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Didát ico de Enferm agem - Teoria e Prática
Introdução
Quando o indivíduo não consegue lidar ra
O grau de saúde mental dos indivíduos não é
mente com seus conflitos, satisfazer suaszoave1.
sempre igual, ele varia de acordo com os mo-
sidades básicas de maneira socialmente a:eces.
mentos e as situações pelas quais uma pessoa
da, ou fracassa no contato com os outros eq~a-
passa. Mesmo nos indivíduos mais rígidos exis-
sofrimento aumenta, pode ocorrer O de; e seu
tem fragilidades, "esquisitices", principalmente . d envo1
em momentos mais tensos. Todo ser humano
deseja ser amado, obter atenção, ser bem-suce- lo apresenta os principais transtornos me:~~-
VImento e um transtorno mental. Este ca , •
1214
Unidade 31
A história do tratamento à
saúde mental
Na Antiguidade grega, antes do século V a.e., a a primeira pessoa a perceber a loucura de uma
humanidade ainda não conhecia a si mesma, e, forma orgânica. Para ele, o transtorno mental era
neste contexto, o transtorno mental era definido derivado do desequilíbrio entre os quatro humo-
"sem razão" e por "insensatez", então, as distor- res (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra).
ções dessa "natureza" eram atribuídas às forças e Ele foi o primeiro a descrever a loucura como
entidades conhecidas, segundo textos de Home- oriunda do cérebro. Ele representa o marco final
ro ·e Hesíodo. Tudo o que acontecia na vida do in- da explicação do transtorno mental pela mito-
divíduo era definido pela vontade dos deuses, ou logia e teologia. Desde então, de acordo com a
seja, "capricho dos deuses". O transtorno men- época histórica, esse transtorno mental era visto
tal era um recurso da divindade para que seus como manifestações positivas ou negativas.
projetos ou caprichos não fos_sem contrastados
pela vontade das pessoas. Qualquer descontro-
le mental era produto de alguma interferência
sobrenatural, das Erínias (na Mitologia Gr_ega
eram personificações da vingança, que pumam
os mortais) ou dos deuses.
"O remorso de Orestes" por Wi/liam-Adolphe ~ouguereau, Oartista Albrecht Dürer representou os humores
dé 1862, retratando as Erínias, a personiftcaçao da na obra "Os quatro apóstolos''. Os temper~~ ent~s
vingança. melancólico, sanguíneo, colérico e fleuma t~co s~o
incorporados, respectivamente, por Sã~Joao, Sao
Pedro, São Paulo e Sao Marcos.
o transtorno menta1pod e 1evar à agressão,
- das
ao
, d d vida à transgressao
homicídio, a per ª ª, . ' neste último caso,
normas sociais, a~ ~e!in° :~homérica (período , 1 XVII criaram-se vastas casas de in-
6
se encaixa na defin~ça? ? da civilização grega)
No secu o
t
ternamen os, e
, d d '-
a partir da segunda meta e o se
1· d a esse
que marcou a constitmçao, . lembre de per- XVI I o transtorno mental esteve iga º.
cu1o _ lhe designava
de 'mania', embora o Ho~ericoeradas da mania. local de internalçao e a~ ~s=o~~e da assistência
to, os impulsos e as forças mes_pda medicina), foi como seu loca natura .
Hipócrates (considerado O pai
215 I_
, .ica
uiao tico de En f erm age m - Teori•a e Prat
~~séc~lo XVIII fez do espaço natural da cura não às regras da sociedade. Esse tipo de te nd.
Ital, mas a família do doente. Aos poucos' baseia-se na psiquiatria clássica, qu: e0 ~1rnento
0 I.dospl - d
,,. ea da cri açao e casas .
reservadas apenas aos transtorno mental um distúrbio ou ª"ºrnat ns dera 0
·ta de
insen sato " ti01· natureza anatom1ca ou fisiológica· .
se configurando, já que a socie-
A •
d d b s
d ªd e urgue sa recon heceu a sua responsabili- orgânica provoca distúrbios do co.'.n;ssa doenÇa
. a e em relaçã o ao transt orno mental. O que a da afetividade e do pensamento. ºrtarnento.
Internaç-ao cl'ass1ca · escondia, porque a sociedade
dela sentia vergonha, no final do século XVIII, é
m?str ado como tal, transformado em coisa pú-
blica o que antes era familiar. No fim do século
XVIII, quanto mais acometido pelo transtorno
mental, mais o doente era corporalmente coagi-
do e mais a imaginação se degradava. A casa de
internação foi transformada em asilo, e a grande
tarefa dos asilos era homogeneizar todas as dife-
renças, extinguir as irregularidades e denunciar
tudo aquilo que se opunha às "virtudes" da socie-
dade. Com a prática da segregação social, o asilo
garantia a racionalidade da burguesia com uma
universalidade de fatores.
llllt~ -
..,_ J 216
Un idade 3 1
Psiquiatra francês
Ph ilippe Pinel liberando
os loucos de suas
correntes no asilo
Salpêtriere, em Paris, em
1795. Philippe Pinel é
referido como o prim eiro
na área da Medicina
psiquiátrica a utiliz ar
métodos humanizados no
tratamento dos do en tes.
217 li
Did átic o de Enf erm age m - Teo ria e Prá tica
• •
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1
LJ 218
Un ida de 31 \i
íipos .de _internação na ~om necessidades decorrentes do uso de crack,
?lc~ol e outras drogas, de todas as faixas etárias;
psiqu1atna indicado para municípios com população acima
segund 0 a lei da reforma da atenção psiquiátri- de 20 mil habitantes.
ca (Lei n-1~.216: d: ,6 ~e abril de 2001 ), Art. 6º,
0
CAPSAD III
Atenção Bás ica em Saúde Atende adultos, crianças e adolescentes, consi-
derando as normativas do Estatuto da Criança e
• Unidade Básica de Saúde. do Adolescente, com necessidades de cuidados
• Núcleo de Apoio à Saúde da Família. clínicos contínuos. Serviço com, no máximo, 12
• Consultório na Rua. leitos para observação e monitoramento, de fun-
• Apoio aos Serviços do Componente Atenção Re- cionamento 24 horas, incluindo feriados e finais
sidencial de Caráter Transitório. de semana; indicado para municípios ou regiões
• Centros de Convivência e Cultura. com população acima de 200 mil habitantes.
J22 Q
• :~,n ~ion a em regi me inte gral , dur ante
U ni da de 31 1
•1
24
d iana s, nos 7 dias da sem ana , sem inte hor as É imp orta nte que gest ores real izem
rrup ção cen so
a con tinu idad e entr e os turn os. dos mor ado res em hos pita is psiq uiát rico
• Tem com o dire triz fund ame ntal não se s par a
con stitu ir con stru ção do proj eto de desi nsti tuci ona
c?m o um pon to de aten ção isolado, mas liza ção.
que fim- Os Serviços Residenciais Ter apê utic os
s1one em red e com os outr os pon tos de (SRT)
atenção. configuram-se com o disp osit ivos estr atég
• E rec~ men dáv el a imp lant açã o do pon icos no
to do proc esso de desi nsti tuci ona liza ção de
l~ss aud e, que favo rece rá a corr espo nsab te- c?m hist óric o de inte rnaç ão de long a perm
pess oas
iliza - anê
çao pelo s caso s, a con tinu idad e do cuid
ado e a cia. Caracterizam-se com o mor adia s, inse n-
con stru ção do pro jeto tera pêu tico sing rida s
ular. na com unid ade e dest inad as à reab ilita
ção psi-
coss ocia l/ cuid ado de pess oas com tran
Es tra t é gi as d e stor no
m~1:1tal que não tenh am sup orte social e
laços fa-
de sin st it u cio na liz aç ão m1hares. Na rede de Atenção Psicossocial
(RAPS),
os SRT apre sent am- se com o pon to de aten
Alg uns pro jeto s visa m a gara ntir às ção do
pes soa s com pon ente desinstitucionalização.
com tran stor no men tal em situ açã o de Os SRT pod em ser con stitu ídos nas mod
inte rna- alid a-
ção_ de long a pe_ r~an ênc ia o cuid ado inte des Tipo I e Tipo II, definidos pela s nec essi
gral , por dad es
me10 de e~tr ate~ •a~ sub stitu tiva s, na pers específicas de cuid ado do morador.
pec tiva
da gara ntia de d1re1tos com a pro moç ão • Tip o I: moradias destinadas a pess oas com
de auto - trans-
nom ia e o exe rcíc io de cida dan ia, bus torn o mental em processo de desinstitucio
can do sua naliza-
pro gres siva incl usã o soci al. São eles : ção, devendo acolher, no máximo, 8 morado
res.
• Pro gra ma de Vol ta par a Cas a (PVC). •Tip o II: mod alid ade s de mor adia dest
inad as
• Serv iços Res iden ciai s Ter apê utic os (SRT às pess oas com tran stor no men tal e acen
). tuad o
O Pro gram a de Volta par a Cas a é uma nível de dep end ênc ia, espe cial men te em
política função
púb lica de reab ilita ção e incl usão soci al do seu com prom etim ento físico, que nece
que visa a ssi-
con trib uir e fort alec er o pro cess o de desi tam de cuid ado s perm ane ntes específic
nsti tuci o- os, de-
nali zaçã o. Foi inst ituí do pela Lei nºl0 .70 ven do acolher, no máximo, 10 mor ado res.
8/2 003 e
prev ê um aux füo -rea bili taçã o de cará ter
indeniza- Es tra tég ia s de re ab ilit aç ão
tóri o par a pes soa s com tran stor no men
tal egres-
sas de inte rna ção de long a perm anê
ncia . Toda ps ic o ss oc ial
pes soa com mai s de 2 ano s de inte rnaç
ão inin ter- Se refe rem a iniciativas de gera ção de trab
rup tos tem dire ito ao PVC. alho
e rend a por mei o de emp reen dim ento
s solidá-
DConecte-se! rios e coo pera tiva s sociais. São eles:
• Iniciativas de Geração de Tra balh o e Ren
• Emp reen dim ento s Solidários e Coopera
da.
Acesse pelo QR CODE o site do Programa de tivos
Volta Sociais.
para Casa, que busca contribuir para o auxm Para util izar este serviço, o pac ient e dev
o- e esta r
-reabilitação psicossocial de pacientes que tenh incl uído no Cad astr o de Iniciativas de
am Inclusão
permanecido em longas internações psiquiátr Social pelo Tra balh o (CIST) do Ministério
icas. da Saú-
de e ter esta bele cido parc eria com asso
[!] º [!l de usu ário s, familiares e técnicos, coo pera
ciaç ões
tiva s,
incu bad oras de coo pera tiva s ou enti dad
es de as-
sess oria e fom ento em eco nom ia soli dári
a par a
apo io técn ico e aco mpa nha men to dos proj
etos .
221 \1
Didát ico de En fermagem - Teor ia e Prát ica
Tr an st or no m en ta l
os tran stor nos men tais são defi nido s a
par-
tir da inte nsid ade de desv io, que é cons ider cied ade. É aque le que enco ntra solu ções satis
ado fa-
corn o proc edim ento padr ão ou com o pers tória s para seus conf litos , e seus mec anis mos
onal i- de
dade norm al. defe sa são utili zado s de form a cons ider ada,
ou
Atua lmen te, saúd e men tal cara cter iza- se seja, adeq uada à sua situa ção de vida .
pela
man eira que uma soci edad e, em dete rmin A pala vra 'doe nça' vem do latim e sign ifica 'des-
ada vio'. O desv io da saúd e é, entã o, um desv io do
époc a, julg a ou reag e a com port ame ntos es-
cons i- tado norm al. A doen ça men tal cara cteri za-s
dera dos apro pria dos e/o~ adeq uado s, base e por
an- uma falha do indiv íduo em com port ar-se de
do-s e em ~orm as cultu ~a1s , regr as e conc acor -
eitos do com as expe ctati vas de sua com unid ade. É
próp rios. E um apre ndiz ado da real idad uma
e por man eira alter ada de viver, seus sinto mas são
meio do enfr enta men to e da solu ção de conf ex-
litos pres sos na man eira com o a pess oa se com port
e prob lema s vive ncia dos. Em resu mo, o a,
suje ito afeta ndo- lhe cada aspe cto e refle tindo -se em
é sadi o na med ida em que man tém uma atitu seus
de pens ame ntos, sent imen tos e açõe s. A pess oa
adeq uada de inte raçã o com o meio em que não
vive , cons egue mais enco ntra r solu ções satis fatór
e não uma rela ção pass iva, rígid a ou fora ias
dos para seus conf litos, e seus mec anism os de defe
padr ões de norm alid ade dete rmin ados pela sa
so- são utili zado s de form a men os sadi a.
A doença men tal cara cteri za-se por uma falha d O . d . íduo em comp ortar-se de acordo com as expe ctatí vas de
. mas - ,n ,v_ essoa se comp orta, afeta ndo- lhe cada aspecto
sua comu nida de, seus sinto sao expr essos na mane e
_ ira como a P
refletíndo -se em seus pens amen tos, senti ment
os e açoes.
