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UM ESTUDO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTADO, DA SOCIEDADE E DA FAMÍLIA NA


RESSOCIALIZAÇÃO DO ADOLESCENTE INFRATOR

AMARAL, Fabrícia Gomes1; TEIXEIRA, Ana Paula Fernandes2


1Discente das FIPMoc; 2Docente das FIPMoc

Introdução: O reconhecimento da criança e do adolescente como sujeitos de direitos é resultado de um


processo, marcado por transformações no Estado, na sociedade e na família. Embasados por documentos
internacionais e pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88), a doutrina da
proteção integral, visa o reconhecimento de direitos especiais à criança e ao adolescente. Objetivo: O
objetivo do presente trabalho é analisar a aplicação das medidas socioeducativas e a ressocialização do
adolescente infrator no Brasil, buscando compreender a participação do Estado, da sociedade e da família
nesse processo. Método: É utilizado o método de abordagem dedutivo e o procedimento monográfico,
por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental. Resultados: Como resultados, verifica-se que o
Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) difere-se do antigo Código de Menores, que tinha
como finalidade a punição da criança e do adolescente transgressor da lei. Hoje, o tratamento jurídico dado
à criança ou adolescente em conflito com a lei penal é estabelecido pela ECA. Quando há prática de ato
infracional, serão aplicadas as medidas protetivas às crianças, e aos adolescentes, medidas socioeducativas.
O ECA tem como primazia a ressocialização e reeducação do adolescente em conflito com a lei, através da
aplicação das medidas socioeducativas. Contudo, verifica-se que o despreparo das instituições para receber
os adolescentes, a falta de profissionais habilitados para aplicar as medidas propostas e a falta de estrutura
na família do adolescente infrator contribuem para que este volte a praticar ato infracional. Ademais, o
preconceito da sociedade, que afasta a criança e o adolescente, dificultando sua reintegração, é outro entrave
para a efetiva ressocialização do adolescente infrator. Apesar disso, o maior impacto é causado pela omissão
do Estado, que não investe em políticas públicas como métodos para prevenir a criminalidade juvenil,
oferecendo educação de qualidade, lazer, saúde e diminuindo a desigualdade social. Conclusão: Conclui-
se que os problemas na aplicação das medidas socioeducativas, bem como a omissão do Estado, sociedade
e da própria família, têm relação com a reincidência do jovem na prática de novo ato infracional e com a
dificuldade da sua ressocialização, não estando em consonância com a doutrina de proteção integral prevista
pela CRFB/88 e pelo ECA. Faz-se necessário que o Estado invista em políticas públicas voltadas para a
ressocialização do adolescente e, em paralelo, que a sociedade e a família estejam empenhadas em acolher
esse jovem para que ele tenha a oportunidade de se reinserir na sociedade, e consequentemente diminuir a
reincidência do adolescente infrator.

Palavras-chave: Medidas socioeducativas. Ressocialização. Estado. Sociedade. Família.

UMA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DAS DERIVADAS E SUAS


APLICAÇÕES

SOUZA, G. M.1; SILVA, Wesley B. B.4


1Docente das FIPMoc; 2Discente das FIPMoc.

Introdução: O trabalho, aqui apresentado, pode contribuir para a formação do engenheiro na sua dimensão
teórico e prática, com o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação, através da construção de uma
proposta metodológica para o estudo das Derivadas e suas Aplicações, útil ao ensino de Cálculo Diferencial
e Integral. Teve como principal Objetivo minimizar as dificuldades apresentadas pelos alunos nesse
conteúdo, além de contribuir para uma queda significativa dos índices de reprovação dos alunos dos cursos
de Engenharia das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros – Fip – Moc, nessa disciplina.
Método: Tal proposta se constituiu na produção Applets focados na compreensão conceitual das derivadas
e suas aplicações, explorando-as em suas mais diversas abordagens, proporcionado a compreensão dos
significados dos conteúdos trabalhados. Os applets construídos foram constituídos de textos eletrônicos,
animações interativas e mapas conceituais, considerados ferramentas didáticas valiosas para uma
aprendizagem significativa. Posteriormente, foram aplicados à amostras de alunos dos cursos de engenharia
ofertados pelas Fip – Moc. O monitoramento e a avaliação da produção dos applets foram realizados por
meio de reuniões periódicas dos pesquisadores e relatório das informações coletadas mensalmente, durante
as etapas desenvolvidas. Resultados: Depois das análises das amostras, pode-se verificar um impacto
positivo dessa proposta metodológica no ensino dos conteúdos abordados. Conclusão: Pode-se concluir
que o desenvolvimento da disciplina de Cálculo I com o uso dos applets construídos proporcionou um
melhor desempenho e aproveitamento do graduando nessa disciplina, pelo fato applets permitirem a

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compreensão do significado dos assuntos trabalhados, fundamental ao processo de ensino e aprendizagem


dessa disciplina.

