Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
IMPRESSÃO GERAL
Em poucos segundos, é obtida uma impressão geral da condição geral do doente. A avaliação primária
começa com uma visão geral simultânea ou global da condição do doente. Durante a abordagem inicial, o
socorrista observa se o paciente está respirando de maneira eficaz, se está consciente ou irresponsivo, se
consegue sustentar-se, e se apresenta movimentação espontâneo. Se o doente parecer confortável e
responder de forma coerente através de formas completas, o socorrista poderá concluir que o doente
apresenta via aérea permeável, função ventilatória suficiente para permitir um diálogo, perfusão cerebral
adequada e funcionamento neurológico razoável; ou seja, provavelmente não há ameaças imediatas à vida
desse doente.
Se o doente for incapaz de fornecer uma resposta ou aparentar angústia, deve-se iniciar a avaliação primária
para identificar os problemas com risco à sua vida
CONTENÇÃO DE GRANDES HEMORRAGIAS
Os torniquetes deverão ser usados se o controle da hemorragia com pressão direta ou curativo compressivo
não for possível ou falhar. As etapas na aplicação de um torniquete são:
1. Aplicar um torniquete comercialmente fabricado, na extremidade mais próxima ao ferimento (4 – 6 cm
acima) que esta sangrando ou em casos, por exemplo, de ferimentos por explosão utilizar ‘alto e apertado’
2. Apertar o torniquete até que a hemorragia pare e prendê-lo no lugar
3. Anotar a hora de aplicação do torniquete e predê-la no torniquete
4.Deixar o torniquete descoberto para observação de ressangramento. Se o sangramento continuar após
aplicação e aperto do torniquete inicial, um segundo torniquete poderá ser aplicado bem acima do primeiro
5. Considerar o controle da dor a menos que o doente esteja em choque classe III e IV
6. Transportar o doente, idealmente para uma instituição que tenha capacidade cirúrgica
RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA (RMC)
Realizando o A do exame primário, devemos manter via aérea permeável e estabilizar a coluna cervical.
Importante não confundir estabilização da coluna com o uso do colar cervical, pois o colar é apenas uma
das formas utilizadas para minimizar o movimento da coluna. Logo, no A, pode-se, dependendo da situação,
optar por outras técnicas, como por exemplo, a restrição manual da coluna (com as mãos) que vem
demonstrando ser mais eficaz que o próprio uso do colar.
Nos últimos anos, muitos estudos internacionais e até nacionais vem modificando o panorama sobre quando
e como deve ser feito a restrição do movimento da coluna (RMC), até então conhecido com o termo
imobilização. Como não existe nenhuma técnica que retire 100% o movimento da coluna, o termo mais ideal
seria restrição ou minimização dos movimentos da coluna. Acreditava-se que colar e prancha em todos os
pacientes era a melhor opção (O famoso PROTOCOLAR), mas em alguns casos foi observado que o uso do
colar aumenta a movimentação da coluna, além de gerar uma elevação da pressão intracraniana (PIC) e
aumentar as chances de desenvolver uma Lesão por Pressão (LPP). Dessa forma, devemos saber quando
restringir o movimento da coluna, como devemos fazer a restrição, como devemos extrair o paciente do
cenário e como deve ser feito o transporte do paciente até a unidade hospitalar.
QUANDO RESTRINGIR O MOVIMENTO DA COLUNA (RMC)
Entender as avaliações e critérios para utilização de radiografia de emergência conforme o NEXUS e o CCR é
de extrema importância, pois esses estudos apresentam base para debate de indicação para a restrição de
movimento da coluna no âmbito pré-hospitalar.
Com base no
NEXUS
Com base no
CCR
Avaliação inicial de lesão medular e critérios para a restrição de movimento da coluna conforme o ITLS 8ª ed
e PHTLS 9ªed.