22 3 lU
Di~á tico de Enfe rmag em - Teoria e Prática
:- . \•"' ~ ~
C:JVideoaula ·
Assista pelo QR CODE uma
discussão sobre os cuidados
prestados aos pacientes
psiquiátricos.
1224
Unidade 31
Transtornos da infância e
da adolescência
De acordo com a OMS, aproximadamente 20%
das crianças e adolescentes sofrem de algum
transtorno mental, sendo o suicídio a terceira
causa de morte entre os adolescentes. Outras ma-
nifestações inerentes à adolescência são as con-
dutas antissociais, delinquência e uso de drogas,
que podem estar associados às manifestações de
agressividade e distúrbio do comportamento na
infância. A saúde mental infantil afeta todas as • Dificuldade em terminar tarefas ou projetos.
áreas do desenvolvimento e impacta a saúde físi- • Facilidade em distrair-se/dificuldade em con-
ca e emocional da família e o rendimento escolar, centrar-se.
com suas óbvias consequências na vida adulta. • Problemas de organização e disciplina.
O transtorno mental pode ser conceituado •Superconcentração quand~ a informação e/ou
como uma síndrome ou padrão comportamental tarefa é interessante ou estimulante.
ou psicológico que ocorre em um indiví~u_o e que • Inteligência acima da média, mas com resulta-
se mostra associado ao sofrimento ou a mcapa- dos medíocres na escola ou no trabalho.
Didát ico de Enfe r mag em - Teori a e Prát ica
1 especializados. Em mais da metade dos ca "\
• Dificu ldade em planej ar a médio e a longo . d" ,
transto rno acomp an ha o m IVIduo na V" d sos 0
prazo.
ta, embor a os sintom as de inquietude se;a a ªdu1.
• Maior facilidade em aprend er com ajudas vi- brando s. O que parece estar alterado rn lllais
suais ou por meio de movimento. , fu . t d na re[ti•
cerebr aI e o nc10namen o os neurotr 08 "''ªº
• Procur a consta nte de novidades e aventuras. sares (princi palmen te, dopam ina e no ª lllis.
• Ansiedade, impulsividade e inquietude. lina), que passam informação entre a;:d,rena.
• Criatividade acima da média. nervosas. Dentre as causas mais prov'ave1s ~lulas
• Dificuldade em adorm ecer e sono de fraca qua- d . . d d substân c· . en.
contra m-se: h ere 1tane a e,
lidade. ridas na gravidez, sofrim ento fetal ' expias. inge.
• Falta de tato, dizendo tudo o que vem à cabeça Os1ç·
sem pensar.
chumb o e proble mas familiares, por exe a ªº
o tratam ento do TDAH deve ser multhn dinPio,
• Mudanças de humor ou disposição repent inas. . - d d" o ai o
seja, uma comb maçao e me 1camento 00'. U
• Hiperatividade, tiques nervosos, principalmen- ~n-
tação aos pais/re sponsá veis e professor:s, ale"'
te nas pernas à noite. , . 'ficas que sao ~
de tecmca s espec1 ensinad "'
Diferentes faixas etárias têm influência fim-
portad or. A medicação, na maioria dos cas: ª
0
damen tal nos cálculos das taxas de prevalência. • faz
parte do tratam ento.
Existe maior númer o de pesqui sas epidemioló-
gicas na faixa dos 7 aos 14 anos de idade que em Impulsividade
outras, provavelmente pela maior facilidade de
.
se diferen ciar as criança s portad oras de trans-
torno. No tratam ento, a maiori a dos reméd ios
contra o transto rno são consid erados estimu -
lantes, à exceção dos inibido res da recapta ção de
noradrenalina. Alguns pacien tes precisa m testar
vários medica mentos diferen tes ou ajusta r a do-
sagem para encont rar algum que funcione.
Transtorno do Déficit de Atenção com ffipe-
ratividade (TDAH)
relac10-
para reso~uçaofd ~- r mobilização dos
recursos
namento i_ntrda am1 I~rte parental e reforço
da in-
da com umda e, sup
# ntre o genitor e a cria .
teraçao e nça.
227 \I
Did áti co de En fer ma gem - Teoria e Prá tica
36 meses de idade, caracteriza-se pela frustra- Na ma10na os casos, as unçoes atingidas com.·
I' h bTd
ção causada pelo desejo de controlar o ambiente pr_een d. em a mgduage~, as a 11 ades espaciais-
e pela necessidade de autonomia. Não há neces- -v1sua1s e a coor enaçao motora. Habitualment
sidade de habilidades motoras e sociais impres- o retardo ou a deficiência já estava presente me:'.
cindíveis para a independência bem-sucedida. O mo antes de pode r ser posta em evidência e, co
tratamento se dá pelo problema de base (quando certeza, diminuirá progressivamente com a id:
existente), a identificação do comportamento ina- de; déficits mais leves podem, contudo, persistir
na idade adulta.
dequado mais frequente e seus desencadeantes
- ~-
'--- ~= ,..,..,,_ ~
- ~.~ - ---- -
Os transtornos de desenvolvimento psico lógico
atingem,
sobretudo, a linguagem, as habilidades espaciais vi uais
5
e a coordenação motora.
1228
Un ida de 31
tra nst orn os esp ecí fic os d O desenvoIVi
to da fala e da lin gu ag em rnen- Por algu ns meses a d . anos. Tem sido sugerido
ois
. como possível causa des
rra nst orn os no s qua is as .
m ais · te transto mo um pro ,
ces-
ºtã?ahdade s nor enc e , .
de aqu isiç ão· da .lin gua gem em s oc o so Inf lam ató rio
fahtico. Cerca de doi s terç os
me iro s est ági o s d o de mp rom etid as dos pacientes e icit ma is
des de- os -prid' . senvolVim en- ou menos grav~ dnnmg l~ecem com um déf
ire tam ent e atr ·b1 uiv , eis ª uag em rec ept iva .
to, Nao, sao • . a anoma1 1·as
neu ro 1ogi cas , ano ma lia s ana t"om1cas d O Tra nst orn os es , env olv im en-
fonador, com&pro me tim ent os sen sor ·1a1s, . apa rel ho to das habilid d pea flc os do des
o Tra nst os anos es esc ola res
me nta l ou ad 1at ore s am bie nt ais. Os tr ret ard
. om .
'fi d d ans tor nos tuais de aprendiz Jua 1s ~s modalidades habi-
espec1 cos o ese nvo lvi me nt afrfala e da lin- pri me iras eta ~ 0 eS tã o alteradas des de as-
anh ado s coº
gu
age m são aco mp . , m equ " 1a, .
enc de pro me tim pas_ o desenvolvimento. O com
rob lem as ass oci ado s com o d't•
1 icu lda d ent o nao. é s om ent e a consequência
- , es da lei- da falta de O O
wr a e da sol etr aça o, per tur b
P _ izagem ou de
aç~ o das relações um ret ard p rtu md ade de aprendido a um tra u-
int erp ess oai s, tra nst orn os em oc10nais matismo o mdental, e eleebr não é dev
tor nos com po rta me nta is.
e tra ns- ou oença cer ais.
l _ Tra nst orn o esp eci fic o de leit ura
rra nst orn o esp ecí fic o da art icu ª~ªº da fala comprometi-
Tra nst orn o esp ecí fic o do des envo1VImento m: caracterí~~ca essencial é umdo desenvolvi-
- d os fon em as pel
·1· çao . nça , ·, tino nto especifico e signifi cat ivo
a utl 1za a cna , não atribuível
q ual , su .d d e m e- mento_ das habilidades da leitura
rior ao mv el cor res po nd ent e à
mas o nível de apt idã o lin guí stic
aé :~~:i. mental,
id~de Visual ou escolarização
tra nst orn os de
:;~1_us1vam~nte à ida de mental, a ina deq uad a. A
leitura, o reco-
Tr an sto rno ex pr ess ivo de lin gu a gem capa~1dade de com pre ens ão da oral, e o de-
'f"
ico do des envo1v1m . ento nhecimento das palavras, a leitura da leit ura
Tran s t orn o esp. eci a de t'l ' r a' sem pen ho de tar efa s que necess
itam
. qu a I as cap aci dad
no _ es. da cri anç u 1 1za
po de~ _eSt ar tod os com pro me tido s. O tra nst orn o
1 ~it ida me nte inf eri ore s ao a fre que nte -
1mg uag em ora sao nta l, ma s a especifico ~~ leit ura se aco mp anh per sis tin do
_ dnd en
nível co rre spo . te a sua ida de me me nte de dificuldades de soletra
ção,
em se situ a nos limi·tes sm o qua ndo a
com pre . ens ao a 1mg uag com um ent e na adolescência, me
aco mp anh ado de sso s na leit ura.
nor ma is. 0 tra nst orn o po de ser cria nça já alcançou alguns pro gre
ão. tra nst orn o es-
um a pe rtu rba ção da art icu laç As crianças que apr ese nta m um
que nte me nte ,
age m pecífico da leit ura apr ese nta m, fre
Tr an sto rn o rec ep tiv o da lin gu ou de lingua-
olvimento, no qual ant ece den tes de dis túr bio s da fala
Tra nst orn o esp ecí fic o do desenv gem. O tra nst orn o é aco mp anh
ado com um ent e
da linguagem pela
a cap aci dad e de com pre ens ão de tra nst orn o emocional e de
com por tam ent o
pon den te à sua
aia nça est á aba ixo do nível cor res dur ant e a escolarização. É com um
apr ese nta r:
casos, a linguagem
idade me nta l Em qu ase tod os os • Dislexia de desenvolvimento .
dam ent e prejudica-
expressiva est ará tam bém ma rca • Leitura especular.
na articulação.
da, e são com un s ano rm ali dad es • Retardo específico da leitura.
a ou sín dro - o
Ma sia ad qu iri da co m ep ile psi Transtorno específico da soletraçã
ração espe-
alte
r
me de La nd au -K lef fnecri A característica essencial é um a
anç a, ten do feito ant e- imento da habi-
Tra nst orn o no qu al a cífica e significativa do desenvolv
no des env olv ime nto de ant ece den tes
rio rm ent e pro gre sso no rm al lidade par a soletrar, na ausência
ura, e não atri -
ade de lingua-
da lin gua gem , pe rde tan to a hab ilid s ma nté m de um tra nst orn o específico de leit
orn os de acui-
gem rec ept iva qu an to exp res
siv a, ma buível à baixa ida de mental, tra nst
deq uad a. A capa-
rrê nci a do tra ~s- dad e visual ou escolarização ina
uma int eli gên cia no rm al; a oco a cap aci dad e de
rm ali dad e~ paro~is- cidade de sol etr ar ora lme nte e
~m o é aco mp an ha da de ano as est ão afetadas.
, . bem
s cas os, ha .tam esc rev er cor ret am ent e as palavr
tica s no EEG, e , na ma ior ia do idade em
me nte o micIO se Transtorno específico da hábil
con vul sõe s epi lép tic as. Us ual
sen do que as
dá ent re os 3 ·e os 7 ano s de ida de, d d'ias , ou ética o que implica um a alteração especí-
aritmnst
s no esp aço e 1. Tra orn
habilidades são pe rdi dao tem po ral ent re O i?!c ~ fica da habilidade em aritmética
, não atribuível
de semanas. A ass oci açã gem é van ave )
das convulsões e a pe rda de lin(gua ent e
co1n um a precedendo a ou tra ou inv ers am
2~
vf-=-~!~~°.~~~~!:~r:;~m~ ~_! :~ri~ : Prát i~a
~
j l }
1 ! 11
\
!
1Deleção (1), duplicação (Z) e
Iinversão (3), anonnalidades
cromoss6micas que estão 1
1 '
1 implicadas no autismo.
