Remoção e Transporte

REMOÇÃO E TRANSPORTE
RESGATE E ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 2021
ST BM HAMILTON JÚNIOR
1 Epidemiologia
2 Histórico
3 Equipamentos atuais
4 Critérios de seleção
5 Equipamentos recomendados
6 Desafios AGENDA
• Hamilton Marciano dos Santos Júnior – ST QBMP1a
• Bacharel Enfermagem
• Mestre em Enfermagem – UFMS
• Graduando Direito - UFMS
• Especialista em Resgate e APH CBMMS
• Especialista em Urgência e Emergência
• Especialista em Salvamento Veicular – CB PMESP 2021
• Instrutor de Salvamento Veicular – CBMRS 2022
• Instrutor Holmatro Experience - Brazil 2019, 2021
• Instrutor Rescue Days – Brazil 2021
Remoção e Transporte
Epidemiologia
• Nos Estados Unidos cerca de 1 milhão de pessoas são atendidas nos
serviços hospitalares de emergência com suspeita de trauma vertebral.
Somente 2% a 3% tem lesões confirmadas. (Hauswald M. 2013)
• Brasil. 83% das vítimas de trauma admitidas em uma unidade
hospitalar estavam imobilizadas em prancha longa e 80% utilizavam
um colar cervical. (Moraes, et al. 2016)
QUESTÕES
• Toda vítima de trauma precisa ser imobilizada?

• Vítimas que deambulam pela cena precisam ser
imobilizadas?
• Existem alternativas para tomar decisões seguras em relação
a imobilização de vítimas de trauma?
RMC
Restringir ou imobilizar?
Prática baseada em quê?
RMC
REMOÇÃO
TRANSPORTE
CIRCUNSTÂNCIAS
EM PÉ SENTADO DEITADO
DEAMBULA CADEIRA DDH
MEIO FIO DVH
CADEIRINHA DLD
DLE
OBJETIVO – REMOVER E TRANSPORTAR
DDH
DVH
DLD
DLE
TÉCNICAS - DISPOSITIVOS
MACA DA INTERIOR DA PRANCHA
VIATURA VIATURA MACA DA VIATURA
APH CIVIL MACA À VÁCUO
APH EM MACA CESTO
COMBATE
TÉCNICAS - REMOÇÃO
COMANDOS ELEVAÇÃO ELEVAÇÃO OU
DE VOZ LIFTING ROLAMENTO
SELF
EXTRICATION LIFTING OU LOG
ROLL
TÉCNICAS - TRANSPORTE
DDH
DVH
DLD
DLE
H.A.I.N.E.S
CC – Colar
Cervical
A finalidade principal e específica do colar cervical é proteger a coluna
cervical de compressão. Quando instalado de forma eficiente ele se
apoia sobre o peito, a coluna torácica posterior, a clavícula e o
músculo trapézio. A cabeça fica imobilizada sob o ângulo da
mandíbula e na região occipital do crânio. Embora não imobilize
totalmente, o colar cervical ajuda a limitar o movimento da cabeça. A
porção anterior rígida do colocar também fornece um local seguro
para a aplicação de um tirante de imobilização na parte inferior da
cabeça, sobre o mento (PHTLS, 2007).
CC – Colar
Cervical
CC – Colar
Cervical
CC – Colar
Cervical
Capacete
DDH
Capacete
DVH
Capacete
DVH
Rolamento
Rolamento
Rolamento
Rolamento
Elevação com 3 ou 4
Pranchamento em pé
Adultos
Adultos
Criança
Gestantes
Retirada Rápida
Chave de Rautek
KED
KED
Trauma em água rasa
Gestantes
Gestantes
Vítima fora do veículo
Transporte
RMC
Restringir ou imobilizar?
Prática baseada em quê?
Histórico
Geisler, et al. 1966 – estudo retrospectivo de pacientes de trauma com
paralisia tardia.
• Deduziu que a paralisia tardia de 29 pacientes de sua revisão advinha de

manipulações incorretas por parte dos prestadores de cuidados.
Vamos imobilizar todos os pacientes
SOLUÇÃO com dispositivos rígidos.
Geisler WO, Wynne-Jones M, Jousse AT. Early management of patients with trauma to the spinal cord. Med Serv J of Can.
1966;4:512-23.
Histórico
Farrington, 1968
• Descreveu o uso de um colar e uma prancha rígida longa ou
curta para minimizar o movimento da coluna vertebral.
• A prancha foi concebida para ser um dispositivo de remoção e
não de transporte.
Farrington DJ. Extrication of Victims. Journal of Trauma. 1968;8(493-512)
Histórico
Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos - 1971
• Primeiras diretrizes de atendimento de emergência e

transporte de pacientes feridos.
• Recomendação da imobilização com colar e prancha em
pacientes com sinais e sintomas de lesão medular.
Histórico
Desde o início da década de 1970, o tratamento inicial de pacientes com
suspeita de lesões na coluna vertebral envolveu o uso de um colar cervical e
uma longa tábua espinhal para imobilização total, o que se pensava evitar mais
lesões na coluna. a coluna cervical.
Farrington e Kossuth publicam artigos pré-hospitalares sobre o tratamento de

lesões na coluna vertebral.
Extrication of victims – surgical principles. J Trauma. 1968 Jul; 8(4): 493-512

