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INTRODUÇÃO Á SAÚDE MENTAL

Prof. Jorge Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria


INTRODUÇÃO Á SAÚDE
MENTAL/PSIQUIATRIA

SAÚDE é definido pela


Organização Mundial de DOENÇA é um desiquilíbrio
Saúde (OMS) como bem- físico, mental ou social que
estar físico, mental e social. alteram a qualidade de vida
Ou seja, vai além da ausência do sujeito.
de doenças e infecções.
INTRODUÇÃO Á SAÚDE
MENTAL/PSIQUIATRIA

• SAÚDE MENTAL, de acordo com a Organização Mundial da


Saúde; define-se bem-estar que o indivíduo seja capaz de ter
suas habilidades, recuperar-se do estresse diário, ser produtivo e
contribuir com a sociedade.

• DOENÇA MENTAL/ TRANSTORNO MENTAL, anormalidade,


sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica e/ou
mental estudadas pela psicologia, psiquiatria e neurologia.

• A DM pode ser FÍSICA, QUÍMICA ou SOCIAL.


INTRODUÇÃO Á SAÚDE
MENTAL/PSIQUIATRIA

• PSIQUIATRIA; Especialidade que define diagnóstico, da terapia


medicamentosa e da psicoterapia de pacientes que apresentam problemas
mentais. Orienta/ interfere de forma ética em suas decisões e tratamento.

• PSICOLOGIA; Especialidade que trata dos processos mentais, do


comportamento do ser humano e de suas interações com um ambiente
físico e social. Orienta os pacientes, porém NÃO interfere em suas decisões.

• NEUROLOGIA; Especialidade que se dedica ao estudo e tratamento das


doenças que atingem o sistema nervoso central e periférico; e seus nervos.
DIREITOS, DEVERES E
RESPONSABILIDADES

• São garantidos por Lei civis e penais gerais e específicas, que são determinadas
pelos representantes da sociedade:
• IMPUTÁVEL – é o sujeito mentalmente são e desenvolvido, capaz de entender o
caráter ílicito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento.
(sujeito à PENA)

• INIMPUTÁVEL – é o indivíduo inteiramente incapaz de entender a ilicitude do fato


e de determinar-se de acordo com esse entendimento. (sujeito à MEDIDA DE
SEGURANÇA), vide artigo 26 caput do Código Penal

• SEMI-IMPUTÁVEL – embora aparentemente são, não tem plena capacidade de


entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se conforme esse
entendimento.
DIREITOS, DEVERES E
RESPONSABILIDADES
• Art. 26 - É isento de pena o agente
que, por doença mental ou
desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da
omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse
entendimento.
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

• Segundo Cataldo Neto,


Annes e Becker, a história da
psiquiatria iniciou-se com o
médico HIPÓCRATES quando
este desenvolveu a teoria
humoral, continha
descrições de enfermidades:
melancolia, psicose pós-
parto, fobias, delirum
tôxico, demência senil
e histeria.
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

• SÉCULO V A.C. NA GRÉCIA


• - Platão divide a alma
humana em apetite, razão e
têmpera;
• - Na Grécia Antiga, era
considerado sobrenatural e
somático;
• - Distúrbios mentais
oriundos de desequilíbrio
interno do corpo: melancolia
– “bílis negra” e histeria –
deslocamento do útero.
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

• SÉCULO I A.C. EM ROMA


• - Asclepíades diferencia ilusões
e alucinações;
• - Galeno considerou os
transtornos mentais como distúrbios
cerebrais (retenção de líquidos no
organismo o sangue);
• - Criação de leis que abordavam
os portadores de distúrbios mentais
(atenuação de penalidades em
crimes causados por insanidade e
embriaguez; definição da
capacidade do doente mental para
casamento, testamento dentre
outros).
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

• IDADE MÉDIA: SÉC. V AO XV


• - Idade das trevas; pensamento
cultural ligado à religiosidade;
• - Prevalência do pensamento
fantástico e sobrenatural (doente
mental possuído pelo demônio);
• - Tribunais da Inquisição e
Tratados sobre bruxaria;
identificação das “feiticeiras” por
meio de sinais / sintomas comuns
nos transtornos mentais.
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

• XVIII e XIX na França:


• - utilização de critérios racionais e
científicos na psiquiatria;
• Modificação na assistência mental com
Phillipe Pinel: Classificação dos
transtornos mentais e retirada dos
pacientes das “prisões”; proposta de
tratamento humanitário aliada à prática
da docência; Os “loucos” eram
considerados perigosos e excluídos da
sociedade. Passaram de pecadores para
doentes necessitados de tratamento.
Tratamento moral: punição por seus
erros.
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

