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ALTERNATIVAS
EM ESTÉTICA
Caroline de Araujo
Barroco
Medicina tradicional
chinesa
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
As terapias alternativas estão sendo muito estudadas pelo ocidente.
A medicina e a estética estão recebendo um grande leque de possibili-
dades terapêuticas orientais, as quais podem ser associadas às terapias
convencionais ou aplicadas isoladamente. A combinação de diferentes
técnicas amplia os recursos terapêuticos e a satisfação dos pacientes ou
clientes. Os métodos orientais seguem um raciocínio e embasamento
teórico únicos, visando ao equilíbrio energético do indivíduo.
Neste capítulo, você conhecerá as bases da medicina tradicional
chinesa, as principais teorias milenares que estruturam todo o raciocínio
médico oriental. A medicina oriental desenvolveu-se a partir de teorias
que fazem referência à natureza e aos seres humanos que estão inseridos
nela. Partindo-se da ideia de que tudo está em constante transformação
no universo e que fazemos parte dele, o grande objetivo de todos os
processos biológicos é o equilíbrio. Você entenderá o conceito de equi-
líbrio energético e explorará os canais pelos quais a energia flui no corpo
humano — são esses os chamados meridianos energéticos.
2 Medicina tradicional chinesa
é essencial para a prática clínica, tanto para avaliar o paciente como também
para delinear o tratamento e sugerir o prognóstico.
Em resumo, Yin e Yang são etapas opostas, complementares, interdependen-
tes e intimamente relacionadas que estão num constante movimento, assumindo
polos cíclicos. Um bom exemplo é a relação entre matéria e energia, sendo
cada uma delas identificada como extremidade de algo contínuo e cíclico, no
qual matéria pode transforma-se em energia, e vice-versa. Nenhum fenômeno
é estático, estando sempre em constante mudança, permeando o Yin e o Yang.
Essa capacidade mutante dos eventos justifica a relatividade dos conceitos
Yin e Yang. Situações de volatilidade, ascensão, movimento e hiperatividade
estão caracterizadas como Yang, ao contrário de alta densidade, degenerações
e hipoatividade, que se aproximam do Yin.
Equilíbrio energético
A energia que constitui a matéria fundamental do universo chama-se Qi.
É a partir de suas ações, seus movimentos e suas transformações que os
eventos da natureza ocorrem. Essa substância sutil e dinâmica é responsável
por produzir as funções fisiológicas e manter a vitalidade do organismo. Ela
pode ser observada como energia refinada gerada pelos órgãos internos e que
assume diferentes formas em diferentes sítios do organismo, ou como atividade
funcional de um órgão interno, como a atividade do Qi do fígado (ações que
são realizados por este órgão).
O ideograma de Qi (Figura 1) indica a ideia de que algo pode ser material
e energético ao mesmo tempo, que o denso e o sutil podem estar em constante
transição. A porção superior do ideograma significa “vapor”, dando a ideia
de sutileza, algo imaterial, enquanto a porção inferior simboliza um “feixe de
arroz”, algo material e denso. Qi também pode ser chamado de Chi.
Medicina tradicional chinesa 7
GU QI (Qi do alimento)
Representa o primeiro estágio de transformação dos alimentos em Qi; é a base
para produção do Qi e sangue do corpo. Os alimentos são “decompostos” e
“transformados” no estômago em Gu Qi no baço. Sobe até o tórax (com o Qi
do baço) e passa pelo pulmão, onde se une ao ar para formar Zong Qi (Qi de
reunião); e, no coração, é transformado em sangue.
Os termos médicos chineses, como Yin, Yang e Qi, estão em pinyin. Este é um método
de transliteração do mandarim padrão (idioma oficial da China). Em mandarim padrão,
esses termos aqui citados seriam, respectivamente, 陰, 陽, 氣.
Ponto
Meridiano Meridiano
Zang (Yin) de união Cinco
principal principal
/ Fu (Yang) dos pares elementos
Yin Yang
acoplados
(Continua)
Medicina tradicional chinesa 11
(Continuação)
Ponto
Meridiano Meridiano
Zang (Yin) de união Cinco
principal principal
/ Fu (Yang) dos pares elementos
Yin Yang
acoplados
Ponto de
Meridiano abertura do
Meridiano Ponto de
extraordinário meridiano
extraordinário abertura
(par acoplado) extraordinário
acoplado
Leitura recomendada
WILHELM, R. I-Ching: o livro das mutações: prefácio de C. G. Jung. São Paulo: Pensa-
mento, 1984. 530 p.
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