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TRATAMENTO EM MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3

2. TRATAMENTOS EM MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ......................... 5


2.1 Técnicas de Diagnóstico .......................................................................................... 9
2.2 Patologias e Síndromes............................................................................................10
2.2.1 Patologia Interna ......................................................................................................11
2.2.2 Patologia Externa .....................................................................................................11
2.2.3 Sinais, Sintomas e Síndromes ...............................................................................12
2.3 Datas Históricas da Medicina Tradicional Chinesa ............................................13
REFERENCIAS ......................................................................................................... 19

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

2
1. INTRODUÇÃO

A medicina tradicional chinesa (MTC), também conhecida como medicina


chinesa (em chinês 中醫, zhōngyī xué, ou 中藥學, zhōngyaò xué), é a denominação
usualmente dada ao conjunto de práticas de medicina tradicional em uso na China,
desenvolvidas no curso de sua história . A MTC é utilizada principalmente
como medicina alternativa, com caráter integrativo e complementar - não substitutivo
[4]
- à medicina alopática . Observe-se que é uma história que não corresponde
exatamente a China que conhecemos hoje, e sim a Ásia, ao longo de milhares de
anos, quando foram se consolidando as fronteiras dos atuais países e desenvolvendo
uma civilização que reuniu mais da metade das descobertas e invenções tecnológicas
do "mundo moderno".
Para Padilla (o.c.) a medicina chinesa pode ser considerada, portanto, uma
"sistematização" das mais antigas formas de medicina oriental, abrangendo, para fins
de estudo, as outras medicinas da Ásia, como os sistemas médicos tradicionais
do Japão, Taiuan, da Coreia, do Tibete e da Mongólia. [8] [9] [10]
A MTC foi desenvolvida empiricamente a partir da experiência clínica, e
[11]
documentada em muitos textos, hoje clássicos . Se fundamenta numa estrutura
teórica sistemática e abrangente, de natureza filosófica. Ela inclui entre seus princípios
o estudo da relação de yin/yang, da teoria dos cinco elementos e do sistema de
circulação da energia pelos meridianos do corpo humano. [12] [13]
Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o
funcionamento do organismo humano e sua interação com o ambiente segundo os
ciclos da natureza, procura aplicar esta compreensão tanto ao tratamento das
doenças quanto à manutenção da saúde através de diversos métodos.

Figura 1

3
Figura 2

4
2. TRATAMENTOS EM MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

A MCT tem por princípio básico a teoria da energia vital do corpo (chi ou qi) que
circula pelo corpo através de canais, chamados de meridianos, os quais teriam
ramificações que os conectariam aos órgãos [14]. Os conceitos de “corpo” e “doença”
utilizados pela Medicina Tradicional Chinesa se baseiam em noções de uma cultura
pré-científica, similar à teoria europeia dos humores (humorismo), em voga até o
advento das pesquisas médicas modernas dos anos 1800 [15]. Pesquisas científicas
não encontraram nenhuma prova fisiológica ou histológica dos conceitos tradicionais
chineses, como qi, meridianos ou mesmo pontos de acupuntura [4].

Figura 3

Roupa de xamã da região da Manchúria. Práticas xamanísticas dos "Wu" (巫)


antecedem aos mitos da dinastia Shang persistem como crenças populares e
influenciaram os mitos dos imperadores Shennong e Huangdi associados aios
primeiros escritos da MTC [16]
A teoria e a prática da Medicina Tradicional Chinesa não são baseadas em
conhecimento científico, e seus praticantes discordam grandemente sobre os
diagnósticos e os tratamentos dos pacientes. A eficácia da medicina fitoterápica
chinesa continua pouco pesquisada e documentada.
Pesquisas farmacêuticas têm explorado o potencial de criação de novos
remédios baseados em princípios ativos que poderiam ser encontrados em soluções