• SÉCULO XIX
• - Na Alemanha inicia a psiquiatria moderna,
novos estudos sobre transtornos mentais;
• - Freud (1856 - 1939): PSICANÁLISE;
demonstra o inconsciente, a importância dos
sonhos, a sexualidade infantil
• ID: processos primitivos do pensamento, o
reservatório das pulsões.
• EGO: alterna nossas necessidades primitivas e
nossas crenças éticas e morais.
• SUPEREGO: representa os pensamentos morais
e éticos internalizados.
• - No Rio de Janeiro, em 1852: criação do
Hospício Pedro II
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA
PSICANÁLISE, criado por Sigmund Freud é um ramo
clínico teórico que tenta explicar o funcionamento da
mente humana, ajudando a tratar DISTÚRBIOS
MENTAIS E NEUROSES. O objeto de estudo da
psicanálise concentra-se na relação entre os desejos
INCONSCIENTES E OS COMPORTAMENTOS E
SENTIMENTOS vividos pelas pessoas.
O PSIQUISMO (mente,
pensamento), é um forte
elemento para o adoecimento.
Da mesma forma ele pode
interferir para um bom
prognóstico.
HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

• SÉCULO XX
• - Crescimento dos MANICÔMIOS e piora nas condições de
internação – isolamento, abandono, maus tratos, más condições
de alimentação e higiene.
• DÉCADA 30: surgem o tratamento de choque e a psicocirúrgia
• 1952: CLORPROMAZINA (amplictil); possibilita o tratamento
em casa (primeiro fármaco psicoativo).
• DÉCADA DE 60: COMUNIDADES TERAPÊUTICAS; melhoria do
ambiente e valorização dos pacientes (RJ comunidades e
Hospital Pinel).
PRÍNCIPAIS
NOMES DA
PSIQUIÁTRIA
PHILIPPE PINEL
Psiquiatra francês do século XVll é o precursor
do (MOVIMENTO ALIENISTA), valorizou os
seres humanos como doentes mentais e não
como endemoniados /malditos. Iniciou o
diagnóstico da ESQUIZOFRENIA E
DEMÊNCIA. Acreditava na experiência clínica.
Suas principais ações eram: diferenciar
alienados e melancólicos; transformar a atitude
brutal e repressiva em uma atitude
compreensiva que denominou tratamento
moral e isolamento; diminuir os maus tratos e
lesões.
FRANCO BASAGLIA
Psiquiatra italiano 1960, criador do movimento
da reforma psiquiátrica. Foi base para reforma
psiquiátrica brasileira em 2001, reformulou o
modelo de assistência de
HOSPITALOCÊNTRICO para MODELO
ASSISTENCIAL (RESSOCIALIZAÇÃO) para
os doentes mentais; implantando a
humanização, a integração entre sociedade, o
governo e os doentes mentais, a higiene, rede
de atendimento, prestação de serviços
comunitários, emergências psiquiátricas em
hospitais, cooperativas e centros de convivência.
SIGMUND FREUD (1900)
- Neurologista criador da psicanálise;
- Nascido na atual República Tcheca);
- - Iniciou seus estudos pela utilização da
técnica da hipnose no tratamento de
pacientes com histeria;
- - Histeria era PSICOLÓGICA, e não
orgânica.
- - Desenvolveu o estudo do
CONSCIENTE E O INCONSCIENTE;
- - Conhecido por suas teorias dos
mecanismos de defesa e repressão
psicológica e por criar a utilização clínica
da psicanálise como tratamento das
psicopatologias;
PRIMEIROS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS NO BRASIL
HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DOM PEDRO ll (HOJE
INSTITUTO PINEL)
- abrigava os “alienados mentais” se agressivos eram
presos, se calmos soltos;
- As Santas Casas de Misericórdia que recebiam e
cuidavam dos doentes;
- Inicio de tentativa de reabilitar os pacientes;
- Terapia ocupacional com oficinas (Lazer e trabalho);
- Não havia tratamentos biológicos, a forma encontrada
para controlar os pacientes mais agitados era trancá-los
em quartos fortes e amarrá-los em camisas de força.
- Os principais casos tratados eram de
NEUROSSÍFILIS.
PRIMEIROS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS NO BRASIL

