Você está na página 1de 78

Fitoterapia

Sumário
O que é Fitoterapia? ...................................................................................................................... 2
História e surgimento da Fitoterapia ............................................................................................. 3
História .......................................................................................................................................... 4
Fitoterapia como medicina alternativa .......................................................................................... 5
Etnobotânica.................................................................................................................................. 6
O que é Fitoterapia?

A palavra Fitoterapia é formada por dois radicais gregos: fito vem de phyton, que significa
planta, e terapia vem de therapia, que significa tratamento. Ou seja, tratamento utilizando
plantas medicinais.

A Fitoterapia foi criada para designar tradições populares de tratamento, nas quais as
plantas medicinais são usadas como medicamento. O uso terapêutico de plantas
medicinais ficou restrito à abordagem leiga desde o salto tecnológico da indústria
farmacêutica ocorrido nas décadas de 50 e 60.

Recentemente, as plantas medicinais consideradas medicamentos de segunda categoria,


voltaram a ser usadas com a comprovação de ações farmacológicas relevantes e de uma
excelente relação de custo-benefício.

A Alemanha foi o país que investiu primeiro e saiu na frente nesse campo. Pesquisadores
dessa área concluíram ser importante sistematizar e estudar as tradições populares do uso
de plantas medicinais, como forma de ter uma estratégia para investigação e comprovação
farmacológica.

No Brasil, entretanto a Fitoterapia não é reconhecida, apesar do número expressivo de


pesquisas com plantas.

A etnofarmacologia (estudo da farmacologia popular de um determinado grupo cultural)


tem ganhado importância cada vez maior para o desenvolvimento de novos
medicamentos à base de plantas medicinais.

As plantas medicinais têm sido um importante recurso terapêutico desde os primórdios


da antiguidade até nossos dias. No passado, representavam a principal forma de cura
conhecida. Em todos os registros sobre médicos famosos da antigüidade, tais como
Hipócrates, Avicena e Paracelcius, as plantas medicinais ocupavam lugar de destaque
em sua prática.

A partir das plantas descritas e usadas pelo conhecimento popular, foram descobertos
diversos medicamentos usados até hoje pela medicina. Os salicilatos, por exemplo, foram
descobertos através de estudos no Salgueiro Branco (Salix alba), que era usado pelos
índios norte-americanos no tratamento de dor e febre.

Já os digitálicos foram isolados da Dedaleira (Digitalis purpurea), usada por curandeiros


europeus no tratamento de edemas.

O reino vegetal, além de ser o maior reservatório de moléculas orgânicas conhecido, é


um poderoso laboratório de produção de substâncias medicinais. Até hoje diversas
moléculas com estrutura complexa dependem de síntese biológica, pois a produção em
laboratório não pode ser feita ou é economicamente inviável, como é o caso dos
digitálicos, da pilocarpina ou dos esteróides. Por isso as plantas medicinais são usadas até
hoje como matéria-prima para a fabricação de medicamentos.

O uso terapêutico de plantas medicinais é dos traços mais característicos da espécie


humana. É tão antigo quanto o Homo sapiens, e encontrado em praticamente todas as
civilizações ou grupos culturais conhecidos.

A Fitoterapia praticada no Brasil é originária de várias tradições diferentes, criando um


sistema heterogêneo de uso das plantas medicinais.

A Fitoterapia é uma terapia que utiliza material vegetal processado ou bruto. Existem
várias subdisciplinas envolvidas: a identificação botânica das plantas utilizadas; o
conhecimento agrícola para o cultivo da droga vegetal; a fitoquímica a extração e a
elucidação estrutural de substâncias ativas; a farmacologia para o modo de ação das
substâncias ativas e os testes finais para o uso clínico do produto.

História e surgimento da Fitoterapia

Fitoterapia corresponde hoje à "Matéria Médica" que foi um compêndio utilizado no


passado. Antes da introdução da química sintética, todos os remédios eram produtos
naturais, e esses “medicamentos” foram incluídos nas diferentes farmacopéias.

A diferença entre a moderna e a velha Fitoterapia é que hoje em dia a extração da droga
bruta pode ser padronizada para certo conteúdo de princípios ativos, para assim, garantir
a dosagem correta e que seja possível de ser reproduzida.
O termo Fitoterapia foi usado pela primeira pelo médico francês Leclerc e o conceito foi
aprimorado por Weiss, na Alemanha.

Através de experimentos, a sabedoria popular passou para os descendentes e através do


cultivo das plantas foi possível passar esse conhecimento por várias gerações sem perder
as suas características.

História

O uso medicinal dos produtos naturais tem sido relatado entre os sumérios há
aproximadamente 4.000 anos a.C., que utilizava, entre outros produtos o ópio. Na China,
o ginseng, ruibarbo e Ma-Huang (Ephedra) têm sido utilizados por pelo menos 5.000
anos. Os egípcios também tinham um bom conhecimento dos medicamentos naturais.

O "Papiro de Ebers", datado de cerca de 1550 a.C., menciona dentre outras plantas a
Aloe e Myrrha. Hipócrates (460-377 a.C.), conhecido como o pai da medicina, foi o
mais brilhante dos médicos gregos e usou um grande número de plantas como remédio.
Os gregos dominaram a tecnologia dos medicamentos durante o período romano. Durante
primeiro século d.C., Dioscórides descreveu em sua obra "The Materia Medica" cerca
de 500 plantas medicinais: sua origem botânica, produção e utilização. Este livro e as
obras do médico Galenos (século II d.C.), que utilizou várias centenas de plantas
medicinais, perdurou até a Idade Média, quando o conhecimento da plantas medicinais
passou a ser preservado pelos árabes e pelos monges cristãos, que cultivavam especiarias
e plantas medicinais nos jardins dos mosteiros.

As plantas medicinais foram descritas em "Kräuterbücher", L. Fuchs, no século 16, e


foi importante na conservação deste valioso conhecimento. Em 1803 o farmacêutico
alemão Sertürner conseguiu o isolamento da morfina do ópio. Este evento iniciou uma
nova época, com foco no isolamento e caracterização de substâncias farmacologicamente
ativas das plantas medicinais.

Com o advento da química orgânica sintética, o interesse pelo uso de plantas medicinais
declinou na medicina ocidental durante grande parte do século 20. Nas últimas décadas
houve um crescente interesse em produtos naturais, em parte devido a uma suspeita sobre
a segurança dos sintéticos, os remédios não naturais. No entanto, ambos devem ser
usados, às vezes juntos, na medicina convencional, ou na medicina complementar ou
alternativa.

A sabedoria popular no uso das plantas impulsionou o seu consumo por todos os grupos
sociais durante séculos. Foram encontrados indícios da utilização das plantas em todas as
civilizações estudadas. O princípio de todo conhecimento está espalhado pelos vários
berços da civilização tais como europeu de onde surgiu a melissa (Melissa officinalis),
da África apareceu a arruda (Ruta graveolens), dos índios brasileiros surgiu a caapeba
(Piper umbellatum) e da Ásia o gengibre (Zingiber officinale).

Fitoterapia como medicina alternativa

Hoje, aproximadamente 40% dos remédios farmacêuticos disponíveis vem de plantas. A


aplicação de tratamentos a base de ervas têm se tornado comum e enfoca mais na
capacidade do corpo em se auto curar, o que se opõe ao combate apenas ao sintoma
específico dos remédios farmacêuticos.

Ainda que o uso de ervas medicinais seja comum, não é massivamente utilizada pela
população, nem é aceito pela comunidade científica. Muitas pessoas estão se voltando
para remédios a base de ervas para evitar o lado nocivo dos remédios farmacêuticos,
quando eles falham no seu processo de cura ou quando a indústria médica não tem
tratamento para a doença.

Em um estudo feito pelo Centro Nacional de Estatísticas da Saúde (Estados Unidos),


mortes em decorrência do uso de drogas farmacêuticas, ervas, e vitaminas foram
comparadas entre os anos 1981-1993. O estudo mostrou que apenas uma pessoa morreu
como um resultado direto de tomar suplementos de vitaminas, entretanto,
aproximadamente 100.000 pessoas morreram como um resultado direto do uso dos
remédios farmacêuticos. Nenhuma fatalidade ocorreu pelo uso de ervas. O estudo foi
baseado em incidentes onde em todos os três produtos mencionados, os pacientes
seguiram sua dosagem recomendada.

Geralmente, as pessoas são encorajadas a usar ervas como um suplemento que ajuda a
melhorar a saúde, em vez de utilizar quando ficam doentes. Quando alguém é atacado por
uma doença geralmente usa os remédios farmacêuticos, que trata apenas o sintoma em
vez de atacar a fonte da doença. Muitas ervas podem ser utilizadas juntas com os remédios
farmacêuticos. Uma erva pode atuar no corpo de várias formas: pode limpar o corpo de
impurezas ou de uma doença, pode reconstruir o sistema imunológico, ou pode fortalecer
um órgão afetado.

As plantas podem ser usadas isoladamente para combater um ou mais destes problemas,
e ervas específicas são utilizadas para doenças específicas embora exista freqüentemente
mais que uma erva que pode auxiliar no tratamento de uma doença.

Algumas plantas são utilizadas na formulação de loções, shampus, e cremes. Outras ervas
são recomendadas internamente na formulação de pílulas, tinturas, infusões, decocção,
ou crus. Uma infusão, ou chá, é uma fórmula em que a parte medicinal de uma erva são
mergulhadas em água quente por dois a cinco minutos. Uma decocção é parecida com
uma infusão, entretanto, as raízes, caules, e outros materiais fibrosos são fervidos por um
período mais longo de tempo.

Nos rótulos da maioria dos produtos a base de ervas há uma dosagem sugerida. O ideal
seria você procurar um especialista para obter uma recomendação eficiente.

Etnobotânica

A Etnobotânica é a ciência que investiga as relações entre as culturas e usos de plantas,


baseando-se, sobre a forma como as plantas são utilizadas nas sociedades humanas
(alimentos, medicamentos, cosméticos, usos religiosos, tinturaria, têxteis, em
construções, como ferramentas, moeda, vestuário, na literatura, em rituais e na vida
social).

Este campo é bastante amplo e abrange as plantas usadas na medicina tradicional dos
povos tribais, a história da agricultura, crenças supersticiosas sobre as plantas, plantas que
podem ser usados como corantes, plantas utilizam como tecidos, entre outros usos.

O termo etnobotânica foi descrito em 1895 pelo botânico Harshberger. No ano de 1542
o artista renascentista Leonhart Fuchs, escreveu a obra “The History Stirpium” onde
foram descritas 400 plantas nativas da Áustria e Alemanha. John Ray (1686-1704)
cunhou a primeira definição de "espécie" em sua obra “History Plantarum”, onde
definiu que uma espécie é um conjunto de indivíduos que dão origem através da
reprodução de novos indivíduos semelhantes a si mesmos.

Em 1753 Carl Linnaeus escreveu “Species Plantarum”, que incluiu informações sobre
cerca de 5.900 plantas. Linnaeus inventou o método binomial de nomenclatura, em que
todas as espécies tinham um nome com duas partes (gênero, espécie). No século 19
Alexander von Humboldt coletou dados no novo mundo, e as viagens de James Cook,
trouxeram coleções e informações sobre plantas do Sul do Pacífico.

Edward Palmer recolheu artefatos e espécimes botânicos dos povos no oeste norte-
americano e México a partir de 1860 a 1890. Uma vez que existiam dados suficientes, o
campo da “Botânica aborígena” foi fundado, era o estudo de todas as formas do mundo
vegetal que povos indígenas usavam como alimentos, medicamentos, tecidos, enfeites,
etc.

Leopold Glueck medico alemão do final do século 19, teve publicada sua obra onde
descrevia os usos tradicionais medicinais de plantas por comunidades rurais na Bósnia
(1896) este foi considerado o primeiro trabalho moderno na área da etnobotânica.

No início, os estudos etnobotânicos das espécies não eram muito confiáveis, porque os
botânicos e os antropólogos não trabalhavam juntos. Os botânicos focavam na
identificação das espécies e como as plantas eram usadas em vez de incluir como as
plantas se encaixavam na vida das pessoas, por outro lado, os antropólogos estavam
interessados no papel cultural das plantas e não no aspecto científico. Sendo assim, os
primeiros dados etnobotânicos não incluíram os estudos das duas ciências. No início do
século XX, botânicos e antropólogos passaram a colaborar entre si e então finalmente, a
coleta de dados confiáveis e detalhados começou a ser feita.

Hoje, o conhecimento da etnobotânica requer uma variedade de habilidades: formação


em botânica para a identificação e preservação de espécies, formação antropológica para
entender os conceitos culturais em torno da percepção das plantas, formação linguística,
pelo menos o suficiente para transcrever termos locais e entender a morfologia nativa,
sintaxe e semântica.
Informações importantes sobre os usos tradicionais de plantas ainda permanece
preservados com as culturas nativas. Entretanto os nativos são relutantes em compartilhar
seus conhecimentos com precisão para os estranhos, por desconfiança ou medo.

O uso da sabedoria popular na medicina ocorre em todas as comunidades por todo o


mundo (Smitherman et al. 2005). Como resultado da busca continua para achar um
tratamento para as doenças, que são especificas em cada comunidade, tem sido
desenvolvido uma extensa farmacopéia de plantas medicinais. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde (O.M.S.) em torno de 80% das pessoas em todo mundo
usam a medicina tradicional nos primeiros cuidados na saúde. A medicina tradicional tem
atingido importância econômica rapidamente, em países em desenvolvimento é
certamente um dos meios de tratamento mais acessíveis e até mesmo o único tratamento
encontrado.

A demanda mundial por ervas medicinais esta crescendo e o mercado de fitoterápicos em


1999 foi de 19,4 bilhões de dólares. Muitas drogas têm entrado no mercado internacional
através da exploração da medicina popular. Estima-se que 25% das drogas prescritas
contenham princípios ativos derivados de plantas. É estimada a existência de
aproximadamente 400.000 espécies de plantas vasculares em uso e em torno de um terço
é utilizado com propósitos medicinais.