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da MCT, mas têm obtido pouco sucesso. Editorial da revista especializada “Nature”
descreve a Medicina Tradicional Chinesa como repleta de pseudociência (“fraught
with pseudoscience”).
Como anteriormente dito a MCT tem por princípio básico a teoria da energia
vital do corpo (chi ou qi) que circula pelo corpo através de canais, chamados de
meridianos, os quais teriam ramificações que os conectariam aos órgãos [14]. Os
conceitos de “corpo” e “doença” utilizados pela Medicina Tradicional Chinesa se
baseiam em noções de uma cultura pré-científica, similar à teoria europeia dos
humores (humorismo), em voga até o advento das pesquisas médicas modernas dos
anos 1800[19]. Pesquisas científicas não encontraram nenhuma prova fisiológica ou
histológica dos conceitos tradicionais chineses, como qi, meridianos ou mesmo pontos
de acupuntura[4].
A teoria e a prática da Medicina Tradicional Chinesa não são baseadas em
conhecimento científico, e seus praticantes discordam grandemente sobre os
diagnósticos e os tratamentos dos pacientes[14]. A eficácia da medicina fitoterápica
chinesa continua pouco pesquisada e documentada [20].
Pesquisas farmacêuticas têm explorado o potencial de criação de novos
remédios baseados em princípios ativos que poderiam ser encontrados em soluções
da MCT, mas têm obtido pouco sucesso. Editorial da revista especializada “Nature”
descreve a Medicina Tradicional Chinesa como repleta de pseudociência (“fraught
with pseudoscience”)[21].
Os principais métodos de tratamento da medicina tradicional
chinesa [22] básicamente são:
Figura 4

6
Mapa de pontos para acu-moxa, na parte frontal da cabeça em xilogravura
chinesa do período Yuan (1206-1368).
 Tui Na ou Tuiná (推拿)
 Acupuntura (針疚)
 Moxabustão (艾炙)
 Ventosaterapia (拔罐)

 Fitoterapia chinesa (中药)

 Terapia alimentar chinesa (食療) ou dietoterapia chinesa


 Práticas físicas: exercícios integrados a prática de meditação relacionadas à
respiração e à circulação da energia, como o qi gong (氣功), o Tai ji quan (太極拳) e
outras artes marciais chinesas internas que podem contribuir para o reequilíbrio do
organismo. Estas práticas são consideradas simultaneamente
métodos profiláticos para a manutenção da saúde e formas de intervenção para

recuperá-la. Práticas como o Zhan Zhuang (站椿), o Baduanjin (八段锦) e o Lian

gong (练功)são realizadas atualmente fora do contexto das artes marciais.

Figura 5

Moderna Escola de Medicina, Shanghai Jiao Tong University


A medicina tradicional chinesa utiliza a fitoterapia e outros medicamentos como
seu último recurso para combater os problemas de saúde.
Segundo sua crença básica, o corpo humano dispõe de um sistema sofisticado
para localizar as doenças e direcionar energia e recursos para curar os problemas por
si mesmo.

7
O objetivo dos esforços externos deveria se focar em cuidadosamente auxiliar
as funções de auto cura do corpo humano, sem interferir. Refletindo esta mesma ideia,
um ditado chinês diz que "qualquer remédio tem 30% de ingredientes venenosos".
Atualmente, a medicina tradicional chinesa está progressivamente
incorporando técnicas e teorias da medicina ocidental em sua práxis, em especial os
tipos de exames sem características invasivas.
Outras técnicas associadas a estes métodos
 Gua Sha ou "esfregar moedas" (刮痧), técnica associada ao Tui Na.
 Auriculopuntura (耳燭療法), especialidade da acupuntura.

O diagnóstico na MTC
Figura 6

Mercado de medicamentos e ervas em Xangai.

Figura 7

As conhecidas barbatanas de tubarão à venda em loja de medicamentos


chineses
[23]
Os aspectos básicos a considerar em um diagnóstico pela MTC são:
 Observar (望 wàng),
 Ouvir e cheirar (聞 wén),
 Perguntar sobre o histórico do paciente (問 wèn),
 Palpar o pulso, tórax e abdome, várias partes do corpo, os canais e os pontos
(切 qiè).