Vehicle acidentes: immediate care to back injuries. J Trauma. 1966 Sep; 6(5): 582:91
The removal of injured personnel from wrecked vehicles. J Trauma. 1968 Nov; 5(6):807
Feld FX. Removal of the Long Spine Board From Clinical Practice: A Historical Perspective. J Athl Train. 2018;53(8):752‐755. doi:10.4085/1062-6050-462-17
Histórico
Histórico
A imobilização extra-hospitalar tem

pouco ou nenhum efeito no
resultado neurológico em pacientes
com lesões na coluna vertebral.
Hauswald M, Ong G, Tandberg D, Omar Z. Out-of-hospital spinal immobilization: its effect on neurologic injury. Acad Emerg Med. 1998;5:214-19.
Prancha rígida
• Desconforto e prejuízo respiratório
• Dor
• Desconforto
• Úlceras de pressão
1. Stevan R. Bruijns, Henry R. Guly, Lee A. Wallis Effect of spinal immobilization on heart rate, blood
pressure and respiratory rate. Prehosp Disaster Med. 2013 Jun; 28(3): 210–214.
2. White Iv CC, Domeier RM, Millin MG. EMS spinal precautions and the use of the long backboard-
resource document to the position statement of the national association of EMS physicians and the
american college of surgeons committee on trauma. Prehospital Emerg Care. 2014;18(2):306–314.
3. Thomas Adam Purvis, Brian Carlin, Peter Driscoll. The definite risks and questionable benefits of liberal
pre-hospital spinal immobilisation. Am J Emerg Med. 2017
Colar Cervical - CC
• Dor
• Desconforto
• Aumento da PIC
1. Sundstrøm T, Asbjørnsen H, Habiba S, Sunde GA, Wester

K. Prehospital Use of Cervical Collars in Trauma Patients: A
Critical Review. J Neurotrauma. 2014;31(6):531–540
2. Theodore N, Hadley MN, Aarabi B, et al. Prehospital
cervical spinal immobilization after trauma. Neurosurgery.
2013;72(SUPPL.2):22–34.
Colar Cervical - CC
E agora?
PRINCÍPIOS E PRIORIDADES
• Princípio: o que é necessário para a melhora da condição.
• Prioridades: qual a melhor forma de atingirmos o princípio.
1. Qual a situação?
2. Qual a condição do paciente?
3. Qual o meu treinamento?
4. Quais equipamentos disponíveis?
Questão Central
QUANDO IMOBILIZAR?
COMO IMOBILIZAR?
COMO TRANSPORTAR?
National Emergency X-Radiography
Nexus Utilization Study
NEXUS
 Sem desconforto na linha média cervical
 Sem déficit neurológico focal
 Pontuação 15 na Escala de Coma de Glasgow
 Sem desorientação no tempo, lugar e pessoa
 Capacidade para se lembrar de 3 objetos em 5 minutos
 Respostas normais aos estímulos externos
 Sem intoxicações
 Sem lesões de distração (fraturas de ossos longos,
grandes lacerações, grandes queimaduras, etc.)
Canadian c-spine criteria and nexus in the spinal trauma: comparison at a tertiary referral hospital in Turkey. Caltili C et al.;Biomed Res- India 2017
Volume 28 Issue 8
CCR Canadian C-Spine Rule
Volume 28 Issue 8
CCR
Volume 28 Issue 8
CCR x Nexus
• Sensibilidade: 99% CCR x 93% Nexus
• Especificidade: 43% CCR x 33% Nexus
• Intervalo de Confiança >95%
Alemanha
Kreinest M, Gliwitzky B, Schüler S, Grützner PA, Münzberg M. Development of a new Emergency Medicine Spinal Immobilization Protocol for
trauma patients and a test of applicability by German emergency care providers. Scand J Trauma Resusc Emerg Med. 2016;24:71.
Alemanha
Noruega
Kornhall DK, Jørgensen JJ, Brommeland T, et al. The Norwegian guidelines for the prehospital management of adult trauma patients with
potential spinal injury. Scand J Trauma Resusc Emerg Med. 2017;25(1):2. Published 2017 Jan 5. doi:10.1186/s13049-016-0345-x
ACS/ACEP/NAEMSP, 2018
ACS/ACEP/NAEMSP, 2018
PHTLS 9ª ed.
BRASIL
BRASIL
Equipamentos
Equipamentos
Resgate Veicular
Novas técnicas para retirar a vitima do veículo, a revisão narrativa
encontrou propostas: auto-extricação e retirada com movimentação mínima,
através da confecção de trajeto de extricação alinhado com o eixo da coluna
vertebral. A esta ultima técnica chamaremos extricação com aproximação ao
ângulo zero (EX-Zero) e Quick extrication.
Auto-extricação - (ENGSBERG et al., 2013; DIXON et al., 2014; DIXON et al.,

