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APH 05

Objetivos e Competências
• Descrever a abordagem a fraturas de extremidades e pelve
• Descrever a abordagem a queimaduras, objetos empalados e evisceração
• Descrever as técnicas de mobilização e imobilização de vítimas padronizados pelo
CBMERJ
• Diferenciar o trauma na criança, idoso e gestante
Assuntos
• Abordagem a Fratura de Extremidades e Pelve
• Situações Especiais de Trauma
• Técnicas de Mobilização e Imobilização
Abordagem a Fratura de
Extremidades e Pelve
Quando suspeitar de fratura?​

• Dor intensa;​
• Hipersensibilidade​
• Deformidade;​
• Hematoma;​
• Edema;
Quando suspeitar de fratura?
• Ruídos ao movimentar o membro afetado (crepitação) ou
incapacidade de movimentá-lo;​​

• Encurtamento do membro afetado;​​

• Caso a fratura seja exposta é possível visualizar o osso para fora da


pele, sendo comum haver intenso sangramento.​
Como proceder?
• Remover relógios e adereços que podem comprometer a
circulação;​
• Alinhar fraturas por leve tração manual antes de imobilizar.
Interromper se piorar a dor ou se houver resistência. Não
reduzir fraturas;​
• Acolchoar lateralmente a imobilização;​
• Imobilizar as articulações proximal e distal à fratura.
Exceção: fraturas articulares (joelho, tornozelo, cotovelo e
punho); ​
• Avaliar sempre a perfusão periférica antes e após a
imobilização (atenção ao pulso distal, ao enchimento capilar
e à coloração);
Tipos de talas:
• Talas rígidas: Podem ser pré fabricadas ou
improvisadas com materiais como pranchas, plásticos
rígidos, metais ou madeira

• Talas moldáveis: Podem ser pré fabricadas ou


improvisadas com travesseiros/almofadas, faixas de
suporte (em forma de tipoias), bandagem triangular,
roupas, papelão entre outros.

• Talas de tração: Utilizadas para fraturas de fêmur no


terço médio.
Situações Especiais de
Trauma: Criança, Idoso
e Gestante
Trauma na Criança

-Diferente dos adultos

-Diferenças anatômicas

-Difícil avaliar e comunicar

-Venha com os pais e outros membros da família


Comunicação com a criança e a família

-Atendimentos centrados na família são críticos


O cuidador nem sempre é um dos pais
Envolver os pais tanto quanto possível no atendimento
Inclusão e respeito melhorarão a estabilização
-Demonstre competência e compaixão
-Cuidados críticos não devem ser atrasados para se obter
consentimento dos pais.
-Atendimento de emergência necessário
Consentimento indisponível
Consentimento negado
Mecanismos de Lesão

-Quedas (Maior causa de trauma pediátrico)


-Acidentes envolvendo automóveis, pedestres ou bicicletas (Maior
causa de morte no trauma pediátrico)
-Queimaduras
-Afogamentos
-Abuso infantil
Negligência e Abuso Infantil

-Uma das principais causas de morte.


-Esteja atento aos sinais
-Transporte em caso de suspeita
-Conheça as leis locais
Avaliação Geral
Hemorragia

-Controle imediatamente
-Evite grandes curativos volumosos
-Pressão direta constante
-Torniquetes
-Agentes hemostáticos
Avaliação respiratória

-Trabalho de respiração
-Retrações, grunhidos
-Taxa respiratória
-Rápida, seguida de períodos de apneia, ou muito lenta
-Pequenos traumas contusos no pescoço podem ser críticos
Avaliação de Circulação

-Choque precoce mais difícil de determinar


-Taquicardia persistente
-Enchimento capilar lentificado e extremidades frias
-Nível de consciência
Situação de trauma crítico

-Realizar apenas os procedimentos necessários


-Controle de sangramento
-Restrição de movimento da coluna Apropriada
-Transporte rápido e seguro
-Destino apropriado
Trauma no idoso

-Sinais vitais alterados da linha de base devido ao envelhecimento


-Doenças e medicamentos pré-existentes
-Alterações no estado mental devido à demência ou ao delírio
-Isso pode levar ao reconhecimento tardio de choque ou lesão
cerebral traumática e pode levar o paciente à subtriagem.
-Subtriagem de idosos está associada a um aumento de duas vezes
no risco de morte
Trauma no idoso

-Maior risco de lesão


-Reflexos mais lentos
-Visão comprometida
-Perda auditiva
-Artrite
-Pele e vasos sanguíneos frágeis
-Ossos frágeis
-Declínio cognitivo
O Envelhecimento

-Maior risco de lesão


-Reflexos mais lentos
-Visão comprometida
-Perda auditiva
-Artrite
-Pele e vasos sanguíneos frágeis
-Ossos frágeis
-Declínio cognitivo
-Sistema cardiovascular
Hipoperfusão é muitas vezes subestimada em idosos
Insuficiência cardíaca congestiva e edema pulmonar
Aterosclerose
Avaliação inicial

-Nível inicial de consciência


Esclareça o nível mental da linha de base antes do trauma (obtenha
informações adicionais da família)
Condição ou trauma pré-existente

