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ESCOLA TÉCNICA DE ENFERMAGEM RAIMUNDA NONATA

CNPJ/MF: 10.684.024/0001-60 - INSCRIÇÃO MUNICIPAL: 00441335


DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM ENFERMAGEM

ASSISTÊNCIA EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E


EMERGÊNCIA
•Técnicas Para Transporte de Acidentados
Técnicas Para Transporte de Acidentados

• Todas as técnicas de remoção e transporte de vítimas estão baseadas na


estabilização de toda a coluna vertebral da vítima durante todo o
procedimento.
• Tem que ser verificado também a situação de saúde da vítima.
• De acordo com este Princípio o socorrista deverá empregar a técnica
adequada, pois em vítimas graves o tempo já é um fator determinante
de sobrevida, utilizando assim a técnica de remoção e imobilização
mais rápida.
Técnicas Para Transporte de Acidentados

• Cada maneira é compatível com o tipo de situação em que o


acidentado se encontra e as circunstâncias gerais do acidente.
• Antes de providenciar a remoção da vítima tem que controlar a
hemorragia caso necessário.
• Manter a respiração.
• Imobilizar todos os pontos suspeitos de fraturas.
• Evitar ou controlar o estado de choque.
Técnicas Para Transporte de Acidentados

• A vítima somente deverá ser transportada com técnicas e meios


próprios, nos casos onde não é possível contar com equipes
especializadas em resgate.
TRANSPORTE DE VÍTIMAS EM SITUAÇÕES DE
EMERGÊNCIA

• Em situações de risco iminente no local da emergência é necessário


remover a vítima rapidamente.
• O transporte de emergência é empregado em incêndios, desabamentos,
tiroteios, atividades de campo e outras situações que fujam da
normalidade.
• A manobra a ser utilizada depende do peso da vítima, tipo de terreno,
equipamentos e número de socorristas.
TRANSPORTE DE VÍTIMAS EM SITUAÇÕES DE
EMERGÊNCIA

• O transporte de emergência deve ser feito quando o local do acidente


oferece perigo iminente (Tráfego descontrolado), incêndio ou ameaça de
fogo, possíveis explosões, desmoronamento iminente, possíveis perigos
elétricos, gases tóxicos e outros perigos similares, que fazem com que o
transporte do paciente seja necessário e urgente, para proteger a equipe
de socorro e as vítimas.
TRANSPORTE DE VÍTIMAS EM SITUAÇÕES DE
EMERGÊNCIA

• Cuidados que precisam de reposicionamento - Às vezes você deverá


transportar uma vítima para uma superfície dura para fazer a RCP, ou
mobilizá-la para ter acesso a uma grande hemorragia.
Métodos de Transporte - uma pessoa só socorrendo

Transporte de Apoio

• Este tipo de transporte é usado para as vítimas de vertigem, de desmaio,


com ferimentos leves ou pequenas perturbações que não os tornem
inconscientes e que lhes permitam caminhar.
Transporte ao Colo

• Usa-se este tipo de transporte em casos de envenenamento ou picada


por animal peçonhento, estando o acidentado consciente, ou em casos
de fratura, exceto da coluna vertebral.
Transporte nas Costas

• O transporte nas costas é usado para remoção de pessoas


envenenadas ou com entorses e luxações dos membros inferiores,
previamente imobilizados
Transporte de Bombeiro

• Este transporte pode ser aplicado em casos que não envolvam fraturas e
lesões graves. É um meio de transporte eficaz e muito útil, se puder ser
realizado por uma pessoa ágil e fisicamente capaz.
Transporte de Arrasto em Lençol

• Manobra de Retirada de Acidentado, com Suspeita de Fratura de


Coluna, de um Veículo. Seguram-se as pontas de uma das extremidades
do lençol, cobertor ou lona, onde se encontra apoiada a cabeça do
acidentado, suspende-se um pouco e arrasta-se a pessoa para o local
desejado
Transporte de Cadeira