8
A partir das informações reunidas desta forma pelo terapeuta, é elaborado um
diagnóstico usando como referência um sistema para classificar os sintomas
apresentados.
Este sistema se fundamenta no conhecimento dos seguintes princípios
teóricos:
 A relação de Yin/Yang
 A Teoria dos Cinco Elementos
 Os oito princípios do Ba Gua
 A teoria dos órgãos Zang Fu
 Os Meridianos de energia
 Os Seis níveis
 Os Quatro estágios
 O Triplo aquecedor

Figura 8

Diagrama do "Meridiano" do estômago

2.1 Técnicas de Diagnóstico

 Tomada do pulso da artéria radial do paciente em seis posições distintas para


avaliar o fluxo de energia em cada meridiano.
 Observação da face do paciente.
 Observação da aparência dos olhos do paciente.
 Observação da aparência da língua do paciente.

9
 Observação superficial da orelha.
 Observação do som da voz do paciente.
 Palpação do corpo do paciente, especialmente do abdômen.
 Comparações da temperatura em diferentes partes do corpo do paciente.
 Observação da veia do dedo indicador em crianças pequenas.
 Tudo mais que possa ser observado sem instrumentos e sem ferir o paciente,
como uma conversa levantando seu histórico de saúde e suas queixas atuais.
Para trabalhar com os sistemas de diagnósticos da MTC é preciso desenvolver
a habilidade de observar aparências sutis, observar o que está bem a nossa frente
mas escapa da observação da maioria das pessoas.
Na China atual, cada vez mais o diagnóstico pela MTC interage com métodos
de diagnóstico ocidentais, direcionando-se gradualmente para uma total integração
entre os dois sistemas. Frequentemente os praticantes combinam os dois sistemas
para avaliar o que acontece com seu paciente.

2.2 Patologias e Síndromes


Figura 9

Teoria dos Cinco Elementos o fogo (火), a água (水), a madeira (木), o
metal (金) e a terra (土)

10
2.2.1 Patologia Interna

Na medicina tradicional chinesa a patologia interna tem como causa


desequilíbrios internos tais como:
 Emoções (demasiado fortes/demasiado prolongadas)
 Má alimentação
 Cansaço excessivo
 Falta de repouso
As principais perturbações energéticas:
 Sintomas moderados / subtis
 Evolução gradual

Coincide com o conceito ocidental de patologia crónica.

Figura 10

Gráfico de diagnóstico através da língua, datado de "1º ano do período de


reinado de Zhengyuan da dinastia Yuan (1341)

2.2.2 Patologia Externa

Na visão da medicina tradicional chinesa a patologia externa tem como causa


a penetração de fatores externos (ou agentes perversos externos Xie Qi)
no organismo:

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 Frio/Calor
 Vento/Umidade
 Secura/Canícula
As principais perturbações energéticas:
 Início rápido
 Sintomas intensos/agudos
 Evolução rápida
Corresponde ao conceito ocidental de patologia aguda.

2.2.3 Sinais, Sintomas e Síndromes

 Sinais:
 Clínicos: Observados directamente na consulta (rosto, língua, pulso)
Funcionais: O paciente diz em consulta.
 Sintoma - É o sinal interpretado pelo que se torna sintoma.
 Síndrome - É o conjunto de sintomas. Estes são regulares e consistentes.

Síndromes gerais
Conjunto de sintomas que dizem respeito à totalidade do organismo e a
nenhum órgão em específico.

Figura 11

Manuscrito desconhecido (era Ming, século XVII?). As inscrições

correspondem possivelmente a descrição Fu Xi - Ba gua 图八卦太极图

12
(Oito Trigramas). O diagnóstico na MTC pode ser dado a partir da relação

de Yin/Yang aqui representados pelo símbolo Taijitu (太极图)

 Vazio de qi
 Vazio de sangue
 Vazio de yang
 Vazio de yin
 Estase
 Humidade-mucosidade
 Humidade-mucosidade-calor
 Plenitude-calor

Síndromes de órgão
Conjunto de sintomas que se referem à perturbação de um dos órgãos
principais.