1852 – Hospício Pedro ll 2018– Instituto Philippe Pinel


NEUROSSÍFILIS é uma complicação da síflis,
e surge quando a bactéria Treponema
pallidum invade o sistema nervoso, como
cérebro, meninges e medula espinhal, após
muitos anos de INFECÇÃO sem o tratamento
adequado, ocorrendo SINTOMAS, como
falência da memória, depressão, paralisias ou
convulsões.
PRIMEIROS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS NO
BRASIL

• HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DO JUQUERI


• 1898 Foi inaugurado pelo Psiquiatra Franco da Rocha, mudou muitas
vezes de nome; Enfrentou a explosão migratória dos anos 60 provocada
pelo DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, que elevou o desemprego, a
mendicância e a marginalidade;
• - Em 1958 por volta de 14 mil internados. 3500 eram crianças;
• - 1970 abrigou “presos políticos que estavam em desacordo com a
sociedade”;
• - 1981 possuía 4.200 pacientes entre Juqueri e Manicômio Judiciário;
• - Por necessidade, se formou, vários órgãos ao redor, escolas, policia
militar, invasores de terra, corpo de bombeiros e até um lixão;
• HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DO JUQUERI
• - Ao passar das décadas, diminuíram o número de pacientes através de
novos métodos de assistência, ressocialização e falecimentos.
• - 2005, após a reforma psiquiátrica em 2001, um incêndio atingiu o setor
administrativo, destruindo parte de registros históricos;
• - Está em um processo de desativação, hoje existe um programa de
cidadania para pacientes e funcionários;
• - Atualmente existem pacientes que moram, convivêm em sociedade,
trabalham e voltam apenas para dormir ou esporadicamente para
tratamento.
• - Hoje os pacientes não são maltratados ou judiados; alguns não têm
família ou foram abandonados.
PRIMEIROS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS NO BRASIL

HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DO JUQUERI


REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL

• CONTEXTO HISTÓRICO:
• - Baseado no modelo assistencial Italiano de Franco Basaglia (1970);
• Anos 60/70: clínicas psiquiátricas privadas, conveniadas com o poder público;
• Anos 80: 100 mil leitos +300 hospitais psiquiátricos.
• 1987 (Bauru): nasce o movimento da LUTA ANTI-MANICOMIAL – “Por uma sociedade
sem manicômios”;
• - Falta de cuidado e maus-tratos aos pacientes; repensar a saúde mental;
• - VIII Conferência Nacional de Saúde (1986): necessidade de criar um sistema de saúde
unificado;
• - I Conferência Nacional de Saúde Mental (1987) – Bauru-SP
• Declaração Mundial de Caracas (1990); Movimento para a DESINSTITUCIONALIZAÇÃO;
• - Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei 10.216/2001) Paulo Delgado.
REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL

• Propostas para mudanças no modelo de assistência em saúde mental de


HOSPITALOCÊNTRICO PARA MODELO ASSISTENCIAL:
• - Diminuição dos leitos psiquiátricos;
• - Substituição das internações pelo tratamento em centros especializados;
• - Extinção dos hospitais psiquiátricos e abertura de serviços substitutivos;
• - Regulamentação da internação psiquiátrica involuntária;
• - Maior dificuldade da reforma são os MANICÔMIOS JUDICIÁRIOS, pois
existem pessoas/criminosos que não estão aptos ou nunca estarão para
viver em sociedade (assassinos, estupradores, pedófilos);
• - Atenção extra para idosos, dependentes químicos e menores de idade;
• LEI DA REFORMA PSIQUIÁTRICA: Lei 10.216, de 06 de abril de 2001:
• - Diretriz não-asilar (sem internações prolongadas);
• - Reinserção social do paciente; a família, o trabalho e a comunidade;
• - Regime de internação com atendimento integral, atividades de lazer e
ocupacionais;
• - Sanciona três tipos de internação: VOLUNTÁRIA, consentida pelo
usuário; INVOLUNTÁRIA, a pedido de terceiro, sem consentimento do
usuário; e COMPULSÓRIA, determinada pela justiça;
• Após 2001, a política de Saúde Mental passou por transformações,
evoluindo de um modelo HOSPITALOCÊNTRICO (internação), para um
MODELO ASSISTENCIAL BIOPSICOSSOCIAL (reinserção social), através de
uma sociedade inclusiva;
• Lei Paulo Delgado – sancionada em 2001/ LEI FEDERAL
10.216

• Redireciona a assistência em saúde mental;

• Dispõe sobre a proteção e direitos das pessoas com


transtornos mentais;

