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ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM RAIMUNDA NONATA

CNPJ/MF: 10.684.024/0001-60 - INSCRIÇÃO MUNICIPAL: 00441335


DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E


EMERGÊNCIA
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA

• Emergência e urgência exprimem conceitos distintos que definem o


tipo de tratamento que um paciente, recém-chegado a uma
instalação hospitalar, receberá.
• Conceitualmente, emergências dizem respeito a situações mais graves
que urgências.
• Sendo considerada uma emergência condições que impliquem
sofrimento intenso ou risco iminente de morte exigindo, portanto,
tratamento médico imediato.
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA

• Já a urgência, é uma ocorrência imprevista com ou sem risco potencial


à vida, onde o indivíduo necessita de assistência médica imediata.
• Dessa forma, ambas as definições pressupõe atendimento médico
rápido e proporcional a sua gravidade.
• Entretanto, a emergência exige um tratamento direto por conta do
risco iminente de morte ou lesão permanente, como fraturas expostas,
paradas cardiorrespiratórias e hemorragias graves.
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA

• Já a urgência, apesar de demandar uma pronta avaliação médica por


seu risco potencial, não necessariamente precisa de uma intervenção
instantânea.
• Como é o caso de fraturas não expostas, cólicas renais, aumento de
pressão arterial, entre outras.
• Por existir muita confusão a cerca destes termos e conceitos, passou-se
a usar outras ferramentas para classificar o risco e a necessidade de
atendimento médico imediato
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA
Protocolo de Manchester?

• O protocolo foi criado na cidade de Manchester, na Inglaterra, em


1997.
• Esse método se mostrou tão eficaz que hoje é aplicado em diversas
instituições de saúde, visando melhorar e agilizar o atendimento ao
dar prioridade a casos mais graves, além de aperfeiçoar
substancialmente os processos em geral.
• O método também é utilizado em muitos países, como Holanda,
Suécia, Alemanha e também no Brasil.
Protocolo de Manchester?
• No Intra-hospitalar O Protocolo de Manchester consiste em uma triagem
de classificação de risco, na qual a gravidade dos casos é determinada por
cores.
• Os profissionais de saúde responsáveis devem realizar uma avaliação sobre
o quadro clínico em que o paciente se encontra para colocar nele uma
pulseira com a cor correspondente à gravidade do caso.
• Nesta etapa não se deve buscar um diagnóstico, somente a identificação
do risco daquele quadro.
• Essa triagem é feita por um profissional de nível superior, Médico ou
Enfermeiro, que possua boa comunicação, capacitação e conhecimento
clínico.
Protocolo de Manchester?
• Diretrizes da Rede de Atenção às Urgências e
Emergências (RUE)
As principais diretrizes que norteiam a
implementação da RUE são:
RUE
• A RUE, como rede complexa e que atende a diferentes condições
(clínicas, cirúrgicas, traumatológicas, em saúde mental etc.), é
composta por diferentes pontos de atenção, de forma a dar conta das
diversas ações necessárias ao atendimento às situações de urgência.
• Desse modo, é necessário que seus componentes atuem de forma
integrada, articulada e sinérgica.
• Além disso, de forma transversal a todos os componentes, devem
estar presentes o acolhimento, a qualificação profissional, a
informação e a regulação de acesso.
RUE

• Assim, com o objetivo principal de reordenar a atenção à saúde em


situações de urgência e emergência de forma coordenada pela
atenção básica, é necessário muito mais do que a ampliação da rede
de serviço: é necessário, de forma qualificada e resolutiva, o
desenvolvimento de ações de promoção da saúde e prevenção de
doenças e agravos, de diagnóstico, tratamento, reabilitação e
cuidados paliativos
RUE
RUE
As seguintes estratégias são destacadas como
prioritárias na RUE:

• Qualificação das portas hospitalares de urgência e emergência e da


emergência, estratégicas para a RUE;
• Qualificação da atenção ao paciente crítico ou grave por meio da
qualificação das unidades de terapia intensiva;
• Organização e ampliação dos leitos de retaguarda clínicos;
• Criação das unidades de internação em cuidados prolongados (UCP) e
de hospitais especializados em cuidados prolongados (HCP);
As seguintes estratégias são destacadas como
prioritárias na RUE:

• Qualificação da atenção por meio da organização das linhas de


cuidados cardiovascular, cerebrovascular e traumatológica;
• Definição da atenção domiciliar organizada por intermédio das
equipes multidisciplinares de atenção domiciliar (Emad) e das equipes
multidisciplinares de apoio (Emap);
• Articulação entre os seus componentes.
As seguintes estratégias são destacadas como
prioritárias na RUE:

• É fundamental a participação de atores de outros segmentos sociais


para a proposição de políticas públicas intersetoriais efetivas e
eficientes, envolvendo conselhos de saúde, gestores, trabalhadores,
prestadores, usuários, conselhos de classe, instituições de ensino,
setores da Educação, Segurança Social, Transportes e outros.
EM RESUMO A RUE:

• A Rede de Atenção às Urgências e Emergências visa articular e integrar todos


os equipamentos de saúde para ampliar e qualificar o acesso humanizado e
integral aos usuários em situação de urgência/emergência nos serviços de
saúde de forma ágil e oportuna.
• Desde dezembro de 2010, por meio da Portaria nº 4.279, o MS já acenava
para a organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) como estratégia
fundamental para a consolidação do SUS de modo a promover e assegurar a
universalidade e integralidade da atenção, a equidade do acesso, além da
transparência na alocação de recursos.
EM RESUMO A RUE:
• Em julho de 2011, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 1.600,
reformulando a Política Nacional de Atenção às Urgências, com vistas a
assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços em situações de
urgência e emergência com resolutividade.
• A RUE em Santa Catarina está organizada atualmente com os componentes já
habilitados e qualificados.
• Existe um grande empenho, por parte da SES e Grupos Condutores das
Macrorregiões do Estado, para cada vez mais avançar nas qualificações,
habilitações e monitoramentos de todos os serviços da Rede, para melhor
atender o usuário do Sistema Único de Saúde.
EM RESUMO A RUE:

Componentes Habilitados e Qualificados na RUE:


UPAs.
SAMU;
Porta de Entrada;
Leito de UTI Adulto e Pediátrico;
Leitos de Retaguarda Clínica;
Leitos de Cuidados Prolongados;
Leitos de AVC;
Atenção Domiciliar.
Emergência clínica?
Emergência clínica?

• As emergências clínicas são estados graves de saúde que não foram causados
por nenhum fator externo e são, normalmente, consequências de doenças
pré-existentes.

• Nestes casos, os pacientes costumam se apresentar com palidez, perda de


consciência, respiração difícil, contraturas musculares, entre outros sintomas.

• Alguns exemplos de quadros que levam à situação de emergência clínica são


desmaios, convulsões, diabetes, infarto do miocárdio, acidente vascular
encefálico (AVE), entre outros.
Emergência clínica?

• Quando um mal súbito é detectado, o mais importante é FAZER COM QUE O


PACIENTE CHEGUE A UM CENTRO HOPITALAR especializado o quanto antes
para receber atendimento médico e para a realização de exames que possam
detectar rapidamente qual o tratamento mais indicado para seu quadro.
• Mas enquanto o socorro não chega PODEMOS PROPORCIONAR conforto ao
paciente.
• Um exemplo: Em casos de desmaios e convulsões, o ideal é amparar a
pessoa até que ela recobre a consciência, sem pressa com que ela volte a
ficar em pé.
Imagino que você já tenha
NOSSA, COMO ELA visto, ainda que em uma cena
ESTÁ PÁLIDA, ACHO de fi lme ou novela, uma
QUE VAI DESMAIAR! situação de desmaio, não é
verdade?
Desmaio!