Em torno de 122 compostos, 80% dos quais são usados com os mesmos propósitos
etnobotânicos, são derivados de 94 espécies de plantas. Muitos ingredientes ativos têm
sido descobertos de plantas baseadas em informações etnofarmacológicas e patenteados
como drogas. Maprouneacina isolado da planta Maprounnea africana é utilizada como
anti-diabética, o taxol, obtido do Taxus breviflora, é usado como droga anti-tumoral e a
artemisinina, descoberta da Artemisia annua, é usada como um potente composto anti-
malarial.

Os métodos etnobotânicos incluem entrevistas com a comunidade em questão sobre as


plantas, partes das plantas utilizadas, formas de uso, etc. Uma seleção é feita com as
plantas de maior interesse para a farmacobotânica, as plantas utilizadas na medicina
tradicional são selecionadas pela população porque são efetivas contra uma determinada
doença.
Herbalismo

Sumário
Introdução ..................................................................................................................................... 2
Para quê servem as ervas? ............................................................................................................. 2
História da utilização das ervas ..................................................................................................... 3
Comprovação biológica................................................................................................................. 6
A sabedoria do uso das ervas ........................................................................................................ 8
O uso das ervas no Brasil .............................................................................................................. 9
Plantas em perigo ........................................................................................................................ 10
Introdução

Muitas plantas sintetizam substâncias que são úteis para a manutenção da saúde em
humanos e animais. Muitos são metabólitos secundários, dos quais pelo menos 12.000
foram isolados - um número estimado em menos de 10% do total. Em muitos casos estas
substâncias (em especial os alcalóides) servem como mecanismos de defesa da planta
contra a predação por microorganismos, insetos e herbívoros. Muitas das ervas e
especiarias utilizadas por humanos para temperar alimentos produzem compostos
medicinais.

Para quê servem as ervas?

O mundo vegetal é composto por três grupos principais de plantas: Superior,


Intermediario e Inferior. Entre estes grupos estão bactérias, algas microscópicas,
cogumelos, samambaias, musgos e árvores, entre outros. A identificação é uma tarefa
para especialistas e o limite entre o mundo vegetal e o animal não é tão claro quanto se
imagina. Para simplificar o assunto, vamos considerar nós os humanos e as plantas que
tanto bem nos fazem. Livros sobre propriedades medicinais de plantas regularmente
parecem tratar as ervas e as plantas medicinais diferentemente. Porém, ervas são plantas
anuais, bienais ou perenes que não desenvolvem um tecido lenhoso.

Talvez pelo fato das ervas têrem um papel importante histórico e tradição de cura, às
vezes elas são tratadas como uma categoria especial de plantas, ou seja, são avaliadas
particularmente pelas suas qualidades medicinais, de sabor ou aromas.

Como o nome tradicional ou popular das plantas medicinais variam muito de acordo com
aspectos regionais e culturais, a melhor maneira de se agrupar as plantas é através do seu
nome científico e seguido dos seus nomes populares.

Plantas medicinais e ervas contêm substâncias conhecidas pelas civilizações modernas e


antigas pelas suas propriedades curativas. Até o desenvolvimento da Química e,
particularmente, da síntese de combinações orgânicas no Século XIV, plantas medicinais
e ervas eram a fonte exclusiva de princípios ativos capazes de curar as doenças do homem.
Elas continuam sendo importantes para pessoas que não têm acesso a medicamentos
modernos e, além disso, os remédios farmacêuticos modernos contém os mesmos
princípios ativos muito mais concentrados, sejam eles naturais ou sintéticos.

Os princípios ativos diferem de planta para planta devido à biodiversidade delas, isto é,
pela habilidade de codificação genética da planta para os produzir. Com milhares de
princípios ativos ainda a serem descobertos ou avaliados, não é nenhuma novidade que a
biodiversidade é um tópico fundamental em qualquer programa de trabalho de
preservação da natureza.

O material genético das plantas deve ser conhecido para a descoberta de novos princípios,
afim de se combinar, manipular e sintetizar medicamentos novos. Assim, até mesmo para
pessoas que não tem interesse nos adventos da indústria farmacêutica, as plantas e ervas
medicinais continuam sendo a fonte de medicamentos e de drogas novas e
revolucionárias.

Se os princípios ativos de drogas sintéticas são tão importantes e podem ser achados em
muitas plantas e ervas, a um preço barato e facilmente compradas na sua cidade, por que
não usa-los? Se tomado na dose apropriada e de forma correta, elas podem ser tão efetivas
quanto drogas farmacêuticas.

História da utilização das ervas

Pessoas em todos os continentes têm usado centenas de milhares de plantas para o


tratamento de doenças desde a era pré-histórica. A primeira documentação do uso de
plantas como agentes de cura foram retratados nas pinturas rupestres descobertas nas
cavernas de Lascaux, na França, que datava para entre 13.000-25.000 AC. As ervas
medicinais foram encontradas em pertences pessoais de um homem do gelo, cujo corpo
foi congelado nos Alpes suíços por mais de 5.300 anos. Estas ervas parecem ter sido
usadas para o tratamento contra parasitas intestinais. A antropologia tem a teoria de que
os animais desenvolveram uma tendência em encontrar partes de plantas amargas em
resposta à doença.

Curandeiros indígenas muitas vezes afirmaram ter aprendido observando os animais


doentes que mudavam as suas preferências alimentares para ervas amargas que
normalmente rejeitavam.
Pesquisas de campo têm fornecido evidências corroborando com base na observação de
diversas espécies, como os chimpanzés, galinhas, carneiros e borboletas. Os gorilas têm
90% de sua dieta baseada dos frutos de Aframomum melegueta, um parente do gengibre,
que é um antimicrobiano poderoso. Pesquisadores da Ohio Wesleyan University
descobriram que alguns pássaros selecionavam material de nidificação rico em agentes
antimicrobianos que protegem seus filhotes das bactérias patogênicas.

Os animais doentes tendem a ingerir plantas forrageiras ricas em metabólitos secundários,


como taninos e alcalóides. Uma vez que estes fitoquímicos têm propriedades antiviral,
antibacteriana, antifúngica e anti-helmíntica.

Alguns animais têm sistema digestivo especialmente adaptado para lidar com toxinas de
certas plantas. Por exemplo, o coala pode se alimentar das folhas e brotos de eucalipto,
uma planta que é tóxica para a maioria dos animais. Uma planta que é inofensiva para um
determinado animal pode não ser seguro para os seres humanos. A suposição é que essas
descobertas eram tradicionalmente coletadas pelos curandeiros das tribos indígenas, que
passavam a informação sobre a segurança e precauções para a utilização dessas ervas.

O uso de ervas e especiarias na culinária foi desenvolvido em parte como uma resposta à
ameaça de patógenos aos alimentos. Estudos mostram que em climas tropicais, onde os
agentes patogênicos são mais abundantes, as receitas são mais temperadas. Além disso,
as especiarias com a atividade antimicrobiana mais potente tendem a ser escolhidas.

O estudo das ervas teve inicio a mais de 5.000 anos com o sumérios, que descreveram
usos medicinais das plantas, tais como louro, cominho e tomilho. No Egito antigo de 1000
A.C. era utilizado ópio, alho, mamona, coentro, hortelã, anil e outras ervas medicinais.
No Antigo Testamento são mencionados o uso de ervas e o cultivo, tais como a
mandrágora, ervilhaca, cominho, trigo, cevada e centeio.

A medicina indiana Ayurveda tem usado ervas como o açafrão, possivelmente por volta
de 1900 A.C. Muitas ervas e outros minerais utilizados na Ayurveda foram
posteriormente descritos pelos antigos herbalistas indianos como Charaka e Sushruta
durante o primeiro milênio antes de Cristo.
O livro chinês “Primeira Ervas”, compilados durante a Dinastia Han, mas que remonta a
uma data muito anterior, possivelmente 2700 AC, enumera 365 plantas medicinais e seus
usos.

Os antigos gregos e romanos fizeram uso medicinal de plantas. Hipócrates defendeu o


uso simples de alguns fitoterápicos, junto com o repouso e dieta adequada. Galen, por
outro lado, recomendava grandes doses de misturas de drogas, incluindo plantas, animais,
minerais e especiarias. O médico grego elaborou o primeiro tratado europeu sobre as
propriedades e usos das plantas medicinais, The Materia Medica. No primeiro século
D.C., Dioscorides escreveu um compêndio de mais de 500 plantas que continuou sendo
uma referência oficial para o século 17.

Importante para herbalistas e botânicos de séculos mais tarde, foi o livro grego que fundou
a ciência da botânica, History Plantarum, escrito no século IV A.C. por Teofrasto. O uso
de ervas para tratar a doença é quase universal entre as sociedades não industrializadas.
Uma série de tradições passaram a dominar a prática da fitoterapia no final do século XX:

• O clássico sistema de fitoterapia, baseada em fontes grega e romana,

• O Siddha e sistemas de medicina ayurvédica em vários países do Sul da Ásia,

• Fitoterapia chinesa,

• Medicina Unani-Tibb,

• Shamanismo: maior parte da América do Sul e do Himalaia.

Muitos dos fármacos atualmente disponíveis para os médicos têm uma longa história de
uso como remédios à base de plantas, incluindo o ópio, a aspirina, digitálicos e quinino.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 80 por cento da população do mundo
atualmente utiliza as ervas medicinais para algum tipo de cuidado primário à saúde.
Produtos farmacêuticos são proibitivamente caros para a maioria da população do mundo,
metade dos quais vive com menos de 2 dólares por dia. Em comparação, os medicamentos
fitoterápicos podem ser cultivados a partir de sementes ou recolhidos da natureza com
pouco ou nenhum custo. Fitoterapia é um componente importante em todos os sistemas
da medicina tradicional, e um elemento comum em Siddha, ayurvédica, homeopáticos,
naturopatia e medicina tradicional chinesa.

O uso e a procura por medicamentos e suplementos alimentares derivados de plantas têm


aumentado nos últimos anos. Farmacologistas, microbiologistas, botânicos, naturais e
químicos estão vasculhando a Terra por fitoquímicos que poderiam ser desenvolvidos
para o tratamento de várias doenças. Na verdade, segundo a Organização Mundial de
Saúde, aproximadamente 25% das drogas modernas utilizadas nos Estados Unidos foram
derivadas de plantas.

Três quartos das plantas que fornecem ingredientes ativos para drogas são utilizados na
medicina tradicional. Entre os 120 compostos ativos atualmente isolados de plantas
superiores e amplamente utilizadas na medicina moderna de hoje, 80% revelam uma
correlação positiva entre a sua utilização terapêutica moderna e o uso tradicional das
plantas das quais derivam. Mais de dois terços das espécies vegetais do mundo - pelo
menos 35.000 dos quais se estima que tenham valor medicinal - provêm dos países em
desenvolvimento. Pelo menos 7.000 compostos da farmacopéia moderna são derivados
de plantas.

Comprovação biológica

Todas as plantas produzem compostos químicos como parte de suas atividades


metabólicas. Estes incluem metabólitos primários, tais como açúcares e gorduras,
encontrados em todas as plantas, e metabólitos secundários encontrados em menor
quantidade nas plantas, alguns mais especializados são encontrados apenas em um gênero
em particular ou espécie. Alguns pigmentos protegem o organismo contra as radiações e
usa a exposição de cores para atrair agentes polinizadores. Muitos desses pigmentos têm
propriedades medicinais.

As funções dos metabólitos secundários são variados. Por exemplo, alguns metabólitos
secundários são toxinas utilizadas para evitar a predação, e outros são utilizados para
atrair insetos para a polinização. Fitoalexinas protegem contra ataques de bactérias e
fungos. Aleloquímicos inibiem plantas que estão competindo por água, nutrientes e luz.
O perfil químico de uma única planta pode variar ao longo do tempo, dependendo de
como reage às condições do ambiente. São os metabólitos secundários e os pigmentos
que podem ter ações terapêuticas em seres humanos e que pode ser purificado para
produzir drogas. As plantas sintetizam uma enorme variedade de fitoquímicos, mas a
maioria é derivada de um ou poucos ciclos bioquímicos.

Os alcalóides possuem um anel com nitrogênio, muitos causam danos sobre o sistema
nervoso central. A cafeína é um alcalóide que ocasiona uma elevação rápida da atividade
circulatória, mas os alcalóides da Datura causam graves intoxicações e até morte.

Os compostos fenólicos contem anéis de fenol. As antocianinas, que dão às uvas sua cor
roxa, as isoflavonas, os fitoestrógenos da soja e os taninos que dão a sua adstringência ao
chá são compostos fenólicos.

Terpenóides são construídos a partir de grupos de terpenos, cada terpeno consiste de dois
isoprenos emparelhados. Os monoterpenos, sesquiterpenos, diterpenos e triterpenos são
fundamentados no número de unidades de isopreno. A fragrância da rosa e lavanda é
devido aos monoterpenos. Os carotenóides produzem as cores vermelhas, amarelas e
laranjas do tomate, milho e abóbora.

Glicosídeos são compostos por uma molécula de glicose ligada a uma aglicona. A
aglicona é uma molécula que é bioativa na sua forma livre, mas inerte até que a ligação
com o glicosídeo seja quebrada pela água ou por enzimas. Esse mecanismo permite que
a planta adie a utilização da molécula para um momento oportuno.