• Impõe novo impulso e ritmo para o processo da Reforma


Psiquiátrica no Brasil.
LEI DA REFORMA
PSIQUIÁTRICA: Lei
10.216, de 06 de abril de
2001:
A partir de 2000, foram
criados os Centros de
Atenção Psicossocial
(CAPS);
E em 2003 o Programa de
Volta pra Casa, reinserção
social dos pacientes
internados por longos
períodos a família e
sociedade; Atualmente
recebem um benefício
assistencial;
REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL
A portaria GM n °336, de 19 de fevereiro de 2002
garante os DIREITOS AOS PORTADORES DE
TRANSTORNOS MENTAIS, TRATAMENTO E
REINSERÇÃO A SOCIEDADE;
Acesso ao sistema de saúde, meios de comunicação,
informações á respeito sua doença e tratamento;
humanização, participação da família e comunidade na terapia,
proteção contra abuso, maus tratos e exploração; sigilo
profissional; direito á presença médica; procedimentos
invasivos minimalistas.
A lei ressalta a responsabilidade do Estado no
desenvolvimento da política da saúde mental, a
assistência e a promoção de ações de saúde aos
portadores de transtornos mentais, com a devida
participação da sociedade e da família (Art. 3º).
HOSPITAL DIA
É destinado para tratamento de pacientes em regime
intensivo sem internação onde o paciente permanece
durante o dia.
- Ocorre aplicação de medicações injetáveis de longa
ação com avaliação médica e supervisão de
enfermagem;
- Participação ativa da família (psico-educação), equipe
multiprofissional, terapia exclusiva individual, evita
internação e exclusão do convívio familiar; Tratamento
farmacológico, terapias de lazer e ocupacionais; realizado
em maiores de idade com transtornos mentais;
- Não atende pacientes com dependência química.
- Tratamento individual, exclusivo dando maior autonomia,
ressocialização e bem-estar psíquico; Tratamento por 30 dias
e encaminhado para ambulatório/rede.
AMBULATÓRIOS
Os ambulatórios realizam consultas de
psiquiatria clínica com diversos sofrimentos
mentais (depressão, ansiedade, psicoses
diversas, etc.),
- No atendimento ambulatorial ocorre:
Consulta inicial e de seguimento; psicoterapias;
avaliação para ingressar no hospital dia; avaliação
para aplicação de medicação injetável de longa
duração; Consultas para seguimento dos egressos
do Hospital Dia ou outras internações;
atendimento para maiores de idade e não
atendimento para dependência química.
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS)
São pontos de atenção estratégicos da
assistência do SUS á saúde mental: serviços de
saúde de caráter aberto e comunitário realizado
por equipe multiprofissional e que atua de forma
interdisciplinar e realiza atendimento exclusivo às
pessoas com sofrimento mental, incluindo
dependentes químicos, estes CAPS (substitui o
modelo hospitalocêntrico) se encontram
próximos as residências para melhor
atendimento nas situações de crise ou nos
processos de reabilitação psicossocial.
TIPOS DE CAPS:
MODALIDADES:
CAPS I: Atendimento geral, transtornos
mentais,álcool, drogas, cidades
pequenas.
CAPS II: Atendimento geral, transtornos
mentais, drogas, cidades grandes.
CAPS i: Atendimento para
crianças/adolescentes, transtornos
mentais, drogas, cidades grandes.
CAPS ad Álcool e Drogas:
especializado em transtornos por álcool e
TIPOS DE CAPS:
MODALIDADES:
CAPS III: Atendimento com acolhimento
noturno e observação; Atendimento geral;
transtornos mentais e drogas, cidades grandes.

CAPS ad III Álcool e Drogas:; funcionamento


24h com acolhimento e observação; atendimento
geral; álcool e drogas, cidades grandes. Caso a
cidade não possua CAPS, atendimento fica pela
REDE DE ATENÇÃO BÁSICA. A atenção básica
é desenvolvida de forma descentralizada e
próxima a vida das pessoas.
RESIDÊNCIAS TERAPÉUTICAS
São casas, locais de moradia, destinadas a
pessoas com transtornos mentais que
permaneceram em longas internações
psiquiátricas e impossibilitadas de retornar às
suas famílias de origem. O programa se divide
em dois tipos de atendimento:
- -RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS TRADICIONAIS

