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a Atenção Básica
OBJETIVOS
Office [2]1
Office1 A
Microsoft Office User; 13/03/2018
Leitos em
Hospital Geral
A RAPS (Rede de Atenção Psicossocial)
Residência
Terapêutica
SEP
Slide 6
Office [6]1 Na verdade o modelo não é exatamente assim... os CAPS possuem suas especializações e as enfermarias carecem de
implantação...
Microsoft Office User; 13/03/2018
Leitos em
Hospital Geral
A RAPS (Rede de Atenção Psicossocial)
MAS...
Residência
Terapêutica
SEP
Office [7]1
Office [8]1
MODELO MANICOMIAL
Século XVII - Surgimento do manicômio: modelo para segregar
o “diferente”, manter a ordem vigente
Office [7]1 Será preciso diferenciar Manicomio (ou modelo manicomial) de Hospital Psiquiátrico.
Microsoft Office User; 13/03/2018
Office [8]1 Isso aqui é um problema... Cada profissional de saúde verá isso de um jeito, mas aqui cabe o recado que todos são contra o
modelo manicomial. Nem todos são contra o hospital psiquiátrico (de pequeno porte) e não manicomial. Este modelo está
ainda em transição e discussão...
Microsoft Office User; 13/03/2018
REFORMA PSIQUIÁTRICA
• Lei Paulo Delgado 10216 (1989/2001) extinção gradual dos Hospitais Psiquiátricos e
criação de Serviços Substitutivos que funcionam a partir de outra lógica de cuidado
(inclusão e reinserção social, individualização...).
Abordagem ao
paciente de Saúde
Mental
ALGUMAS DICAS…
• Inicie com pergunta aberta e deixe a pessoa falar sem interrupção por alguns minutos;
• Crie um clima acolhedor, facilitando o vínculo e a confiança;
• Perceba sua própria reação emocional imediata às comunicações da pessoa;
• Aprofunde o motivo do atendimento;
• Busque associações do surgimento de sintomas com eventos importantes, como
conflitos e perdas;
• Garanta a confidencialidade;
• Evite expressar juízos de valor (JULGAMENTOS) ;
• Quando não souber o que dizer, silencie-se.
ALGUMAS DICAS…
• Detalhe cada informação e busque outras fontes de informação
como a Família e o ACS;
• Preste atenção à linguagem corporal e ao tom de voz;
• Quando quiser dizer algo e não tiver certeza do momento, faça-o
na forma de pergunta;
• Ofereça, não imponha. Pactue, construa com a pessoa.
CASO CLÍNICO…
Sra Nilda, 71 anos, vem com frequência a USF. Apesar de gozar de boa saúde e de seu
médico afirmar que seus exames estão em dia, ela chega a consulta insistindo em
fazer exames: colesterol, glicemia, ECG, "tudo". Dispara uma série de queixas para
seu médico, que sente como se a consulta não tivesse foco. Nilda diz que tem se
sentido mal, com uma sensação que não consegue definir bem. Com frequência, tem
palpitações. Também não são incomuns crises de cefaléia ao fim da tarde. A noite,
"não prega o olho", ou seja, não consegue iniciar o sono.
Maria do Carmo, ACS de sua equipe, entra no consultório e começa a dizer que não
está bem. Tem 52 anos, queixa-se de perda de peso, fadiga e insônia há três meses.
Relata que vem se sentindo gradualmente mais cansada, e fica acordada até tarde
da noite, porque não consegue dormir. Queixa-se das cobranças no seu trabalho e
não tem disposição para fazer as coisas. Refere também que não está mais
conseguindo limpar e organizar sua casa pois não tem ânimo. Queixa-se de seu
marido, muito ausente nos ultimos 2 anos. Neste momento Maria do Carmo chora e
lamenta a vida que está levando. Quando começa a se queixar das dores crônicas
nas costas, braços e mãos, diz que nada melhora essas dores e os médicos não
valorizam o que ela diz: "a senhora não tem nada, seus exames estão todos
normais".
Transtorno de
Humor
TRANSTORNO DE HUMOR: COMO DIAGNOSTICAR?