Um exemplo é o cianoglicosideo em cereja que libera toxinas quando mordida por um


herbívoro. Outros exemplos são a inulina de raizes de dálias, o quinino da quina, a
morfina e a codeína da papoula e a digoxina da dedaleira. O ingrediente ativo da casca do
salgueiro, foi prescrito por Hipócrates, é a salicina, que é convertida no organismo animal
em ácido salicílico. A descoberta do ácido salicílico acabaria por levar ao
desenvolvimento da forma acetilada do ácido acetilsalicílico, também conhecido como
“aspirina”.
A sabedoria do uso das ervas

A maioria dos especialistas admite que os medicamentos sejam mais eficazes em


situações de emergência onde o tempo é crucial para a resposta de cura. Um exemplo
seria o caso de um paciente com pressão arterial elevada onde o perigo é iminente. No
entanto, eles afirmam que as ervas a longo prazo, podem ajudar o paciente a resistir à
doença, e que, além disso, fornecem suporte nutricional e imunológico que falta em
produtos farmacêuticos. O principal objetivo do uso das ervas esta na prevenção, assim
como a cura.

Os usuários das ervas medicinais tendem a usar extratos de partes de plantas, tais como
as raízes ou folhas. A farmacêutica prefere ingredientes isolados pelo motivo que a
dosagem pode ser mais facilmente quantificada. A Fitoterapia rejeita a utilização de um
único ingrediente ativo, existe o argumento que os diferentes fitoquímicos presentes nas
ervas irão interagir para aumentar os seus efeitos terapêuticos e diminuir a toxicidade.
Além disso, um único ingrediente pode contribuir para vários efeitos. O sinergismo entre
ervas não ocorre da mesma forma que as substâncias químicas sintéticas.

Em casos específicos, o sinergismo e a multifuncionalidade das ervas tem sido apoiado


pela ciência. Os casos de sinergia podem ser generalizados, com base na interpretação da
história do uso das ervas pela sociedade, não necessariamente partilhadas pela
comunidade farmacêutica. As plantas estão sujeitas à pressões seletivas iguais ao seres
humanos e, portanto, devem desenvolver resistência a ameaças tais como a radiação,
oxidação e ataque por microrganismos a fim de sobreviver. As defesas químicas foram
selecionadas durante a evolução, ao longo de milhões de anos. As doenças humanas são
devidas a muitos fatores e podem ser tratadas pela ingestão das defesas químicas que
estão presentes nas ervas. Microrganismos, inflamações, baixa qualidade nutricional e
radicais livres podem ter participação nos vários tipos de doenças.

Uma única erva pode tratar simultaneamente vários desses fatores. Da mesma forma,
como a presença dos radicais livres pode estar na origem de mais de uma doença. Na
Fitoterapia existe uma inter relação entre os diversos fatores que cercam o sistema de
cura, ao invés de uma busca por uma única causa e uma única cura para uma única
condição.
Na Fitoterapia o tratamento com ervas pode usar várias fórmulas que não são aplicáveis
aos farmacêuticos. Porque as ervas podem ser usadas em diversas formas como chás,
temperos ou crus que têm uma enorme aceitação pelos consumidores e vários estudos
epidemiológicos que comprovam sua eficiência. Os estudos etnobotânicos são uma outra
fonte de informação. Quando uma determinada comunidade indígena em áreas
geograficamente dispersa usa como sistema de cura apenas as ervas, para algum tipo de
problema, que tem a sua cura comprovada, é tida como evidência de sua eficácia. Os
registros históricos médicos e etnobotanicos são recursos subutilizados, o que favorece a
utilização de informações convergentes na avaliação do valor medicinal das plantas. Um
exemplo seria quando os testes “in vitro”, concordam com o uso tradicional.

Os remédios à base de ervas são muito comuns na Europa, na Alemanha, os


medicamentos à base de plantas são produzidos em boticários. As plantas são preferidas
por alguns como tratamento em relação aos medicamentos químicos que são produzidos
industrialmente.

O uso das ervas no Brasil

A humanidade utiliza os vegetais para proteção da saúde e alívio de seus males desde o
princípio de sua existência na Terra, há muito tempo, as plantas medicinais têm sido
usadas como forma alternativa ou complementar aos medicamentos da medicina
tradicional. O seu uso na medicina popular e a literatura etnobotânica têm descrito o uso
dos extratos, infusões e pós de plantas medicinais por vários séculos contra todos os tipos
de doenças (Vanden Berghe et al., 1986).

A utilização de plantas medicinais tornou-se um recurso terapêutico alternativo de grande


aceitação pela população e vem crescendo junto à comunidade médica, desde que sejam
utilizadas plantas cujas atividades biológicas tenham sido investigadas cientificamente,
comprovando sua eficácia e segurança (Cechinel e Yunes, 1998).

É notável o crescente número de pessoas interessadas no conhecimento de plantas


medicinais, inclusive pela consciência dos males causados pelo excesso de
quimioterápicos causados no combate as doenças. Remédios à base de ervas que se
destinam as doenças pouco entendidas pela medicina moderna – tais como: câncer,
viroses, doenças que comprometam o sistema imunológico, entre outras – tornaram-se
atrativos para o consumidor (Sheldon et al., 1997).

O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos
últimos tempos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de
80% da população mundial fez o uso de algum tipo de erva na busca de alívio de alguma
sintomatologia dolorosa ou desagradável. Desse total, pelo menos 30% deu-se por
indicação médica.

A situação mundial ocorre da mesma forma no Brasil, que é um dos países de maior
diversidade genética vegetal, contando com mais de 55.000 espécies catalogadas (Nodari
& Guerra 1999), entretanto, como conseqüência da revalorização mundial do uso de
plantas medicinais, a pressão ecológica exercida sobre alguns desses recursos naturais
tem sido grande nos últimos anos colocando em perigo a sobrevivência de muitas espécies
medicinais nativas (Montanari Junior 2002). De acordo com Sánchez e Valverde (2000)
o comércio local de plantas medicinais leva à deterioração de populações naturais, tanto
quanto a pressão extrativista da indústria farmacêutica.

Plantas em perigo

O relatório da ONG Plants for the Planet (http://www.bgci.org/), alerta para o perigo que
as plantas estão correndo, principalmente pela destruição do seu habitat, as causas
apontadas são extrativismo, a destruição das florestas e a expansão da fronteira agrícola,
dos pastos para criações animais e da urbanização. O impacto causado nessas espécies
afeta ainda as comunidades que tem como fonte de medicamentos as plantas dessas
regiões. Essas milhões de pessoas ao redor do mundo confiam na medicina tradicional
para tratar doenças graves com plantas medicinais. A proteção dessas plantas não só é
importante para a saúde humana, mas para o ecossistema circundante e também para a
própria conservação da espécie.

Ainda de acordo com este relatório apenas 15% das drogas convencionais são usadas em
países em desenvolvimento. Por outro lado, 50 mil tipos de vegetais (cerca de 20% das
espécies conhecidas) são usadas hoje em medicina tradicional.
Na China, em áreas rurais, o uso da medicina tradicional chega a 90%. Ao mesmo tempo,
de acordo com a Red List da ONG World Conservation Union (UICN), o país tem quase
70% de suas espécies vegetais ameaçadas.

Estimativas recentes indicam que aproximadamente a cada quatro segundos, um hectare


de floresta tropical é perdido (Trankina, 1998). Segundo Beachy (1992) 40% das florestas
foram destruídas entre 1940 e 1980.

No Brasil não tem sido diferente, os seus maiores biomas, Cerrado, Amazônia e Mata
atlântica sofrem uma destruição cada vez maior. Em um estudo recente que utilizou
imagens do satélite MODIS do ano de 2002, concluiu que 55% do Cerrado já foram
desmatados ou transformados pela ação humana (Machado et al., 2004), a floresta da
Mata atlantica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de
100.000km2 de vegetação remanescente. Na Amazônia mais de 67 milhões de hectares
(2004) já foram desmatados (Homma, 2005).

A exploração das empresas e a biopirataria também tem causado prejuízos no Brasil, não
somente à flora, mas principalmente ao conhecimento tradicional da biodiversidade e aos
povos tradicionais que dela dependem.

Uma das causas da degradação esta no fato de que muitas plantas medicinais são colhidas
no seu meio natural, em vez de serem cultivadas, muitas plantas são exploradas
indevidamente por vendedores autônomos ou como são conhecidos “raizeiros”. Estes por
sua vez não têm o conhecimento necessário sobre coleta ou conservação de plantas
medicinais, assim como muitos tem dificuldades de reconhecer uma planta de uso
medicinal, comercializando plantas sem eficácia comprovada ou plantas com
identificação incorreta. Além deste fator que coloca em risco a saúde de seus
compradores, existe outro problema que é o beneficiamento incorreto e o mau
armazenamento das plantas, pela possibilidade de contaminação com microrganismos e
insetos.

Soluções

As soluções a serem apresentadas para este problema são simples e eficazes, embora
necessite de uma união de esforços tanto do poder público quanto de entidades civis e
comunidade em geral.
O primeiro passo para se proteger as plantas medicinais em cada ecossistema é fazer um
levantamento para determinar quais são as plantas. Esse levantamento deve ser feito nos
ecossistemas presentes na região de atuação e também na região urbana para se
determinar quais plantas estão sendo comercializadas na cidade.

A Educação Ambiental no sentido de proteção das espécies deve ser a principal ação de
qualquer projeto conservacionista. Os coletores autônomos devem ser capacitados tanto
quanto a coleta dessas plantas no seu habitat, quanto ao cultivo e beneficiamento dessas
plantas, sempre no sentido de se evitar o desaparecimento das plantas do seu local de
origem.

O incentivo a pesquisa nas universidades locais, principalmente em relação ao cultivo de


espécies medicinais nativas deve ser incentivado, assim como outros projetos como
levantamento etnobotânico e identificação de espécies. Deve se levar em consideração
que para se proteger uma planta em perigo, o uso de outras plantas em menor risco deve
ser estimulado. A casca de uma arvore, por exemplo, nunca deve ser fonte de coleta, a
não ser que exista um plano de manejo para cada espécie, pois as suas partes coletadas
podem deixar cicatrizes para a entrada de organismos que poderão destruir a planta em
poucos anos. Um outro exemplo seria a coleta de raízes, que pode levar a extinção da
espécie no local, pois assim se retira a principal forma de desenvolvimento vegetativo da
planta. As flores, frutos e sementes podem ser retirados, mas somente a partir do momento
que se iniciarem a propagação em viveiros dessas espécies, pois assim o homem poderá
introduzir as plantas que estariam sendo propagadas pela dispersão das sementes.

Políticas publicas e fiscalização devem andar juntas no sentido da regulamentação da


comercialização dessas plantas na venda informal no município. A criação de reservas
naturais de plantas medicinais silvestres e a promoção do cultivo pelos agricultores locais
também pode colaborar no sentido de preservação. A garantia da não super exploração
significa que as plantas permaneceriam disponíveis para a comunidade local assim como
para os próprios coletores dessas plantas, mantendo contínua a sua fonte de renda.

A orientação sobre o uso das plantas medicinais, tem potencial para ser uma grande força
motivadora para a conservação da natureza. A melhoria da saúde, uma fonte de renda e a
manutenção de tradições culturais são importantes para todos e devemos estar envolvidos
em motivar as pessoas a conservar as plantas medicinais e, por conseguinte, o habitat
onde são encontradas.
Florais de Bach

Sumário
Introdução ..................................................................................................................................... 2
A história de Edward Bach............................................................................................................ 2
Como os remédios funcionam ....................................................................................................... 6
Como posso escolher os Florais .................................................................................................... 6
Quem pode decidir qual Floral necessita?..................................................................................... 9
Quanto tempo até notar os efeitos dos Florais. ........................................................................... 10
Quando devo parar de tomar as essências ................................................................................... 11
O que é Tintura Mãe ................................................................................................................... 12
Quantas vezes tenho que tomar as essências florais? .................................................................. 13
Limpeza e Catharsis ................................................................................................................... 15
Efeitos mentais/emocionais ......................................................................................................... 16
Efeitos físicos .............................................................................................................................. 17
Aplicações para doenças físicas .................................................................................................. 18
Florais para as mulheres .............................................................................................................. 20
Florais para a gravidez ................................................................................................................ 22
Florais para bebes e crianças ....................................................................................................... 24
Florais para problemas mentais e emocionais ............................................................................. 25
Os Florais não são apenas um efeito placebo? ............................................................................ 25
A pessoa tem que estar doente para tomar os Florais? ................................................................ 27
Preparação dos Florais ................................................................................................................ 28
Quantos Florais podem ser misturados?...................................................................................... 29
O questionário dos Florais de Bach............................................................................................. 29
Introdução

A terapia com os remédios Florais de Bach é um método seguro e natural de cura


descoberta pelo Dr. Bach. Este foi um grande pesquisador, além de médico e
homeopata. Ele experimentou várias flores nativas na região de Gales, na Grã-Bretanha,
onde ele nasceu, e encontrou 38 remédios naturais, cada uma com propriedades curativas
para vários problemas emocionais.

A história de Edward Bach.

Sua teoria era de que as doenças físicas têm origem emocional, e se os conflitos
emocionais persistirem por um longo tempo, a doença do corpo começa a aparecer, no
entanto, a restauração do equilíbrio emocional cura a doença física. Foi desta forma que
desenvolveu a terapia de emoções.

Esses Florais restabelecem o equilíbrio entre mente e corpo, expulsando as emoções


negativas, como medo, preocupação, raiva e indecisão que interferem no equilíbrio do ser
como um todo. Permitem que a paz e a felicidade voltem para o doente, assim o corpo
fica livre para se auto curar. São feitos a partir de flores silvestres e são seguros para toda
a família, incluindo animais de estimação. Não há efeitos colaterais ou reações alérgicas.

Bach acreditava que o orvalho encontrado em pétalas de flores conservavam


propriedades de cura dessa planta. Os remédios são destinados principalmente para
equilibrar as emoções e estados espirituais, tais como a depressão, a ansiedade, a insônia
e a tensão.

As soluções contêm uma quantidade muito pequena de flores em uma solução de 50:50
álcool e água. Como os remédios são extremamente diluídos, não possuem o aroma
característico e o sabor da planta. À medida que este processo de diluição vai ficando
cada vez maior, tanto que pouco mais do que uma única molécula pode permanecer,
afirma-se que as soluções adquirem "energia" ou "vibração" da essência vital da flor e
que esta pode ser transmitida para o paciente. Florais de Bach são considerados
medicamentos vibracionais, e contam com um conceito de memória da água. São muitas
vezes rotulados como homeopáticos porque são extremamente diluídos em água, mas não
são verdadeiras homeopatias, pois não seguem outros preceitos homeopáticos como a lei
dos semelhantes, ou a crença de que "poderes" curativos são reforçados por agitação e
repetição da diluição (sucussão).