Palavras-chave: Ensino de Cálculo. Derivadas. Applets.

USO DE ANTIDEPRESSIVOS EM ACADÊMICOS DE MEDICINA EM INSTITUIÇÃO


PRIVADA

CUNHA, Amanda Cardoso¹; PALHARES, Ana Carolina Moreira¹; SPÓSITO, Lara Santos Arruda¹;
VIEIRA, Marcela Arruda¹; BARRAL, Ana Beatris Cezar Rodrigues².
¹Discentes das FIPMoc; ²Docente das FIPMoc

Introdução: A depressão é um transtorno de humor crônico e recorrente, que ocasiona forte impacto na
qualidade de vida do indivíduo e seu ciclo social, constituindo um sério problema de saúde pública.
Observa-se maior incidência em mulheres e aumento da frequência na população jovem estudantil,
principalmente entre estudantes de medicina. Condições genéticas, ambientais e comportamentais regulam
sua expressão, o que traduz a síndrome como multifatorial e heterogênea, com dificuldades fisiopatológicas,
diagnósticas e terapêuticas. Dois tipos de abordagem são utilizadas: psicoterapia e terapia medicamentosa
com antidepressivos – inibidores seletivos da recaptação de serotonina, tricíclicos, inibidores da
monoaminaoxidase e atípicos. Objetivo: Identificar a prevalência do uso de antidepressivos em acadêmicos
do curso de medicina em instituição privada. Método: Trata-se de um estudo de caráter descritivo e
transversal, com abordagem quantitativa. Foram abordados 600 acadêmicos, e destes, 211 não se
disponibilizaram a participar da pesquisa e 389 consentiram. Dentre os participantes, 357 negaram o uso e
32 confirmaram, totalizando a amostra do estudo. Os critérios de inclusão englobaram: alunos matriculados
no curso de medicina, do primeiro ao décimo segundo períodos que concordaram com a entrevista realizada
através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e com condições físicas e/ou mentais
para responderem. Excluíram-se alunos não matriculados, não concordaram e não estão aptos. O projeto
foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética das Faculdades Pitágoras de Montes Claros-MG, nos
termos da resolução número 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) para pesquisas envolvendo
seres humanos. Resultados: Da amostra analisada, observa-se maior prevalência no gênero feminino
(78,1%), quando comparado ao masculino (21,9%), configurando relevância estatística, principalmente
entre a população mais jovem (53,1% 18-23 anos). Além disso, nas idades de 24-29 anos, analisou-se que
40,6% confirmaram o uso, enquanto houve redução estatística em maiores de 30 anos (6,2%), configurando
a influência do perfil etário da amostra analisada - maior número de jovens. Entre os antidepressivos mais
utilizados, destaca-se maior prevalência entre os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, com
56,2%. Em contrapartida, observa-se uma redução do uso entre os tricíclicos (21,9%), atípicos (12,5%) e
outros (9,4%), devido ao aumento de efeitos colaterais e menor adesão à terapia. Apesar do maior número
no sétimo período (15,6%), seguido do primeiro, quarto e décimo segundo (12,5%), terceiro e quinto
(9,4%), segundo, sexto, oitavo e nono (6,2%), décimo primeiro (3,1%) e décimo (0%), não houve diferença
estatística quando comparados todos os períodos. Conclusão: Jovens, mulheres e antidepressivos da classe
inibidores seletivos da recaptação de serotonina obtiveram maior prevalência. Houve uma distribuição
uniforme entre os períodos do curso, o que corrobora com a influência de outros fatores. Entretanto, leva-
se em consideração a pequena amostra que declara o uso, dificultando uma análise que represente a
totalidade de usuários. Portanto, tornam-se necessários estudos mais abrangentes sobre o assunto, para
determinar outras possíveis variáveis que possam influenciar na prevalência do uso de antidepressivos em
acadêmicos de medicina em instituição privada.

Palavras-chave: Acadêmicos. Antidepressivos. Medicina.

REFERÊNCIAS:

CYBULSKI, Cynthia Ajus; MANSANI, Fabiana Postiglione. Análise da Depressão, dos Fatores de Risco
para Sintomas Depressivos e do Uso de Antidepressivos entre Acadêmicos do Curso de Medicina da
Universidade Estadual de Ponta Grossa. Revista Brasileira de Educação Médica, 41 (1): 92-101, 2017.

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