' 1
marcha e do uso das mãos, associado a um retardo Transtorno mal definido cuja validade nosoló-
do desenvolvimento craniano e oéorre, habitual- gica permanece incerta. Esta categoria se relacio-
mente, entre 7 e 24 meses. A perda dos movimen- na a crianças com retardo mental grave (Ql abai-
tos propositais das mãos, a torsão estereotipada xo de 34) associado à hiperatividade importante,
das mãos e a hiperventilação são características grande perturbação da atenção e comportamen-
deste transtorno. O desenvolvimento social e o tos estereotipados. Os medicamentos estimulan-
desenvolvimento lúdico estão detidos enquanto o tes são habitualmente ineficazes (diferentemen-
interesse social continua, em geral, conservado. A te daqueles com QI dentro dos limites normais)
partir da idade de 4 anos manifesta-se uma ataxia e podem provocar uma reação disfórica grave
do tronco e uma apraxia, seguidas frequentemen- (acompanhada, por vezes, de um retardo psico-
te por movimentos coreoatetósicos. O transtorno motor). Na adolescência, a hiperatividade dá lu-
leva quase sempre a um retardo mental grave. gar, em geral, a uma hipoatividade (o que não é
habitualmente o caso de crianças hipercinéticas
Outro transtorno desintegrativo da infância
de inteligência normal). Esta síndrome é acom-
Transtorno global do desenvolvimento carac-
panhada, com frequência, de diversos retardos
terizado pela presença de um período de desen-
do desenvolvimento, específicos ou globais. Não
volvimento completamente normal antes da ocor-
se sabe em que medida a síndrome comporta-
rência do transtorno, sendo que este período é
mental é a consequência do retardo mental ou
seguido de uma perda manifesta das habilidades
de uma lesão cerebral orgânica.
anteriormente adquiridas, em vários domínios do
desenvolvimento no período de alguns meses. Es- Síndrome de Asperger
tas manifestações são acompanhadas tipicamen- Transtorno de validade nosológica incerta,
te de uma perda global do interesse com relação caracterizado por uma alteração qualitativa
ao ambiente, condutas motoras estereotipadas, das . interações sociais recíprocas, semelhante
repetitivas e maneirismos e de uma alteração do à observada no autismo, com um repertório de
tipo autístico da interação social e da comunica- interesses e atividades restrito, estereotipado
ção. Em alguns casos, a ocorrência do transtorno e repetitivo. Ele se diferencia do autismo essen-
pode ser relacionada com uma encefalopatia; o cialmente pelo fato de não ser acompanhada de
diagnóstico, contudo, deve tomar por base as evi- um retardo ou de uma deficiência de linguagem
dências de anomalias do comportamento. ou do desenvolvimento cognitivo. Os sujeitos que
• Demência infantil apresentam este transtorno são, em geral, muito
• Psicose desintegrativa/simbiótica. desajeitados. As anomalias persistem frequente-
mente na adolescência e na idade adulta. Otrans-
Transtorno com hiperdnesia associada à
torno é acompanhado, por vezes, de episódios
defidênda intelectual e a movimentos este·
psic6ticos no início da idade adulta.
reottpados
231
Didático de Enferm agem - Teoria e Prática
-~"""'.,,.__,,.,_._...,,.......,......,_.,,,,,,,_.....__
,[ = ~ •,,,,...··• ~--..-,..- =~-~ ,,-.,,..-~,,.-.,.-,,,,~r-. , •.-...,. ,~, .•..,...,,.,_- r.,r,,-.-~~-,,,"'=',....'"'-.c""'"~•
!
envolvimento ~e um defeito genético ou b·1
Transtornos de mico no alcoolismo. Algumas pesquisas in º%í,
que os indivíduos com risco de alcooli ºsttallt
dependência química briagam-se menos facilmente que os 0 :tno e1q,
·
hstas, · e,
isto ' b ro d e1es e' menos senao, ale 0 o,
, o cere
efeitos do álcool. sive} a08
Alcool ismo
o consumo prolongado de quantidad
O alcoolismo é uma doença crônica caracteri- cessivas de álcool lesa muitos órgãos d es e=<,
zada pela tendência em beber mais que o pre- . 1armente o f'1gado, o cerebro
particu
, o corp o,
e O cora ~
tendido, tentativas fracassadas de interrompe r
A abordagem ao alcoolismo tem como ob· Ç~o.
o consumo de bebidas alcoólicas e o consumo a detecção precoce de problemas relaci Jeti'lo
contínuo apesar das más consequências sociais e além da integração do tratamento de ou~nados,
laborativas. Os homens apresentam uma proba- tologias agravadas pelo álcool. No padrão ~s Pa-
bilidade quatro vezes maior que as mulheres de
liado o consumo de álcool como rotina deª"ª·
adolescência. A pessoa que é dependenie ~~~e-~
se tornarem alcoolistas, e indivíduos de todas as
faixas etárias são suscetíveis.
percorreu um trajeto de uso crescente do ,1Je Ja
A causa do alcoolismo é desconhecida, mas o
Neste nível de cuidado, é possível reco~cooJ.
consumo do álcool não é o único fator. Dentre os · · e sm · t ?mas de ab~so de _a'1 cool, discutirecer
indivíduos que consomem bebidas alcoólicas, s~na1s 0
aproximad amente 10% tornam-se alcoolistas. · risco envolVIdo, fazer onentaçoe s contrária ·
. &. n·
consumo a b us1vo nas 1am1 ias e encaminha
s ao
Os parentes próximos de alcoolistas apresentam
uma maior incidência de alcoolismo que outras pacientes para serviços especializados quar dos
pessoas. Do mesmo modo, é mais provável que
. d'1cado. E.1mpo rtante que se mostre claramn
m °
ocorra alcoolismo nos filhos biológicos de alcoo- te as consequên cias clínicas, psicológicas e en-
ciais do uso contínuo de álcool. so-
listas que nos filhos adotad~s, o que sugere o
., -::.::
u
8
l ~ DANOS NO
~ ~ FUNCIONAMENTO
..., ARTERIOSCLEROSE DO CÉREBRO
• ::i
; .c;:
• vi
CIRROSE
INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA CRÔNICA
DISFUNÇÃO
REPRODUTIVA
PANCREATITE
•
f t' . \ ..
. .- .
Na imaoem, vê-se alguns dos passiveis ~feitos que o consumo
um indivíduo. abusivo de d/coo/, a longo prazo, podem causar em
Un idade 31
23311
Didático de Enfermagem - Teor ia e Prática
234
r rranstornos alimentares
Unida de 31
Complicações·
• D~snutrição e desidra -
Anor exia n e r vo sa • Hipotensão (dimin . ~çao.
• Anemia uiçao da pressão arterial).
Anorexia nervosa é um transto m d •Redução da
g
·dência nas mulheres (cerca de 9 0 e grande in-
~~ndo caracterizado pela imposiçãoy~ d~s ~asos),
• lntolerân . massa muscular.
eia ao frio
O • Motilidade . ·
rn se manter com um limite de individuo • Osteop gástrica diminuída
orose
• Infertilidade (raref -
: (geralmente abaixo de 85% dt:!º mu~to bai- açao e..fraqueza óssea).
0oral), A prática
anoréxica inclui m ,ut fdndice cor- O obJ" eti e~ casos cronicas.
vo pnmordial
p . AI ,
usuais para emagrecer. em da dieta b
e o os pou peração do peso co o do trata~ento é a recu-
co ducação alimentar 1o ral po~ me1~ de uma ree-
.se a exercícios físicos intenso s ind ' su metem-
d" , . , uzem o vôm' geral, é necessário 1 m ap010 ps1col6gico. Em
to, jeju•:;i, :m•m •re_tíoos e usam laxantes l· terápico para aj d a gurna forma de apoio psico-
A perl a e. pelsod vista como uma conq~ista doença e com u ar o _paciente a lidar com sua
notáve, um sma e extraor dinária autod· . . tes. Psicoterap~: i~~~s~eslemocionais subjacen-
na, ao passo que o ganho é tido como u ~scipl~-
1 fr E . familiar, terapia co~~ ua 'terapia ou orientação
táve acasso. ssdes m d.IVíduos apresen m macei-
tam um psicotera ia . vo-cornportamental (urna
medo constan te e perder o control p que ensma os pacientes a modi'fi
t ,, e so b re 0 car
- pensamentos e comportamentos anormais)·
seu peso ( ornarem :se gordas"), sendo comum
apresen sdao, em g:ral, muito produtivas. Para o quadro
_tarem· tambem uma distorça~o sob re sua
avaliaçao c?rpora!, em que mesmo estando ma- cae indicad
anorexia nervosa - h,
O .
nao .ª medicaç ão específi-
gra a pessoa . ª· uso de antidepressivos pode ser
, . se ve com. excesso de peso . Ouras t eficaz_se ho~ver persistência de sintomas de de-
caracterist1cas
. ocas10n
. a 1mente associa da s com pressao apos a recuperação do peso corporal. O
a anorexia nervos a me1uem preocu pação ac tratamento _d,a _anorexia nervosa costuma ser de-
'bl'
de comer em pu 1co, sentim ento de inutiliderca ad morado e difícil. O paciente deve permanecer em
forte necessi dade de control ar o próprio a;~ acompanhamento após melhora dos sintomas
biente, pensam ento inflexível, esponta neidade para prevenir recaídas.
social limitada, iniciati va e express ão emocional
demasiadamente refread a. A anorex ia pode cau-
sar ainda disfunç ões hormo nais graves, causan-
DConecte-se!
do até a ausênc ia de períod os menstr uais. Acesse pelo QR CODE o documentário "Saúde
Não existe uma causa única para explicar o de- mental e dignidade humana'; de Paulo Delgado.
senvolvimento da anorex ia nervosa . Essa síndrome
é considerada multid etermin ada por uma mescla I!l------= l!l
de fatores biológicos, psicológicos, familiares e cul-
turais. Seu início se dá geralm ente na adolescên-
cia, sendo menos frequen tement e na idade adulta
(mesmo antes da adolesc ência, alguma s crianças já
apresentam essas atitude s) .
. Sinais e sintomas:
• Perda de peso em um curto espaço de tempo.
•Alimentação e preocu pação com peso corpora l
Bulimi a nervo sa
Na bulimia nervosa, as pessoas ingerem grandes
tomam -se obsess ões.
•Crença de que se está gordo, mesmo estando quantidades de alimentos (episódios de ingestão
de alimentos de forma compulsiva ou •episódios
excessi vament e magro. bulímicos') e, depois, utilizam métod~s compen-
•Parada do ciclo menstr ual (ameno rreia).
satórios, tais como vômitos autoi~d~1?os, uso de
• Interes se exager ado por alimen tos. . laxantes e/ou diuréticos, aliados a pratica de ~xer-
•Comer em segred o e mentir a respeit o de comida.
cícios físicos extenuantes como forma de evitar o
• Depressão, ansied ade e irritabi lidade. ganho de peso pelo medo exagerado de engordar.
• Exercícios físicos em excess o.
• Progressivo isolam ento da família e amigos .
235
ri a e f-,l r at 1Lu
T
Didát ico d e Enfermagem - eo
. ia têm vergonha de seus sintomas \
11m comer em pu'bl'ico e evttam
bu·tam . , PoH--
. sa na bulimia d . luga res. '<tllto
e ,
eVI
Diferentemente da anore~a ne~? ' fa iliares . s e piscinas, on e precisam mostrar 01q 0
não há perda de peso, e, assim, med1cos e m praia d . oe
edida em que a oença vai se desenvo1Vehd º11io.
têm dificuldade de detectar o problema. A doença Na m ssoas so, se m . t
eressam por assunt ,, 0
ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, essaS Pe e os •
. nados a comida, peso e 1orma corporal tela.
embora possa ocorrer mais raramente em homens
ci~ abordagem multidisciplinar é a rn · .
e mulheres com mais idade. ada no tratamento da bulimia nervosaais_ade.
qu . . . 'd 1 e incJ .
Sinais e sintomas: t sicoterapia mdivi ua ou em
. . 1 grupo, farrn acotll1
• Ingestão compulsiva e exagerada de ali me~ º~·- Papia e abordagem nutnc10na em nível e.
• Vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e diure r ·· ªIllb
latorial. As técnicas cogmtivo-compor tarn ll-
ticos para evitar ganho de peso. têm se mostrado, eficazes. As medicações antid en_tais
• Alimentação excessiva, sem aumento propor- ,.
pressivas tambem tem se mostrado efica e.
cional do peso corporal. controle dos episódios bulímicos. A abor~es no
• Depressão. nutricional visa a estabelecer um hábito al_agern
• Obsessão por exercícios físicos. tar mais sau dave · com llllen• •
· do o ciclo:
' 1, e1·1mman
1
• Comer em segredo. alimentar/purgação/jejum. A orientaçãopu sao
Complicações: . terapia familiar faz-se necessária uma vez e/ou
• Inflamação na garganta (inflamação d~ t~cido família desempenha um papel muito importaque a
que reveste o esôfago pelos efeitos ~o vomit~). - d · t • nte
na recuperaçao o pac1en e.
• Face inchada e dolorida (inflamaçao nas glan-
dulas salivares).
• Cáries dentárias. Vigorexia
• Desidratação. . seio de um aso.