• Vítima, da seguinte maneira: uma pessoa segura a parte da frente da


cadeira, onde os pés se juntam ao assento. O outro segura lateralmente
os espaldares da cadeira pelo meio. A cadeira fica inclinada para trás,
pois a pessoa da frente coloca a borda do assento mais alto que a de trás.
Transporte de Maca
• A maca é o melhor meio de transporte. Pode-se fazer uma boa maca
abotoando-se duas camisas ou um paletó em duas varas ou bastões, ou
enrolando um cobertor dobrado em três, envolta de tubos de ferro ou
bastões.
• Pode-se ainda usar uma tábua larga e rígida ou mesmo uma porta.
• Nos casos de fratura de coluna vertebral, deve-se tomar o cuidado de
acolchoar as curvaturas da coluna para que o próprio peso não lese a
medula.
• Se a vítima estiver de bruços (decúbito ventral), e apresentar vias aéreas
permeáveis e sinais vitais presentes, deve ser transportada nesta posição,
com todo cuidado, pois colocá-la em outra posição pode agravar uma
lesão na coluna.
• Métodos de Transportes Feito por Três ou Mais
Pessoas
Transporte ao Colo

• Havendo três pessoas, por exemplo, eles se colocam enfileirados ao lado


da vítima, que deve estar de abdômen para cima. Abaixam-se apoiados
num dos joelhos e com seus braços a levantam até a altura do outro
joelho. Em seguida, erguem-se todos ao mesmo tempo, trazendo a
vítima e lado.
Transporte de Lençol pelas Pontas

• Com quatro pessoas, cada um segura uma das pontas do lençol, cobertor
ou lona, formando uma espécie de rede onde é colocada e transportada a
vítima. Este transporte não serve para lesões de coluna. Nestes casos a
vítima deve ser transportada em superfície rígida.
Transporte de Lençol pelas Bordas
• Coloca-se a vítima no meio do lençol enrolam-se as bordas laterais deste, bem
enroladas.
• Estes lados enrolados permitem segurar firmemente o lençol e levantá-lo com a
vítima. Em geral, duas pessoas de cada lado podem fazer o serviço, mais três é
melhor.
• Para colocar a vítima sobre o cobertor, é preciso enfiar este debaixo do corpo dela.
Para isto, dobram-se várias vezes uma das bordas laterais do lençol, de modo que
ela possa funcionar como cunha.
• Enfia-se esta cunha devagar para baixo da vítima.
• Depois disso é que se enrolam as bordas laterais para levantar e carregar a vítima.
Este transporte também não é recomendado para os casos de lesão na coluna. Nestes
casos a vítima deve ser transportada em superfície rígida
Remoção de vítima com suspeita de fratura de coluna
(consciente ou não)

• A remoção de uma vítima com suspeita de fratura de coluna ou de bacia e/ou


acidentado em estado grave, com urgência de um local onde a maca não consegue
chegar, deverá ser efetuada como se seu corpo fosse uma peça rígida, levantando,
simultaneamente, todos os segmentos do seu corpo, deslocando o acidentado até a
maca.
• QUAIS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE PRÉ-HOSPITALAR?
QUAIS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE PRÉ-HOSPITALAR?

• Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma é necessário


atentar-se a itens essenciais para salvaguardar a vida da equipe, como: avaliação da
segurança da cena segura, uso de EPI’s, sinalização da cena (Ex. dispor cones de
isolamento na pista).
O QUE É O ABCDE DO TRAUMA?

• O XABCDE é o que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e


define prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento.
• Ou seja, é uma forma rápida e fácil de memorizar todos os passos que devem ser
seguidos com o paciente em politrauma.
O QUE É O ABCDE DO TRAUMA?

• Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao


indivíduo, e é aplicável a todos as vítimas com quadro crítico,
independentemente da idade. O protocolo tem como principal objetivo
reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de qualquer tipo
de trauma.
(X) – hemorragia

• Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser


antes mesmo do manejo das vias aérea uma vez que,
epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser
responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais
mata no trauma são as hemorragias graves.
(A) – Vias aéreas e proteção da coluna vertebral

• No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas.