• Algumas pessoas desmaiam quando submetidas a fortes emoções,


em situações de estresse ou até mesmo devido a alguma doença que
já possuem e que as deixam enfraquecidas.
• Um exemplo de enfermidade que leva ao desmaio é a hipoglicemia,
ou seja, a redução de glicose (açúcar) no sangue a níveis muito
baixos.
Desmaio!

• O desmaio, também conhecido como síncope, consiste na perda transitória e


súbita da consciência e da força muscular, fazendo com que a vítima caia no
chão.
• Pode ser causado por vários fatores, como subnutrição, cansaço, excesso de
sol e estresse, e ser precipitado por nervosismo, angústia e emoções fortes,
além de ser um sinal comum a muitas outras doenças.
• Antes de desmaiar, a pessoa pode apresentar alguns sintomas, tais como
tontura, sensação de mal-estar, pele fria e pálida e suor frio.
Desmaio!

• Como ocorre o processo de desmaio no organismo? A pressão sanguínea cai


e, com isso, o fluxo de sangue não consegue subir ao cérebro.
• Sem irrigação sanguínea e oxigênio em níveis adequados ao funcionamento
do cérebro, há uma redução da consciência e a pessoa entra em um estado
de relaxamento completo, ocasionando a perda dos sentidos e a queda.
• Ao cair, a posição deitada auxilia a passagem do sangue até o cérebro, que
retoma, aos poucos, suas funções normais.
O QUE É VERTIGEM?

• Você pode estar se perguntando sobre o que é vertigem.


• Vertigem é um distúrbio do equilíbrio.
• É o tipo mais frequente de tontura e também pode ser chamada de
zonzeira.
• Pessoas que apresentam vertigem têm sintomas, como “visão dupla”, olhos
embaçados e fraqueza.
• Na vertigem, há uma ilusão de que o corpo e/ou o ambiente estão em
movimento, principalmente em sentido rotatório, ou seja, girando.
• Frequentemente, essas sensações estão associadas a sintomas, como
náusea, vômito, suor, palidez e sensação de desmaio.
O QUE É CRISE CONVULSIVA?

• A crise convulsiva, ou simplesmente convulsão, é a perda súbita da


consciência, acompanhada de contrações bruscas e involuntárias.
• A pessoa apresenta expressões faciais agressivas, com olhos
revirados para cima e salivação abundante.
• Há queda abrupta da vítima e contorção ou contração de uma parte
do corpo ou do corpo todo.
O QUE É CRISE CONVULSIVA?

• Em alguns casos, há vômito e a vítima pode evacuar e urinar.


• A convulsão pode ser causada por febre muito alta, epilepsia,
traumatismo na cabeça e intoxicações.
• O doente, ao despertar, não se lembra do que aconteceu durante a
crise e sente-se muito cansado, indisposto e sonolento.
Epilepsia ?

• É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do


cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios
metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas.
Epilepsia ?

• A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte


pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo),
neurocisticercose (“ovos de solitária” no cérebro), abuso de bebidas
alcoólicas, de drogas, etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante
o parto.
• Muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à
epilepsia
Epilepsia ?

• As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:


• A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é
identificada como “ataque epiléptico”.
• Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar
contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua,
salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
Epilepsia ?

• A crise do tipo “ausência” é conhecida como “desligamentos”.


• A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por
alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não
é percebida pelos familiares e/ou professores.
• Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse
“alerta” mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos
automaticamente.
Epilepsia ?

• Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa


pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou
andando sem direção definida.
• Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a
crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa
Epilepsia ?

• Existem outros tipos de crises que podem provocar quedas ao solo


sem nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções
visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias da
memória.
• O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que
evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a
origem das crises epilépticas.
Epilepsia ?

• Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no


Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com
necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, sendo as
crises frequentemente incontroláveis e então candidatos a
intervenção cirúrgica.
• No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados
pelo Ministério da Saúde.
Epilepsia ?

• Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no


Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com
necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, sendo as
crises frequentemente incontroláveis e então candidatos a
intervenção cirúrgica.
• No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgico aprovados
pelo Ministério da Saúde.
ACIDETES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS
Animais peçonhentos

• Animais peçonhentos são reconhecidos como aqueles que produzem ou


modificam algum veneno e possuem algum aparato para injetá-lo na sua
presa ou predador.
• Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são
algumas espécies de serpentes, de escorpiões, de aranhas, de lepidópteros
(mariposas e suas larvas), de himenópteros (abelhas, formigas e vespas), de
coleópteros (besouros), de quilópodes (lacraias), de peixes, de cnidários
(águas-vivas e caravelas), entre outros.
Animais peçonhentos

• Os animais peçonhentos de interesse em saúde pública podem ser definidos


como aqueles que causam acidentes classificados pelos médicos como
moderados ou graves.
• Os acidentes por animais peçonhentos e, em particular, os acidentes ofídicos
foram incluídos, pela Organização Mundial da Saúde, na lista das doenças
tropicais negligenciadas que acometem, na maioria dos casos, populações
pobres que vivem em áreas rurais.
Animais peçonhentos

• Em agosto de 2010, o agravo foi incluído na Lista de Notificação de


Compulsória (LNC) do Brasil, publicada na Portaria Nº 2.472 de 31 de agosto
de 2010 (ratificada na Portaria Nº 104, de 25 de janeiro de 2011). Essa
importância se dá pelo alto número de notificações registras no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sendo acidentes por animais
peçonhentos um dos agravos mais notificados.
Animais peçonhentos

• A partir das análises dos dados do SINAN, a vigilância epidemiológica é capaz


de identificar o quantitativo de soros antivenenos a serem distribuídos às
Unidades Federadas, além de determinar pontos estratégicos de vigilância,
estruturar as unidades de atendimento aos acidentados, elaborar estratégias
de controle desses animais, entre outros.
Choque hipovolêmico
Choque hipovolêmico

• O choque hipovolêmico é uma situação grave que


acontece quando se perde grande quantidade de líquidos
e sangue, o que faz com que o coração deixe de ser capaz
de bombear o sangue necessário para todo o corpo e,
consequentemente oxigênio, levando a problemas graves
em vários órgãos do corpo e colocando a vida em risco.
Choque hipovolêmico

• Este tipo de choque geralmente é mais frequente após pancadas muito fortes,
como acidentes de trânsito ou quedas de grande altura, mas também pode
acontecer durante cirurgias, por exemplo.
• Para tratar este choque e evitar suas consequências graves é preciso ir
rapidamente ao hospital para iniciar a transfusão de sangue ou a
administração de soro diretamente na veia, além de tratar a causa que está
provocando a perda de sangue.
Choque hipovolêmico
• Os sinais e sintomas de choque hipovolêmico são consequência da perda de
líquidos de forma excessiva, podendo surgir de forma progressiva, sendo os
principais:
• Dor de cabeça constante, que pode ir piorando;
• Cansaço excessivo e tontura;
• Náuseas e vômitos;
• Pele muito pálida e fria;
• Confusão;
• Dedos e lábios azulados;
• Sensação de desmaio.
Vamos pesquisar?

• Com base nos assuntos introdutórios, pesquise mais sobres os tipos de choques.
• Quais são os tipos de soro antiofídico?
• Qual o esquema da vacina antirrábica?
Referência
• VERTIGENS, DESMAIOS E CRISES CONVULSIVAS. Disponível em:
http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/588/Aula_09COLOR.pdf?sequence=9&isAllowed=y#:~:tex
t=O%20desmaio%20consiste%20na%20perda,as%20principais%20causas%20do%20desmaio.&text=A%20v
ertigem%20%C3%A9%20um%20dist%C3%BArbio,tudo%20girando%20%C3%A0%20sua%20volta.
• MANUAL INSTRUTIVO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE (SUS) Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_instrutivo_rede_atencao_urgencias.pdf
• URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/urgencia_emergencia.pdf
• ACIDENTE COM ANIMAIS PEÇONHENTOS. http://portalsinan.saude.gov.br/acidente-por-animais-
peçonhentos.

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