. nascendo . no
A vigorexia está
• Desequilíbrio eletrolítico. ciedade consumista, competitiva, frívola, ate' cer-
• Vômitos com sangue. to ponto, onde o culto à imagem padrão acab
• Dores musculares e câimbras.
adquirindo, praticamente, a categoria de relioi· ª
. . 1 º'ªº·
Causas: A v1gorex1a e, em gera , os transtornos alimenta-
Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é res exemplificam bem a influência sociocultur 1
uma síndrome multideterminada por uma mescla na incidência de alguns transtornos emocion/1
de fatores biológicos, psicológicos, familiares e cul- A vigorexia, mais comum em homens, se cara:~
turais. A ênfase cultural na aparência física pode ter teriza por uma preocupação excessiva em ficar
um papel importante. Problemas familiares, baixa
forte a todo custo. Apesar de os portadores des-
autoestima e conflitos de identidade também são
ses trans_tornos serem bastante musculosos e
fatores envolvidos no desencadeamento desses
quadros. Muitas vezes, leva tempo para se perceber pas_sarem horas na academia malhando, ainda
que alguém sofre de bulimia nervosa. A caracterís- ª;i~Im se consi.deram fracos, magros e até esque-
tica principal é o episódio de ingestão de alimentos let1~os. Um~ das observações psicológicas desses
c?mpulsivamente, acompanhado por uma sensa- pacientes e que eles têm vergonha do próprio
çao de falta de controle sobre o ato e, às vezes, feito corpo, recorrendo, assim, aos exercícios físicos
secretamente. Os comportamentos direcionados a excessivos e às fórmulas mágicas para acelerar o
c?ntrole de peso incluem jejum, vômitos autoindu- fo1:'1lecimento, por exemplo os esteroides ana-
zidos, uso,.de laxantes,
fí' enemas, diuréticos, e pra'ti' ca bohzantes. A vigorexia também é chamada ro-
• 1
. . mo tempo st
ª ªnte relacionadas à visão de si mesmo. Entre
. nervosa acomete adol escentes um po .
A bulimia
os portadores de vigorexia, temos pessoas que
comais velhas, em torno dos 1? anos. Pessoas com u-
procuram apenas a figura perfeita, influenciados
236
r
Unid ade 31
or modelos culturais, e, també m
pue querem ser os melho res .' ~esportistas • Distorção da ima
qwamente, mmto . d , exigind • Personalidade . gem do corpo.
e seu corpo G o, obses-
vigoréx
5 icos são pessoa s de per · er~lmente, os • Fatores socioc mtro~ertida.
vertida, cuja timide z ajuda na bsonahdade intro- • Tendên . , ultura1s comuns.
. ~~pe l cia a automedicação.
perfeito como compe nsação d . o corpo As
·nferioridade .social. Essas pesos sentim entos de • Umaconseq " .
das uenc1a ! da vigorexia:
lbaixa autoes soas tend - consequencias d . . ,
tima e grande difi ld em a ter cupaçao para a sob a vigorexia e a preo-
r socialmente. Eles podemcru . ~de de se inte- reação que diz qu r~carga ~orporal, um tipo de
gra e1eitar a ·
corpora. 1com .a d or.
. dOs critéri os para o diagn'
.imagem. • Insônia. e ª go está errado.
co de .vigorexia am ,a não estão 1
c arame nt osti- • Irritabilidade.
belec1dos, porqu e so recent ement e 1 e esta- • Desinteresse sexual
a ser estudada. e ª começou • Fraqueza. ·
• Falta de apetite.
• C~~saço constante.
• Dificuldade de concentração.
Tratam ento:
Os tratamentos usados
ver essa necess idad para controlar ou remo-
multidisciplinares oe ':ns_ta~t~ de exercício são
concluir estai
t
contribuição de vã . q sigmfica que é preciso a
nos atores ou elementos para
. mportante tarefa como·
• D1eta, eqm
. ·1·b
i rada de nutrientes
' e vi·ta· mmas
. ne-
cdessanabs p~ra o corpo e a supressão de esteroi-
es ana ohzantes.
• Psicoterapia, para entender o aspecto compor-
tamen tal ~o indivíduo e sua percepção distorci-
da da realidade.
• Uso de medicamentos para controlar a ansieda-
d~, o comportamento compulsivo e para redu-
zi~ ~ estress e e obsessão para treino.
Vitimas de vigorexia raramente aceitam a sua
d?~~ça, e a falta de autoestima faz com que seja
~1fícil s~pera r esta condição. Um problema par-
ticular e que, um pouco como os anoréxicos, elas
rarame nte se veem com um problema e não são
susceptíveis a iniciar o tratamento. A condição em
si ocorre, em parte, como uma resposta a senti-
mento s de depressão e falta de autoestima, e se-
guir em frente é considerado admitir a "derrota".
Otratam ento para a vigorexia envolve atendimen-
to psicológico a longo prazo. Uma terapia é geral-
Avigorexia foi inicialmente nort?eada de 'Síndrome de mente recomendada, e, às vezes, medicamentos
Adônis' em referência ao mito de um homem, Adônis, psiquiátricos podem ser usados para gerenciar a
tão atraente que a deusa da beleza, Afrodite, se depressão, especialmente nas fases iniciais do tra-
apaixonou à primeira vista. tamen to. Todos estes aspectos devem ser super-
visionados por profissionais de cada área, com o
apoio incondicional da família em cada_ e~pa p~ra
garant ir a eficácia do programa. O obJetivo prin-
Sinais e sintomas: cipal é mudar o comportamento do sujeito e re-
• Distorção central na percepção do corpo.
• Obsessão por exercícios e dietas especiais. constr uir a sua autoestima.
• Preocupação exagerada com o próprio corpo.
237 ~
Didático de Enfermagem - Teoria e Prática
ansiedade .
. 'fi cativamente,
paciente s1gm . . .
mas quandcornod . a.
O lll}p 0
0 acesso a loca1s essenc1a1s, como ônib ecte
ros, metro,. ou trens, a VI'd a soc1a. l fica b us' ear.
Agorafobia comprometida. Geralmente, alguns sint em Illais
transtorno são superados quando há co:Illas do
Agorafobia é o transtorno de ansiedade em que de alguém, bastando ~ ~o~pan~ia até d~anhia
um indivíduo, quando exposto a lugares ou a si- criança para o agorafob1co sentir-se tr U~a
tuações que ele julgue como embaraçosas, acaba Quando o tratamento não é feito ou O ;nqu110.
sentindo uma ansiedade desproporcional ao fa- no não é corretamente diagnosticado, 0 pan.stºt-
tor que está sendo presenciado, podendo apre- . torna-se ainda mais dependente da pres aciente
sentar até sintomas do transtorno do pânico. outras pessoas. Surge, com isso, um sen~nça de
A agorafobia pode tanto se manifestar de forma de culpa - do paciente - por estar interi Ill~nto
específica como generalizada (como sair de casa, na vida dos outros, e, ao mesmo tempo uerin_do
&
coniorm1 'dade, por essa s1·tuaçao , Illa in.
- aparenta
ir ao trabalho ou ao médico). Os lugares específi-
cos mais evitados são os túneis, passarelas, pon- de forma incontrolável e incompreensível .(se
tes, avenidas largas ou rodovias. Pode ocorrer o essa frustração leva o paciente a desenvol;e oda
medo de multidões, como nos shopping centers, quadro depressivo, podendo evoluir a pont udrn
e1e comet er smc1 o e
. 'd·10. O transtorno
pode se desenvolver de uma t b'
espec1'f'1ca ou ser resultado deOurnIa
trauma extremo, como resultado d
inúmeros ataques de pânico. e
Fobia específica
Conhecida também como 'fobia
simples: a fobia específica é o medo
de um determinado objeto, animal
ou circunstâncias, desencadeando
no indivíduo uma intensa crise de
ansiedade com sintomas semelhan-
;,
•
'/ tes aos da síndrome do pânico. Atin-
ge duas vezes mais mulheres que
homens, sendo que o medo de altura
J é a única fobia - dentre as mais co-
muns - a atingir mais homens que
J mulheres. A fobia de sangue atinge
: \
de forma igual homens e mulheres, e
tem caráter altamente familiar (fato-
. ·• j res genéticos envolvidos).
As fobias estão entre os transtornos
mentais mais comuns, atingindo de 5
a 10% da população. Porém, por esta·
rem limitadas a situações que geral·
mente podem ser evitadas, não che-
gam a causar sofrimento significativo
a ponto de os acometidos procurarem
aUXIlio médico. A maior parte dos ca·
Os elementos em ondas da imagem reproduzem ondas sonoras de um sos surge na intãncia ou adolescência,
grito dado pela figura humana, expressando angústia e dor. e, sem tratamento, tendem a persistir
durante a vida adulta.
/ 238
Uni dade 31
Medo de plantas
Clinof obia ·
Medo de camas ou de deitar- se
Medo de palhaço s
Eufob ia .. ·. Medo de ouvir boas notícia s
23 ~
~;,,:~:-~~~ tj~~
c:nrermagem - Teoria e Prática
iF :J. E JJii Q -- _ _ _,.._ __
- - . . - - - 1!i ••,....,-w,,.,.,_ _ _ _ _ __
-=w---;;;,_.,...--...., ~
Fobia social
. . ,
transtorno de pânico. Em aproximada
terço das pessoas com ambos os transto~ente Ull}
~
Fobia social p
sa sensaçã d rovoca no md1VIduo uma inten- pressão precede o início do transtorno de°s: a ~e.
quando lo , e medo, ansiedade ou desconforto Nos dois terços restantes, a depressão O Panico.
tânci· e e e exposto a determinadas circuns- mesmo tempo ou após o início do trans;orre ao
as como·· fre quentar loca1s . escuros encon•
trar-se com ' pânico. A idade de início para o transtorn º;o de
. pessoas, falar em público etc. Podem nico varia muito, sendo mais típica em in:. ,e Pâ-
ocorrer smto mas fís1cos . como rubor. tremores
, que estão na fase final da adolescência e :duos
nauseas e d ese10 • . ' '
. mtenso de urinar. Em geral a na faixa dos 30 anos. Apenas um pequeno ~Itos
crise de an s1e · d a d e e, de tal forma intensa que 'se
ro de casos começa na infância, e o início an~e-
assemelha a uma crise de pânico. A fobia social 45 anos é bastante incomum, mas pode oc/ºs os
pode ser resultado de um evento traumático que
pode estar, ou nao, - presente no nível consciente' curso habitual é crônico, porém, flutuante. Ozer.
d0 m '
. d'IVIduo. · parte dos casos se inicia na indivíduos podem ter surtos episódicos com guns
A maior de rem1ssao . rval o, e outros podemanos
. - nest e mte
adolescência e atinge todas as pessoas. uma sintomatologia severa contínua. ter
•
Critérios diagnósticos para síndrome do pânICO:
Síndrome do pânico
A • •
1240
Un ida de 31
dia a, dia. do ind ivíd uo. Os sin t0 ma s ess enc1ais .
po pre end em .
,., variav eis, ma s com
- nervos1sm per- tomas se manifesta m passados meses ou até anos
sa 0
·stente, tre mo res. , ten sao museu} ar, tran sp· o _ da data d o evento tra , .
umatico. Estima-se que 25%
s1 d ita _ 1raçao, das pessoas
sensaçao e vaz io na cab eça , pai
N
em pesadelos ou em im age ns que . co ão com de ansie a ' e obsessiva tem a cur iosa fam a de ·1
'I
I~.
lllória {/lashbacks). O ind iví duo eV ros das neuroses. Essas pessoas sao N
· a · A neu .
siv , • "
lllent.e objetos e pes soa s que ten hamd~~ Jrm a in- a mais 1ouca hecidas como "s1. stemancas ,
ser ta maneira e
·s Jembran- muitas vezes con &. zer tudo de cer f l
o 8'lento tra um áti co ou que pos sam ,a
reação a mam que rerndo isso não é poss ve .
CCllsciena, - e ind ire ta - de sp e~ ~:àsine tom as de
costu
se angust
.
iam qua
~ mo afe ta a cap ac• ~:
po dendo oco rre r_ t:aT_
:es , ess es sin · 241
· e e depressao. n:, v
L/1"- -lutic o d e Enf
errn age m - Teo ri a e Prát ica
· ofre nia
Esq u1z
tas vezes, envolvem uma interpreta ~
A esquizofrenia é . , . de percepções ou experiências. Por çao errônea
racterizado pela rd um d1stúrb10 mental grave, ca- indivíduos com esquizofrenia pod/xempto, 08
(psicose) ai . peçõ ª dod conta to com a realidade
. (crenças falsas) tar delírios persecutórios, acreditand: ªPresen.
, ucina es, elínos que estão
Pensarnentos anorm · ai - , sendo atormentados, seguidos' enganado
rnento lab . ais e teraçao do funciona- espio. nados. po em tambem apresenta s ou
d ,
important orativo .e social. A esquizofrenia é um de referência, acred itando que trecho rd ede_ lfrios
?e
mundo 0 .e proble~a ~aúde pública em todo 0 . . I d ,
Jornais ou etras e musicas são direct •Y•os,
s ln ....
racte , . . iversos d1stúrb1os compartilham as ca- especificamente a eles. Eles podem onados
se rIStlcas da esquizofrenia. Os distúrbios que delírios de roubo ou de imposição do ;Presentar
asse~elham à esquizofrenia, mas cujos sinto- to, acreditando que outras pessoas poendsam en.
~as eStã o presentes há, no mínimo seis meses sua mente, que seus pensamentos estãO
em 1er
sao denominados 'distúrbios esquizdfreniformes~ transmitidos para outras pessoas ou sendo
~uan?o os sintomas persistem por, pelo menos, sarnentos e impulsos estão lhes sendo ~ue Pen.