Cada solução pode ser utilizada sozinha ou em conjunto com outros medicamentos, e
cada flor tem a capacidade de atribuir qualidades específicas para o remédio. Os Florais
de Bach são normalmente ingeridos por via oral.

No Brasil os Florais podem ser recomendados por um naturopata, ou por um médico


habilitado depois de uma entrevista. Uma pessoa também pode escolher a combinação
que se sinta melhor ou se adapte a sua situação. Alguns especialistas recomendam
radiestesia para escolher um remédio.

O remédio floral mais conhecido é a combinação Rescue Remedy, que contém uma
quantidade igual de cada planta: Rock Rose, Impatiens, Clematis, Star of Bethlehem e
Cherry Plum. Destina-se a tratar o estresse, ansiedade e ataques de pânico, especialmente
em situações de emergência. Rescue Remedy é uma marca registrada e outras empresas
produzem a mesma fórmula com outros nomes, como o Five Flower Remedy.

Rescue Cream contém os mesmos remédios em forma de creme, com a adição de Crab
Apple, uma planta associada a sentimentos de infecção e fraqueza. É aplicado
externamente, em resposta a problemas de pele, tais como pruridos, cortes, picadas,
queimaduras e espinhas.

Bach imaginava que a doença é resultado de um conflito entre os propósitos da alma e


ações e perspectivas da personalidade. Esta guerra interna, de acordo com Bach, leva a
estados de espírito negativos e "bloqueio de energia", o que poderia causar uma falta de
"harmonia", levando a doenças físicas.

Ao invés de usar a pesquisa com base em métodos científicos, Bach criou seus remédios
Florais intuitivamente com base em suas percepções psíquicas em conexão com as
plantas. Se Bach sentia uma emoção negativa, ele segurava a mão sobre plantas
diferentes, e se aliviava a emoção, ele atribuia o poder de curar esse problema emocional
para essa planta. Ele acreditava que a luz solar da manhã passando por gotas de orvalho
nas pétalas das flores transfeririam o poder de cura da flor na água, então ele coletava as
gotas de orvalho das plantas e preservava o orvalho com uma quantidade igual de brandy
para produzir uma tintura-mãe, que seria posteriormente diluído antes do uso. Mais tarde,
ele descobriu que a quantidade de orvalho que ele recolhia não era suficiente, então
passou a colocar as flores em água de nascente e deixava que os raios do sol passassem
por elas.

Edward Bach pensou que orvalho recolhido a partir de flores de plantas contém algumas
das propriedades da planta, e que era mais potente em flores cultivadas no sol. Como era
impraticável recolher o orvalho em quantidade, ele decidiu escolher as flores e colocá-las
em uma bacia de água sob a luz solar. Mas como isso era impraticável devido à falta de
luz solar ou por outras razões, ele decidiu que as flores podem ser fervidas. O resultado
deste processo foi denominado "tintura-mãe", o qual é então diluído antes da venda ou
uso.

Bach estava satisfeito com o método, devido à sua simplicidade e porque envolvia um
processo de combinação dos quatro elementos: A terra para cultivar a planta, o ar a partir
do qual se alimenta, o sol ou o fogo que lhe permita transmitir o seu poder, e a água para
coletar e ser enriquecido com a sua cura magnética.

Florais de Bach não são dependentes da teoria de diluições sucessivas, e não funcionam
com base na Lei dos Semelhantes como na Homeopatia. Os remédios de Bach, ao
contrário de remédios homeopáticos, são todos derivados de substâncias não tóxicas, com
a ideia de que uma "energia positiva" pode redirecionar ou neutralizar a "energia
negativa".

Os Florais de Bach são oferecidos sob a forma de um conjunto de 38 frascos contendo


as essências. Com a finalidade de preparar o remédio deve-se retirar 2 a 3 gotas da
essência concentrada e misturar com 23 ml de água mineral ou água destilada de uso
medicinal. Deve se acrescentar 7,0 ml de álcool de cereais ou conhaque, para conservação
da água. O correto é preparar o remédio usando um frasco de vidro escuro de 30 ml, com
conta-gotas. A dosagem comum é de 4 gotas da solução pronta na boca, 4 ou 5 vezes ao
dia.

Em casos urgentes, podem-se fornecer as doses a intervalos pequenos, como de 10 em 10


minutos, mantendo esse critério até que o cliente melhore. Para as dores de inflamações,
contusões, etc., também é possível aplicar localmente os remédios Florais. Goteje cerca
de 6 gotas da essência concentrada num recipiente com 2 copos de água pura e utilize em
compressas no local afetado.
Como os remédios funcionam

O método baseia-se na utilização de trinta e oito remédios naturais, derivados de flores,


que afetam as vibrações de energia mais sutis do homem. Com a assimilação dos
remédios, que não têm efeitos colaterais e não interferem com os medicamentos, maior
resistência a doenças físicas e maior serenidade e auto aceitação é alcançado.

Não há cura possível, se não for acompanhada por uma atitude mental diferente,
tranquilidade e felicidade interior. A única condição que deve considerar-se para quem
experimenta este método é que deve reconhecer honestamente o seu humor, associando-
os com remédios e confiando-lhes a recuperação do bem-estar.

Bach acreditava que estas flores pertenciam a uma "ordem superior", porque cada uma
delas canaliza uma vibração de energia que atende perfeitamente certas características da
mente humana. As trinta e oito flores, portanto, referem-se ao paciente com base em uma
troca de energia que poderia ser definida como "centelha divina", ou como "potencial
espiritual" e são classificados de acordo com este potencial.

Portanto, quando um obstáculo se interpõe entre a nossa personalidade e nosso potencial


espiritual, nosso campo de energia produz uma vibração distorcida que, com o tempo,
pode degenerar e ativar um tipo físico aborrecido.

O principal objetivo das flores é de se relacionar com os nossos recursos principais, a ser
devolvido ao seu equilíbrio original e, portanto, benéfico e através de sua vibração
energética, lembrar-nos o que somos e do nosso potencial verdadeiro. Assim restaurada,
nós finalmente chegamos de volta a essas características principais que fazem a nossa
riqueza de emoções.

Como posso escolher os Florais

Escolher o Floral certo pode ajudar o paciente a se curar e também ajudá-lo a crescer
espiritualmente. Significa assumir que, desta forma, começa a se tornar consciente de sua
própria vida para assim agir e aprender a reconhecer o que os desequilíbrios podem
fazer. Isso significa permitir que as flores se relacionem conosco, equilibrando o
emocional, sugerindo uma nova maneira de lidar com o cotidiano e as relações com
aqueles que nos rodeiam.

Para conseguir isso, é preciso primeiro ser capaz de trabalhar de forma consistente em
nós mesmos, aprender a reconhecer os nossos humores, mesmo o mais profundo e,
portanto, ativar o processo de cicatrização.

Um processo que, aparentemente, devemos fazer sozinhos. Mas o que realmente nos faz
sentir parte do mundo, igual a todas as outras criaturas, e acima de tudo, consciente do
fato de que nossos erros são semelhantes aos de muitos outros, é o reconhecimento dos
nossos próprios desequilíbrios para que uma compreensão absoluta seja atingida. Assim,
um ato de amor por nós mesmos torna-se um ato de amor e compreensão para com os
outros. Deve culminar, com o hábito de comparar e confrontar tudo com nós mesmos e
adotar uma nova atitude. Temos de enfrentar os desafios, consciente de que temos que
realizar uma missão especial na vida. Na verdade, essas observações nos permitem obter
um conhecimento mais profundo da realidade.

Essa afirmação nos leva a considerar que a escolha do Floral certo está intimamente
relacionada com a nossa capacidade de agir como intermediários entre as propriedades
da flor e da nossa própria capacidade de compreensão. Esta deve ser livre de preconceitos
e deve ser guiada por um conhecimento tanto dos Florais quanto os diferentes sintomas.

Os sistemas mais utilizados para identificar o mais adequado ou a combinação adequada


de remédios Florais podem ser o método racional ou o método intuitivo.

O método racional

Este sistema envolve uma análise das condições físicas e emocionais do paciente, tais
como:

Questionário

Este é um sistema muito prático onde se prepara uma lista de possíveis remédios e um
breve questionário que leva em conta uma série de distúrbios em que serão marcados
todos aqueles que correspondem a uma emoção ou sentimento ao qual a pessoa esta
passando.
Depois de terminado o teste, e com base na lista, será possível identificar no repertório os
Florais envolvidos em maior número. Assim será possível decidir sobre o Floral ou
combinação mais eficaz e adequada.

Bate papo

Outro sistema é um simples bate-papo, durante o qual, através das respostas a pessoa pode
reconhecer o principal problema e, portanto, os Florais mais adequados.

Análise

Lembre-se de que não existem Florais certos ou errados, mas Florais mais ou menos
adequados. No caso em que o diagnóstico estiver errado o paciente não sofrerá qualquer
dano. De qualquer forma, não há temor de que o Floral poderá provocar um desequilíbrio
que não havia sofrido antes. Na verdade, é um poder que só funciona de uma forma
positiva e que, por definição, não pode aumentar o desequilíbrio.

O método intuitivo

O método intuitivo usa o pêndulo para a escolha casual do Floral. Este método tem a
vantagem de desligar a mente de qualquer análise. Com este método, contamos com
energia para realizar a investigação, deixando-a fazer o trabalho que poderíamos fazer
com menor perfeição.

Em relação ao ambiente onde precisa ser realizada a consulta, não é necessário manter os
Florais em uma sala especial; não tem problema nenhum ser desenvolvido em um
ambiente confortável e isolado, mesmo se for adotado o sistema intuitivo. Evite qualquer
tipo de distração: uma mesa cheia de objetos inúteis, o movimento de pessoas, telefones
tocando, etc. Se possível, coloque um pouco de música suave, calmante.
Quem pode decidir qual Floral necessita?

Qualquer pessoa pode aprender a escolher os concentrados de Florais. Isto se aplica em


casos de auto tratamento e preparação de misturas de Florais por pessoas no nosso
ambiente familiar e do círculo de amigos, e para condições agudas, como problemas
escolares, conflitos familiares ou dificuldades no local de trabalho.

Mas você tem que evitar o tratamento de pessoas desconhecidas. Para a terapia de Bach
ter sucesso, é importante que o terapeuta tenha formação especializada. A pessoa que quer
experimentar o efeito positivo dos Florais de Bach está ansiosa para ajudar os outros. No
entanto, para realmente ajudar os outros, é preciso mais do que puro entusiasmo.

Além de uma capacidade de observação e intuição muito além da media, bem como uma
grande capacidade de compreensão, a habilidade de ter experiência e técnica para o
diálogo também é necessária. Até mesmo os profissionais têm todas essas qualidades na
medida suficiente.
Quanto tempo até notar os efeitos dos Florais.

Algumas pessoas relatam ter obtido resultados imediatamente. Outros parecem não notar
qualquer diferença e pode perceber apenas algumas pequenas mudanças no seu bem-estar
e os seus estados emocionais depois de um período de tempo. A maioria das pessoas
responde às essências a um nível que seria no meio desta escala. Os efeitos das essências
são sutis e cumulativas, é raro alguém experimentar efeito nenhum ou uma transformação
imediata. As essências agem a cada dia, gradualmente de dentro para fora. É fundamental
ter paciência, apoiada pela consistência e regularidade de que as essências são eficazes.

Não há tempo definido para sentir mudanças, vai depender muito de nossa sensibilidade.
Seria interessante, caso não notar nenhuma mudança no período de um mês, reavaliar as
essências a serem tomadas.
Quando devo parar de tomar as essências

Talvez haja chegado um momento em que nós tenhamos controlado nossas questões
emocionais e não precisamos mais das essências. Esta afirmação é baseada no pressuposto
de que existe um estado de normalidade, saúde, alegria e perfeição permanente. A verdade
é que, enquanto estamos vivos, nossa Alma sempre vai ser confrontada com desafios e
sempre terá a necessidade de aprender e evoluir na escola da vida. As essências são
catalisadores da Alma e sempre precisará de ajuda. As essências podem ser nossa parceira
em nossa evolução pessoal. Podemos usar até que se sinta melhor ou podemos usar esse
conhecimento para sempre.
O que é Tintura Mãe

A tintura-mãe não é vendida, ela é usada para fazer as diluições, esta é mantida em
estoque, onde são colocadas algumas gotas com um conta-gotas no preparado final. O
que nós tomamos é uma parte muito pequena da tintura-mãe. Para a fabricação da tintura-
mãe, embora pareça simples é importante que o elaborador esteja em um estado de
consciência harmônica com o reino vegetal.
Quantas vezes tenho que tomar as essências florais?

Quem indica quantas vezes o floral deve ser usado por dia é profissional terapeuta. Para
as soluções, de dosagem tradicional é 4 gotas 4 vezes por dia.

Na parte da manhã com o estômago vazio e à noite antes de dormir: estes são os momentos
mais importantes; as outras duas vezes estão à sua própria escolha, possivelmente
lembrando-se de dar uma regularidade para os horários.

É possível tomar os Florais com maior frequência diária, se o paciente sentir que precisa.
A tomada por conta própria pelo paciente não é problema, pois não existe absolutamente
nenhum risco de intoxicação por overdose.

Ao ingerir Florais pela primeira vez deve-se agir da seguinte maneira:

1º Dia:

1. Tome quatro gotas a cada 10 minutos durante a primeira hora.

2. Tome quatro gotas a cada 20 minutos durante a segunda hora.

3. Em seguida, tomar quatro gotas de hora em hora para o resto daquele dia.

2º Dia:

Tome quatro gotas a cada hora durante o dia.

