estudantes não estão sensibilizados para conhecer
os impactos a longo prazo que são provocados pela prática de fumar?
Na realidade pelos dados que coletamos, a maioria tem conhecimento sobre os
seus riscos como podemos observar:

Gráfico 8.

97,1% demonstrou que sabe e tem conhecimento dos impactos enquanto uma
minoria de acerca 2,9% não sabe ou decidiu não responder.
O que demonstra que não é por falta de informação sobre os riscos que este hábito
apresenta, neste caso, e numa era em que a informação está à distância de um clique a
falta da mesma seria injustificada de usar.
Concluindo assim que mesmo sabendo o risco o hábito continua e permanece.

10
5. Conclusão

Este questionário teve como pergunta de partida: «O que leva os jovens


universitários da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias a consumir
tabaco?», para podermos explorar melhor esta temática dentro do ambiente da nossa
universidade e ambiente académico. De forma a conseguirmos compreender as perceções
que os estudantes possuem para iniciar esta prática. No entanto, a partir das respostas
fornecidas pelos inquiridos quando perguntámos “Com que idade começou a fumar?”
descobrimos resultados surpreendentes uma vez que a maioria, correspondendo a 78,4%
que estava dentro da faixa etária 13-17 da nossa amostra, que nos levou a concluir que
este hábito ou vício para alguns teve o seu início não no ensino superior, mas sim no
ensino regular, podendo ter começado no ensino básico ou até mesmo no secundário.
Desta forma a maioria não começou este hábito no início da sua vida adulta, mas sim
quando era menor e ainda estava no ensino regular e depois transportando este hábito para
a vida académica do ensino superior.
Mas então o que os levou a iniciar esta prática e cultura? Será o ambiente familiar?
De acordo com a literatura, o meio familiar destaca-se pela sua importância na
iniciação desta prática, seja pela influência dos pais até aos irmãos a familiares mais
próximos o que contribui para o aumento desta prática uma vez que 54,3% pertence a
uma família na qual os familiares mais próximos são utilizadores de tabaco.
Contudo não é só a família que é relevante para tentar perceber o que os leva a
consumir este tipo de produto, o ambiente académico e os colegas universitários também
são uma peça crucial neste enigma e os mesmos podem provocar pressão para com que o
individuo comece a praticar também este hábito. Da nossa amostra 48,6% possuem
colegas universitários que fumam tabaco enquanto de 37,1% não. Será que esta
percentagem que efetivamente fuma causa pressão aos outros? A literatura afirmava que
sim, contudo de acordo com os nossos resultados o mesmo não se comprova com os
estudantes da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias uma vez que 57,1%
respondeu que nunca recebeu pressão para fumar, mas mesmo assim não devemos distrair
sobre o fato de 25,7% responder que já recebeu poucas vezes pressão, o que pode ser
alarmante no futuro se os valores aumentarem.
Sendo assim, não devemos esquecer da vertente psicológica que representa um
papel importante para a iniciação ou manutenção deste vicio de acordo com os estudos já
referidos na revisão de literatura.

11
No nosso questionário conseguimos identificar que o motivo principal é a
ansiedade com 61,1%, de seguida a depressão com 22,2%, a integração social com 13,9%,
já os problemas familiares que na literatura demonstravam ser um dos motivos maior,
neste contexto apenas representou 2,8% da amostra.
Depois de concluir o que os leva a começar, a partir da revisão de literatura foi
importante salientar os sintomas mais populares dentro da comunidade praticante do uso
de tabaco para perceber se os estudantes já tinham começado a ser vítimas dos mesmos.
Tosse acabou por ser o sintoma mais votado dentro da comunidade dos estudantes da
Lusófona com uma percentagem de 45,7%.
Os sintomas já começaram, mas será que os estudantes sabem a razão deles
começarem? Conhecem os impactos a longo prazo que são provocados pela prática de
fumar?
Felizmente 97,1% demonstrou que tem conhecimentos dos mesmos, concluindo
assim que a falta de informação não é um dos fatores para a manutenção deste vicio,
sendo assim o que é?
Respondendo à pergunta de partida «O que leva os jovens universitários da
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias a consumir tabaco?» podemos
concluir que este hábito efetivamente não teve o seu começo maioritariamente no ensino
superior, mas sim no ensino regular e depois transportado para o ambiente académico em
questão. A revisão de literatura apresentava inúmeras razões para o começo deste hábito
nos jovens estudantes, contudo para os estudantes da Lusófona o fator de integração social
representa uma variante importante desde o meio familiar até ao meio universitário.
A vertente psicológica acaba por ser uma das maiores causas, visto que após esta
investigação podemos concluir que o uso de tabaco é usado muitas vezes usado para
combater a ansiedade e a depressão mesmo que depois afete o departamento da saúde e
bem-estar físico uma vez que os estudantes já apresentam sintomas e tem conhecimento
sobre o fato de estar associado ao tabaco e mesmo o que pode provocar a longo prazo.
Os inquiridos deste questionário salientaram o uso de tabaco de forma regular na
vida dos estudantes e sua associação a variáveis sociodemográficas, familiares,
académicas e de saúde mental e física. Todos estes aspetos deviam ser abrangidos pelas
práticas da promoção da saúde e bem-estar e elaboração de projetos focados no controle
do tabaco em âmbito escolar. É de extrema importância afastarmos ao máximo os nossos
estudantes de produtos relacionados com tabaco e da indústria tabagística, promovendo
uma comunidade académica melhor e mais saudável para todos.