~ dia, mas se repetem pelo menos por um mês •mpos.tos
por forças externas. Existem, ainda , as 1
sao ~en?m~nados 'distúrbios psicóticos breves'. - au d'1tivas
çoes · , V1sua · oJ&.iativas, gustatiª UCJna·
· 1s,
Um d1stúrb10 caracterizado pela presença de sin- táteis; apesar de. as alucinações auditivas vas ou
tomas do hu~o r (Ex.: depressão ou mania) junta- de Ionge, as mais frequentes. O indivídu o Pode'
serern
~e~t e com smtomas mais típicos de esquizofre- ,, ouVI· r,, vozes comentando seu comportam
nia e denominado distúrbio esquizoafetivo. ento
conversan do umas come as •outras ou faz end0'
U~ dis~rbio da personalidade que pode com- , • , •
comentános cnticos e 01ens1vos. o distúrbio do
p_artilhar smtomas de esquizofrenia e no qual os
pensamento refere-se a um pensamento de so~
sm~omas em geral não são tão graves a ponto de . d
gamza o, que se toma evidente quando a fala é
satisfazer aos critérios da psicose é denominado
desconexa, muda de um tema a outro e não t
'distúrbio da personalidade esquizotípica'. Em- qualquer finalidade. em
bora a causa específica da esquizofrenia seja des-
A fala pode ser discretamente desorganizada
conhecida, o distúrbio tem claramente uma base
ou completamente incoerente e incompreensível.
biológica. Muitos especialistas aceitam um mode-
O comportamento estranho pode tomar a forma
lo de "vulnerabilidade-estresse': no qual a esqui-
de atos infantis, de agitação de apresentação, hi-
zofrenia só ocorre em indivíduos biologicamente
giene ou conduta inadequada. O comportamento
vulneráveis. Até o momento, a causa da vulnera-
motor catatônico é uma forma extrema de com-
bilidade do indivíduo à doença é desconhecida,
portamento estranho, no qual o indivíduo pode
podendo ser uma predisposição genética, proble-
manter-se em uma postura rígida e resistir aos
mas que ocorreram antes, durante ou depois do
esforços para ser mobilizado ou, ao contrário, ele
nascimento, ou uma infecção virai do cérebro. O
apresenta uma atividade motora sem estímulo e
estresse ambiental como eventos traumáticos
sem objetivo. Os sintomas negativos ou de déficit
da vida ou problemas de dependência de drogas
da esquizofrenia incluem o embotamento da afe-
desencadeiam o início e a recorrência da esquizo-
tividade, a pobreza da fala, a anedonia e a misan-
frenia em indivíduos vulneráveis. A esquizofrenia
. tropia. O embotamento da afetividade refere-se a
começa mais frequentemente entre os 12 e os 24
anos nos homens, e entre os 26 e 45 nas mulheres. uma diminuição das emoções. Afuce do indivíduo
O surgimento da esquizofrenia pode ser súbito, pode parecer imóvel. Ele mantém um contato vi·
suai mínimo e não apresenta expressividade emo·
desenvolvendo-se ao longo de dias ou semanas,
cional. Os eventos que normalmente fariam um
ou lento e insidioso, desenvolvendo-se ao longo
indivíduo rir ou chorar não produzem respostas.
de anos. Oquadro clínico da esquizofrenia é clas-
A pobreza da rala refere-se a uma diminuição dos
sificado em três grupos: delírios e alucinações;
pensamentos, que é refletida na diminuição da
distúrbios do pensamento e comportamentos es-
fala. As respostas a questões podem ser concisas,
tranhos; sintomas negativos ou de déficit. Um in-
compostas de uma ou duas palavras, dando a im·
divíduo pode apresentar sintomas de um ou até
pressão de um vazio interior. A anedonia refere·
três dos grupos. Os sintomas são suficientemente
-se à diminuição da capacidade de sentir prazer.
graves para interferir na capacidade laborativa,
Oindivíduo pode demonstrar pouco interesse por
de se relacionar com as pessoas e de cuidar de si
atividades anteriores e despende mais tempo ern
mesmo. Os delírios são falsas crenças que, mui-
12 42
U ni dad e 31
_ q_ue_o_s_si_n_to_m_as_ p
.......-:,.: a=;;....·_em _ m
_e_rs_•ste _._ _ _____ ~------••:JLI
D1.d,t ePrát ica
a ico de Enfermagem - 1e~r_1a _ .. _ - -=== ==::= ..._,__
T ·
li ,
curta duração. As psicosr, j1fii s após essa
fase recebem o diagnósti ' 1 ~~ rdo com suas ntos e os rituais compulsi vos são
características específica~ ã_o d~ · Ias- otipadas e repetitivas. O sujeito
sificadas como puerperal. O p pa a ' e m proveito real ao executar essas
fase crítica por causa das viole tas . . an~s . s não representam qualquer tarefa
nas taxas hormonais, além de todo o estres.. útil de seu dia a dia, servindo apenas para aliviar
se que o parto implica: Verifica-se um aumento suas obsessões. Entretal}t'b, até a mínima impossi·
geral n~ i~cidência de distúrbio~ ,mentais nesjil • bilidade de realizá-las ou a tentativa de alterá-las
fase, prmcip~lm~nt~ para quem Ja_sofreu alguWI agrava ainda mais O quadro do paciente, que pode
problema ps1qmatri,.co ~ntes. A ps,cose_ pu:ifj r gerimentar crises mais graves de ansiedade, ou·
:1
u
ocorre na frequenc1a ~e ,~m ou-d] is p
.
•. . sm,~ ~ muito com1:1m_nesse transtorno.
~
o pânico é rara
agorafobia, mas a agorafobia sem
Sinais e sintomas: havendo até mesmo quem afirme
que não exist~
me s, suj eir as etc.
• Med~ de con tam ina ção po r ger agorafobia isoladamente. As crises
de pânico são
ou ofe ndi do po r afetam o ritmo
• Im agm ar qu e ten ha sid o fer ido bastante desagradáveis, mas não
tom a os pa-
ou tra s pes soa s. d_e vida como a agorafobia, pois ela
tro le, rea liza ndo soas para sair
• Im agi nar -se pe rde nd o o con cientes dependentes de outras pes
ina tos . mentares, como
vio len tas ag res sõe s ou até ass ass de casa e fazer as coisas mais ele
e int rus ivo s. essa dificuldade
• Pe nsa me nto s sex uai s urg en tes comprar um pão na padaria. Toda
de alguém: às
• Dúvidas mo rai s e rel igi osa s. sempre é sup era da pela companhia
panhia para
• Pe nsa me nto s pro ibi do s. vezes, bas ta um a criança como com
Por causa da
• Lavar as mã os com pu lsi vam ent
e par a eli mi nar o agorafóbico sentir-se tranquilo.
rafobia inter-
necessidade de companhia, a ago
ger me s, ba cté ria s etc . pacientes que
. fere na dinâmica da família. Há
• Re pet ir de ter mi na do s ges tos a, precisando
as coi sas est ão com o não tol era m ficar sozinhos em cas
• Verificar rep eti da me nte se . Este tipo de
des lig ado etc. ou exigindo a pre sen ça de alguém
dev eri am , po rta tra nc ad a, gás parentes, que
obs ess iva me nte . pro ble ma provoca irritação nos
•To car ob jet os e co nta r ob jet os qua ndo não conhecem o problema
passam a hos-
os de um a det er-
• Ord en ar ou arr um ar os ob jet tili zar ou ridicularizar o paciente
que sofre com
ão. Quando o
min ad a ma ne ira . sua ans ied ade e com a incompreens
hecido, o pa-
tra tam ent o não é feito ou não é con
sen ça de out ras
ciente rea lm ent e dep end e da pre
A go ra fo bi a ta pes soa s, e surge, com isso, um
sentimento de
mp ort am en too con S nte ~e a dos outros e,
A ago raf ob ia é o co
. ., de esc ape ser ia culpá po r est ar interferindo na vid
. . d idade com essa
evttar on
lug are s ou s1t uaç oes t nh a um a cri se e ao me sm o tempo, um a inconform
nsí vel par~ o
situ açã o incontrolável e inc ?~~ ree
..1:a •
""'ªcil ou em ba raç oso cas o se e ,. . é mui- de de soluc10-
l'ân ico ou alg um ma l-e sta r. 10 pró pri o paciente. A imposs1b1hda
A relação en tre a ago raf ob ia e O
Pª,.° ~ ma
do pan 1co se
to PfÓXima Existe o tra n5 tor no
24 5
D'1 d, ti c a
ati co de En fer ma ge m - Te ori a e Prá
nia.
Imagem de uma pessoa com derm atil oma
Unidad e 31
Sinais e sintomas:
• comportamento recorrente de autol - um comportamento de jogo mal-adaptativo, re-
tando em pele alterada. esao, resul- corrente e persistente, que perturba os empreen-
• sensação de tensão crescente' •me • d" dimentos pessoais, familiares ou ocupacionais.
• 1atament O diagnóstico não é feito se o comportamento é
antes d e se autoles1onar ou quando O . . , e
tenta resistir ao comportament mdiv1duo melhor explicado por um episódio maníaco.
.
• prazer, satisfação ou alívio ao º~e t 1es10nar. Características e transtornos associados
. ' b" - , au o
o d1stúr 10 nao e melhor explicado por outro· Distorções do pensamento (ex.: negação, su-
transtorno mental, nem se deve a uma cond· - perstições, excesso de confiança ou sentimen-
me'd'1ca gera1(ex.: uma condição derm t 1, . 1çao
) tos de poder e controle) podem estar presentes
. , b" . a o ogica .
, O d1stúr 10 causa .
sofrimento clinicam ent e s1g- em indivíduos com síndrome do jogo patológi-
'fi . . , co. Muitos indivíduos acreditam que o dinheiro
so .
m cativo,. pre1mzo no , funcionamento eia1ou
1
ocupac10na , ou, _ate mesmo, em outras áreas é tanto a causa quanto a solução para todos os
importantes da Vida do indivíduo. seus problemas. Essas pessoas também são, com
frequência, altamente competitivas, cheias de
energia, inquietas e facilmente entediadas. Elas
Transt orno explos i vo int er- podem mostrar-se demasiadamente preocupa-
mitent e ou síndro me d o Hulk das com a aprovação dos outros e serem genero-
sas ao ponto da extravagância.
Esta doença é caracterizada por surtos de cólera
graves_por razões relativamente insignificantes. Cic lot imi a
Essas explosões podem ser violentas e causar da-
nos pessoais ou a destruição de objetos materiais. A ciclotimia é o diagnóstico referente ao grupo
É mais comum em homens que em mulheres, e é de pacientes que apresentam variações do hu-
mais frequente em adolescentes e adultos jovens. mor caracterizadas por numerosos períodos de
A característica essencial do transtorno explo- hipomania de menos de 4 dias de duração alter-
sivo intermitente é a ocorrência de episódios nados com períodos de leve depressão. Kraepe-
definidos de fracasso em resistir aos impulsos lin foi o primeiro a fazer a descrição desse caso,
agressivos, acarretando sérios atos agressivos ou considerando a ciclotimia como uma forma de
a destruição de propriedades: O grau de agressi- temperamento ou flutuações do estado psíquico,
vidade expressada durante um episódio é ampla- impressão que perdurou até 1980.
mente desproporcional a qualquer provocação
ou estressar psicossocial desencadeante. Hipom a m ia
Um diagnóstico de transtorno explosivo inter- A hipomania é um estado difuso de bem-estar
mitente é feito somente depois de descartados ou- e sensação de energia mais elevada que a média.
tros transtornos mentais que poderiam explicar Nessa fase, um paciente não procura um médico,
os episódios de comportamento agressivo (como pois se sente muito bem e feliz. Muitos hipotí-
transtorno da personalidade antissocial, trans~o~- micos são empresários bem-sucedidos, pois sua
no da personalidade borderline, transtorno ps1co- energia é até benéfica para o trabalho, as ideias
tico, episódio maníaco, transtorno_ da co~~uta ou correm-lhe mais rapidamente, mas não tão rápido
transtorno de déficit de atenção/h1peratividade). a ponto de perder o controle, o que lhes propor-
ciona benefícios para os trabalhos que requeiram
rapidez de ação e raciocínio. O humor está eleva-
Jogo pa t o lógi c o do, mas não fora de controle. Oentusiasmo é van-
tajoso, pois não deixa de ser realista e não se aba-
As pessoas que sofrem deste diStú rbio têm ~m- la com as derrotas. Viver em estado de hipomania
pulsos compulsivos em jogar, causa~do um im- seria muito melhor que viver no estado "normal",
pacto negativo em sua vida e relac10namentos, O problema é que em determinados momentos
Embora esse distúrbio possa acometer ~~to ho- pode haver alguns descontroles ou inadequações.
mens quanto mulheres, os homens mais !º~ens Contudo, enquanto uma pessoa está bem adap-
mais suscetíveis a
(adolescentes) parecem ser Ih res 0 tada, mesmo que em hipomania, não há motivos
esta doença que as mulheres. s
Na_ mu e ' razoáveis para tirá-la desse estado, caso nunca te-
jogo patológico ocorre q~ando ~ais v:~~~~~ico é nha tido problemas antes.
