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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
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NOSSA HISTÓRIA
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1. INTRODUÇÃO
Figura 1
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Figura 2
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2. TRATAMENTOS EM MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
A MCT tem por princípio básico a teoria da energia vital do corpo (chi ou qi) que
circula pelo corpo através de canais, chamados de meridianos, os quais teriam
ramificações que os conectariam aos órgãos [14]. Os conceitos de “corpo” e “doença”
utilizados pela Medicina Tradicional Chinesa se baseiam em noções de uma cultura
pré-científica, similar à teoria europeia dos humores (humorismo), em voga até o
advento das pesquisas médicas modernas dos anos 1800 [15]. Pesquisas científicas
não encontraram nenhuma prova fisiológica ou histológica dos conceitos tradicionais
chineses, como qi, meridianos ou mesmo pontos de acupuntura [4].
Figura 3
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da MCT, mas têm obtido pouco sucesso. Editorial da revista especializada “Nature”
descreve a Medicina Tradicional Chinesa como repleta de pseudociência (“fraught
with pseudoscience”).
Como anteriormente dito a MCT tem por princípio básico a teoria da energia
vital do corpo (chi ou qi) que circula pelo corpo através de canais, chamados de
meridianos, os quais teriam ramificações que os conectariam aos órgãos [14]. Os
conceitos de “corpo” e “doença” utilizados pela Medicina Tradicional Chinesa se
baseiam em noções de uma cultura pré-científica, similar à teoria europeia dos
humores (humorismo), em voga até o advento das pesquisas médicas modernas dos
anos 1800[19]. Pesquisas científicas não encontraram nenhuma prova fisiológica ou
histológica dos conceitos tradicionais chineses, como qi, meridianos ou mesmo pontos
de acupuntura[4].
A teoria e a prática da Medicina Tradicional Chinesa não são baseadas em
conhecimento científico, e seus praticantes discordam grandemente sobre os
diagnósticos e os tratamentos dos pacientes[14]. A eficácia da medicina fitoterápica
chinesa continua pouco pesquisada e documentada [20].
Pesquisas farmacêuticas têm explorado o potencial de criação de novos
remédios baseados em princípios ativos que poderiam ser encontrados em soluções
da MCT, mas têm obtido pouco sucesso. Editorial da revista especializada “Nature”
descreve a Medicina Tradicional Chinesa como repleta de pseudociência (“fraught
with pseudoscience”)[21].
Os principais métodos de tratamento da medicina tradicional
chinesa [22] básicamente são:
Figura 4
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Mapa de pontos para acu-moxa, na parte frontal da cabeça em xilogravura
chinesa do período Yuan (1206-1368).
Tui Na ou Tuiná (推拿)
Acupuntura (針疚)
Moxabustão (艾炙)
Ventosaterapia (拔罐)
Figura 5
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O objetivo dos esforços externos deveria se focar em cuidadosamente auxiliar
as funções de auto cura do corpo humano, sem interferir. Refletindo esta mesma ideia,
um ditado chinês diz que "qualquer remédio tem 30% de ingredientes venenosos".
Atualmente, a medicina tradicional chinesa está progressivamente
incorporando técnicas e teorias da medicina ocidental em sua práxis, em especial os
tipos de exames sem características invasivas.
Outras técnicas associadas a estes métodos
Gua Sha ou "esfregar moedas" (刮痧), técnica associada ao Tui Na.
Auriculopuntura (耳燭療法), especialidade da acupuntura.
O diagnóstico na MTC
Figura 6
Figura 7
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A partir das informações reunidas desta forma pelo terapeuta, é elaborado um
diagnóstico usando como referência um sistema para classificar os sintomas
apresentados.
Este sistema se fundamenta no conhecimento dos seguintes princípios
teóricos:
A relação de Yin/Yang
A Teoria dos Cinco Elementos
Os oito princípios do Ba Gua
A teoria dos órgãos Zang Fu
Os Meridianos de energia
Os Seis níveis
Os Quatro estágios
O Triplo aquecedor
Figura 8
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Observação superficial da orelha.
Observação do som da voz do paciente.
Palpação do corpo do paciente, especialmente do abdômen.
Comparações da temperatura em diferentes partes do corpo do paciente.
