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PROJETO MENTE SÃ – RELATO DE EXPERIÊNCIA

AMORIM, Rômulo Batista da Silva1, ROCHA, Ana Angélica Brito1; SANTIAGO,


Ana Flávia de Souza Maia1; AMARAL, André Cruz1; RODRIGUES; Brenda Monique Freitas1; TORRES,
Guilherme Diniz Bartolomeu 1; DUMONT, João Lucas Moreira1; BONFIM, Pedro Barbosa Leão1; MURÇA,
Thalita Rochstrock1; MARQUES, Thomas Petrius Souza 1; PRADO, Yanna Gonçalves1; MARQUES,
Fernanda da Costa2.

1
Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc – UNIFIPMoc - Afya
2
Docente do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc – UNIFIPMoc - Afya

Introdução

A atenção primária é definida como o primeiro nível de contato dos indivíduos com o sistema de saúde, sendo a base para
a organização e funcionamento dos serviços de saúde. É caracterizada por uma abordagem abrangente e centrada no
indivíduo, que visa cuidar das necessidades de saúde de forma integral, contemplando aspectos biopsicossociais
(PEREIRA et al., 2018).
A relação das universidades com a atenção primária é fundamental e busca promover a formação de profissionais de saúde
mais preparados para atuar nesse nível de atenção, fortalecendo a interação entre os universitários e os serviços de saúde.
Em contrapartida, essa relação não se limita somente aos benefícios para os acadêmicos, mas também busca melhorar a
qualidade de vida da população (MATOS et al., 2019).
Por conseguinte, a saúde mental dos jovens abrange uma ampla gama de aspectos, incluindo seu bem-estar emocional,
capacidade de lidar com o estresse, desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, além de enfrentar desafios
como ansiedade, depressão, transtornos alimentares, abuso de substâncias e outras condições relacionadas (PILLON et
al., 2018).
Diante do exposto, analisando a importância da sensibilização dos jovens em relação a saúde mental e hábitos de vida,
esta ação teve como objetivo sensibilizar os jovens, bem como correlacionar os aspectos sociais com a saúde mental de
alunos de uma escola estadual na cidade de Montes Claros, Minas Gerais.

Materiais e Métodos

• Caracterização da pesquisa e procedimento


Trata-se de um relato de experiência que foi realizado na cidade de Montes Claros- MG, no período compreendido entre
fevereiro a junho de 2023. Esse estudo foi realizado por meio de rodas de conversa entre profissionais da saúde e alunos
na Escola Estadual Professor Hamilton Lopes, sendo a amostra composta por jovens estudantes do turno vespertino no
ensino médio da escola.

• Protocolos e instrumentos
Após a seleção do local das ações, os alunos foram convidados a participar do estudo, de forma que foram agendadas
datas para a realização das atividades planejadas na escola. Além disso, foi entregue o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, para os responsáveis assinarem e permitirem o envolvimento dos estudantes no projeto. Por conseguinte, os
pesquisadores realizaram intervenções pautadas na saúde do jovem, em que profissionais qualificados (médicos e
psicólogos) foram convidados a participar, com os alunos, de uma roda de conversa acerca do tema.

• Ética da Pesquisa
Por se tratar de um envolvendo humanos, este estudo foi submetido ao Comitê de Ética, obedecendo a resolução
466/2012. Ademais, foi enviado aos responsáveis dos alunos envolvidos no estudo, antes da realização da pesquisa, o
Termo de Participação Livre e Consentida, a fim de permitir o estudo da amostra.