\:rtt sA característica essencral do Jogo P
247 li
Did áti co d e En fer ma ge m - Teo r ia e Prá ti ca
12 48
Unid ade 31
249 1
ic o d e En fe rm a g e m - Teor ia e P rá tic a
D id át
"Narciso ~ de
Caravaggio. O termo
'narcisismo ' é uma
referência ao mito
de Narciso, qu e
re tra ta o am or de
um indivíduo po r ele
me sm o ou po r sua
pr óp ria im ag em.
de reafirmação médica
dos ac ha do s negativos e
o n a lid a - tomas não têm funda-
T ra n st o r n o d e p e rs de que a doença e os sin
d e p a ra n o id e m en to clínico.
de a pessoa ter urna
lid ad e caracterizado Pode ac on tec er ta m bé m
Transtorno da pe rso na do en ça física fu nd am
entada, mas com queixas
cessiva face às contra- ficam o problema que
po r uma sensibilidade ex exageradas qu e nã o justi
de pe rd oa r os insultos, certeza, são mais com-
riedades, como a recusa ela tem. Esses casos, com
dência a di sto rc er os médicos. Observa--se
o ca rá ter desconfiado, ten plicados e confundem os
ões imparciais ou ami- po r pa rte do paciente
fatos, in ter pr eta nd o as aç tam bé m um a forte re cu sa
hostis ou de desprezo, lem a seja psicológico,
gáveis dos ou tro s como em ad m iti r qu e se u pr ob
respeito da fidelidade ento estressante na sua
su sp eit as injustificadas a mesmo qu an do há um ev
nt im en to combativo e ten de m a trocar de médico
do parceiro sexual e um se vid a. Esses pa cie nt es
pr óp rio s direitos. Pode mináveis listas de exa-
obstinado a fa vo r de se us co ns tan tem en te, têm inter
o de su a auto-impor- histórias são tão longas
existir uma superavaliaçã m es e medicações; e su as
temente, autorreferên- stornos de personali-
tância, havendo, frequen qu an to complicadas. Tran
dos.
cia excessiva. da de po de m es ta r associa
a ti za ção
Transtornos Tr a n st o rn o d e so m
plas, recorrentes, fre-
somatoformes Caracteriza-se po r múlti
quentes, mutáveis e prolon
gadas queixas de sin-
A essência de ss es tra ns
to rn os é a ocorrência se médica constatável.
tomas físicos se m uma ba
icos se m base médica cons
tatável, tre esse transtorno e ª
de sintomas fís A principal diferença en
as, ap es ar de repeti-
com persistência da s queix
Unidade 31
hipocondria · t
é a atitude do paciente N h"
dria, o pac1en e reve1a uma intensa · reoc a 1pocon-
- em ir ao psiquiatra, sentindo-se até ofendidos
e sofrimento com algum problema p, . upaçao com tal sugestão, quando não há suficiente diá-
- •
matizaçao o paciente queixa-se deseno; na. so- logo com o clínico. Os hipocondríacos podem ser
- t
mas, mas nao em a mesma crença seus t
smto- enfadonhos por repetirem constantemente suas
d , A e emor do
hipocon
_ naco. ntes de os pacientes com soma- queixas, além de serem prolixos nas suas explica-
tizaçoes procurarem um psiquiatra el ções. Não se conhece medicação específica para
, , es passam
anos mu dan d o d e clmicos, procurando d" hipocondria, mas acredita-se que a psicoterapia
sos me'd"icos e f;azen d o vanos, . exames iver- possa ajudar quando iniciada com até 3 anos da
• Qua1quer
área. do corpo pode sintomatologia instalada. Há poucas pesquisas
_ estar afetada
. , mas as que1xas.
mais comuns estao centralizada s no tubo d. na literatura psiquiátrica porque esses pacientes
_ 1ges-
tivo com dores, eructaçoes, regurgitaçõe s v" se recusam a participar dos trabalhos científicos,
, . d , om1._ visto que não se consideram psiquiatricamente
tos e nauseas; . queixas ermatológica s e sexu •
ais. doentes. Pela mesma razão, não se sabe ao cer-
como o paciente recusa-se a aceitar que nenh _
ma disfunção foi descoberta pelos exames e co~- to qual é a percentagem da população atingida
sultas, acaba tendo desavenças com as pessoas por esse problema, nem o perfil caracterológico
próximas. Esse distúrbio começa geralmente dessas pessoas. É necessário que um psiquiatra
antes dos 30 anos de idade e é muito mais co- converse com o paciente hipocondríaco para
mum em mulheres. Frequentemente, outros dis- investigar a possível concomitância com outros
túrbios psiquiátricos estão associados, como de- transtornos de ansiedade, como o pânico ou a
pressão e ansiedade. Uma das consequências são depressão, que podem levar à hipocondria. Há
as indisposições de ânimo geradas em quem está também casos de psicoses com alucinações ou
próximo, pois com o tempo as pessoas se cansam delírios corporais.
de tanto ouvir as mesmas queixas. O começo de
qualquer queixa não pode ser ignorado porque Transtor no doloroso
essas pessoas, como quaisquer outras, podem vir per sist en t e
a ter problemas físicos potencialme nte graves. É
de nossa experiência um caso semelhante: feliz- A queixa predominante é de dor persistente, •
mente a doença foi detectada a tempo (tratava-se grave e angustiante, a qual não pode ser plena-
de um tumor benigno), e a paciente foi operada mente explicada por nenhum processo fisioló-
com sucesso. Contudo, ficou mais de 10 anos ten- gico ou por um transtorno físico. Geralmente,
do sintomas correlatos à queixa inicial sem que existe um fator psicológico associado. Depois de
nada houvesse clinicamente. descartada a possibilidade de uma causa física, a
investigação das circunstâncias de vida da pes-
soa pode revelar ganhos que o paciente obtém
Hipocon dria
com a queixa persistente de dor. Ao se fazer este
Éa crença persistente na presença de, pelo me- diagnóstico, os familiares não devem tomar uma
nos, uma doença física grave, progressiva, com postura de indiferença ou desprezo pelo pacien-
sintomas determinados, ainda que os exames te: isso só faz piorar as coisas. Também não se
laboratoriais e consultas com vários médicos as- deve submeter aos exageros do paciente, nem às
segurem que nada exista. Muitas pessoas quando tentativas de manipulação de sua dor. O trans-
passam por uma doença grave e se restabelecem torno doloroso não é uma invenção, existe, não
ficam sensibilizadas com o que aconteceu, preo- como uma origem inflamatória, mas por algum
cupando-se demais. mecanismo ainda pouco conhecido que opera na
Contudo, nesses casos, se uma consulta ou um mente destas pessoas. Deve-se, portanto, viver a
novo exame descartarem o recrudescimento da solidariedade distante, ou seja, estar do lado do
doença, e o paciente tranquilizar-se, não ocorre paciente sempre, mas sabendo que ele pode usar
hipocondria Os hipocondríacos nor?1almente de suas queixas para obter ganhos e manipular
sentem-se injustiçados e incompreendidos pelos
quem está próximo. Esta atitude não é simples
médicos e parentes que não acreditam em su~s
. Ir de entender nem de exercer, mas é o melhor que
queixas: eles levam seus argumentos a sério e • se pode fazer além do suporte psicoterapêutico.
lil:ain-se com o descaso. Por outro lado, resiStem
2s1 li ·
Didático de Enferm agem - Teoria e Prát ica
-
Os dis~úrbios do, sono consistem_ ~as difi~uldades relacionadas ao adormecer. o sono tem quatro fases, e cada uma
delas e responsavel por uma at1v1dade diferente. Dificuldades em qualquer uma das fases podem trazer prejuízos
em curto e longo prazo.
125 2
\
Unidade 31
0 primeiro_ passoya~a,se tratar a insônia é or-
ganizar a rotma do i!1dividuo, orientando-o a não procedimentos falharem, ele pode passar para
dormir duran~e o dia_, mesmo que tenha acorda- a tentativa de resolver o problema com medica-
do cedo demai_s; prati~ar es~ortes regularmente; ções. Os hipnóticos clássicos (benzodiazepíni-
ão tomar mais que cmco xicaras de café ao dia cos) não resolvem casos demorados: d~ve~. ser
não tomar café após as 16h (bem como as demai~ dados por prazos de até dois meses. Hlpnotic~s
n . t" i: ,
não benzodiazepínicos podem atuar P?r ~ais
substância,s que ~on ei:n. ca1ema). Além disso, é
ecomendavel evitar atividades físicas excitantes tempo, mas após um ano deixam de ser tao :fi~a-
:ntes de dormir ou filmes tensos, cuidar da ali- zes. Várias outras medicações, como os ant1-h1s:
mentação, além de realizar atividades tranquilas tamínicos, podem ser testadas: isso dependera
antes de dormir, c~m? ~ leitura. É aconselhável de cada médico. A melatonina vem sendo usada
não lutar contra a msoma. Neste caso, se o indi- com ·grande interesse pela comunidade médic~,
víduo não conseguir dormir em 30 minutos, deve mas não é comercializada no Brasil. A melatom-
na é um hormônio, portanto é melhor aceito pe~o
levantar-se da cama e procurar uma atividade
organismo, não apresentando efeitos cola~era1s.
leve até que o sono chegue sem se aborrecer com
Esta substância é vendida nos EUA como alimen-
a hora ou com a necessida_d e de descansar. Se os
to e não como medicação.
Terror noturno
O episódio costuma acontecer na primeira terça
Em um episódio de terror no tu m O' O indivíduoti'tu
t emumaa parte da noite. Logo após o grito, ~pesar d,e aparen-
grita movimentando-se bruscamen e tar ou-
temente acordado, o indivíduo amda _es~ em um~
de de fuga O indivíduo pode sentar-se, levan es-
es écie de transição entre o sono e a Vlgfüa. Te~tati-
correr para a porta do quarto, como se tentasse
d que" va~ de comunicação podem não ser bem-sucedidas.
l
capar, aterrorizado, sem po d er em brar-se O •
}~ ~ li
Didático de Ente
· ·- r~a _ge m - Teoria e Prática
So na mb uli sm o Transtornos
do sono,
. , em uma determinada fase
Éa alteração
que permite a pessoa realizar atos em um estado dissociativos
intermediário entre o sono e a vigi1ia (estar ple- Estes transtornos são os mais explorados pela
namente desperto). Ao ser interceptada em uin indústria cinematográfica, dada sua curiosa for-
episódio de sonambulismo, a pessoa claramente ma de apresentação. Oaspecto central dos trans-
mostra não estar consciente de tudo que se pas- tornos dissociativos (ou também chamados 'con-
sa ao redor, apesar de realizar pequenas tarefas versivos') é a perda total ou parcial de uma função
como andar, vestir-se, sentar-se, olhar etc. mental ou neurológica. As funções comumente
Usualmente ocorre nas primeiras horas de sono afetadas são a memória, a consciência da própria
podendo durar de alguns segundos a poucos mi- identidade, sensações corporais e controle dos
nutos. Durante o episódio o paciente mostra-se
j apático, estabelecendo pouco contato com o meio,
movimentos corporais. Esses acometimentos es-
tão por definição ligados a algum evento psicolo-
parecendo não reconhecer as pessoas familiares. gicamente estressante na vida do paciente cuja
Sendo questionada verbalmente, as respostas são ligação ele costuma negar e, consequentemente,
desconexas e murmuradas. Raramente realiza um o psiquiatra precisa de auxílio para detectá-lo.
procedimento mais elaborado, como trocar de rou- Dada a comprovação da inexistência de um fator
pas ou urinar no local adequado. Como a atenção físico observável, sua rápida instalação e a pre-
não está em seu nível normal, o sonâmbulo pode servação das demais funções mentais e neuroló-
ferir-se com objetos em seu caminho. Quando está gicas, as pessoas diretamente prejudiçadas pelo
em ambiente famili~r poderá andar, descer escadas distúrbio do paciente consideram simuladores.
e até pular janelas sem machucar-se. Odespertar é Esses casos ainda não foram inteiramente com-
difícil nesse momento, e quando gentilmente enca- preendidos, o que não significa que sejam simu-
.
minhado de volta para a cama, costuma obedecer lações. Reconhecemos nossa ignorância e, justa-
Os adultos podem ter reações mais violentas quan- mente por causa dela, não temos como negar sua
do abordados, tentando escapar do que julgam ser existência. Por enquanto admite-se a existência
ameaçador. Na manhã seguinte, usualmente não da paralisia neurológica e psiquiátrica, uma de
há recordação do episódio. Não há constatações de bases definidas, outra, de bases indefinidas jus-
que o sonâmbulo quando despertado durante o so- tamente como foi no passado com a neurologia.
nambulismo possa vir a sofrer algum dano.