HUMOR DEPRESSIVO
Você se sentiu incomodado por
estar "baixo astral", deprimido
ou sem esperança?
ANEDONIA
Você se sentiu incomodado por
ter pouco interesse ou prazer
para fazer as coisas?
TRANSTORNO DE HUMOR: DEPRESSÃO
COMO DIAGNOSTICAR?
INVESTIGAR NA ANAMNESE:
1. Diminuição de energia ou irritabilidade/agitação psicomotora
2. Perda de interesse
3. Falta de esperança
4. Perda de confiança em si mesmo
5. Dificuldade para concentrar-se
6. Perda ou ganho de peso
7. Alterações no padrão do sono
8. Falta de disposição
9. Piora dessas sensações pela manhã
10. Sentimento de culpa
PACK Brasil - Florianópolis
Por pelo menos 2 semanas, o paciente teve ao menos 2 sintomas centrais de depressão?
Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias
Perda de interesse ou prazer em atividades normalmente prazerosas
Energia diminuída ou fadiga aumentada
NÃO
SIM O paciente não
Por pelo menos 2 semanas, o paciente teve 3 dos outros sintomas está deprimido
de depressão?
Concentração e atenção reduzidas
Autoestima e autoconfiança reduzidas
Ideias de culpa e desvalorização
Visão de futuro fria e negativa
Ideias ou ações de suicídio ou autoagressão
Dificuldade de dormir NÃO
Perda de apetite
SIM
O paciente tem dificuldades para executar trabalho habitual, tarefas
sociais ou familiares?
SIM NÃO Diagnostique depressão leve
RISCO DE SUICÍDIO
• Pensamentos recorrentes de morte;
• Ideação suicida;
• Tentativa ou PLANO SUICIDA (bem elaborado);
• Perguntar abertamente;
• Avaliar necessidade de internação hospitalar ou domiciliar;
• Condução junto com o especialista; (ou TELESSAÚDE 0800 644 6543)
• Motivo para se quebrar sigilo da consulta.
AVALIAR RISCO DE SUICÍDIO
ATENÇÃO AO SOFRIMENTO PSIQUICO NA APS
• Ter uma postura empática;
• Construir uma agenda de atividades prazerosas;
• Práticas Integrativas e Complementares;
• Grupos de apoio e rodas de conversa;
• Terapia Comunitária;
• Matriciamento NASF e CAPS;
• Academias de saúde / estímulo à atividade física;
• Buscar parcerias com o território.
Tratamento
Farmacológico
Transtornos Mentais Comuns
TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO
Office [10]1 Em geral o prazo mínimo é de 1 ano, menos que isso as recaídas são mais frequentes.
Microsoft Office User; 13/03/2018
TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO
Office [11]1
Office [11]1 Desde que acompanhado em psicoterapia. A Psicoterapia é melhor, porém (por incrível que possa parecer) considerada mais
cara e menos disponível que os fármacos.
Microsoft Office User; 13/03/2018
TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO
PSICOTERAPIA
• Evidências mostram maior efetividade para episódios
leves e moderados.
• Psicoterapia cognitiva e comportamental, psicoterapia
interpessoal e psicoterapia de solução de problemas
• Na depressão grave a associação entre psicoterapia e
antidepressivos é mais efetiva.
• Na APS: Psicoterapia de Grupo, Psicoterapia Breve.
TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO
ANTIDEPRESSIVOS
■ Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina
- Pode haver agitação no inicio da terapêutica;
- Fluoxetina, Citalopram, Sertralina, Paroxetina.
Fluoxetina:
• Evite em doença hepática. Se diabetes, considere monitorar glicemia mais
regularmente.
• Efeitos colaterais: dor de cabeça, inquietação, insônia, problemas sexuais, náusea,
diarreia.
TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO-
Tricíclicos
• Eficácia semelhante aos ISRS
• Uso destacado se dor crônica, insônia, baixo peso
• Amitriptilina, Nortriptilina, Imipramina
• Amitriptlina:
- Considere como primeira linha/opção se paciente tem dor crônica ou necessita de efeito mais
sedativo.