Observação da veia do dedo indicador em crianças pequenas.
Tudo mais que possa ser observado sem instrumentos e sem ferir o paciente,
como uma conversa levantando seu histórico de saúde e suas queixas atuais.
Para trabalhar com os sistemas de diagnósticos da MTC é preciso desenvolver
a habilidade de observar aparências sutis, observar o que está bem a nossa frente
mas escapa da observação da maioria das pessoas.
Na China atual, cada vez mais o diagnóstico pela MTC interage com métodos
de diagnóstico ocidentais, direcionando-se gradualmente para uma total integração
entre os dois sistemas. Frequentemente os praticantes combinam os dois sistemas
para avaliar o que acontece com seu paciente.
Teoria dos Cinco Elementos o fogo (火), a água (水), a madeira (木), o
metal (金) e a terra (土)
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2.2.1 Patologia Interna
Figura 10
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Frio/Calor
Vento/Umidade
Secura/Canícula
As principais perturbações energéticas:
Início rápido
Sintomas intensos/agudos
Evolução rápida
Corresponde ao conceito ocidental de patologia aguda.
Sinais:
Clínicos: Observados directamente na consulta (rosto, língua, pulso)
Funcionais: O paciente diz em consulta.
Sintoma - É o sinal interpretado pelo que se torna sintoma.
Síndrome - É o conjunto de sintomas. Estes são regulares e consistentes.
Síndromes gerais
Conjunto de sintomas que dizem respeito à totalidade do organismo e a
nenhum órgão em específico.
Figura 11
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(Oito Trigramas). O diagnóstico na MTC pode ser dado a partir da relação
Vazio de qi
Vazio de sangue
Vazio de yang
Vazio de yin
Estase
Humidade-mucosidade
Humidade-mucosidade-calor
Plenitude-calor
Síndromes de órgão
Conjunto de sintomas que se referem à perturbação de um dos órgãos
principais.
Tabela 1
Mão Ligação Pé
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600 aC. - Cunhagem de moedas de cobre (Zhou) [26]
513 aC.- Primeira referência a fundição do ferro [27]
501 a C. - Referência a 4 processos de diagnóstico médico: exame da tez;
da língua; auscultação com técnicas da época; exame de pulso e história médica do
paciente.
479 a C. - Data tradicional da morte de Confúcio (551 – 479)
436 a C. - Cálculo do ano solar 365 dias 3, 1/4 [27]
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1518-1593 (século XVI) - O médico Li Shizhen publica Compêndio de matéria
médica (Ben Cao Gang Mu) com recomendações da moxabustão para esquentar os
canais e eliminar o frio e umidade. Inclui detalhada descrição da farmacopeia até então
conhecida, reunindo 443 produtos derivados de animais; 1074 substancias vegetais e
354 produtos minerais.
Figura 12
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Para conduzir desenvolvimento internacional e a propagação do MTC, inclusive
com a colaboração e cooperação com Hong Kong, Macau e Taiwan.
Para executar outras tarefas e ordens do Conselho de Estado e Ministério da
Saúde.
A portaria nº 971, de 3 de maio de 2006 aprova a MTC como uma das práticas
integrativas da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
no Sistema Único de Saúde.[32] Quando criada, eram ofertados apenas cinco
procedimentos, após 10 anos, em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando
as 19 práticas disponíveis atualmente à população. [33]
Em março de 2018, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de dez novas
Práticas Integrativas e Complementares (PICS) para pacientes do Sistema Único de
Saúde (SUS), o Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que as práticas
alternativas ou integrativas, como as aprovadas pelo ministério, "não têm base na
medicina e são sem evidências".
Em 2019, durante a passagem do então presidente Bolsonaro pela China,
assinou-se em Pequim um convênio para o ensino de Medicina Tradicional Chinesa
(MTC) na Universidade Federal de Goiás (UFG), a revista britânica The Economist já
havia notado alguns anos atrás que o governo chinês vem usando seu considerável
poder econômico, canalizado através da rede global de “Institutos Confúcio”, para
estimular o ensino e o uso de MTC.
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Figura 13: Farmácia chinesa Tong Sin Tong em Macau com letreiro bilíngue
17
Figura 14
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REFERENCIAS
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