3º Dia em diante:

Deve tomar quatro gotas quatro vezes por dia, a partir deste dia. Isto é necessário para
que o paciente possa acelerar a cura, tornando-se uma ação mais eficaz.

Às vezes, o paciente não pode cumprir plenamente esse processo e tende a repetir ou
abandonar o tratamento. Nestes casos, é recomendável começar o tratamento com as
normais quatro gotas, quatro vezes por dia.

Após o primeiro uso das soluções de Florais, normalmente continua-se a tomar quatro
vezes ao dia até que o frasco termine.
Limpeza e Catharsis

O processo de limpeza dos Florais é catártico. Catarse vem do grego catarse, o que
significa purgação ou purificação. Este processo pode assumir várias formas. Assim como
a diarreia ou vômitos serve para remover as toxinas do corpo, os Florais expelem efeitos
patogênicos do corpo.

Esta catarse não é um efeito colateral, mas sim, um efeito desejável, mas a maneira como
ela se manifesta pode ser desconfortável ou desagradável.
Efeitos mentais/emocionais

O efeito observado é um ligeiro aumento do problema a ser tratado, no início da terapia.


Este aumento passa geralmente de forma rápida, com duração de, no máximo, alguns
dias.

Outros efeitos emocionais são inexplicáveis e incontroláveis vontades de chorar, rir,


euforia, ansiedade, sono e insônia.

Pode também sentir desejo de estar em um ambiente silencioso ou sozinho para se


envolver em introspecção.
Efeitos físicos

Florais de Bach podem causar fadiga física, falta de energia, perda de apetite, dor de
cabeça, diarreia, erupção cutânea e suores noturnos. É importante entender os efeitos
secundários, embora irritantes, são positivos, e ajudam no tratamento.

A maioria dos terapeutas recomendam não parar ou diminuir a dose. Quando o sinal de
reação começa a aparecer, é um indicativo que os Florais estão atuando e é necessário
para o processo de cura.

Quando as reações são intensas, o que raramente acontece, as opções são:

1. Excluir a última dose antes de dormir.

2. Reduzir o número de doses diárias.

3. Tomar Rescue Remedy, geralmente um frasco por 2 semanas para sentir a energia
dos Florais e tornar o processo de limpeza mais sutil.

4. Alterar a fórmula usada. Ela pode ser alterada para algo mais leve, ou se estiver
usando uma combinação, reduzir o número de Florais.
Aplicações para doenças físicas

Há inúmeras doenças físicas que podem ser tratadas com os Florais. No entanto, é mais
provável que a doença apareça ou seja agravada por problemas emocionais. Portanto, não
devem ser descartados os Florais para o tratamento de doenças crônicas e degenerativas.

A doença pode envolver vários fatores:

Alimentação;
Estado emocional;
Estado de espírito;
Fatores como a exposição a patógenos nocivos, poluição ambiental, toxinas, etc.;

• Outros fatores relacionados ao estilo de vida, tais como a qualidade do sono, etc.

As emoções, pensamentos ou atitudes que uma pessoa tem, pode criar uma propensão
para determinadas doenças. Por exemplo, o medo tende a danificar os rins, o fígado, raiva
e tensão pode causar dores ao longo do corpo.

Ao utilizar os Florais, é eliminada a tendência do corpo à doença e ajuda o corpo a lutar


contra a própria doença.

Exemplos de doenças físicas tratáveis com Florais de Bach. Algumas doenças e


condições que podem ser tratadas com os remédios são:

Alergias - Crab Apple


Asma - Agrimony
Acne - Crab Apple
Dermatite - Crab Apple e Holly
Diarréia emocional - Rescue Remedy
Gravidez - (ver Florais de Bach para a gravidez)
Gastrite - Oak
Tontura - Schleranthus
Menopausa - Holly

Deve-se notar que os Florais ajudam o corpo a se curar, resolvendo o aspecto emocional
que provoca ou estimula a doença, e ataca a raiz do problema. Mas, se a doença já se
manifestou não é suficiente para resolver o aspecto emocional. É importante tratar a fonte,
talvez o problema emocional tenha levado semanas, meses ou mesmo anos para chegar a
causar danos físicos para o corpo. Em seguida, espera-se que o corpo também precise de
muito tempo para retornar ao estado original saudável, e se ele já estiver danificado pela
doença física pode não ter energia suficiente para fazê-lo.

É por isso que, no caso de tratamento de doença física deve ser apoiada por uma terapia
para atacar diretamente o problema físico. Algumas terapias que recomendadas são:

Acupuntura, Auriculoterapia ou eletroacupuntura;


Magnetoterapia;
Radiônica;
Terapia Neural;
Massagem;
Reiki.
Florais para as mulheres

As mulheres sofrem alguns problemas exclusivos para seu gênero. Para estes problemas
existem também Florais específicos.

Tais situações, na maioria dos casos estão relacionadas com a mulher mais influente em
nossas vidas: a nossa própria mãe. Por isso, é importante explorar a relação com a mãe, e
se necessário dar a terapia floral. É interessante dar Florais para o perdão, para romper
com o passado, etc.

Outros exemplos, com a perda, a ausência, a falta de carinho da mãe, uma mãe de
aparência ou atitude muito masculina, uma mãe muito rígida e inflexível, mãe fraca e
submissa, etc.

Pode também ser explorada a questão da sexualidade, se houve qualquer abuso, se houve
a rejeição dos homens, se havia uma mãe promíscua ou infiel, se existem recordações
negativas relativas ao sexo ou a maternidade, etc. Se existir algum trauma em relação a
algum aspecto feminino, você também pode dar Rescue Remedy.

Algumas aplicações dos remédios para as mulheres são:

Puberdade

Crab Apple, se existir alguma mágoa consigo mesmo.


Heather, se estiver obcecado com consigo mesmo.
Chicória, para o desejo de ser o centro das atenções.

Tensão pré-menstrual e problemas menstruais

Walnut, para se adaptar às mudanças.


Cherry Plum, para pensamentos irracionais e perda de controle.
Crab Apple, para espinhas no rosto e inchaço, se a pessoa se sentir suja.
Holly, para o ciúme, a inveja, o ódio, o desejo de vingança, etc.
Hornbeam, se a pessoa não tem vontade de fazer nada.
Impatiens, para a irritabilidade.
Mustard, para a depressão.
Willow, para o ressentimento.

Infertilidade

Aspen, para a aflição e ansiedade.


Impatiens, para impaciência.
Sweet Chestnut, para preocupação ruminante.
Genciana, para o desencanto e a falta de incentivo.

Problemas Sexuais

Hornbeam e Olive, para exaustão e falta de energia.


Wild Rose, para renovar o interesse e motivação.
Crab Apple, para o sentimento de que o sexo é sujo.
Agrimony, para dar a aparência de que tudo está bem.
Rock Water, para aqueles que são muito rígidos e inflexíveis.
Holly, para despertar o amor.

Menopausa

Walnut, para mudanças mentais, emocionais, físicas e estilo de vida.


Florais para a gravidez

A gravidez pode ser um estágio de alterações emocionais para a mulher. Muitas vezes,
essas emoções são difíceis de controlar, e chegam sem avisar. Walnut é um Floral para
ser usado por toda a gravidez, que serve para preparar a atitude emocional e física quando
começar a acontecer mudanças na mulher grávida.

Na maioria das mulheres o cansaço aparece ocasionalmente durante toda a gestação, mas
especialmente durante o primeiro trimestre e nas últimas semanas. Pode-se usar Olive e
Hornbeam para falta de energia.

É também preocupação muito comum com a mudança no corpo, não ser atraente para o
casal como se estivesse se sentindo feia. Pode ser usado o Crab Apple.

A impaciência de conhecer o sexo do bebê o mais cedo possível ou ir até o parto pode ser
tratada com Impatiens.

Mudanças de humor durante a gravidez pode ser tratada com Scleranthus.

Recomenda-se que as mulheres grávidas fiquem na companhia de outras mulheres,


especialmente aquelas que já têm filhos, para compartilhar experiências, aprender a
cuidar de bebês e ouvir algum conselho. No entanto, por vezes, as mães relatam histórias
de aborrecimento sobre a dor do parto, quanto durou ou as cicatrizes de cesariana. A
grávida pode se preocupar e criar uma predisposição para estas situações que não
acontecerão necessariamente. Para se proteger contra esses pontos de vista e crenças
erradas é importante usar Walnut.

O medo é outra emoção comum durante a gravidez. Pode haver medo de não ser uma boa
mãe, não se sentir capaz de cuidar de um bebê, a falta do seu parceiro, se o bebê está
crescendo saudável, estar preparado para as mudanças, ter dinheiro suficiente ou a
estabilidade financeira, etc. No final da gravidez, aparece também o medo do parto.

Chicória poderá ser utilizada (para o egoísmo), se houver rejeição do bebê.


Crab Apple, Holly para despertar o amor.
Pine, para a culpa,
Sweet Chestnut, para desespero,
Walnut, Willow, para ressentimento, entre outros.

Também deve ser analisado o relacionamento com sua própria mãe e as mulheres em sua
vida.

Florais de Bach são perfeitamente seguros para uso durante a gravidez. Não contém
produtos químicos, apenas a energia das flores. Apesar de terem um pouco de álcool, a
quantidade é insignificante do ponto de vista nutricional. Se o paciente quiser, pode
encomendar os Florais preparados sem álcool.

Algumas aplicações dos remédios para a gravidez são:

Gravidez

Aspen, para angústia e medos indefinidos.


Cherry Plum, para sentimentos de que está perdendo o controle.
Crab Apple, se há descontentamento por mudanças no corpo que podem não ser
tão agradáveis como se desejava que fosse antes.
Elm, para ser uma boa mãe no futuro e não ser abatida pela responsabilidade.
Olive e Hornbeam, para falta de energia.
Impatiens, para impaciência.
Mimulus, para medos definidos: o parto, se o bebê é saudável, complicações na
gravidez e no parto, ser uma boa mãe no futuro, etc.
Mustard, para a depressão.
Olive, para exaustão.
Red Chestnut, para preocupação.
Sclerantus, para náuseas e tonturas.
Vervain, para estresse físico.
Walnut, para mudanças físicas, mentais, emocionais e estilo de vida.
Wild Rose, se houver problemas na gravidez.
White Chestnut, para preocupação.

Parto

Rescue Remedy é o ideal, pode ser combinado com Olive e Hornbeam para a
energia durante o trabalho, além de Walnut para aceitação da mudança.
Amamentação e pós-parto

Star of Bethlehem, para choque no parto e nova maternidade.


Mustard, para a depressão.
Olive e Hornbeam, para falta de energia.
Genciana, para falta de humor.
Walnut, para mudanças físicas, mentais, emocionais e estilo de vida.
Rescue Remedy Cream, Rescue Remedy e Crab Apple, se houver cirurgia.
Rescue Remedy Cream, para a amamentação.
Rescue Remedy, é recomendado para o choque de nascimento e Walnut para
aceitar a mudança para a nova vida.

Florais para bebes e crianças

Florais são seguros para bebês e crianças, pois é uma maneira ideal para resolver
problemas emocionais, especialmente porque não há muitas alternativas para os
problemas cotidianos vividos por lactentes e crianças.

Algumas aplicações dos remédios para bebês e crianças são:

Recém-nascidos,
Dificuldade para dormir,
Pesadelos,
Enurese,
Medos,
Aprendizagem,
Exames,
Hiperatividade,
Birras e brigas,
Acanhamento,
Pais divorciados ou falecidos,
Puberdade.
Florais para problemas mentais e emocionais

Aplicações de Florais de Bach para os problemas emocionais são numerosos. Aqui está
uma pequena amostra dos possíveis usos:

Vícios,
Esgotamento físico ou mental,
Alcoolismo,
Ansiedade,
Aprendizagem,
Baixa auto-estima,
Ciúme,
Depressão,
Desespero,
Desinteresse,
Exames,
Insônia,
Medos,
Nervosismo,
Obsessões,
Desinteresse,
Sexualidade,
Falta de socialização,
Solidão,
Estresse,
Acanhamento,
Transtorno de Déficit de Atenção,
Transtornos alimentares,
Traumas,
Viver no passado.

Os Florais não são apenas um efeito placebo?

Alguns dos argumentos mais convincentes a respeito do papel dos costumes e crenças em
saúde humana vêm a partir de dados que muitas vezes é descartado nas pesquisas. Quando
estudos de controle são realizados, o grupo de controle recebe um placebo, que parece a
medicação ou tratamento, mas é fisicamente inerte. A ideia é que o tratamento ou a
medicação é eficaz se os resultados mostrarem que os indivíduos que receberam o
tratamento "real" ficam melhores do que aqueles que receberam placebo.

No entanto, muitas das pessoas que receberam placebos são recuperadas, muitas vezes a
taxas mais elevadas do que o esperado por aqueles que não recebem nenhum tratamento.
Este "efeito placebo" tem sido amplamente reconhecidos em pesquisas e explicados como
o efeito da crença do paciente, reforçada pela atenção e cuidado que recebe do médico ou
pesquisador, ou seja, ele está passando por alguma forma de tratamento que é benéfica
para a sua saúde.

Os pesquisadores geralmente são pagos pelos resultados do efeito físico da medição do


remédio ou procedimento em pacientes que recebem o medicamento "real". No entanto,
é igualmente importante estudar o grupo de respostas dos pacientes que recebem placebo,
que não recebe nenhum tratamento médico, as alterações nas pesquisas muitas vezes são
comprováveis com base na simples crença de que eles estão recebendo tratamento.

O efeito placebo é uma evidência convincente de que as atitudes e crenças afetam o corpo
humano de forma que são como agentes reais e físicos observáveis. Ao invés de descartar
esta parte do método experimental, devemos examiná-lo mais de perto. Esta
demonstração da influência da mente-corpo nos desafia a desenvolver terapias
direcionadas diretamente para as atitudes e crenças.
A pessoa tem que estar doente para tomar os Florais?