Desenvolvimento
As atividades de extensão foram realizadas com cerca de 120 adolescentes de uma Escola Estadual no município de
Montes Claros, MG, foram realizadas em 3 momentos distintos durante os meses de abril e maio de 2023.
Na realização das atividades houve a participação de um médico especialista em Medicina de Família e Comunidade
que conduziu juntamente com os acadêmicos os temas de saúde mental e hábitos saudáveis, posteriormente foi realizada
uma roda de conversa interativa sobre ansiedade, depressão e a influência que os hábitos saudáveis tem para a manutenção
da saúde e auxílio do bem estar físico, social e mental, neste dia ainda foi realizado um sorteio de brindes e premiações
para os adolescentes que respondessem correntemente perguntas sobre os temas abordados.
Em um outro dia de atividades houve a participação de uma psicóloga especialista em Saúde Sexual, que abordou sobre
a temática, de maneira dinâmica e interativa, juntamente com os acadêmicos, foi ressaltado a importância de temas tais
como as infecções sexualmente transmissíveis e os métodos contraceptivos. Houve uma participação atenta dos
adolescentes, que relataram diversas dúvidas que foram sanadas, e ao final também houve sorteio de brindes para os
adolescentes
As dinâmicas utilizadas permitiram ampliar as discussões para além do aspecto biológico ou puramente preventivo. Ao
contrário, além do conhecimento sobre o próprio corpo e importância da prevenção de infecções sexualmente
transmissíveis e gravidez, foi possível proporcionar discussões sobre valores e questões de gênero/tabus, ansiedade e
depressão, ampliando os conceitos dos adolescentes e possibilitando sua autonomia no exercício de sua sexualidade sem
riscos. A orientação para a prática da sexualidade de forma consciência a fim de minimizar as sequelas que podem ser
geradas devido à falta de informação quanto à uma relação sexual segura e o modo como realizar. (CARVALHO, et al,
2019).
Observamos que a ação de extensão possibilitou promover a construção de conhecimentos, em que cada participante
colaborou com suas experiências, valores, práticas e comportamentos. Foi possível estimular a descoberta e o uso de
recursos pessoais, com o intuito de ampliar as possibilidades de os adolescentes exercerem sua vida e sexualidade sem
riscos.

Conclusão

Em conclusão, fica evidente a importância das ações de educação em saúde nas escolas do ensino médio para promover
a saúde mental e a segurança sexual dos adolescentes. Através de programas abrangentes e inclusivos, é possível fornecer
informações adequadas e atualizadas sobre questões relacionadas à saúde mental e à segurança sexual, capacitando os
jovens a tomar decisões informadas e saudáveis.
A educação em saúde desempenha um papel crucial na prevenção de problemas de saúde mental, como ansiedade,
depressão e transtornos alimentares, fornecendo aos adolescentes ferramentas para reconhecerem e gerenciarem suas
emoções, além de promover o autocuidado e a resiliência. Ao mesmo tempo, a educação em saúde sexual é fundamental
para garantir que os adolescentes tenham acesso a informações precisas e confiáveis sobre a contracepção, prevenção de
infecções sexualmente transmissíveis e consentimento.

Referências
PEREIRA, Lucélia Alves; SANTOS, Jair Lício Ferreira; OLIVEIRA, Moisés Amâncio. A importância da atenção primária à saúde: rev isão integrativa. Saúde em Debate,
Rio de Janeiro, v. 42, n. 116, p. 226-240, jun. 2018. DOI: 10.1590/0103-1104201811613.
MATOS, S. S. dos S. et al. A relação das universidades com a atenção primária à saúde: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade,
v. 14, n. 41, p. 1-15, 2019. DOI: 10.5712/rbmfc14(41)1724.
PILLON, Sandra Cristina; MEIRELES, Andréa Leite; VIANNA, Lucila Amaral Carneiro. Saúde mental de adolescentes e jovens: desafios contemporâneos. Cadernos de
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 34, n. 6, p. e00132317, jun. 2018. DOI: 10.1590/0102-311X00132317.
CARVALHO, L. G. L.; JARDIM, M. C.; GUIMARÃES, A. P. M.. Educação sexual na perspectiva dos temas transversais: uma revisão de literatura. Educationis, v. 7, n.2,
p.19-29, 2019.

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