Unidade 31
dissociativo reflete
a incapacidade
em integrar vários
aspectos da identidade,
memória e consciência.
255 li
Didático de Enfermagem - Teoria e Prática
=:z::m;--=--r.,-= Gil];/~ =-"~~-~~~ 'C'-::»i .. • ., _,_ m:.,..._.,_,.,aic;a....,_ _- . : . ~ - -
........
mas isoladamente.
1256 J
í
1
Tran st o rn o di ssocia ti vo
motor Transtornos de humor
Unidade 31
257 \1
1 't'1
D'd-~ ~~ d~ En fer ma ge m - Teoria e Prática
/2 58
Unidade 31
Sinais e sinto~as:
, f{umor depressivo ou irritabilidad .
e angústia. e, ansiedade de. depressã
. - de conflitos o que
0 e na resoluçao
d•mmu· .
10 impacto '
' pesânimo, cansaço fácil, necessidade . provocado pelo estresse.
esforço para fazer as coisas. de maior
, Diminuição ou incapacidade de . Dist imia
. 'd d sentir
prazer em at1V1 a es anteriorment aleg. ria .
e AdiStim1a
· · se caractenza
. por um humor croni-
das agradáveis. e considera-
~~mente triste ou deprimido na maior parte dos
' Desinteresse, falta de motivação e . ~s, _n~ maioria dos dias, por, no mínimo, 2 anos.
d . d . _ apatia. 0
, Falta de vonta e e m ec1sao. dIStimicos descrevem seu humor como triste
, sentimentos de medo, inseguranç d ou "na fossa", 0 que muitas vezes é confundido
rança, desespero, d esamparo e vazioa, esespe- com características de personalidade. É comum
, pessimismo, ideias frequentes e des·p
.
.
roporc10- que_ ª distimia não seja diagnosticada e que o
1 b
nais de cu pa, a1xa autoestima sen - pac1
,, ente se reconheça como tendo sido' sempre
'd . . , saçao de
falta de senti o na vida, mutilidade r , fr mal-humorado" e irritado. Asintomatologia é em
, uma, a-
casso, doença ou morte. geral semelhante à da depressão maior. de forma
•A pessoa pode desejar morrer, planejar uma ~e~os_ intensa, excluindo-se a ideação 'suicida. A
forma de morrer ou tentar suicídio. d1stim1a tem início insidioso, ou seja, instala-se
, Interpretação distorcida e negativa da real'd _ l~n~mente ,ªº longo do tempo. A pessoa com dis-
b ,. ia tim1a tambem pode apresentar um episódio de-
de: tu do e',, vis
't
o so. a otica depressiva, um tom pressivo maior em algum momento da vida
"cinzento para s1, os outros e o seu mundo.
, Dificuldade de concentração, raciocínio mais
lento e esquecimento. Transt orno afeti vo bipolar 1
, Diminuição do desempenho sexual (pode até Anteriormente chamado de psicose maníaco-
manter atividade sexual, mas sem a conotação -depressiva, o transtorno de afetivo bipolar I ca-
prazerosa habitual) e da libido. racteriza-se pela ocorrência de, no mínimo, dois
•Perda ou aumento do apetite e do peso. episódios de mudança brusca de humor, nos quais
•Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múl- o indivíduo apresenta uma perturbação nos níveis
tiplos despertares ou sensação de sono muito de humor e atividade. O período de duração mé-
superficial), despertar matinal precoce (geral- dia de um episódio maníaco gira em torno de qua-
mente duas horas antes do horário habitual) tro meses, enquanto o episódio depressivo pode
ou, menos frequentemente, aumento do sono durar mais tempo, cerca de 6 meses. O quadro se
(dorme demais e mesmo assim fica com sono a manifesta por mudanças abruptas do humor, ou
seja, há ocasiões em que ocorre elevação significa-
maior parte do tempo).
tiva dos níveis de humor, da energia e da atividade
•Dores e outros sintomas físicos não justificados
(episódio maníaco), seguidas de outras em que
por problemas médicos, como dores de barri- há rebaixamento destes mesmos níveis (depres-
ga, má digestão, azia, diarreia, constipação, fla- são); O aumento da energia no episódio maníaco
tulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de vem caracterizado por uma hiperatividade, fala
cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado excessiva (logorreia), diminuição da necessidade
ou de pressão no peito, entre outros. do sono, grandiosidade e otimismo excessiv~. ?
indivíduo acredita ser capaz de realizar atos 1m-
Tratamento · magináveis, relata ter várias habilidades, gasta
O tratamento da depressão é esse ncialmente
dinheiro em excesso, entre outros. Já no episódio
medicamentoso. A terapia é simples e, de ~odo depressivo ocorre o processo contrário, podendo
. geral, não incapacita ou entorpece O pacien~e. paciente apresentar até mesmo ideação suicida.
0
Alguns pacientes precisam de tratamento e
. de levar anos
manutenção ou preventivo, que po . to de Transtorno afetivo bi polar 11
ou a vida inteira para .evitar o aparec~men pi·a
' - A ps1cotera A característica essencial do transtorno afetivo
novos episódios de depressao. •só-
. • ·ne novos ep1 b. olar II éum curso clínico marcado pela ocorrên-
aJuda o paciente, mas nao previ . uxilia na
dios nem cura a depressão. A_ té~:~~: além de
l'eestruturação emocional d~ mdt re O 'processo
ªlllllentar a sua compreensao sob
~:s
~p de ciclos rápidos de depressão, acompanha-
por, pelo menos, um episódio hipoma~faco.
259 11
Didátic o de Enferm agem - Teoria e Prática
. .. orno
de morte (BRASIL, 2006). Em relação às incidên- ~enta1, _r~ de de ap_oio positiva, relação terapêu-
cias das tentativas de suicídio inexistem regis- tica positiva, capacidade de adaptação, empre
tros sistemáticos, assim são pouco confiáveis e . · 'd ade, gesta çao,
re1igiosi - presença de crianças go,
mais escassas. Osuicídio pode ser definido como casa e teste de realidade intacto. Além desses~~
o ato humano de causar a cessação da própria tores, é importante considerar a capacidade do
vida, e tentativa de suicídio como o ato de tentar sujeito em resolver problemas, suas habilidades
cessar a própria vida, porém, sem consumação.
sociais que auxiliem a minimizar impactos de
Deve-se diferenciar a tentativa de suicídio de ou-
tros comportamentos autodestrutivos, em que situações adversas e sua resiliência; isto é sua
não há a intenção de colocar fim à própria vida. A capacidade de enfrentar problemas e sair destes
intenção suicida geralmente é um processo que transformado e fortalecido, o que é reconhecido
se desenvolve em estágios, que vão desde a ima- como subsídio para a manutenção e promoção
ginação da ideia suicida, dos planos de como se de saúde mental.
:4 sa a" ou l i" ..
Ie"ª de Geor9e Crie, 2007.
1260 j
Unidade 31
Psicofá rmaco s
os psicofármacos são um recu rso, entre
para o tratamento em Saúde M tal outros, · , ·
Os antips1coticos ,
atípicos, por sua vez são mais
seu uso só faz sentido quanden d ' entretanto :centes, produzem menos efeitos mo~res e cos-
0 , o entro d
contexto d e vmculo e de escuta. É a a . e um mam ser mais bem tolerados. No entanto vários
mento que o paciente compreend P rtir do mo- , . pro
deles ·
, vocam Importante ' efi-
ganho de peso. Sua
ponsabiliza pelo uso da medicação e :ese corr:s- ~Cia e s~1!1elhante aos típicos em termos de sinto-
não somente demandar "troca de q pas~ara a ( as positivos, e sua ação nos sintomas negativos
, • . receitas mas embotamento afetivo, isolamento) é controversa
podera se 1mp11car um. pouco diante d as queixas ' .
P
que .traz. ara, o• pro fi ss10nal, diante d , alguns_deles são risperidona, olanzapina, sulpirida;
e a1guem em clozapm~. Os antipsicóticos de alta potência têm um
sofr1mento, e importante considerar .
'd · d , d' a perigosa perfil mais pronunciado de efeitos indesejados mo-
1 eia e que o reme 10 possa representa
- ' 'd
so1uçao rap1. a, uma .resposta para um a angustia
ruma
, .
?e
tores,_ e ?s baixa potência apresentam mais quei-
xas s1stêm1cas (cárdio, anticolinérgica, convulsões,
qu~ sente d 1ante da impotência e da vontade de entre outras).
extirpar o problema._ Algumas das classes d os ps1- .
cofá rmacos,
, .que serao tratadas neste capi'tuI·o, sao .
_
• Neuro1ept1cos · Benzodiazepínicos
• Benzodiazepínic os Os benzodiazepínicos ativam o sistema Gaba'
,
• Antidepressivos que e um sistema inibitório da função neuronal.
• Estabilizadores de humor Seus efeitos são sedativos, relaxantes musculares
e anticonvulsivantes. Efeitos físicos e psíquicos:·
são capazes de deprimir (diminuir) várias áreas
Neurolépticos do cérebro; as pessoas podem ficar sonolentas,
Os antipsicóticos ou neurolépticos agem basica- sentindo-se menos tensas, com uma sensação de
mente bloqueando a transmissão da dopamina no calma e de relaxamento; a capacidade de racio-
cérebro, com efeitos motores (uma espécie de "con- cínio e de concentração também ficam afetadas;
com doses maiores, causa sensação de embria-
tenção química'1, hormonais (aumento da prolac-
guez, em doses elevadas, a respiração, o coração
tina) e sobre o pensamento (melhora de sintomas
e a pressão sanguínea são afetados.
psicóticos ou pensamento mais lento ou embotado).
Os benzodiazepínicos (diazepam, clordiazepóxi-
Alguns dos neurolépticos apresentam formulação
do, lorazepam, clonazepam, bromazepam, alprazo-
injetável de depósito, sendo extremamente úteis nas lam, midazolam) diferem basicamente em termos
situações em que o uso diário por via oral torna-se de meia-vida, tempo de absorção e via de elimina-
muito diffcil como, por exemplo, quando o usuário ção. Alguns têm rápido início de ação e tempo de
enfrenta dificuldades na cogestão dos medicamen- ação mais curto para insônia Outros têm tempo de
tos que usa e sua rede de suporte é frágil demais para ação intermediário para pessoas que dormem bem,
ajudá-lo a organizar os comprimidos que toma em mas acordam no meio ou no final da noite. E outros,
diferentes horários. Os neurolépticos mais antigos ainda, têm a duração do efeito prolongado para awá-
são conhecidos como típicos ou convencionais. Têm lio no tratamento de quadros ansiosos. Seu sintoma-
um perfil de efeitos indesejados mais proeminentes, -alvo principal é a ansiedade, seja por reação aguda
que serão comentados mais adiante. Entretanto, eles ao estresse, em crises psicóticas, seja em quadros
0
são muito eficazes (tanto quanto os mais mode~ :) "primários" de transtorno de ansiedade. Por seu
no tratamento do que chamamos sintomas psico- efeito sedativo e relaxante, também são muito utili-
ticos positivos (delírios e alucinações). Podell} s~r zados para insônia. Seu uso pode ser útil na síndro-
de alta, média e baixa potência. Os de alta _potenoa me de abstinência tanto de álcool quanto de cocaína
(Ex.: haloperidol1 trifluoperazina, flufenazma) ca~- ou crack. Os riscos dos benzodiazepinicos, além da
sam mais efeitos motores (impregnação); os de ~ai- dependência, estão relacionados à sedação secundá-
xa 'ftftt-Ancia (Ex.· clorpromazina, levomepromazma , ria e à depressão respiratória quando utilizados em
,t'Vll,IÇ • da · a provo- associação com outras drogas sedativas.
tioridazina) tendem a ser mais se ttvos e
car lllaior ganho de peso, entre outr0s problemas.
261 li
r ia e Pr át ica --=--™™-,,__,...,,.._,_..,___~
Didá t ico de En ferm age m - Teor
__ ,.,,... -
humor, características nos transt ornos bipola- ente será difícil de retirar. Os efeitos "antide-
res. O carbo nato de lítio perma nece como, d~o- ;essiv os" podem _iniciar_ após 15 di?s, mesrno
ga padrã o, tratan do de forma eficaz epi~odios que já haja efeito s i~deseJados. Tambem se deve
de mania, hipomania e depre ssão em pacie~tes consi derar que esteJa haven do resposta parcial,
bipolares. Seu uso nas intercrises é reconhe~id~- sobre tudo se consi derarm os as formulações rna-
mente capaz de preve nir novos episódios, prmci- nipula das e/ou de baixa qualid ade disponíveis
palme nte de elevação do humor. no merca do. Os critér ios para escolha da melhor
Efeitos do lítio . . indicação envol vem difere nças quanto à ação
• Acne, aumen to do apetit e, edema , dia~r~ia, em outro s grupo s sintom áticos. (ansiedade, sin-
ganho de peso, gosto metálico, náusea, pohdi p- tomas obses sivos etc.), caract erístic as químicas
sia, poliúria, tremo res finos (que respo ndem (meta boliza ção, excreç ão etc.), ~usto financeiro
bem a propranolol). . . . e, sobre tudo, o perfil de efeito s indesejados.