12
6. Referencias bibliográficas

Australian Government Department of Health, What are the effects of smoking


and tobacco? (on line). Disponível na internet: <https://www.health.gov.au/health-
topics/smoking-and-tobacco/about-smoking-and-tobacco/what-are-the-effects-of-
smoking-and-tobacco> (consultado em 14-03-2022).

Centro de Investigação em Psicologia – CIP. Universidade Autónoma de Lisboa,


Qualidade de vida e o uso de álcool, tabaco e outras de drogas entre estudantes
universitários (on line). Disponível na internet:
<https://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/4961/1/QUALIDADE%20DE%20VIDA%2
0E%20O%20USO%20DE%20%c3%81LCOOL%2c%20TABACO%20E%20OUTRA
S.pdf> (consultado em 14-03-2022).

Clínica Lusíadas, Ansiedade na adolescência: o impacto da pandemia e soluções


para lidar (on line). Disponível na internet:
<https://www.lusiadas.pt/blog/criancas/adolescencia/ansiedade-adolescencia-impacto-
pandemia-solucoes-para-lidar> (consultado em 12-04-2022).

Maryville University, Smoking Among College Students (on line). Disponível na


internet: <https://online.maryville.edu/healthcare-degrees/smoking-among-college-
students/> (consultado em 13-03-2022).

Revista de Saúde Pública, Determinantes do consumo de tabaco por estudantes


(on line). Disponível na internet: <http://www.epi.uff.br/wp-
content/uploads/2014/08/art_transv_2_port1.pdf> (consultado em 14-03-2022).

Revista Eletrónica Saúde Mental Álcool e Drogas, O uso do tabaco entre os


universitários de enfermagem da universidade do estado do Rio de Janeiro (UERJ) (on
line). Disponível na internet:
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/smad/v1n2/v1n2a06.pdf> (consultado em 15-03-2022).

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ANEXO

Outputs:
Referentes ao Gráfico 1.

Gráfico 2.

Gráfico 3.

Gráfico 4.

14
Gráfico 5.

Gráfico 6.

Gráfico 7.

15
Questionário:

Perguntas:
1. É fumador?
Sim
Não (se não, o questionário termina aqui)

2. Idade?
18-20
21-25
+25

3. Género?
Feminino
Masculino

4. Em geral, e, numa escala de um a cinco, quão satisfeito está com a sua vida,
sendo um - "nada satisfeito" e cinco - "muito satisfeito"?
1
2
3
4
5

5. Os seus colegas universitários fumam tabaco?


Sim
Não
NS/NR

6. Alguma vez sofreu pressão para fumar?


Nunca
Poucas vezes
Algumas vezes
Muitas vezes

16
7. Com que regularidade tem o hábito de fumar?
Raramente
Poucas vezes
Algumas vezes
Muitas vezes

7.1. E em que quantidade?


<5 cigarros p/dia
6-10 " "
11-15 " "
16-20 " "
+20 " "

8. Tens conhecimento dos impactos a longo prazo que são provocados pela prática
de fumar?
Sim
Não
NS/NR

8.1. Já sentiste algum destes efeitos provocados pela prática de fumar?


Falta de ar
Tosse
Tonturas
Mau hálito
Dentes amarelos
Adição à nicotina
Outros
8.1.1. Se na pergunta 8.1. selecionou "Outros", quais?

9. Os seus familiares mais próximos fumam tabaco?


Sim
Não
NS/NR

17
10. Algum familiar seu já sofreu com problemas associados aos efeitos do tabaco?
Sim
Não
NS/NR

11. Em média, quanto dinheiro tem por hábito gastar em tabaco ou produtos
relacionados, por mês?
0-20€
21-40€
41-50€
+50

12. Já sentiu a sua performance académica impactada pelo consumo de tabaco?


(numa escala de zero a cinco, onde zero é "sem impacto" e cinco é "grande impacto"
1
2
3
4
5

13. Com que idade começou a fumar?


13-17 anos
18-19 anos
+20 anos

14. Em que meio, normalmente, tem o hábito de fumar?


Com amigos
Sozinho
Com familiares

18
15. Consideras-te dependente deste vício?
Sim
Não
NS/NR

16. Quais foram os motivos que o levaram a começar a fumar?


Integração social
Stress escolar
Ansiedade
Problemas familiares
Curiosidade
Depressão

17. Já alguma vez tentou deixar de fumar?


Sim
Não

17.1. Se sim, conseguiu?


Sim
Não

17.1.1. Se respondeu sim, qual foi o motivo para voltar a fumar?


Ansiedade
Problemas familiares
Depressão
Todas as opções
Vontade
Gosto
Stress

19
18. Quais foram as motivações para ter tentado deixar de fumar?
Saúde
Razões monetárias
Vontade
Sem dependência
Pressão familiar

19. Quais foram os motivos que o fizeram não conseguir deixar de fumar?
Ansiedade provocada pela pressão académica
Falta de motivação
Dependência
Problemas psicológicos
Gosto
Todas

20
Relatório de produção de trabalho:

Introdução – Artur Viana e Diogo Tavares;


Revisão de literatura – Artur Viana;
Metodologia – Artur Viana;
Análise de Dados – Artur Viana;
Conclusão – Artur Viana;
Gráficos do Excel – Miguel Silva;
Outputs do SPSS – Miguel Silva, Gonçalo Ramos, André Rocha.
Elaboração do Ficheiro de Trabalho – Artur Viana e Miguel Silva;

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