- -UNIDADES DE ACOLHIMENTO TRANSITÓRIO


NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)
Programa de assistência do Ministério da Saúde em
2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da
Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde
na rede de serviços, assim como a resolutividade, a
abrangência e o alvo das ações.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
É a reorganização da atenção básica
no País, de acordo com as diretrizes do
SUS (universalidade, equidade e
integralidade), e é tida pelo Ministério da
Saúde de forma descentralizada, buscando
qualidade e melhoria da atenção básica, na
prevenção e na contenção de riscos da
saúde mental e pública no Brasil.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
FUNÇÕES DA ENFERMAGEM NA PSIQUIÁTRIA
Em 1952 Peplau descreveu as atividades da
enfermagem em seu livro “Interpesonal Relations
in Nursing”, no qual detalhou habilidades, atividades e o
papel da enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar) na
psiquiatria como membro ativo atuante:
- Lidar com problemas de humor, de atitude e
interpretação da realidade dos pacientes;
- Explorar pensamentos e sentimentos perturbadores
/ geradores de conflito;
- Usar sentimentos positivos do paciente como
equilíbrio psicológico;
- Aconselhar pacientes em emergências, por exemplo,
de pânico ou de medo;
FUNÇÕES DA ENFERMAGEM NA PSIQUIÁTRIA
- Orientar quanto higiene, doença, saúde e
Psicoterapêutica ou conselheira (ouvir o paciente);
- Ouvir, observar, respeitar e orientar o paciente, não
deixando de ver o mesmo como um todo biopsicossocial
e espiritual, mantendo coerência nas condutas, traçando
um plano de cuidados individual e sistematizado,
criando um ambiente terapêutico junto com a equipe
multiprofissional;
- As funções de cada membro é constituída e
regulamentada pela lei 7498 de 1986 (LEI DO
EXERCÍCIO PROFISSIONAL);
Cabe ao enfermeiro a função do desenvolvimento do processo
de relacionamento terapêutico com seus pacientes, está é sua
principal função, função psicoterápica.(Teixeira 1997)
FUNÇÕES DA ENFERMAGEM NA PSIQUIÁTRIA
- Proporcionar cuidados e advogar a favor da
família e paciente;
- Promover medidas de prevenção primária;
- Cuidados especiais com pacientes graves,
satisfazer necessidades básicas;
- Técnica (realização competente dos
procedimentos técnicos, preparar e
administrar a medicação);
- Administrar hospital, ambiente e situação;
- Ser socializante do paciente, família e
comunidade;
O Id é regido pelo “princípio do prazer”.
Aprofundamento ligado a libido, está
relacionado a a ação de impulsos é considerado
inato. Está localizado na zona inconsciente da
mente, sem conhecer a “realidade” consciente
e ética, agindo portanto apenas a partir de
estímulos instintivos, o que lhe atribui a
característica de amoral.
é o componente nato dos indivíduos, ou
seja, as pessoas nascem com ele.
Consiste nos desejos, vontades e
pulsões primitivas, formado
principalmente pelos instintos e desejos
orgânicos pelo prazer. A partir do Id se
desenvolvem as outras partes que
compõem a personalidade humana: Ego
e Superego.
O ego é a parte consciente da mente,
sendo responsável por funções como
percepção, memória, sentimentos e
pensamentos. É regido pelo “princípio da
realidade”, sendo o principal influente na
interação entre sujeito e ambiente externo. É
um componente moral, que leva em
consideração as normas éticas existentes e
atua como mediador entre id e superego.
Ego

O Ego surge a partir da interação do ser humano


com a sua realidade, adequando os seus
instintos primitivos (o Id) com o ambiente em que
vive. O Ego é o mecanismo responsável pelo
equilíbrio da psique, procurando regular os
impulsos do Id, ao mesmo tempo que tenta
satisfazê-los de modo menos imediatista e mais
realista. Graças ao Ego a pessoa consegue
manter a sanidade da sua personalidade. O Ego
começa a se desenvolver já nos primeiros anos
de vida do indivíduo.
O superego é o componente inibidor da mente, atuando
de forma contrária ao id. Considerado hipermoral, segue o
“princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do
sujeito sempre agindo de acordo com heranças culturais
relacionadas a valores e regras de conduta. O superego é,
então, componente moral e social da personalidade.
São conceitos bastante abstratos e talvez de difícil
compreensão à primeira vista, mas que podem ser
demonstrados mais claramente através de exemplos
cotidiano
Superego

O Superego se desenvolve a partir do Ego e consiste na


representação dos ideais e valores morais e culturais do
indivíduo. O Superego atua como um “conselheiro” para
o Ego, alertando-o sobre o que é ou não moralmente
aceito, de acordo com os princípios que foram
absorvidos pela pessoa ao longo de sua vida.
De acordo com Freud, o Superego começa a se
desenvolver a partir do quinto ano de vida, quando o
contato com a sociedade começa a se intensificar
(através da escola, por exemplo) e as relações sociais
passam a ser melhor interpretadas pelas pessoas.

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