- Cautela se > 65 anos. Evite se ideação suicida (pode ser fatal na overdose), doença cardíaca, retenção
urinária, glaucoma, epilepsia.
- Efeitos colaterais: boca seca, constipação, dificuldade para urinar, visão embaralhada, sedação, ganho
de peso.
TRATAMENTO PARA DEPRESSÃO
Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico da
Assistência Farmacêutica
Amitriptilina 25 mg 75 a 300mg/dia
dose única à noite
Nortriptilina 25/50/75 mg 25 a 100mg/dia
Office [12]1 Informação bastante específica para quadros muito diferentes. Sugiro considerar retirar. Nem sempre o Benzodiazepínico está
indicado e nem sempre este Benzodiazepínico deve ser Diazepam...
Microsoft Office User; 13/03/2018
TRATAMENTO PARA TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
• O uso de substâncias para aliviar o sofrimento humano pode ser tão antigo quanto o
próprio homem.
• Uso Recreativo
• Uso Problemático (abuso ou de risco)
• Dependência - conjunto de sinais e sintomas comportamentais, psíquicos e físicos que
determinam que a pessoa está dependente da substância.
Uso frequente - 6 ou mais vezes/últimos 30 dias;
Uso pesado - 20 ou mais vezes/últimos 30 dias;
Uso abusivo - padrão de uso que tenha causado um dano real à funcionalidade, à
saúde física ou mental do usuário, mas a pessoa ainda não preenche critérios para ser
considerada dependente..
DIAGNÓSTICO DE DEPENDÊNCIA
- Drogas
legalizadas
- Drogas Ilegais
- Impacto do
Tráfico
ENTREVISTA MOTIVACIONAL
• Pré-contemplação (“Eu não vou”) – Não considera a possibilidade
de mudar, nem se preocupa com a questão. “Eu não quero parar de
fumar”.
Grau de Dependência:
0 - 2 pontos = muito baixo
3 - 4 pontos = baixo
5 pontos = médio
6 - 7 pontos = elevado
8 - 10 pontos= muito elevado
SITUAÇÕES POTENCIAIS PARA O USO DE
MEDICAMENTOS
• Intensidade do quadro;
• Nível das complicações clínicas e psíquicas;
• Nível da aceitação do paciente a sua realidade;
• Nível da retaguarda familiar e assistencial existente.
TRATAMENTO DO USO ABUSIVO DE ÁLCOOL
Três fases:
1. Abordagem ao paciente e sua família:
• Postura do profissional de saúde abordando a questão como um
real problema de saúde;
• Avaliar o grau de motivação para mudança;
• Fazer correlações dos problemas do paciente com o uso do álcool;
• Informação da reversibilidade do quadro.
TRATAMENTO DO USO ABUSIVO DE ÁLCOOL
• Recaída:
• Identificar situações de risco (local, motivo…)
• Reforçar e fortalecer medidas de enfrentamento
• Encorajar a recomeçar
OBRIGADO!
1. WHO, WONCA. Integrating mental health into primary care : a global perspective. Genebra, 2008 disponível em:
http://www.who.int/mental_health/policy/Integratingmhintoprimarycare2008_lastversion.pdf
2. FONSECA. MLG, Guimarães. MBL, Vasconcelos, EM. Sofrimento difuso e Transtornos mentais Comuns: uma revisão
bibliográfica Rev. APS, v. 11, n. 3, p. 285-294, 2008
3. GUSSO, G., Lopes J.M.C. (Org.). Tratado de Medicina de Família e Comunidade. Princípios, Formação e Prática. Porto
Alegre, Artmed, 2012. p 233-240.
4. DUNCAN, B.BB e et al. Medicina Ambulatorial: condutas de atenção primária baseada em evidências. Artmed:
Porto Alegre. 4a. Ed., 2013.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais : RENAME 2014.
Brasília: Ministério da Saúde, 9. ed. 2015.
6. Cadernos de Atenção Básica de Saúde Mental
7 . Programa de Intensificação de cuidados, Revista intensa/extensa, UFBA
8. Guia Prático de Matriciamento em Saúde Menta
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