Não necessariamente. Quase todas as pessoas têm atitudes e sentimentos que criam certa
energia negativa que age contra a própria saúde. Trata-se de um conflito, qualquer
desarmonia pode materializar mais tarde em uma doença física, emocional ou mental.
Ajudar a corrigir esta tendência negativa contribui para evitar o desenvolvimento de
doenças, e ajuda as pessoas a serem melhores.
Preparação dos Florais

Existem diferentes empresas e diferentes preparações, mas aqui vamos falar sobre o
método tradicional de utilização dos Florais, não se trata de misturas prontas, grânulos
ou sprays.

Para um frasco de 30 ml é necessário:

• Um frasco de 30 ml com conta-gotas;

• Água;

• Conhaque;

• Pequenas garrafas de tinturas-mãe (garrafa estoque).

Podem ser compradas todas as tinturas-mãe necessárias e mantê-las em estoque para


preparar os frascos finais.

Preparação

Preparar a garrafa enchendo um frasco de 30 mL com dois terços de água ou 23 ml e um


terço ou 7 ml de conhaque ou álcool de cereais, que atua como conservante. A esta mistura
adicione 2 gotas de cada tintura-mãe escolhida retirada do frasco de estoque.
Quantos Florais podem ser misturados?

Muitas pessoas, sabendo como agem os Florais, sentem que devem usar todos, ou, pelo
menos, um monte deles.

Se os Florais não têm efeitos colaterais, poderíamos pensar em fazer uma combinação
com muitos Florais. Mas tem-se observado que a combinação mínima de Florais
potencializa o seu efeito, tornando-o mais rápido, profundo e duradouro. É por isso que
geralmente é melhor, ao fazer um diagnóstico, misturar alguns Florais em vez de muitos.

Os critérios são os seguintes: em primeiro lugar tratar o mais urgente e mais importante
para o paciente, então pode tratar outros problemas. Isto requer disciplina por parte do
paciente com muitos problemas emocionais, o tratamento pode ser longo para eliminar
todos os problemas.

No início da terapia com Florais de Bach pode acontecer, por exemplo, uma indicação
do número de flores que é normalmente recomendado (5-7) não seja suficiente. Além
disso, especialmente no caso de iniciantes, em caso de dúvida entre vários Florais, é
melhor incluir todos na mistura, em vez de deixar um de fora, talvez importante, o que
poderia levar a questionar o efeito de toda a mistura. Por outro lado, não é aconselhável
escolher desnecessariamente um grande número de Florais de acordo com o princípio de
que quanto mais, maior o efeito.

A experiência mostra que o número de Florais necessários vai diminuir durante a terapia,
onde apenas aqueles problemas não resolvidos vão ser tratados.

O questionário dos Florais de Bach

Leia cada uma das indicações e verifique aquela que mais se aplica. Se marcou mais de
um dos remédios, sugiro que leia mais sobre esse remédio. Em caso de ter mais de três
Florais identificados, pode selecionar apenas dois.
Questionário

Agrimony (Agrimonia eupatoria) Chave: “Eu estou bem com todos”.

 Eu escondo meus sentimentos por trás do bom humor e brincadeiras.


 Eu não gosto de discussões, e muitas vezes, cedo para evitar conflitos.
 Afogo-me em comida, trabalho, álcool, drogas, etc., quando estou para baixo.

Aspen (Populus tremula) Chave: “Sinto que alguma coisa horrível vai acontecer, mas
não sei o quê”.

 Sinto-me ansioso, sem saber por que.


 Eu tenho um medo desconhecido de que algo ruim vai acontecer.
 Ao acordar me sinto ansioso.

Beech (Fagus sylvatica) Chave: “Será que ninguém consegue fazer nada direito?”

 Eu fico irritado com as falhas dos outros.


 Eu não tolero os erros dos outros.
 Eu sou crítico e intolerante.

Centaury (Centaurium umbellatum) Chave: “Eu sou um capacho.”

 Costumo negligenciar minhas próprias necessidades para agradar os outros.


 Acho que é difícil dizer "não".
 Tendo a ser facilmente influenciado.

Cerato (Ceratostigma willmottiana) Chave: “O que você acha que devo fazer?”

 Eu não confio em mim.


 Eu procuro conselho, desconfiando da minha própria intuição.
 Muitas vezes eu mudo de ideia.

Cherry Plum (Prumus cerasifera) Chave: “Temo fazer algo terrível”.

 Tenho medo de perder o controle sobre mim mesmo.


 Eu tenho ataques repentinos de raiva.
 Eu sinto como se estivesse ficando louco.

Chestnut Bud (Aesculus hippocastaneum) Chave: “Eu já devia ter aprendido.”

 Eu cometo os mesmos erros várias vezes.


 Eu não aprendo com a minha experiência.
 Eu fico repetindo os mesmos padrões.

Chicória (Cichorium intybus) Chave: “Um dia você vai reconhecer tudo que fiz por
você.”
 Eu preciso ser útil e quero as pessoas amadas perto.
 Eu me sinto mal amado e desvalorizado pela minha família.
 Eu facilmente sinto-me menosprezado e magoado.

Clematis (Clematis vitalba) Chave: “Desculpe, eu não estava prestando atenção.”

 Muitas vezes eu me sinto apático e distraído.


 Sou incapaz de me concentrar por muito tempo.
 Eu fico sonolento e durmo mais do que o necessário.

Crab Apple (Malus pumila) Chave: “Preciso livrar-me de algo sujo em mim.”

 Estou muito preocupado com a limpeza.


 Sinto-me imundo ou fisicamente pouco atraente.
 Tendo a obcecar sobre pequenas coisas.

Elm (Ulmis procera) Chave: “Está muito difícil.”

 Sinto-me oprimido por minhas responsabilidades.


 Eu não sei lidar bem sob pressão.
 Perdi temporariamente a minha autoconfiança.

Genciana (Gentiana amarela) Chave: “Não sei se vai dar certo.”

 Eu desanimo com pequenos contratempos.


 Desanimo facilmente quando encontro dificuldades.
 Muitas vezes sou cético e pessimista.

Gorse (Ullex europaeus) Chave: “Não adianta mesmo.”

 Eu me sinto sem esperança, e não vejo uma saída.


 Falta-me fé de que as coisas poderiam ficar melhores na minha vida.
 Eu me sinto mal-humorado e deprimido.

Heather (Calluna vulgaris) Chave: “Eu é que sofro.”

 Eu sou obcecado com os meus próprios problemas.


 Eu não gosto de ficar sozinho e eu gostaria da companhia de alguém que estivesse
disponível.
 Eu sinto necessidade de discutir meus problemas com outras pessoas.

Holly (Ilex aquifolium) Chave: “Algum dia você me paga.”

 Eu desconfio dos outros.


 Eu me sinto descontente e infeliz.
 Estou cheio de ciúmes, inveja, vingança, suspeita ou ódio.

Honeysuckle (Lonicera caprifolium) Chave: “Naquele tempo é que era bom.”


 Fico muitas vezes com saudades do passado.
 Acho que não posso ser feliz como um dia já fui.
 Muitas vezes eu penso sobre os sonhos que não se tornaram realidade.

Hornbeam (Carpinus betulus) Chave: “Acho que não aguento”.

 Muitas vezes eu sinto cansado demais para encarar mais um dia.


 Sinto-me mentalmente exausto.
 Os pedidos parecem excessivos.

Impatiens (Impatiens grandulifera) Chave: “Deixa que eu faça tudo sozinho.”

 Acho que é difícil esperar que as coisas aconteçam.


 Eu sou impaciente e irritável.
 Eu prefiro trabalhar sozinho.

Larch (Larix decidua) Chave: “Eu nunca consigo mesmo.”

 Falta-me autoconfiança.
 Eu me sinto inferior e muitas vezes me torno desanimado.
 Sou muito pessimista.

Mimulus (Mimulus guttatus) Chave: “Tenho receio, tenho medo.”

 Tenho medo das coisas do mundo, da enfermidade, da dor, dos acidentes, etc.
 Eu sou tímido, muito sensível e modesto.
 Eu fico nervoso e constrangido.

Mustard (Sinapsis arvensis) Chave: “Não sei por que estou tão deprimido”.

 Fico deprimido, sem qualquer razão.


 Sinto melancolia e desespero.
 Tenho sentimentos sombrios que vêm e vão.

Oak (Quercus robus) Chave: “Preciso continuar, não posso desistir”.

 Empenho-me demais buscando o sucesso.


 Eu tenho um forte senso de dever de nunca desistir.
 Eu negligencio minhas próprias necessidades, a fim de completar um trabalho.

Olive (Olea europaea) Chave: “Estou exausto”.

 Eu me sinto completamente exausto, físico e/ou mentalmente.


 Estou totalmente esgotado de toda a energia.
 Eu tenho passado por um longo período de doença ou estresse.

Pine (Pinus sylvestris) Chave: “É tudo culpa minha”.


 Sofro muito com os erros.
 Muitas vezes eu me sinto culpado.
 Eu me culpo por tudo que dá errado.

Red Chestnut (Aesculus carnea) Chave: “Temo tanto por eles.”

 Estou muito preocupado com os meus entes queridos.


 Estou angustiado e perturbado por problemas de outras pessoas.
 Não me preocupo comigo mesmo.

Rock Rose (Helianthemum nummularium) Chave: “Estou apavorado”.

 Às vezes sinto terror e pânico.


 Torno-me impotente e congelado quando sinto medo.
 Eu sofro de pesadelos.

Rock Water (água de fonte curativa) Chave: “O mártir”.

 Estabeleço metas elevadas para mim mesmo.


 Sou rigoroso com a minha saúde, trabalho e/ou disciplina espiritual.
 Sou muito autodisciplinado, sempre buscando a perfeição.

Scleranthus (Scleranthus annuus) Chave: “Não consigo me decidir”.

 Acho difícil tomar decisões.


 Muitas vezes mudo de opinião.
 Tenho mudanças de humor intensas.

Star of Bethlehem (Ornithogalum umbellatum) Chave: “Não me conformo”.

 Eu sinto arrasado devido a um choque recente.


 Estou reservado devido a eventos traumáticos em minha vida.
 Nunca me recupero da perda ou medo.

Sweet Chestnut (Castanea sativa) Chave: “Não suporto mais!”

 Eu sinto mágoa mental ou emocional ao extremo.


 Eu alcancei os limites da minha resistência.
 Estou em desespero completo, toda a esperança se foi.

Vervain (Verbena officinalis) Chave: “Precisamos tomar uma atitude!”

 Estou certo de estar com a verdade.


 Tento convencer os outros da minha maneira de pensar.
 Quando doente luto, quando outros já teriam desistido.

Vine (Vitis vinifera) Chave: “É para o seu próprio bem!”


 Eu tendo a assumir o comando de projetos, situações, etc.
 Eu me considero um líder natural.
 Sou de temperamento forte, ambicioso e muitas vezes mandão.

Walnut (Juglans regia) Chave: “De repente fiquei confuso.”

 Estou experimentando mudança na minha vida, tal como um novo emprego.


 Eu sou influenciado por pessoas ou situações.
 Eu preciso de liberdade para seguir as minhas próprias ambições.

Water Violet (Hottonia palustres) Chave: “Estou bem assim.”

 Eu dou a impressão de que eu estou distante.


 Eu prefiro ficar sozinho quando deprimido.
 Muitas vezes eu não me conecto com as pessoas.

White Chestnut (Aesculus hippocastanum) Chave: “Não consigo pensar em outra


coisa”.

 Estou constantemente tendo pensamentos indesejados.


 Eu vivo pensando em acontecimentos infelizes.
 Eu sou incapaz de dormir, às vezes, porque eu não consigo parar de pensar.

Wild Oat (Bromus mamosus) Chave: “Não sei o que realmente quero”.

 Não consigo encontrar meu caminho na vida.


 Tenho dificuldade em determinar uma ocupação.
 Sou ambicioso, mas não sei o que fazer.

Wild Rose (Rosa Canina) Chave: “Tanto faz. “

 Eu sou apático e conformado com tudo o que acontece.


 Aceito a vida como ela é.
 Eu não sinto nenhuma alegria na vida.

Willow (Salix vitelina) Chave: “Isso não é justo!”

 Sinto-me ressentido e amargurado.


 Eu tenho dificuldade de perdoar e esquecer.
 Eu acho que a vida é injusta e me acho um pobre coitado.
Aromaterapia

Sumário
Introdução ..................................................................................................................................... 2
Definições e conceitos................................................................................................................... 3
História da Aromaterapia .............................................................................................................. 3
Como a Aromaterapia funciona .................................................................................................... 6
Os benefícios da Aromaterapia ..................................................................................................... 8
O benefício da aplicação física...................................................................................................... 9
Produtos da Aromaterapia ........................................................................................................... 10
O que são óleos essenciais?......................................................................................................... 10
Ação dos óleos essenciais ........................................................................................................... 12
Uso de Óleos Essenciais.............................................................................................................. 13
Óleos essenciais e suas propriedades curativas ........................................................................... 15
Propriedades e benefícios dos óleos essenciais ........................................................................... 17
Contraindicações dos óleos essenciais ........................................................................................ 21
Como é o tratamento com os óleos essenciais ............................................................................ 19
Formas de utilização dos óleos essenciais................................................................................... 20
Introdução

Aromaterapia é a terapia que usa óleos vegetais voláteis, também chamados óleos
essenciais, para o bem-estar psicológico e físico. Os óleos essenciais, a pura essência de
uma planta, são utilizados para trazer benefícios psicológicos e físicos, quando utilizado
corretamente e com segurança. Existem mais de 90 óleos essenciais selecionados para a
Aromaterapia. O termo óleo essencial é usado como um termo geral que abrange todos
os óleos vegetais naturais, aromáticos, voláteis, incluindo os extraídos por CO2.
Definições e conceitos

A Aromaterapia é uma técnica que tem origem na Fitoterapia e utiliza óleos das plantas
que são chamados de óleos essenciais e essências naturais, a fim de melhorar a saúde
física.