-Lesões torácicas
Provavelmente mais sérias

-Precauções com a coluna vertebral


Artrite e cifose
Preparação e Transporte

● As macas podem machucar


pacientes idosos
● Preparar o idoso para transporte
de forma rápida e cuidadosa.
● Restrição de movimento da
coluna inclui preenchimento de
áreas vazias.
● Não forçar o pescoço para
posição neutra se isso causar
dor.
Trauma na Gravidez

● Desafios únicos
● Vulnerabilidade da paciente grávida com trauma
● Lesões potenciais em crianças não nascidas
● Papéis duplos
● Prestar atendimento à mãe
● Prestar atendimento ao feto
Trauma na Gravidez

● Principal causa de morbidade e mortalidade na gravidez


● 6 a 20% das gestações experimentam algum grau de trauma
● 1 em cada 12 acidentes de trauma significativos
● Principais causas:
○ Colisões de veículos motorizados
○ Quedas
○ Abuso e violência doméstica
○ Lesões penetrantes
○ Queimaduras
○ Suicídio
○ Homicídio
Paciente grávida

● Aumento do risco de trauma


● Síncope, hiperventilação, excesso de fadiga comumente associado
à gravidez precoce
● Equilíbrio e coordenação afetados por mudanças ao longo da
gravidez
Trauma na Gravidez

● Avaliações Primária e Secundária


● Otimizar o débito do feto e da gestante
● Alto fluxo 100% oxigênio rapidamente administrado pelo profissional
de saúde
● Hipóxia fetal ocorre antes da hipóxia materna
● A administração de fluido pelo profissional de saúde deve ser rápida
Deslocamento uterino esquerdo

● Posição de transporte
● Eleve o quadril direito de 10 a 15 cm com toalha e desloque
manualmente o útero para a esquerda
● Se a restrição de movimento da coluna e a prancha for necessária,
incline ou gire a prancha de 15 a 30 graus para a esquerda do
paciente
● Não deixe o paciente na prancha por mais tempo do que o
necessário
Decisão de Transporte

● Posição de transporte
● Melhor estabilizado com a maca a
vácuo
● Cuidado ao prender os cintos
● O deslocamento uterino esquerdo deve
ser mantido o tempo todo durante a
ressuscitação e transporte
Técnicas de Mobilização
e Transporte de Vítimas
Considerações iniciais

A mobilização da vítima de trauma deve ser sempre a


mínima possível, sendo efetuada idealmente pela guarnição
da ASE.
Princípios e preferências
No APH em situações de emergência, existem os princípios e as
preferências .
O princípio de restrição seletiva de coluna consiste em restringir
minimamente a coluna vertebral do doente de trauma com o intuito de não
causar uma lesão secundária ou não agravar uma lesão pré-existente.
Para alcançar esse princípio, existem várias preferências que podem
mudar a depender da situação, condição da vítima, qualificação da equipe,
recursos disponíveis e protocolos institucionais.
Restrição seletiva de coluna
Rolamento a 90°

Indicada quando a vítima se encontrar em decúbito dorsal.


Rolamento a 90°

Indicada quando a vítima se encontrar em decúbito dorsal.


Rolamento a 90°

Indicada quando a vítima se encontrar em decúbito dorsal.


Rolamento a 90°

Indicada quando a vítima se encontrar em decúbito dorsal.


Rolamento a 180°

Indicada quando a vítima se encontrar em decúbito ventral.


Rolamento a 180°

Indicada quando a vítima se encontrar em decúbito ventral.


Rolamento a 180°

Indicada quando a vítima se encontrar em decúbito ventral.


Elevação a cavaleiro

Indicada em evisceração, fratura de pelve, fratura bilateral de fêmur e


falta de espaço físico para fazer o rolamento da vítima
Elevação a cavaleiro

Indicada em evisceração, fratura de pelve, fratura bilateral de fêmur e


falta de espaço físico para fazer o rolamento da vítima
Transporte com 3 socorristas
Transporte com 3 socorristas
Transporte com 4 socorristas
Transporte com 4 socorristas
Retirada de capacete
Colocação do colar cervical
Prancha Scoop

A prancha scoop tem sido tradicionalmente feita de metal


(alumínio ou outros metais leves), mas os plásticos modernos são agora
mais comumente usados.
Prancha Scoop

É um dispositivo de duas partes, permitindo que as metades


separadas sejam colocadas em cada lado da vítimas em manipulação
excessiva. Depois de unir as duas metades, o paciente pode ser levantado
e transferido para uma maca de ambulância ou maca a vácuo.
Maca à Vácuo

A maca a vácuo é uma ferramenta de transporte e imobilização que


é utilizada após a vítima ter sido transferida para ele com uma prancha
scoop.
Vítimas Grávidas
Nessas circunstâncias, a vítima deve ser presa à prancha usando
técnicas padrão. Uma vez fixada, a prancha é inclinada em um ângulo para
colocar a vítima em uma posição lateral esquerda relativa (lado esquerdo para
baixo com cobertor ou acolchoamento sob o lado direito da vítima suficiente
para suportar esta posição).
Auto extricação assistida
Transporte de vítimas
Transporte de vítimas com TCE
Conclusão
Diante de uma ocorrência de trauma precisamos tomar uma decisão
entre 3 possíveis opções:
1. Não restringir a coluna da vítima
2. Realizar uma restrição minimalista da coluna da vítima
3. Realizar uma restrição completa
Essa decisão e como alcançar o objetivo, vão depender de tudo aquilo
que foi discutido ao longo desta explicação.
DÚVIDAS

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