Tabela 1

Mão Ligação Pé

Pulmão Tai Yin (Frontal) Baço-pâncreas

Coração Shao Yin (Costal) Rim

Pericárdio Jue Yin (Central) Fígado

2.3 Datas Históricas da Medicina Tradicional Chinesa

Além de datas específicas de conquistas da arte médica, a invenção


da escrita e metalurgia modificaram os rumos e evolução dessa técnica no contexto
da civilização chinesa.
 4115 – 4365 aC. - Yang Shao, parentesco matrilinear; Lung Shao, parentesco
[25]
patrilinear - condição essencial para entender as regras avô-filho-neto no estudo
dos 5 elementos.
 2000 aC - Fundição do Bronze / dinastia Shang [26]
 1400 aC. - Descoberta do álcool na dinastia Shang (1800 aC. – 1100 aC.) No
norte da China [26]

13
 600 aC. - Cunhagem de moedas de cobre (Zhou) [26]
 513 aC.- Primeira referência a fundição do ferro [27]
 501 a C. - Referência a 4 processos de diagnóstico médico: exame da tez;
da língua; auscultação com técnicas da época; exame de pulso e história médica do
paciente.
 479 a C. - Data tradicional da morte de Confúcio (551 – 479)
 436 a C. - Cálculo do ano solar 365 dias 3, 1/4 [27]

 289 a C. - Morte de Mêncio, discípulo de Confúcio


 200 aC. – 0 dC. - Primeira dinastia Han, Consolidação da unificação da escrita
(pincel sobre papel); "Publicação" do Livro do Imperador
Amarelo; paquímetro graduado em "cun"; rota da seda – contato com mundo árabe
51 aC.; contato com romanos; Doutrina dos 5 elementos e Yin Yang.
 200 a.C. - século II a.C..- Siderurgia do aço
 113 a.C. - Agulhas de ouro e prata incluídas na tumba do príncipe Liu Sheng
 140 a.C. - Primeira obra de alquimia chinesa
 160 a.C. - Hospitais - controle do ensino médico na corte
 28 a.C. - Início do registro sistemático das manchas solares
 0 – 200 d.C.- Segunda dinastia Han; Primeiros hospitais, que aumentam de
número com desenvolvimento do Budismo [26] [30]
 50 - Chegada do Budismo
 215-282 - O médico Zhenjiu Jiayijing de Anding – Gansu publica uma síntese e
sistematização do nei jing definindo nomes para 348 pontos
 300 (século IV) - Publicação das coletâneas de Ge Gong refere-se a moxa
com alho e sal para infecções com pus e diversas outras indicações em “Receitas
para casos urgentes ao alcance da mão”
 600 - Publicação tipográfica sobre acupuntura
 618-917 - Dinastia Tang cria o Instituto de Medicina Imperial (Tai Yi Shu) com
departamentos separados de acupuntura, moxabustão e farmacologia
 624 - Início dos exames sistemáticos controlados pelo estado representado
pelo Tai-yi-chou (grande serviço médico) cujo quadro efetivo era de 349 funcionários [3]
 900 - Impressão com blocos de madeira
 1000 - Impressão c/ tipos móveis [26]
 1200 - impressão de ilustrações; publicações de trabalhos de botânica [30]

 1500 - Hospitais colônias de leprosos

14
 1518-1593 (século XVI) - O médico Li Shizhen publica Compêndio de matéria
médica (Ben Cao Gang Mu) com recomendações da moxabustão para esquentar os
canais e eliminar o frio e umidade. Inclui detalhada descrição da farmacopeia até então
conhecida, reunindo 443 produtos derivados de animais; 1074 substancias vegetais e
354 produtos minerais.
Figura 12