A grande diferença entre estes dois tratamentos, é que ao contrário da Fitoterapia, os


óleos essenciais não são ingeridos, mas inalados ou aplicados sobre a pele.

É considerada uma medicina complementar e alternativa (CAM) é o uso terapêutico de


óleos essenciais (também conhecidos como óleos voláteis) das plantas (flores, ervas ou
árvores) para a melhoria da saúde física, emocional e espiritual bem-estar.

Os óleos essenciais são substâncias líquidas voláteis extraídas de material vegetal


aromático por destilação a vapor ou pressão mecânica. Os óleos produzidos com o auxílio
de solventes químicos não são considerados verdadeiros óleos essenciais.

Os óleos essenciais se encontram disponíveis em farmácias de manipulação para inalação


e uso tópico. Os tratamentos tópicos são geralmente utilizados em formas diluídas. O seu
uso via ingestão não é tão utilizado.

Através da utilização dos óleos essenciais, a Aromaterapia envolve o emprego de outros


ingredientes naturais complementares, tais como óleos vegetais prensados a frio, jojoba
(uma cera líquida), hidrosóis, ervas, ervas em pó, sal grosso, açúcares (esfoliante), argilas
e lamas.

História da Aromaterapia

O termo Aromaterapia não foi usado até o século 20, o uso de óleos essenciais, em
particular, data de cerca de mil anos.

Há muitos escritos antigos que descrevem estes óleos essenciais como itens valiosos. A
Bíblia é um dos exemplos de textos em que descreve o grande valor que deu ao incenso,
mirra, etc.
Os chineses podem ter sido uma das primeiras culturas que usou plantas aromáticas para
o bem-estar. Essas práticas envolviam a queima de incenso para ajudar a criar harmonia
e equilíbrio.

Mais tarde, os egípcios inventaram uma máquina rudimentar de destilação que permitiu
a extração de óleo bruto da madeira do cedro. Também é analisado se na Pérsia e Índia
também podem ter sido inventadas essas máquinas de destilação de óleo bruto, mas muito
pouco se sabe.

Óleos de cedro, cravo, canela, noz-moscada e mirra foram usados pelos egípcios para
embalsamar os mortos. Quando um túmulo foi aberto no início do século 20, os traços
das ervas foram achados com porções intactas do corpo. O cheiro, apesar de fraco, ainda
era aparente.

Os egípcios também utilizavam óleos infundidos e preparações à base de plantas para uso
espiritual, medicinal, perfumes e cosmética. Pensa-se que os egípcios criaram o termo
perfume, do latim per fumum. Os homens egípcios utilizavam fragrâncias tanto quanto as
mulheres. Um método interessante que os homens costumavam usar as fragrâncias em si
era colocar um cone sólido de perfume em suas cabeças. Este cone iria gradualmente
derretendo até cobri-los em perfume.

Os gregos aprenderam muito com os egípcios, mas a mitologia grega, aparentemente,


credita o dom e o conhecimento de perfumes aos deuses. Os gregos também
reconheceram os benefícios medicinais e aromáticos das plantas. Hipócrates, comumente
chamado de "pai da medicina" praticava incensos para benefício aromático e medicinal.
O perfumista grego Megallus criou um perfume chamado megaleion. Megaleion continha
mirra como uma base de óleo com graxa e servia para vários fins: com o seu aroma,
propriedades anti-inflamatórias em relação à pele e para curar feridas.

No Império Romano, Discorides, que escreveu o livro The Materia Medica, também
relatou estudos sobre a destilação. Destilação que teve foco na extração de águas florais
e não óleos essenciais aromáticos.

Um grande evento para a destilação de óleos essenciais veio com a invenção de um tubo
de arrefecimento enrolada no século 11. Avicena, persa de nascimento, inventou um tubo
enrolado que permitiu que o vapor das plantas passasse por um tubo de arrefecimento de
forma mais eficaz do que os destiladores anteriores que utilizaram um tubo de
refrigeração em linha reta.

No século 12, uma abadessa da Alemanha chamada Hildegard conseguiu destilar o óleo
de lavanda. No século 13, com o nascimento da indústria farmacêutica, houve um grande
incentivo para destilação de óleos essenciais.

Durante o século 14, a peste negra atingiu e matou milhões de pessoas. Preparações à
base de plantas foram usadas para ajudar a combater este terrível mal. Acredita-se que
alguns perfumistas podem ter evitado a peste por seu contato constante com os aromas
naturais.

No século 15, mais plantas foram destiladas para criar óleos essenciais, incluindo incenso,
zimbro, rosa, sálvia e alecrim. Um crescimento na quantidade de livros sobre ervas e suas
propriedades também começa no final do século. Paracelcius foi o primeiro a usar o termo
Essência e seus estudos desafiaram a natureza da alquimia e ele se concentrou sobre o
uso de plantas como medicamentos.

Durante o século 16, começaram a serem vendidos os óleos nos boticários, e muitos mais
óleos essenciais passaram a ser produzidos.

O século 19 também foi importante cientificamente, pois os principais constituintes dos


óleos essenciais começaram a ser isolados.

Ao longo do século 20, o conhecimento de separar os constituintes de óleos essenciais foi


utilizado para criar produtos químicos sintéticos e fármacos. Acreditava-se que, ao
separar os componentes principais e, em seguida, utilizar os componentes de forma
isolada ou sintética traria benefícios terapêuticos e econômicos. Essas descobertas
ajudaram a produção de fragrâncias sintéticas. Isso realmente enfraqueceu o uso de óleos
essenciais para o benefício medicinal e aromático.

Durante a primeira parte do século 20, um químico francês com o nome de René-Maurice
Gattefossé interessou-se pelo uso de óleos essenciais para o seu uso medicinal. Ele tinha
interesse no uso de óleos essenciais apenas para os aromas, mas o interesse no seu uso
medicinal cresceu após um acidente que aumentou sua curiosidade. Enquanto trabalhava,
ele queimou o braço seriamente. Por reflexo, ele mergulhou seu braço queimado no
líquido mais próximo que era um recipiente contendo óleo essencial de lavanda. A
queimadura foi curada rapidamente e não deixou nenhuma cicatriz. Gattefossé criou o
termo Aromaterapia em 1928 dentro de um artigo onde ele suporta o uso de óleos
essenciais no seu todo, sem dividi-los em seus principais constituintes. Em 1937,
Gattefossé escreveu um livro chamado Aromathérapie: Les Huiles essentielles
vegetales que mais tarde foi traduzido para o Inglês e nomeado Aromaterapia de
Gattefossé.

Outros Aromaterapeutas altamente respeitados do século 20 foram Jean Valnet, Senhora


Marguerite Maury e Robert B. Tisserand. Jean Valnet é mais lembrado por seu trabalho
com óleos essenciais para tratar soldados feridos durante a guerra e por seu livro, A
Prática da Aromaterapia, originalmente intitulado Aromathérapie em francês. A Senhora
Marguerite Maury é lembrada como uma bioquímica que estudou, praticou e ensinou o
uso da Aromaterapia para o benefício principalmente em cosméticos. Robert B. Tisserand
é um Aromaterapeuta Inglês, que é responsável por ser uma das primeiras pessoas a trazer
conhecimento e educação da Aromaterapia para as nações de língua inglesa. Ele escreveu
livros e artigos, incluindo a publicação The Art of Aromatherapy. A Arte da Aromaterapia
foi o primeiro livro de Aromaterapia publicado em Inglês.

Desde o final do século 20 e até o século 21, há um ressurgimento crescente da utilização


de produtos naturais, incluindo óleos essenciais para benefícios terapêuticos, cosméticos
e aromáticos. O uso de óleos essenciais nunca cessou, mas a revolução científica
minimizou a popularidade e uso de óleos essenciais na vida cotidiana.

Como a Aromaterapia funciona

O olfato é um sentido que nunca descansa, mesmo quando estamos dormindo, ele nos dá
informações sobre os odores que estamos sentindo, quem está por perto, o ambiente que
nos rodeia, etc. Há uma estreita relação entre olfato e Aromaterapia .

O cheiro, bom ou ruim entra pelo nariz e atinge a mucosa olfativa, onde estão as células
sensoriais olfativas, neste local estão as células de suporte (que rodeiam os neurônios e
servem de apoio, defesa, nutrição e regulação da composição do material intercelular), e
células basais (que são células normais e têm a capacidade de desenvolver alterações). O
muco aquoso é responsável pelo transporte dos aromas através dos cílios (pequenos
apêndices móveis de comprimento regular), e estes odores são transformados em sinais
químicos. Os sinais aromáticos são conduzidos por células receptoras específicas para o
sistema límbico e o hipotálamo. Logo, grande parte do sinal odorífero atinge o córtex
cerebral tornando-nos conscientes do odor percebido.
Os benefícios da Aromaterapia

Os óleos essenciais inalados oferecem benefícios físicos e psicológicos. Não só o aroma


do óleo essencial estimula o cérebro desencadeando uma reação, mas quando inalada para
os pulmões, os constituintes naturais (produtos químicos que ocorrem naturalmente) pode
fornecer o benefício terapêutico.

Os efeitos da Aromaterapia são resultado da ligação de componentes químicos no óleo


essencial com receptores no bulbo olfativo, impactando o centro emocional do cérebro, o
sistema límbico. A aplicação tópica de óleos aromáticos podem exercer efeitos
antibacterianos, anti-inflamatórios e analgésicos.

Os estudos em animais mostram efeitos sedativos e estimulantes de óleos essenciais


específicos, bem como efeitos positivos sobre o comportamento e o sistema imunológico.
Imagem do cérebro em funcionamento de seres humanos mostra a influência de odores
no sistema límbico em resposta a estímulos emocionais.

Ensaios clínicos humanos têm pesquisado a Aromaterapia, principalmente no tratamento


do estresse e ansiedade em pacientes com doenças críticas ou em outros pacientes
hospitalizados. Vários ensaios clínicos envolvendo pacientes com câncer foram
publicados.

Aromaterapia é usada por pacientes com câncer principalmente como tratamento de apoio
para o bem-estar geral. É usada com outros tratamentos complementares, por exemplo,
massagem e acupuntura.

Aromaterapia tem uma relativamente baixa toxicidade quando administrado por inalação
ou aplicação tópica diluída.

Se não for feita corretamente e com segurança, no entanto, o uso dos óleos essenciais
podem trazer consequências graves.
O benefício da aplicação física.

Os constituintes dos óleos essenciais podem auxiliar em problemas de saúde, de beleza e


higiene. Óleos essenciais aplicados sobre a pele pode ser absorvido pela corrente
sanguínea. Uma vez que os óleos essenciais são potentes e concentrados, eles não devem
ser aplicados à pele na sua forma não diluída. Para aplicar óleos essenciais sobre a pele,
os óleos essenciais são normalmente diluídos em um veículo tal como um óleo vegetal
prensado a frio, também conhecido como um óleo carreador. Os óleos carreadores mais
comuns são: óleo de amêndoas, óleo de semente de damasco e óleo de semente de uva.

Outros benefícios

Além de benefício terapêutico ao nível emocional e físico, os óleos essenciais são úteis
em outras aplicações. Os óleos essenciais podem ser usados em produtos de limpeza e de
lavanderia. Alguns óleos atuam como repelentes naturais e pesticidas para insetos. Um
deles é o óleo de citronela que é adicionado a velas, para manter os mosquitos afastados,
pois possui compostos responsáveis por repelir os insetos.

Misturas de óleos essenciais

Os óleos essenciais podem ser misturados para criar aromas atraentes e complexos.
Podem também ser misturados para uma aplicação terapêutica específica. Os óleos
essenciais que são cuidadosamente misturados com um propósito terapêutico específico
podem ser chamados de sinergismo de óleos essenciais. Uma mistura sinérgica de óleos
essenciais é considerada melhor em ação do que cada óleo de forma independente.
Produtos da Aromaterapia

Produtos que contem ingredientes sintéticos não são bem-vindos na Aromaterapia. É


importante notar que o perfume dos óleos, também conhecido como óleos perfumados
(ou fragrância) não são os mesmos que os óleos essenciais. Óleos perfumados e óleos de
perfume contêm produtos químicos sintéticos e não fornecem os benefícios terapêuticos
dos óleos essenciais.

Existem alguns produtos no mercado que contêm ingredientes não naturais, tais como
óleos perfumados e afirmam ser Aromaterapêuticos. É importante analisar o rótulo com
os ingredientes do produto quando se procura produtos de Aromaterapia verdadeiros.

Além disso, deve-se ter cuidado com as alegações de propaganda que afirmam que um
produto é "feito com óleos essenciais" ou "feito com ingredientes naturais." Afirmações
como estas não garantem que o produto seja feito apenas com o ingrediente especificado.
Tais produtos podem conter proporções pesadas de óleos perfumados sintéticos e conter
apenas uma pequena quantidade de óleo essencial.

O que são óleos essenciais?

Os óleos essenciais são misturas complexas que podem conter 100 ou mais compostos
orgânicos. Estes compostos químicos consistem nos metabolitos secundários encontrados
em várias plantas. Os principais componentes químicos dos óleos essenciais são os
terpenos, ésteres, aldeídos, cetonas, álcoois, fenóis e óxidos, que são voláteis e podem
produzir odores característicos. Os terpenos encontrados com maior frequência nos óleos
essenciais são os monoterpenos e sesquiterpenos.

Diferentes tipos de óleos contêm quantidades variáveis de cada um destes compostos, que
dão para cada óleo sua fragrância particular e características terapêuticas específicas.
Diferentes variedades da mesma espécie vegetal podem ter diferentes quimiotipos
(composição química diferente da mesma espécie de planta, como um resultado de
diferentes métodos de colheita, condições climáticas ou locais de cultivo) e, portanto,
diferentes tipos de efeitos. Constituem um dos mais importantes grupos de matérias-
primas para as indústrias de alimentos, perfumaria e farmacêutica.
Os odores sintéticos são muitas vezes compostos de muitos compostos, os quais são
sintetizados e combinados com outros produtos químicos produtores de odor. A maioria
dos aromaterapeutas acredita que fragrâncias sintéticas são inferiores aos óleos
essenciais, porque lhes falta compostos naturais ou energia vital; no entanto, esta
afirmação tem sido contestada pelos efeitos psicólogos e bioquímicos dos odores.