Com base no
ITLS 8ªed
Com base no
PHTLS 9ªed
Com base no
Guidlines Norueguês
Com base no
Guidlines Dinamarquês
Com base no
MARSHAL
Os primeiros artigos sobre efeitos adversos do uso da prancha foram publicados na década de 80,
relacionados essencialmente a quatro problemas: dor/desconforto, comprometimento respiratório,
compressão de partes moles e ineficiência em garantir imobilização. Nos últimos 18 anos, houve uma
discussão crescente com base na Medicina Baseada em Evidências, quanto a prática médica
tradicionalmente estabelecida de imobilização no trauma. Estudos em trauma penetrante, mostraram
efeitos adversos com o uso do colar cervical. Resultados também semelhantes em estudos de trauma
fechado, que além dos efeitos adversos, não identificaram efeitos benéficos na evolução neurológica dos
pacientes. Sugerindo que as lesões secundárias não seriam relacionadas com a falta de imobilização da
coluna.
Sabendo em quais casos restringir, agora devemos entender como deve ser feito a extração do cenário e
como deve ser feito o transporte desse paciente para o hospital
As lesões térmicas são as principais causas de morbimortalidade, mas a adesão aos princípios básicos da
reanimação inicial do trauma e a aplicação oportuna de medidas simples de emergência podem ajudar a minimizar
seu impacto. Os principais princípios do gerenciamento de lesões térmicas incluem a manutenção de um alto índice
de suspeita de presença de comprometimento das vias aéreas após a inalação de fumaça e secundário a edema de
queimadura; identificação e gerenciamento de lesões mecânicas associadas; manutenção da normalidade
hemodinâmica com ressuscitação volêmica; controle de temperatura; e remover o paciente do ambiente prejudicial.
Muito importante tomar medidas para prevenir e tratar as complicações potenciais de ferimentos específicos por
queimadura. Exemplos incluem rabdomiólise e disritmias cardíacas, que podem estar associadas a queimaduras
elétricas; síndrome de extremidade ou compartimento, que pode ocorrer com grandes ressuscitações por
queimaduras; e lesões oculares devido a chamas ou explosões. A diferença mais significativa entre queimaduras e
outras lesões é que as consequências da lesão por queimadura estão diretamente relacionadas à extensão da
resposta inflamatória à lesão. Quanto maior e mais profunda a queimadura, pior a inflamação. (ATLS 10ªed)
PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA
Calcular a profundidade de uma queimadura pode ser decepcionantemente difícil, mesmo para o
prestador de cuidados pré-hospitalares mais experiente. Frequentemente, uma queimadura que pareça espessura
parcial (2º grau) resultará em espessura total (3º grau). A superfície de uma queimadura pode parecer corresponder a
uma espessura parcial à primeira vista, mas após seu desbridamento no hospital, a epiderme superficial se separa e
revela uma queimadura branca subjacente de espessura total. Muitas vezes, é melhor simplesmente dizer aos
pacientes que a lesão é superficial ou profunda e que é necessária uma avaliação adicional para determinar sua
profundidade final. Além disso, o profissional de saúde pré-hospitalar nunca deve tentar calcular a profundidade até
que todas as tentativas iniciais tenham sido feitas para remover a ferida no hospital. (PHTLS 9ªed.)
ÁREA CORPÓREA QUEIMADA (ACQ%) OU SUPERFÍCIE CORPÓREA QUEIMADA (SCQ%)
Concluídas as avaliações primárias e secundárias, é feita uma inspeção cuidadosa das feridas queimadas,
com limpeza prévia. O cálculo do tamanho da queimadura é necessário para ressuscitar adequadamente o paciente e
evitar complicações associadas ao choque hipovolêmico secundário. A determinação do tamanho da queimadura
também é usada como um recurso para estratificar a gravidade do paciente e fazer sua seleção. O método mais
amplamente aplicado é a regra dos nove (PHTLS 9ªed).
REPOSIÇÃO VOLÊMICA
CADEIA DA SOBREVIVÊNCIA
RCP DE ALTA QUALIDADE
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)
PARADA RESPIRATÓRIA (PR)