Ginkgo biloba uma das plantas da farmacopéia chinesa mais conhecidas,


pesquisadas e utilizadas na medicina ocidental
Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa da República Popular
da China (SATCM - State Administration of Traditional Chinese Medicine of the
People's Republic of China) foi fundada em 1955. A função da organização é a de
organizar a forma de treinar MTC profissionais médicos, fazer pesquisa acadêmica,
explorar a tecnologia e proteger a propriedade intelectual.
Destaca-se entre suas proposições formais:
 A formulação de estratégias, planos, políticas e normas relevantes para o
desenvolvimento da medicina tradicional chinesa (MTC) inclusive como patrimônio
imaterial.
 Supervisionar os cuidados de saúde, prevenção de doenças, preservação da
saúde e reabilitação, bem como a prescrição clínica do TCM, orientar, planejar e
coordenar a estrutura das instituições MTC médicas e de pesquisa

 Para a realização do censo sobre a "matéria medica chinesa", bem como


promover a sua proteção, exploração e utilização racional, com a formulação do plano
de desenvolvimento industrial e as políticas industriais de apoio ao MTC, e instituição
da lista de medicamentos essenciais.

15
 Para conduzir desenvolvimento internacional e a propagação do MTC, inclusive
com a colaboração e cooperação com Hong Kong, Macau e Taiwan.
 Para executar outras tarefas e ordens do Conselho de Estado e Ministério da
Saúde.
A portaria nº 971, de 3 de maio de 2006 aprova a MTC como uma das práticas
integrativas da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
no Sistema Único de Saúde.[32] Quando criada, eram ofertados apenas cinco
procedimentos, após 10 anos, em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando
as 19 práticas disponíveis atualmente à população. [33]
Em março de 2018, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de dez novas
Práticas Integrativas e Complementares (PICS) para pacientes do Sistema Único de
Saúde (SUS), o Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que as práticas
alternativas ou integrativas, como as aprovadas pelo ministério, "não têm base na
medicina e são sem evidências".
Em 2019, durante a passagem do então presidente Bolsonaro pela China,
assinou-se em Pequim um convênio para o ensino de Medicina Tradicional Chinesa
(MTC) na Universidade Federal de Goiás (UFG), a revista britânica The Economist já
havia notado alguns anos atrás que o governo chinês vem usando seu considerável
poder econômico, canalizado através da rede global de “Institutos Confúcio”, para
estimular o ensino e o uso de MTC.

O conselho também emitiu uma nota:

Segundo o presidente do Conselho Federal de Medicina,


Carlos Vital, as práticas integrativas feitas no SUS não têm
resolubilidade e não têm fundamento na Medicina baseada
em evidência (MBE) – ou seja, ignoram a integração da
habilidade clínica com a melhor evidência científica
disponível, e que "A aplicação de verbas nessa área onera
o sistema, é um desperdício e agrava ainda mais o quadro
do SUS com carências e faltas".

16
Figura 13: Farmácia chinesa Tong Sin Tong em Macau com letreiro bilíngue

Em Portugal a Medicina Tradicional Chinesa tem vindo a ganhar adeptos e


tornando-se uma das mais recorrentes clínicas especializadas em técnicas de
tratamento de medicina alternativa e popular. A tradição da China - Portuguesa
em Macau é uma das fontes ainda não completamente exploradas e dimensionadas
do "sincretismo" entre o pensamento tradicional chinês e a cultura ocidental.
A tradução e adaptação de concepções do pensamento chinês na língua
portuguesa datam pelo menos 400 anos, período em que essa Região Administrativa
Especial da República Popular da China foi colonizada e administrada por Portugal.
Observe-se porém que é recente o desenvolvimento de instituições públicas, como
o Centro de Saúde do Fai Chi Kei, que incluem uma clínica de medicina tradicional
chinesa desde 1999 e institutos de ensino de medicina tradicional chinesa.

17
Figura 14

18
REFERENCIAS

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