• Monitorizar toxicidade renal e tireoid ia~~- ,
• o quadro mais preocupan~e ~o u;~ do htio e Gru pos d e an tid epre ssiv os
0 da intoxicação, quand o
os mveis senco s ultra-
passa m 1,SmEq/L, que pode ser precipitad~ p~r Tricíc licos (ADT)
diminuição de dieta hiposs ódica, uso de di_ure- São os tricícl icos (amitri ptilin a, clomiprami-
ticos desidratação, ou mesm o doses excessivas. na, imipr amina ), "antid epress ivos" mais anti-
Manifestações preco ces são disart ria, ataxia e gos, basta nte eficazes, porém meno s tolerados,
tremo res grosseiros. sobre tudo pelos efeito s anticolinérgicos (boca
Carbamazepina _ . seca, const ipaçã o), sedati vos e tontur as. No tra-
•Ataxia, diplopia, dor epigás trica, náuse a, pruri- tamen to realiz ado com a imipr amina e a amitrip-
do, sonolência, tontur a. . · tilina, os efeito s antide press ivos só são observa-
•Monitoram ento altera ções hemat ológic as e he- dos em doses acima de 1OOmg/dia, podendo a
páticas. dose máxim a girar em torno de 2OO-250mg/dia,
• Múltiplas intera ções medic ament osas, inter- consi deran do o risco cardio vascu lar.
ferindo no nível plasm ático de outro s medic a- Inibidores seleti vos da recaptação da sero-
mentos. tonina (ISRS)
Ácido Valproico Inibid ores seleti vos da recap tação da seroto-
• Náuseas, ganho de peso, sedaç ão, tremo res, nina (citalo pram, escita lopra m, fluoxe?na,,, par~-
queda de cabelo (reversível com comp lemen ta- xetina , sertra lina) são os "antid epress ivos m~1s
ção oral de zinco e selêni o). recen tes, com o desta que para a fluoxetina. Sao
• Monit orar altera ções hematológicas e hepáti cas. subst ância s mais "limp as~ ou seja, agem so~re
pouco s sistem as de neuro transm issão, basica-
ment e inibin do seleti vame nte a recap tação da
Antidepressivos seroto nina, e repre senta ram uma grand e explo-
São medic ações de uso relati vame nte simpl es e são de presc rição. Agem sobre a seroto nina, en-
seguro , sobre tudo nos episó dios depre ssivos em tretan to, paira ainda um tensio name nto sobre
pacien tes neuró ticos, semp re obser vando se há qual é o real papel dessa subst ância nos sinto·
altera ções impor tantes e persis tentes do humo r mas depre ssivo s. Este acaba sendo um discur!º
ou sentim ento vitais, que não respo ndera m a ainda basta nte diwlg ado e repeti do: "depre
5 !ª;
outra abord agem , e com prejuí zos signif icativ os é causa da por falta de serot onina no cérebro ·
para a vida do pacien te. Apesa r de não produ zir efeito place bo não pode ser desco nside rado no
fenôm enos biológicos de tolerâ ncia e depen dên- uso dessas medicações.
Unidade 31
Reflexão
0 profissional de enfermagem
contem .. •
'd ,
o complexo, que convi e a busca, e à refle _ , SI·ta estar atuahzado
poraneo neces por um conhecimento aber-
t , ·" · ,d ~ transtorno mental - profissional. Um conhecimento
xao contínua. da sua atu_açao
ositiVO na_ ex_Penenc1a
~ento profissional A pratica do profissi d' que eStimule contínuamente a busca pelo aperfeiçoa-
1
ecimento criativo e reflexivo que hab1.º11.nta e enfermagem· nos transtornos
1· ·
mentais necessita de co-
nh ...
objeto de traba1ho. Competencia significa t .
em os profiss·1
, . ona1s a rea 1zar cmdados competentes no seu
Isto Jeva à capacidade de propor novas pr ,~?nza~ pra_tí~as e praticar teorias, sem diminuir uma à outra.
crítico no processo dos transtornos menta~ icas, mqumr processos e produtos, participar como sujeito
IS.
JT •
Exerc1c10s
01. A Lei Federal n!!t0.216, de 6 de abril de 02. Assinale a afirmativa verdadeira: De
2001, importante marco no processo de rees- acordo com a Política de Saúde Mental do Mi-
truturação do modelo assistencial da área de nistério da Saúde, os Centros de Atenção Psi-
saúde mental, dispõe sobre: cossociais, assim como os Núcleos de Atenção
A) a criação e o funcionamen to de Cooperati- Psicossocial e os Centros de Referência e ou-
vas Sociais, visando à integração social dos cida- tros tipos de serviço substitutivo são:
dãos, com a finalidade de inserir as pessoas em A) serviços de atenção intensiva, abertos 24
desvantagens no mercado econômico, por meio horas por dia, que atendem emergências psi-
do trabalho. quiátricas.
B) a instituição de um Grupo de Trabalho Inter- B) serviços de atendimento de pacientes com
ministerial para avaliar e apresentar propostas transtornos mentais severos e persistentes, em
para rever, propor e discutir a política do gover- regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e
no federal para a atenção a usuários de álcool, não intensivo, sendo responsáveis pela interna-
bem como harmonizar e aperfeiçoar a legislação ção, que funciona diariamente, segundo a lógica
que envolva o consumo e a propaganda de bebi- do território.
C) locais anexos e estreitament e ligados aos
das alcoólicas.
hospitais psiquiátricos, que funcionam como
C) a instituição do auxílio-reab ilitação psicos-
ambulatórios, recebendo os pacientes de um de-
social para pacientes acometidos de transtornos
terminado território para recebimento de medi-
mentais egressos de internações. cação psiquiátrica e realização de consultas.
D) a adequação dos hospitais psiquiátricos , - D) locais onde se busca integrar o portador de
leitos psiquiátrico s em hospitais gerais, constru- transtorno mental em um ambiente social e cul-
ção de unidades psiquiátrica s e sua estruturação tural concreto, designado como seu "território",
dentro do SUS. o espaço da cidade onde se desenyolve a vida
E) a proteção e os direitos das pessoas portado- cotidiana de usuários e familiares. E a principal
ras de transtornos mentais e o redirecionam ento estratégia do processo de reforma psiquiátrica.
do modelo assistencial em saúde mental enten- E) serviços que atendem na porta de entrada
dendo que a internação, em qualquer de suas mo- dos hospitais psiquiátricos e servem como elo
dalidades, só será indicada quando os recursos entre os pacientes e o hospital.
extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
D1.d a' t 1co · aePrática
· de En fermagem - T,eor 1
Gab arit q
go de diversos saberes; com respeito à organiza-
01. E-A Lei Federal nºl0.2 16, de Paulo Delga- ção institucional, com relações horizontais, que
do, protege as pesso as porta doras de transt ornos ocorrem na forma de reuniões capazes de au-
mentais, sendo um impo rtante marco no novo menta r o poder de decisão coletiva e cabendo a
modelo assist encial da área de saúde mental. autogestão e a interdisciplinaridade. Os espaços
02. D - O Movimento Antimanicomial tem como de tratamento psicossociais (CAPS, NAPS, Centro
objetivo a conqu ista de uma cidadania plena, de Saúde, Hospital-Dia, Ambulatório de Saúde
Mental, Centros de Convivência) produzem efei-
emancipada. Trata- se de uma cidadania que se
tos sobre o sujeito inscrito em um território onde
alcança com comp etênc ia tanto para temat izar a
possui acesso livre, em um espaço de interlocu-
impropriedade das forma s de exclusão do doen-
ção cuja meta final é o reposicionamento subjeti-
te mental quant o para decid ir sobre questões vo do indivíduo.
que afetam a sua vida. Com isso, há necessidade
de locais nos quais se busca integr ar o portad or 07. E - Os CAPS, dentro da atual política de
de transt orno menta l em um ambie nte social e saúde mental do Ministério da Saúde, são con-
cultural concreto, desig nado como seu "territó- siderados dispositivos estratégicos para a or-
rio': o espaço da cidad e onde se desenvolve a vida ganização da rede de atenção em saúde mental.
quotidiana de usuár ios e familiares. É a principal Eles devem ser territorializados, ou seja, devem
estar circunscritos no espaço de convívio social
estratégia do proce sso de reform a psiquiátrica. O
(família, escola, trabalho, igreja, etc.) daqueles
atendimento em saúde menta l no CAPS é bastan te
usuários que os frequentam. Deve ser um servi-
estratégico pela facilidade de acesso dos usuários
ço que resgate as potencialidades dos recursos
a referência da equip e e vice-versa. · comunitários à sua volta, pois todos estes recur-
03. 8 - O camp o da saúde menta l contin ua em sos devem ser incluídos nos cuidados em saúde
construção, e novas estrat égias de tratam ent~ mental. Os CAPS, dentro da atual política de saú-
e de integr ação estão em const ante desenvolVI- de mental do MS, são considerados dispositivos
mento no Brasil. estratégicos para a organização da rede de aten-
ção em saúde mental.
04. E - Todos estão corre tos, essas várias ferra-
mentas auxili am no desen volvim ento de proces- 08. E - Além da prevalência ser quatro vezes
maior em meninos O autismo é caracterizado p~r
sos mais eficie ntes e satisf atório s para ate nd er
um desenvolvimento anormal ou alterado, mam-
os casos de saúde menta l no Brasil. fi stado antes da idade de 3 anos, apresentando
OS D - A princ ipal estrat égia do proce sso dde
· a ps1qm
. .átr1ca
. é mtegr
.
:ma perturbação ca~ct erís~c ~ do fun~ion~~en-
reform a r O porta
. dor e_
to em cada um dos tres domm1os segumtes. mte-
transtorno menta l em um ambie nte soc1_at1óe'oc~1o rações sociais, comunicação, ~omportamento fo-
. d mo seu "terr1 r1 , calizado e repetitivo. Além disso, o transt orno é
turaI concreto, desig na O co vida quo-
espaço da cidad e onde se dese~ v~lve ª comumente acompanhado de numerosas ou~as
tidiana dos usuár ios e seus famih ares. manifestações inespecíficas, por exemp~o, fo~1as,
erturb ações de sono ou da aliment3:ç~o, crises
06. D - A prátic a terau pêuti ca deve s;r re;:~ : ~e birra ou agressividade (autoagress1V1dade).
da por equipe interprofissional, haven ° 0
265
• -------~
tica
,.._ oa::,~_E idá tico de Enf erm age m - Teoria e Prá -.---....-.=,.......
==e ~-..-· ~=.-=-------
o9. B - No fim dos anos 1980, surgiu o Movi- 10. D _ Agorafobia é o transtorno de ansiedade
. d"1vi'd uo, quando exposto a luga
mento dos Trabalhadores em Saúde Mental, em- em que um m . 1 res
penhando o lema "Por uma sociedade sem ma- ou a situações em que e1e JU gue como embara
sas, acaba sentindo ,umadansiedade .despr opor ~o-
nicô1?1~os" que estimulou a produção legislativa d cio.
~e v~nos Estados no sentido de proceder à de- nal ao fator que está sen o presencia o, podend0
smstitucionalização, sempre mantendo em vista apresentar até sintomas do transtorno do pânic
a reintegração do paciente ao seu meio social. A agorafobia pode tanto se manifestar de forrnº·
específica como generalizada (como sair de casa
ir ao trabal~o ou ao_médic?J· ?s lugares específi~
cos mais evitados sao os túne_1s, passarelas, Pon.
tes, avenidas largas ou rodovias. Pode ocorrer 0
medo de multidões como nos shopping centers
restaurantes, filas, cinemas, teatros, elevadores. '
Referências
tentativa de suicídio em hospital de João
ALMEIDA, Sandra Aparecida et al. "Investigação de risco para
Pessoa- PB': Rev. Eletr. Enf, v.11 n.2, pp. 383-389, 2009.
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BALLONE, G. J; Penha Chaves, P. H. de A., Sinopse de psiquiatria
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tura Médica Rio de Janeiro, 1992.
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BORGES, Edson Sá. Psicologia clínica hos-
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BOTEGA, Neury José et al. "Prevalências de ideação, plano
base populacional em Campinas, São Paulo, Brasil'~ Cad. Saúd
e Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 12, Dec,
pp.2632-2638, 2009.
crise : percursos e desafios na prevenção
BOTEGA, N. J.; SILVEIRA, I. U.; MAURO, M. L. R Telefonemas na
do suicídio. Rio de Janeiro: ABP Editora, 2010.