• No atendimento pré-hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem
por obstrução de vias aéreas.
• Para manutenção das vias aéreas utiliza-se das técnicas: “chin lift”:
elevação do queixo, uso de aspirador de ponta rígida, “jaw thrust”:
anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel).
(A) – Vias aéreas e proteção da coluna vertebral

• No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas


conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela
frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o olhar,
podendo causar lesões medulares.
• A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna
cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada.
• Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com
traumatismos multissistêmicos!
(B) – Boa Ventilação e Respiração

• No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada.


• A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose,
desvio de traqueia e observação da musculatura acessória são
parâmetros analisados nessa fase.
• Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção,
palpação, ausculta e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o
paciente está bem oxigenado.
(C) – Circulação com Controle de Hemorragias

• No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais


parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela
compressão direta do foco. A Hemorragia é a principal causa de morte
no trauma.
(C) – Circulação com Controle de Hemorragias

• A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias


externas, grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias
internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não
visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma
(pelve, abdomem e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de
hemorragia como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e
pegajosa e comprometimento do nível e qualidade de consciência.
Classificando o Choque Hipovolêmico
QUAIS SOLUÇÕES EMPREGAR NA REPOSIÇÃO
VOLÊMICA?

• O Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha, contudo,


soluções cristaloides não repõem hemácias, portanto, não recupera a
capacidade de carrear O2 ou as plaquetas necessárias no processo de
coagulação e controle de hemorragias.
(D) – Disfunção Neurológica

• No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das


pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de
lesão medular são medidas realizadas.
• Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão
secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral.
Importante aplicar a escala de goma de Glasgow atualizada.
(D) – Disfunção Neurológica
(E) – Exposição Total do Paciente

• No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com


prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas.
• O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na
pele, etc.
• A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais
grave que acomete o paciente.
Referência
• VERTIGENS, DESMAIOS E CRISES CONVULSIVAS. Disponível em:
http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/588/Aula_09COLOR.pdf?sequence=9&isAllowed=y#:~:tex
t=O%20desmaio%20consiste%20na%20perda,as%20principais%20causas%20do%20desmaio.&text=A%20v
ertigem%20%C3%A9%20um%20dist%C3%BArbio,tudo%20girando%20%C3%A0%20sua%20volta.
• MANUAL INSTRUTIVO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS NO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE (SUS) Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_instrutivo_rede_atencao_urgencias.pdf
• URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/urgencia_emergencia.pdf
• ACIDENTE COM ANIMAIS PEÇONHENTOS. http://portalsinan.saude.gov.br/acidente-por-animais-
peçonhentos.
• CAPÍTULO 04 - FISIOPATOLOGIA DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA. Disponível em:
https://www.bibliomed.com.br/bibliomed/books/livro7/cap/cap04.htm.
Referência

• Manual de Socorrismo S.R.P.C.B.A. - Divisão de Prevenção, Formação e Sensibilização. Disponível em:


https://www.prociv.azores.gov.pt/fotos/documentos/1490290633.pdf. Acesso em: 15/07/2021.
• KAREN, Keith J. et al. Primeiros socorros para estudantes. 10. ed. São Paulo: Manole, 2014.
• American Heart Association. Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão em
Português]. Disponível em: https://www.heart.org/idc/groups/heart-
public/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf. Acesso em: 11/01/2022
• American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão
em Português]. Disponível em:
http://www.heart.org/idc/groups/heartpublic/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf. Acesso
em: 11/01/2022
• Fonte: Instituto Brasileiro de Ensino Profissionalizante – INBRAEP
• Manual de Primeiros Socorros (Núcleo de Biossegurança Fundação Oswaldo Cruz)
Transporte de vítimas – Portal São Francisco

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