2015);
Ângulo zero - (DIXON et al., 2014; DIXON et al., 2015; CALLAND, 2005);
Quick extrication (BUCHER et al., 2015)

Resgate Veicular
Quick extrication (BUCHER et al., 2015)
Resgate Veicular
Extrication in line (SANTOS JÚNIOR, 2019).
Resgate Veicular
Resgate Veicular
Resgate Veicular
Resgate Veicular
Resgate Veicular
Self-extrication in road traffic collisions: do we really need to cut the roof off? Allan Cownley, 2014.
Foi realizada uma
NOVAS revisão sistemática da
literatura envolvendo a
EVIDÊNCIAS graduação da força da
evidência, julgamento
clínico e um processo
de consenso.
Novas
Evidências
QUALIDADE (NÍVEL)
DA EVIDÊNCIA?
GRAU DE
RECOMENDAÇÃO?
NOVAS
EVIDÊNCIAS?
ENQUANTO NÃO SE TEM A MELHOR
EVIDÊNCIA POSSÍVEL, TRABALHE COM A
MELHOR EVIDÊNCIA DISPONÍVEL!
DESAFIOS
• Capacitar equipes
• Quem pode o quê?
• Articulação entre pré e intra-hospitalar
• Protocolo nacional ou regional?
• Disponibilidade de equipamentos
• É possível protocolos conjuntos?
• Treinamento de médicos, principalmente reguladores.
• Produção científica com estudos de impacto (coorte)
Referências
Hauswald M. A re-conceptualisation of acute spinal care. Emerg Med J. 2013;30(9):720–723. doi:10.1136/emermed-2012-201847
Oteir AO, Smith K, Jennings PA, Stoelwinder JU. The prehospital management of suspected spinal cord injury: An update. Prehosp
Disaster Med. 2014;29(4):399–402. doi:10.1017/S1049023X14000752
Kornhall DK, Jørgensen JJ, Brommeland T, et al. The Norwegian guidelines for the prehospital management of adult trauma
patients with potential spinal injury. Scand J Trauma Resusc Emerg Med. 2017;25(1):1–11. doi:10.1186/s13049-016-0345-x
Kanwar R, Delasobera BE, Hudson K, Frohna W. Emergency department evaluation and treatment of cervical spine injuries. Emerg
Med Clin North Am. 2015;33(2):241–282. doi:10.1016/j.emc.2014.12.002
Hoffman JR, Wolfson AB, Todd K, Mower WR. Selective cervical spine radiography in blunt trauma: Methodology of the national
emergency X-radiography utilization study (NEXUS). Ann Emerg Med. 1998;32(4):461–469. doi:10.1016/S0196-0644(98)70176-3
Stiell IG, Wells GA, Mcknight RD, et al. S TATE OF THE A RT • I NNOVATIONS Canadian C-Spine Rule study for alert and stable
trauma patients : I . Background and rationale. 2018;4(2):84–90.
Palestra Título
Obrigado
E-mail: hamilton.junior@cbm.ms.gov.br
1º Sgt QBMP Hamilton Marciano dos

Santos Júnior

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RESGATE E ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 2021

• Toda vítima de trauma precisa ser imobilizada?

Prática baseada em quê?

Prática baseada em quê?

• Deduziu que a paralisia tardia de 29 pacientes de sua revisão advinha de

Farrington DJ. Extrication of Victims. Journal of Trauma. 1968;8(493-512)

• Primeiras diretrizes de atendimento de emergência e

Farrington e Kossuth publicam artigos pré-hospitalares sobre o tratamento de

Extrication of victims – surgical principles. J Trauma. 1968 Jul; 8(4): 493-512

A imobilização extra-hospitalar tem

1. Sundstrøm T, Asbjørnsen H, Habiba S, Sunde GA, Wester

• Prioridades: qual a melhor forma de atingirmos o princípio.

Auto-extricação - (ENGSBERG et al., 2013; DIXON et al., 2014; DIXON et al.,

Quick extrication (BUCHER et al., 2015)

Quick extrication (BUCHER et al., 2015)

Extrication in line (SANTOS JÚNIOR, 2019).

1º Sgt QBMP Hamilton Marciano dos

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