Um óleo essencial é um líquido que é geralmente destilado (mais frequentemente por


meio de vapor ou água) a partir de folhas, caules, flores, casca, raízes ou outros elementos
de uma planta. Óleos essenciais, ao contrário do uso da palavra "óleo" não são realmente
oleosos. A maioria dos óleos essenciais são claros, mas alguns óleos, como o patchouli,
laranja e erva-cidreira possuem cor marrom ou amarela. Os óleos essenciais contêm a
verdadeira essência da planta e são altamente concentrados.

A composição química e aroma de óleos essenciais podem proporcionar benefícios


terapêuticos psíquicos e físicos. Estas vantagens são geralmente alcançadas através de
métodos, tais como a inalação e aplicação do óleo diluído na pele.

Os óleos essenciais podem variar muito em qualidade e preço. Fatores que afetam a
qualidade e o preço do óleo podem variar pela raridade da planta, do país de origem e as
condições de crescimento ou clima, padrões de qualidade na destilação e quanto óleo é
produzido pelo produtor.
Ação dos óleos essenciais

Os óleos essenciais são muitas vezes utilizados, diluindo-os com uma substancia
carreadora de óleo (óleo de amêndoas doces, óleo de semente de damasco, óleo de
semente de uva) e em seguida, aplica-se esta mistura sobre a pele para a absorção.

A inalação cautelosa dos óleos também pode proporcionar benefício terapêutico quando
as moléculas do óleo entram nos pulmões e são absorvidos pela corrente sanguínea.

Um dos modos de ação dos óleos essenciais é através do aroma que é capaz de harmonizar
os estados psíquicos, emocionais e espirituais por meio do sentido do olfato que está
relacionado diretamente ao cérebro, onde o centro das emoções é também o espaço de
muitas atividades vitais do nosso corpo, o sono, a sede, memória, etc.

Quando sentimos o aroma de alguma planta a memória emocional é evocada, as emoções


podem estar relacionadas. É acionado o sistema límbico, onde o centro de emoções está
associado com o hipotálamo, a parte do cérebro que está ligado às glândulas sexuais.

A Aromaterapia pode ser usada como terapia vibracional, também ajuda a meditação,
visualização, concentração, afirmações e todas as técnicas para encontrar o equilíbrio
interior e harmonia.
Uso de Óleos Essenciais

O método preferido é o uso de difusores, com o calor de uma chama que aquece uma
pequena tigela de cerâmica, onde a água é colocada junto com 5 a 10 gotas de óleo
essencial.

Em caso de uso com contato da pele com o óleo, este penetra nos poros e entra no sistema
interno da circulação, devem ser diluídos em óleos carreadores ou cremes neutros para
ser utilizados em massagem.

Os óleos quando diluídos podem ser utilizados como perfumes. Também pode ser usado
em banhos de imersão colocando 10 a 15 gotas em água. Quando a intenção é combinar
óleos para fins terapêuticos é importante considerar:

• Não misturar óleos essenciais com efeitos opostos;

• Usar não mais do que 3 ou 4 óleos;

• A mistura deve ser boa para a pessoa.

Os óleos utilizados para Aromaterapia podem produzir bem estar sem efeitos
desagradáveis ou contraindicações, no entanto, deve-se considerar:

• Não ingerir;

• Não exceder a quantidade de gotas ou tempo de uso;

• Não utilizar durante a gravidez: manjericão, cânfora, manjerona, mirra, cravo, hissopo,
zimbro, cedro, sálvia ou alecrim;

• Não colocar em contato direto com a pele: canela, cravo, bergamota, canela, zimbro,
gengibre, limão, hortelã-pimenta, pinho ou tomilho.

• Não utilizar em caso de epilepsia: sálvia ou alecrim.

• Não deixar nenhuma essência ao alcance das crianças.


• Não tomar sol depois de usar na pele: bergamota, grapefruit, laranja, limão, verbena ou
angélica.
Óleos essenciais e suas propriedades curativas

Abaixo está uma tabela que contém os principais óleos essenciais utilizados na
Aromaterapia e suas principais propriedades são apresentados:

Os óleos essenciais e suas propriedades curativas


Óleo Ação Propriedades curativas
essencial
Bergamota Estimulante, refrescante, Alivia o estresse, restaura o apetite e alivia a
calmante, energizante e depressão ou a ansiedade.
revitalizante.
Cipreste Purificante, calmante e Acalma o sistema nervoso e alivia sintomas
revigorante. da menopausa, alergias e estresse.
Gerânio Estimulante e revigorante. Alivia sintomas pré-menstruais e depressão,
acalma o sistema nervoso.
Gengibre Provoca o calor, promove a Ajuda a prevenir e aliviar doenças e
circulação, tem náuseas, estimula o sistema
propriedades relaxantes e imunológico contra gripes e resfriados,
anticatarral. acalma o sistema digestivo e melhora a
circulação.
Toranja Relaxante, limpeza, Regulador das emoções, alivia estresse,
estimulante e equilíbrio raiva e ajuda a combater resfriados e
emocional. problemas respiratórios.
Lavanda Relaxante, calmante, Regula a hipertensão arterial, alivia dores de
equilíbrio emocional, cabeça devido à tensão ou estresse é
purificante e harmonizador. especialmente calmante para mulheres após
o nascimento, alivia picadas de insetos e
queimaduras.
Limão Purificante, refrescante e Reduz a fadiga mental, alivia estresse,
estimulante. estimula a concentração, melhora a
circulação.
Hortelã Digestivo, Relaxa e acalma a musculatura do estômago
descongestionante e e os distúrbios do trato gastrointestinal,
antisséptico. problemas respiratórios e de estresse. Ele é
eficaz para o tratamento dos sintomas da
gripe.
Sândalo Purificante, calmante, Acalma o sistema nervoso, alivia problemas
equilíbrio emocional, emocionais, tem um efeito de equilíbrio no
afrodisíaco e corpo, mente e espírito, e também acalma a
descongestionante. mente e prepara para a prática da meditação.
Alecrim Estimulante. Alivia dores musculares e reumáticas e
ajuda as pessoas com pressão arterial
baixa. Aumenta a circulação sanguínea no
cérebro.
Ilang ilang Calmante, eufórico, Útil no tratamento de problemas sexuais,
equilíbrio emocional, evita hiperventilação, acalma ansiedade,
purificante, revigorante e ajuda a regular os ataques de taquicardia,
afrodisíaco. reduz e alivia a depressão.
Propriedades e benefícios dos óleos essenciais

Os óleos essenciais utilizados na Aromaterapia têm importantes propriedades anti-


infecciosas (antibacterianos e antivirais), anti-inflamatórios e antifúngicos. Por este
motivo, muitas vezes é utilizado como um complemento aos tratamentos tradicionais em
situações tais como:

• Os desequilíbrios no sistema imunológico: como infecções e principalmente


relacionados a doenças respiratórias.

• Doenças do sistema nervoso, tais como ansiedade, depressão, taquicardia ou


desequilíbrios emocionais.

• Infecções da pele, por exemplo, a psoríase, o eczema ou a acne.

Além destas aplicações, outros benefícios da Aromaterapia são:

• Reduz o estresse, ajuda a combater a insônia, depressão e ansiedade, e ao mesmo


tempo é um poderoso estimulante e até mesmo um afrodisíaco.

• Alivia a dor devido a seus efeitos analgésicos e também é anti-histamínico.

• As propriedades antioxidantes das plantas fazem com que os óleos ajudem a


prevenir o envelhecimento das células.

Embora a medicina tradicional não reconheça abertamente os benefícios da


Aromaterapia, muitos especialistas médicos aconselham seus pacientes esta técnica para
complementar seus tratamentos.

Neste sentido, há estudos que mostram melhorias produzidas por esta terapia, por
exemplo, em pacientes com câncer. Os tratamentos com Aromaterapia ajudam na
diminuição dos níveis de estresse e depressão que esses pacientes geralmente apresentam,
ajudando a melhorar tanto o seu estado mental quanto a qualidade de vida. Além disso,
as influências da Aromaterapia melhora o sistema imunológico, a chave para a
recuperação desses pacientes.
Como é o tratamento com os óleos essenciais

Normalmente, a consulta começa quando o especialista analisa a saúde do paciente em


geral, ou seja, se tem problemas físicos ou psicológicos, para orientar o tratamento de
doenças que afetam o paciente.

Antes de indicar os óleos, deve-se analisar se os odores emitidos pelos óleos essenciais,
que tem supostamente a função de trazer benefícios para o paciente, realmente tem um
efeito positivo sobre ele.

Se o paciente responder positivamente aos óleos, ou seja, se experimentar uma sensação


agradável de relaxamento, o aromaterapeuta continua usando o óleo ou a mistura de óleos
no tratamento, até que o problema de saúde tenha sido suavizado.

Existe um numero muito grande de óleos essenciais, é quase impossível enumerá-los


todos. Abaixo está uma lista resumida de doenças e alguns dos óleos essenciais que são
recomendados para aliviar a cada uma delas:

• Azia: camomila, lavanda, erva-cidreira e alecrim.

• Acne: camomila, sálvia e calêndula.

• Anemia: limão, dente de leão, alecrim, sálvia e tomilho.

• Ansiedade e depressão: manjericão, bergamota, jasmim, baunilha, valeriana,


lavanda, rosa e cedro.

• Asma e bronquite: tomilho, eucalipto, alecrim, lavanda e pinho.

• Cicatrizes e machucados: rosa mosqueta, calêndula, cedro, gerânio, jasmim e


sálvia.
Formas de utilização dos óleos essenciais

Os métodos descritos abaixo servem apenas como diretrizes, é preciso dar uma atenção
especial a todas as precauções de segurança aplicáveis para cada óleo essencial que for
escolhido. Também é importante lembrar que os óleos essenciais são inflamáveis.

Inalação

Deve-se colocar 3-4 gotas de óleo essencial em um tecido, aproximar do nariz para inalar.
Ao usar um óleo pela primeira vez, deve-se usar somente uma gota para garantir que a
pessoa não tenha nenhuma sensibilidade ou reação ao óleo.

Inalação de vapor

Deve-se ferver 2 xícaras de água, em seguida despejar a água em uma tigela e adicionar
3-7 gotas de óleo na água. Podem-se usar menos gotas se estiver usando um óleo que
pode causar irritação nas mucosas (por exemplo, canela, eucalipto, alecrim, pinho,
tomilho, etc.). A pessoa tem que colocar o nariz próximo da tigela e inalar o vapor. O uso
de um pano ou toalha colocada sobre a cabeça pode ajudar a direcionar os vapores para o
nariz. Não se deve inalar o vapor constantemente se notada qualquer irritação ou
desconforto. A inalação de vapor pode ajudar com resfriados e gripe. O uso de óleos
energizantes ou relaxantes também podem ser através deste método a qualquer hora do
dia ou da noite.

Vaporização do ambiente

Esse método espalha o vapor pelo ambiente. Pode-se usar até 10 gotas de óleo, ou menos
gotas se estiver usando um óleo que pode causar sensibilização. Outro método pode ser o
uso de um difusor de óleos.

Uso em utensílios

Podem-se adicionar algumas gotas de óleo na máquina de lavar roupa, nos drenos, filtro
de saco de vácuo do aspirador ou em um tecido para a colocação nas gavetas.

Repelente de insetos
Muitos óleos essenciais, tais como citronela, lavanda e hortelã-pimenta agem como um
repelente natural contra insetos. Podem-se borrifar algumas gotas de óleo essencial em
tecidos ou bolas de algodão e colocar perto das portas e janelas para ajudar a repelir
insetos.

Massagem

Pode-se adicionar até 20 gotas de óleo essencial para 10 ml de um óleo carreador, como
óleo de amêndoa doce e massagear em si mesmo ou no parceiro. Mantenha longe dos
olhos e áreas genitais. Não aplique óleos essenciais sobre a pele, sem a sua diluição.

Banho

Adicionar 5-7 gotas de óleo essencial à água do banho e deve-se misturar bem antes de
entrar na banheira.

Outros usos

Os óleos essenciais podem ser utilizados na fabricação de cremes caseiros, toners faciais,
xampus, perfumes, sabonetes, gel de banho e outros produtos naturais. Além disso, os
óleos essenciais podem ser misturados por suas habilidades sinérgicas terapêuticas.

Contraindicações dos óleos essenciais

Devido à alta concentração de óleos essenciais, deve-se levar em conta uma série de
precauções ao uso dos benefícios da Aromaterapia. Por exemplo, não é aconselhável
aplicar puro sobre a pele, uma vez que podem causar queimaduras, por isso é necessário
diluí-los em água ou outros óleos de base chamados carreadores.

Não se deve deixar entrar em contato com os olhos ou ingestão. No caso de crianças deve
ser sempre usado com muita moderação e sob supervisão de um terapeuta. Quanto às
mulheres grávidas, não é adequado submetê-las a esse tipo de terapia, pois alguns óleos
podem causar contrações uterinas.
É importante ser sempre acompanhado por especialistas que dominam o procedimento e
saber quais os óleos são os mais apropriados para o tratamento. É também necessário
assegurar que a pessoa não tenha alergia aos produtos a serem utilizados, pois, mesmo
sendo substâncias naturais, também podem produzir uma reação alérgica.

O paciente sempre deve informar ao aromaterapeuta se sofre de uma doença ou desordem


ou se esta seguindo um tratamento médico. Pessoas com doenças respiratórias, como
asma ou doença pulmonar crônica devem consultar seu médico sobre a possibilidade de
realizar este tratamento.

Você também pode gostar